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Estática fetal

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ESTÁTICA FETAL 
 
O continente uterino, ao termo da gravidez, na 
maior de suas dimensões, mede 30 cm. A forma 
ovoide que o feto se encontra: ovoide fetal, 
apresenta dois polos: o cefálico e o pélvico. O 
conjunto do tronco com os membros denomina-se 
ovoide córmico. 
Ao iniciar-se o trabalho de parto, e principalmente 
após a amniorrexe, a atitude do feto se modifica. O 
útero passa da forma globosa para a forma 
cilindroide, o que obriga o feto a endireitar o 
tronco, diminuindo sua flexão de maneira a se 
constituir em um cilindro, o cilindro fetal. 
As duas partes que compõe a cabeça são o crânio e 
a face. O crânio é constituído de dois ossos frontais, 
dois parietais, dois temporais, um occipital, um 
esfenoide e um etmoide. Enquanto os ossos da 
abóbada craniana são separados por tecidos 
membranosos – suturas e fontanelas – 
possibilitando a redução de seu volume durante o 
parto, os ossos da base compõem bloco 
indeformável. 
 Sutura sagital, entre os parietais 
 Sutura metópica, interfrontal ou frontal 
média 
 Sutura coronária, entre os frontais e os 
parietais 
 Sutura lambdoide, entre os parietais e o 
occipital 
 Sutura temporal, entre os parietais e os 
temporais 
 
 Fontanela bregmática, fontanela 
lambdoide, fontanelas ptéricas e fontanelas 
astéricas. 
 
Tronco: 
 Diâmetro biacromial: 12cm 
 Circunferência biacromial: 35cm 
 Diâmetro bitrocanteriano: 9,5cm 
 Circunferência bitrocanteriana 
- Pernas estendidas: 27cm 
- Pernas flexiondas: 35 cm 
 
Situação 
Denomina-se situação a relação entre os grandes 
eixos longitudinais fetal e uterino. Quando ambos 
se coincidem: longitudinal; quando são 
perpendiculares: tranverso e quando são cruzados: 
oblíqua ou inclinada. 
Apresentação 
É a região fetal que se localiza na área do estreito 
superior. Encontrando-se no estreito superior 
segmentos fetais, como pequenas partes e funículo, 
não há elementos para caracterização de 
apresentação; constituem apenas procidências. Em 
decorrência dos fatores determinantes da 
acomodação fetal, pode-se observar transformação 
de uma apresentação por outra, fenômeno chamado 
de mutação ou versão e está ligado à rotação axial 
do feto. 
A situação transversa corresponde sempre a 
apresentação córmica. Duas apresentações 
podem ocorrer na situação longitudinal: 
apresentação cefálica e a apresentação pélvica. 
Encontrando-se o polo pélvico no estreito superior, 
duas apresentações podem ocorrer: a apresentação 
pélvica completa (pelvipodálica) e a 
apresentação pélvica incompleta (pélvica 
simples). 
Altura da apresentação 
 Alta e móvel: Quando a apresentação não 
toma contato com o estreito superior 
 Ajustada: Se ocupa a área desse estreito 
 Fixa: Quando, pelo palpar, não se consegue 
mobilizá-la 
 Insinuada: Quando a maior circunferência 
da apresentação transpõe a área do estreito 
superior. 
Chama-se, assim, insinuação ou encaixamento a 
passagem, pelo estreito superior, do maior plano 
perpendicular à linha de orientação, isto é, 
passagem do biparietal nas apresentações cefálicas 
e do bitrocanteriano nas apresentações pélvicas. A 
travessia dessa região estreita da bacia se obtém 
pela redução dimensória sinalada, e por movimento 
de inclinação lateral da apresentação a que se 
denomina assinclitismo. A ausência da flexão 
lateral, mantendo-se a sutura sagital equidistante do 
sacro e do púbis, condiciona o sinclitismo. 
 
 
O assinclitismo posterior (obliquidade de 
Litzmann) caracteriza-se quando a sutura sagital 
está próxima do púbis e o parietal posterior é o 
primeiro a penetrar na escavação. Diz-se que o 
assinclitismo é anterior (obliquidade de Nagele), 
quando a sutura sagital está mais aproximada do 
sacro e o parietal anterior desce em primeiro lugar. 
 
Para expressar a altura da apresentação aconselha-
se adotar o critério de DeLee: considerar o 
diâmetro biespinha ciática ou linha interespinhosa, 
como plano de referência “0”. Acima: -1, -2, -3, -4, 
-5. Abaixo: +1, +2, +3, +4, +5. 
 
Posição 
Escola alemã: A posição é a relação do dorso fetal 
com o lado direito ou esquerdo materno. 
 Posição esquerda ou 1ª posição: o dorso 
fetal está virado para o lado esquerdo 
materno. 
 Posição direita ou 2ª posição: o dorso fetal 
está virado para o lado direito materno. 
 
Variedade de posição 
É a relação dos pontos de referência maternos e 
fetais. 
 Maternos: O púbis, as eminências 
ileopectíneas, as extremidades do diâmetro 
transverso máximo, a sinostose sacroilíaca 
e o sacro. 
 Fetais: São variáveis com as apresentações: 
- Lâmbda, nas apresentações cefálicas 
fletidas 
- Extremidade anterior do bregma, nas 
apresentações cefálicas defletidas de 1º 
grau. 
- Glabela ou raiz do nariz, nas de 2º grau 
(fronte). 
 Mento nas de 3º grau 
 Sacro, nas apresentações pélvicas. 
Linha de orientação 
É importante ter conhecimento da linha de 
orientação. É a linha fetal que se põe em relação 
com o diâmetro materno de insinuação e possibilita 
acompanhar os movimentos da apresentação 
durante o trabalho de parto. 
 
As linhas de orientação são: 
1. Sutura sagital, na apresentação cefálica 
fletida 
2. Sutura sagital e metópica, na apresentação 
defletida de 1º grau 
3. Sutura metópica, na apresentação cefálica 
defletida de 2º grau 
4. Linha facial, isto é, linha mediana que a 
partir da raiz do nariz atinge o mento, na 
apresentação cefálica defletida do 3º grau. 
5. Sulco interglúteo, na apresentação pélvica. 
Nomenclatura 
Com a nomenclatura obstétrica, designam-se, de 
maneira exata, a situação, a apresentação, a posição 
e a variedade de posição, tendo-se perfeito 
conhecimento da estática fetal. 
 
Nomenclatura na situação longitudinal 
Nomeiam-se pelo emprego de duas ou três letras: a 
primeira, indicativa da apresentação, é o símbolo 
que a caracteriza; as demais correspondem ao 
ponto de referência ao nível do estreito superior. 
Tomando como exemplo a apresentação cefálica 
fletida, em occipital, as variedades de posição são: 
 OP: occipitopubiana 
 OEA: occípito-esquerda-anterior 
 OET: occípito-esquerda-transversa 
 OEP: occípito-esquerda-posterior 
 OS: occipitossacra 
 ODP: occípito-direita-posterior 
 ODT: occípito-direita-transversa 
 ODA: occípito-direita-anterior. 
Nomenclatura na situação transversa 
Na nomenclatura da situação transversa não há 
uniformidade na designação; para a escola francesa 
a localização do dorso defina a posição: anterior, 
quando o dorso está voltado para a frente, posterior 
quando voltado para coluna vertebral materna; e o 
acrômio, direito ou esquerdo, que se põe em relação 
com o estreito superior, define a apresentação. 
Exemplo: posição acromiodireita-anterior (ADA) 
significa que o acrômio direito está na área do 
estrito superior e o dorso voltado para a frente; por 
acromioesquerda-posterior (AEP) estende-se que 
no estreito superior se acha o acrômio esquerdo e o 
dorso está voltado para trás.

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