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Atividade A2 Gêneros textuais

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Pergunta 1
1 em 1 pontos
	
	
	
	Toda hora eu vejo, em jornais, revistas, televisão, e na rua, pessoas cada vez mais “livres” de preconceitos e... E, no entanto, todas estão convencidas de que a Terra gira em torno do Sol. Por quê?
Pergunte a elas e elas responderão: “Ué, Galileu provou isso há muito tempo”. Mas provou pra quem? Pode ser que tenha provado pros cientistas. O homem comum e mesmo nós, os pejorativamente chamados intelectuais, aceitamos e pronto. Sem pensar. “Preconceituosamente”. Como antes de Galileu aceitávamos que o Sol girava em torno da Terra. Mas, entre Galileu – de cujas “provas” nunca tomamos conhecimento, muito menos sabemos dizer quais são – e a realidade, que literalmente salta (gira) a nossos olhos, temos que acreditar é em nossos olhos. Nossos olhos veem, com absoluta certeza, que o Sol nasce ali (a leste, pra mim no Arpoador, no momento em que escrevo às 5h43 do dia) e morre do outro lado (a oeste, pra mim na Pedra da Gávea, às 7h53 da noite), girando em torno de uma terra absolutamente parada (terremotos à parte), sobre a qual caminhamos sem sentir o menor movimento.
De agora em diante, respondam com convicção: o Sol gira em torno da Terra e não quero mais papo sobre isso. O Millôr provou.
 
FERNANDES, MILLÔR. Preconceito muito pra frente. Disponível em: < http://www2.uol.com.br/millor/aberto/dailymillor/009/021.htm >. Acesso em: 7 abr. 2019.
 
Analise as afirmações a seguir, a respeito do texto apresentado.
I. “Pejorativamente” e “absolutamente parada” são modalizadores, cuja função é revelar as ideias apresentadas no texto.
II. O autor defende sua ideia argumentando que só pode ser comprovado o que é visto e, por isso, a afirmação de Galileu é refutável, enquanto o que seus olhos veem é confiável.
III. O humor do texto é devido à fragilidade proposital do argumento que o autor utiliza para nos convencer de que é o Sol que gira em torno da Terra e não o contrário.
IV. O argumento do autor é insustentável, uma vez que as hipóteses do geocentrismo foram posteriormente confirmadas pela observação espacial por meio de tecnologias como o telescópio.
 
Está correto o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
I, II, III e IV.
	Resposta Correta:
	 
I, II, III e IV.
	Comentário da resposta:
	Resposta correta. O autor usa, de maneira proposital e irônica, uma argumentação baseada na observação empírica, que desconsidera cálculos e comprovações científicas. Como trata-se de uma crônica argumentativa, os adjetivos, advérbios e locuções adjetivas – os modalizadores textuais – enfatizam as ideias apresentadas.
	
	
	
Pergunta 2
0 em 1 pontos
	
	
	
	A tolerância religiosa no Brasil nunca foi pura e simplesmente uma medida imposta por decreto. É, antes disso, um aspecto cultural. Por um lado, foi preciso incluir na Constituição um artigo resguardando a liberdade de culto e proteção contra a discriminação, porque tais garantias não seriam naturais; por outro, a convivência entre credos distintos foi facilitada pela formação do povo. A miscigenação e a intimidade entre a casa-grande e a senzala resultaram em mecanismos de acomodação, como o sincretismo que uniu religiões aparentemente tão diferentes quanto o catolicismo e o candomblé. Na Bahia, por exemplo, eles se misturaram
Disponível em: < https://oglobo.globo.com/opiniao/o-perigo-da-intolerancia-religiosa-13622751 >. Acesso em: 10 abr. 2019.
 
Articuladores textuais são, basicamente, os conectores, que encadeiam as diferentes partes do texto, expressando uma relação entre elementos linguísticos ou contextuais. Com base nisso, analise as afirmações a seguir.
 
I. “Nunca” indica negação de afirmação sobre o fato de a tolerância religiosa ser resultado de um decreto.
II. “Antes disso” indica prioridade do aspecto legal em relação ao aspecto cultural sobre tolerância religiosa.
III. “Porque” aponta a causa da inclusão, na Constituição Federal, do direito à liberdade de culto.
 
A função desempenhada pelos articuladores textuais está correta em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
II, apenas.
	Resposta Correta:
	 
I e III, apenas.
	Comentário da resposta:
	Resposta incorreta. O texto afirma que a tolerância religiosa, antes de se tornar constitucional, já era uma prática cultural. O aspecto cultural da formação do povo brasileiro – marcado pela miscigenação – já contribuía para que tal prática fosse adotada antes mesmo de haver um decreto legal.
	
	
	
Pergunta 3
0 em 1 pontos
	
	
	
	TEXTO I
É no aspecto da “referência” que a “natureza” da Literatura transparece mais claramente. O Cerne da Arte Literária encontrar-se-á, obviamente, nos gêneros tradicionais: lírico, épico e dramático. Em todos eles, existe uma “referência”, um relacionar com um mundo de ficção, de imaginação. As afirmações contidas num romance, num poema ou num drama não representam a verdade literal: não são proposições lógicas. Existe uma diferença central e importante entre uma afirmação, mesmo a produzida num romance histórico ou num romance de Balzac que pareça comunicar uma “informação” quando publicada num livro de história ou de sociologia. Até na lírica subjetiva, o “eu” do poeta é um “eu” dramático, fictício.
A Natureza e a Função da Literatura devem ser correlativas. O emprego da poesia decorre da sua natureza: todos os objetos ou classes de objetos são usados muito eficientemente e racionalmente por aquilo que são.
Disponível em: http://edlobato.blogspot.com/2011/10/natureza-e-funcao-da-literatura.html . Acesso em: 8 abr. 2019.
 
TEXTO II
 
A natureza sempre foi fonte de inspiração para grande parte da produção literária. Foi pensando nisso que a 8ª Festa Literária de Pirenópolis (Flipiri) trouxe para sua programação autores e pensadores que encontram na natureza entusiasmo para suas criações. Um exemplo disso é Ziraldo — um dos 25 escritores e ilustradores convidados para o evento — que já trouxe vários personagens e contos da floresta para suas obras.
Elder Rocha Lima, desenhista, aquarelista e pintor cujas obras exibem paisagens da natureza a exemplo de seus Guias Sentimentais de Pirenópolis e da Cidade de Goiás; Nurit Bensusan, ambientalista, escritora e idealizadora de jogos com temas biológicos para crianças; e ainda Ignácio de Loyola Brandão e Rita Gullo são outros exemplos de quem passará pelas ruas de Pirenópolis entre os dias 18 e 20 de novembro. A programação completa pode ser conferida no site da Flipiri.
Realizada pela Casa dos Autores em parceria com a Prefeitura de Pirenópolis e com apoios do Fundo de Arte e Cultura do Estado de Goiás e da Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce), é encarada pelo produtor executivo do evento, Gedson Oliveira, como um caminho para um mundo mais justo e melhor. “É marcante como essa geração que vive a Flipiri e se entregou à paixão pela leitura já se mostra mais crítica”, defendeu. Para a curadora da 8ª Flipiri, Íris Borges, a festa ” intende mostrar a literatura como parte intrínseca de paisagens naturais, onde a natureza se revela muito mais do que cenário, mas fonte de inspiração”.
 
Com o tema “Literatura e Natureza”, Flipiri chega à sua 8ª edição em Pirenópolis. Jornal Opção. Disponível em: https://www.jornalopcao.com.br/ultimas-noticias/com-o-tema-literatura-e-natureza-flipiri-chega-a-sua-8a-edicao-em-pirenopolis-80057/ . Acesso em: 8 abr. 2019.
 
A respeito dos textos lidos, analise as afirmações a seguir.
 
I. O texto I apresenta função expressiva, marcada por ser subjetiva e pessoal, sendo construída conforme a visão do seu emissor.
II. O texto II apresenta função referencial, uma vez que transmite uma informação clara, objetiva e direta sobre determinado assunto.
III. O termo “natureza” apresenta o mesmo sentido em ambos os textos, visto que está diretamente relacionado com o tema da literatura.
 
Está correto o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 [Sem Resposta]
	Resposta Correta:
	 
II, apenas.
	Comentário da resposta:
	Resposta incorreta. Ambos os textos apresentam função referencial, pois transmitem uma informação de forma impessoal e objetiva.A palavra “natureza” tem diferentes sentidos em cada texto: no primeiro, é sinônimo de essência, atuando como conjunto das propriedades que definem algo; já no segundo, diz respeito ao mundo físico e aos elementos que constituem o mundo natural.
	
	
	
Pergunta 4
0 em 1 pontos
	
	
	
	
 
TEXTO I
 
A designer gráfica Anelise Dias Giordani, de 28 anos, e a mãe dela, Rúbia Dias, tinham sido diagnosticadas com dengue há poucos dias. Quando Anelise já estava se recuperando em casa, alguns sinais chamaram a atenção: “Aparentemente ela estava até melhor do que eu, com febre e dor no corpo. A minha estava pior já que não estava conseguindo me alimentar, nem nada. No 5º dia, parece que todos os sintomas voltaram e foi quando o pai dela a levou mais uma vez ao hospital”, relembra a mãe.
[...]
Rúbia é enfática em dizer que a morte de Anelise deu forças a ela para alertar a sociedade sobre o perigo do aumento da circulação do Aedes aegypti : “Uma jovem com a vida toda pela frente teve seus sonhos interrompidos. As pessoas acham que esse tipo de coisa só acontece com os outros, mas isso acontece e a dengue mata”, reforça Rúbia. 
Na rotina da casa em Contagem (MG), Rúbia conta que sempre teve cuidado para que o mosquito, que transmite a dengue, chikungunya e Zika, não achasse locais para proliferação. “Por exemplo: eu não tenho nada que empoça água e sempre fiscalizamos tudo. Se sair, fecha até os ralinho do banheiro. Não deixo nada!  Se nós vamos fazer uma reforma pega uma caçamba, alugo para entulho. Eu nunca achei que só acontecia com o vizinho, me previno”, reforça.
É com  essa consciência, da importância do papel de cada um no combate ao  Aedes aegypti , que a mãe da Anelise finaliza a mensagem: “Gente, é perigoso! O recado que eu tenho para as mães é que conscientize seus filhos”.
Dados do Ministério da Saúde
O Brasil registrou, até 22 de outubro [de 2016], 1.458.355 casos de dengue. No mesmo período de 2015, esse número era de 1.543.000 casos, o que representa uma queda de 5,5%. Considerando as regiões do país, Sudeste e Nordeste apresentam os maiores números de casos, com 848.587 casos e 322.067 casos, respectivamente. Em seguida estão as regiões Centro-Oeste (177.644), Sul (72.114) e Norte (37.943).
[...]
Campanha
A nova campanha do Ministério da Saúde, de conscientização para o combate ao mosquito, chama a atenção para as consequências das doenças causadas pela chikungunya, zika e dengue, além da importância de eliminar os focos do Aedes . “Um simples mosquito pode marcar uma vida. Um simples gesto pode salvar” alerta a campanha, que será veiculada em TV, rádio, internet, redes sociais e mobiliários urbanos (ponto de ônibus e outdoor ).
Disponível em: < http://www.blog.saude.gov.br/index.php/entenda-o-sus/52118-mae-fala-sobre-a-perda-da-filha-para-a-dengue >. Acesso em: 9 abr. 2019.
 
TEXTO II
 
As  funções da linguagem  são formas de utilização da linguagem segundo a intenção do falante. Elas estão relacionadas com os elementos presentes na comunicação e, portanto, determinam os objetivos dos atos comunicativos. Embora haja uma função que predomine, em um mesmo texto, podem estar presentes vários tipos de linguagem. As seis funções da linguagem são: 1) referencial, centrada no contexto, tem como principal objetivo informar; 2) emotiva, o emissor tem como objetivo principal transmitir suas emoções por meio da própria opinião; 3) poética, o emissor preocupa-se de que maneira a mensagem será transmitida por meio das construções das frases; 4) fática, com foco no canal de comunicação, tem o objetivo de estabelecer uma relação entre o emissor e o receptor da mensagem; 5) conativa, linguagem persuasiva que tem o intuito de convencer o leitor; 6) metalinguística, linguagem que se refere a ela mesma.
 
 
Com base nas informações dos textos, avalie as afirmações a seguir.
 
I. O relato de Rúbia, evidenciado na reportagem por meio das aspas, apresenta marcas de oralidade e tem função emotiva. No entanto, a fala “Gente, é perigoso!” tem função fática.
II. O trecho sob o título “Dados do Ministério da Saúde” tem função conativa, pois visa convencer o leitor dos perigos da dengue pela demonstração de dados.
III. O slogan da campanha (“Um simples mosquito pode marcar uma vida. Um simples gesto pode salvar”) tem função poética, pois se utiliza de metáfora para influenciar o receptor da mensagem.
 
É correto o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 [Sem Resposta]
	Resposta Correta:
	 
I, apenas.
	Comentário da resposta:
	Resposta incorreta. O relato de Rúbia envolve emoções, sentimentos para passar uma mensagem. Quando ela diz ““Gente, é perigoso!” tenta estabelecer um diálogo com o receptor. Os dados apresentados na reportagem não visam convencer, mas apresentar fatos, transmitir uma informação. Já o slogan tem a pretensão de persuadir o leitor de algo.
	
	
	
Pergunta 5
0 em 1 pontos
	
	
	
	
 
Disponível em: < https://www.prefeitura.sp.gov.br/>. Acesso em: 12 abr. 2019.
 
 
Analise as afirmações a seguir, a respeito do panfleto lido.
 
I. Dada a função social do panfleto (alertar a população sobre determinada questão), o uso de letras garrafais, a imagem e as exclamações conferem um senso de urgência a respeito do tema.
 
II. O panfleto tem, basicamente, função referencial. A mensagem é direta e objetiva, utiliza-se linguagem verbal e não verbal, e o texto é composto de poucas e pequenas frases ou unidades discursivas.
 
III. O texto do panfleto é iniciado com uma frase exclamativa que tem um tom argumentativo, portanto, nesse caso, apresenta função conativa (persuasiva).
 
Está correto o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 [Sem Resposta]
	Resposta Correta:
	 
I, II e III.
 
	Comentário da resposta:
	Resposta incorreta. O panfleto informativo tem o objetivo de abordar algum tema e transmitir conhecimento a respeito desse tema. Ele tem uma função social, pois serve para instruir as pessoas sobre o modo de agir em relação à determinada questão que, normalmente, é de séria preocupação, por exemplo, a tuberculose. Os recursos utilizados para isso são: texto direto e objetivo e uso de linguagem verbal e não verbal que, combinadas, pretendem chamar atenção do leitor para informá-lo e persuadi-lo.
	
	
	
Pergunta 6
0 em 1 pontos
	
	
	
	Senhor Trump, crianças não vivem em jaulas!
 
As imagens abomináveis de crianças e bebês aos prantos atrás de cercas de arames, gaiolas e depósitos, largadas à própria sorte, gritando pelos pais, recebendo reprimendas de policiais, chocaram o planeta e ecoaram como uma das atitudes mais vergonhosas levadas a cabo pelos EUA. Jornalistas americanos choraram ao vivo na TV ao noticiarem os episódios. [...] Trump extrapolou os limites da decência. Cruzou perigosamente a fronteira que separa civilidade de barbárie e flertou de maneira aberta com o nazi-fascismo dos tempos repugnantes de Hitler e Mussolini. Repulsivo, desumano, intolerável, o show de crueldade do senhor Trump chegou ao ponto do xingamento aberto aos forasteiros. Ele batizou de “infestação” – como a comparar pessoas a insetos – o que considera um desembarque em massa de imigrantes nos EUA e pressionou o Congresso por mais recursos para erguer o famigerado muro e a favor de medidas ainda mais restritivas como a deportação pura e simples de hordas de estrangeiros. Quem ouviu as gravações dos choros inconsoláveis não conteve a indignação. O plano de manter famílias confinadas em campos de custódia é, para dizer o mínimo, imoral. [...] No atual contexto de suas ações condenáveis faz todo o sentido. Ao menos duas mil crianças (49 delas brasileiras), boa parte com menos de cinco anos de idade, foram desgarradas da atenção materna nos últimos meses, jogadas atrás das grades, por deliberação do próprio presidente. Ficaram sob a tutela de guardas que vigiam e reclamam a toda hora dos pequenos indefesos, enquanto esses só choram e lamentam a falta do convívio familiar. Psicólogos alertam para os danos psíquicos devido à separação. Apontam que o trauma trará problemas incalculáveise, na maioria dos casos, irreparáveis. Em um dos mais recentes episódios envolvendo brasileiros, uma avó foi separada do neto autista, que necessita de cuidados especiais, após os dois entrarem sem visto em solo americano. Várias nações inconformadas com algo tão abjeto reclamaram formalmente, enquanto Trump seguiu inclemente aos apelos. Com alegações falsas e tom agressivo, Trump teve a ousadia de convocar uma coletiva para tripudiar do destino dado a quem ousasse afrontar suas regras: “eles vêm aqui dizendo que estão sofrendo em seu país, blá-blá-blá e nunca mais saem”. A reação foi imediata em um país predominantemente construído por imigrantes. Uma quase rebelião de senadores entornou o caldo. Assessores do presidente foram hostilizados por onde passavam nas ruas. Uma pesquisa mostrou que 66% dos americanos ficaram contra Trump e ele teve que finalmente recuar. Capitulou, cancelando de maneira temporária a segregação, mas foi para cima dos parlamentares exigindo contrapartidas à “concessão”. Seu intuito de varrer do território os ilegais, mesmo diante do drama global que vem provocando hordas de migração para todos os lados, está só no início. O mal que esse senhor vem construindo para a humanidade é um passaporte seguro para colocá-lo no clube dos mais odiados da história.
MARQUES, C. J. IstoÉ , 22 jun. 2018 (Editorial). Disponível em: < https://istoe.com.br/senhor-trump-criancas-nao-vivem-em-jaulas/ >. Acesso em: 10 abr. 2019.
 
A respeito do texto lido, é possível afirmar que
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 [Sem Resposta]
	Resposta Correta:
	 
a presença do vocativo no início do título confere a ideia de uma “chamada de atenção”, como comumente faz-se com crianças que fazem manha.
	Comentário da resposta:
	O texto em questão é um editorial, ou seja, apesar de ser escrito por um indivíduo, reflete a opinião da maioria das pessoas que compõem a equipe do jornal. Esse tipo de texto, que é sempre de opinião, é comum ter apenas um parágrafo. Isso não significa que os argumentos não estejam estruturados. O título desse editorial “conversa” com a situação descrita, subvertendo a noção de quem seria a criança manhosa.
	
	
	
Pergunta 7
0 em 1 pontos
	
	
	
	A áudio-descrição é compreendida como um serviço cujo alvo são as pessoas cegas ou com baixa visão, o qual é caracterizado por uma narração adicional que comunica vestimentas, linguagem corporal, e piadas visuais numa apresentação visual. Assim, as descrições concisas e objetivas inseridas entre partes do diálogo ou canção ajudam os ouvintes a entender importantes elementos visuais. Neste sentido, distinguir o texto descritivo e a áudio-descrição é relembrar que o primeiro resulta sempre de um ato de escolha que engaja uma subjetividade enunciativa, manifestada através da explicitação de certos aspectos daquilo que se descreve, enquanto o segundo pressupõe objetividade, ética e habilidades linguísticas na materialização do pilar “descreva o que você vê”, exigindo, portanto, do áudio-descritor a efetivação da técnica e a omissão de impressões pessoais.          
SILVA, F.T.S. et al. Reflexões sobre o pilar da áudio-descrição: “descreva o que você vê”. Disponível em: <http://www.rbtv.associadosdainclusao.com.br/index.php/principal/article/view/58/83>. Acesso em: 27 mar. 2019 (adaptado).
Considere o texto apresentado e analise as informações a seguir.
I. Pode-se definir áudio-descrição como uma modalidade textual na qual se pretende processar as informações, permitindo a sua passagem de uma linguagem para a outra, procurando manter o maior nível de fidelidade entre o que está numa linguagem e o que é veiculado utilizando-se de outra.
II. A áudio-descrição é uma descrição regrada, adequada a construir entendimento sobre o que antes era impreciso ao interlocutor da áudio-descrição.
III. A áudio-descrição obedece a todos os parâmetros do tipo textual descritivo, convergindo, especialmente, no que se refere à subjetividade.
 
Está correto o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 [Sem Resposta]
	Resposta Correta:
	 
I e II, apenas.
	Comentário da resposta:
	Resposta incorreta. A áudio-descrição visa traduzir aspectos não verbais para a linguagem verbal com enfoque nas pessoas cegas ou com baixa visão. Em vista disso, é essencial que o áudio-descritor mantenha a maior fidelidade possível entre o que vê e o que descreve.
	
	
	
Pergunta 8
0 em 1 pontos
	
	
	
	CENA 01: QUARTO DE HOSPITAL INTERIOR/ NOITE. Os reflexos azulados da televisão ligada formam manchas no alto da parede do quarto em penumbra, enquanto o locutor narra empolgado os últimos momentos da corrida de São Silvestre de 1980. Sobre essas imagens irão os créditos dos produtores e atores principais, que deverão terminar com a comemoração eufórica da vitória do brasileiro e do início da década de 1980, uma nova década. A câmera então se desloca em movimento vertical descendente, enquadrando a parte superior do corpo de Mário, deitado em sua cama e imóvel, como mais um objeto naquele quarto de hospital. Mário, que tem uma série de sondas ligadas a seu corpo, move lentamente os olhos semiabertos e brilhantes em direção à TV, que mostra o replay
do final da corrida em câmera lenta, ressaltando o vigor dos atletas em movimento. À euforia do locutor, somam-se os fogos e gritos que vêm da vizinhança. Depois de deter por alguns instantes seu olhar no vídeo, Mário volta-se com alguma dificuldade para a parte superior da parede, onde gira, insolitamente, como que suspenso no ar, um enorme vitral colorido. Nesse momento, desaparece o som da TV e dos festejos e inicia-se, suavemente, uma música. A câmera aproxima-se em um lento zoom do vitral.
MÁRIO (VOICE OVER*) – Um dia tudo perdeu o sentido e desejei minha própria morte. Mas nem de me matar eu era capaz. Tinha de sofrer e estar só, tão só que até meu corpo me abandonara.
Após essas palavras, há um fade-out seguido de um fade-in
com o título do filme: FELIZ ANO VELHO.
Tal título também sairá em fade-out, e entrarão os créditos das funções principais. A música prosseguirá até o início da próxima cena.
* Voice over – diálogos que não são diegéticos, ou seja, não estão sendo ditos no lugar onde ocorre a cena.
GERVITZ, R. Feliz Ano Velho . Disponível em: <http://aplauso.imprensaoficial.com.br/edicoes/12.0.813.804/12.0.813.804.pdf>. Acesso em: 27 mar. 2019.
 
Analise as afirmações a seguir, a respeito do texto acima.
 
I. Pela forma como o texto está estruturado e pela linguagem técnica empregada, é possível afirmar que trata-se de um roteiro cinematográfico, cuja função é orientar os atores, a direção e a produção técnica acerca de como o filme deve se desenvolver.
II. A primeira frase do texto, em letras maiúsculas, apresenta a macroestrutura da cena, que é pormenorizada em seguida.
III. Pode-se afirmar que a cena descrita inicialmente se vale da subjetividade, aspecto evidenciado pelos usos de adjetivos, pela descrição de cores e pelos jogos de câmera.
 
É correto o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 [Sem Resposta]
	Resposta Correta:
	 
I, II e III.
	Comentário da resposta:
	Resposta incorreta. O texto é um roteiro cinematográfico, o que fica evidente pela linguagem técnica empregada e pelo teor descritivo da cena, fundamental para que atores e produtores sejam orientados em como deve se desenvolver a cena. A frase em maiúsculo, no início da cena, tem o intuito de facilitar a localização espaço-temporal.
	
	
	
Pergunta 9
0 em 1 pontos
	
	
	
	Veja este anúncio produzido pela WWF (organização voltada para a defesa da natureza) e veiculado em porta-papeis. As frases, em inglês, na parte superior significam: Economize papel / Salve o planeta.
Disponível em: < https://www.worldwildlife.org/ >. Acesso em: 10 abr. 2019.
 
Analise as afirmações a seguir a respeito desse anúncio.
 
I. O papel está sendo comparado ao quanto resta de natureza, especificamente, na América do Sul.
II. O fato de retirarmos os papeis para uso nos torna protagonista do problema mostrado.
III. A defesa da ideia ocorre por meiode uma metáfora visual, ou seja, uma comparação em que o objetivo é ilustrar um elemento por meio de uma associação.
 
Está correto o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 [Sem Resposta]
	Resposta Correta:
	 
II e III, apenas.
	Comentário da resposta:
	Resposta incorreta. O anúncio explora a questão do desmatamento, e não especificamente a do percentual de natureza, mostrando que quanto mais papel usarmos, mais contribuiremos para o desmatamento da região delimitada no mapa.
	
	
	
Pergunta 10
0 em 1 pontos
	
	
	
	
 
— Vejamos primeiro o que é que o traz aqui. O senhor tem um grande susto...
Camilo, maravilhado, fez um gesto afirmativo.
— E quer saber, continuou ela, se lhe acontecerá alguma cousa ou não...
— A mim e a ela, explicou vivamente ele.
A cartomante não sorriu: disse-lhe só que esperasse. Rápido pegou outra vez das cartas e baralhou-as, com os longos dedos finos, de unhas descuradas; baralhou-as bem, transpôs os maços, uma, duas, três vezes; depois começou a estendê-las. Camilo tinha os olhos nela curioso e ansioso.
— As cartas dizem-me…
ASSIS, M.  A cartomante. Várias histórias . São Paulo: Globo, 1997.
 
Com base no trecho lido, analise as afirmações a seguir.
 
I. A voz narrativa, apesar de não participar da história, tem um papel além de observadora: apresenta os fatos de modo parcial, o que é comprovado pelo uso de modalizadores como “maravilhado” e “ansioso”.
II. As reticências, além de indicarem interrupção, visam traduzir um suspense projetado na fala da personagem.
III. A escolha do uso de discurso direto ou indireto na narrativa é meramente estilística. Caso o discurso direto fosse transposto para o indireto, o leitor disporia do mesmo ponto de vista.
 
É correto o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 [Sem Resposta]
	Resposta Correta:
	 
I e II, apenas.
	Comentário da resposta:
	Resposta incorreta. O narrador faz uso de adjetivos que demonstram seu conhecimento a respeito dos estados psicológicos dos personagens, portanto, ele participa indiretamente da história, de modo onisciente. Apesar disso, o uso do discurso direto possibilita imprimir emoções que são evidentes apenas na fala, mostrando certos ângulos da história que não poderiam ser notados somente com o discurso indireto.

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