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Sistema respiratório

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Sistema respiratório 
Nariz e seios paranasais 
➱​Nariz 
O nariz é a parte mais proeminente da face 
humana. Ele possui partes internas e 
externas. Se você trabalha no mundo 
artístico, a aparência da parte externa é 
certamente muito importante. Entretanto, 
além da estética, o nariz externo também 
funciona para proteger o nariz interno e 
permitir a entrada de ar. A parte interna do 
nariz é chamada de cavidade nasal. Ela 
está envolvida na respiração, olfato, fala e 
paladar. 
➱​Nariz externo 
A anatomia nasal externa é bastante 
simples. O nariz é uma estrutura piramidal, 
com sua ​raiz localizada superiormente e 
seu ​ápice encontrando-se inferiormente. A 
raiz é contínua com a fronte, e a parte 
entre a raiz e o ápice é chamada de ​dorso 
do nariz. Inferiormente ao ápice existem 
duas ​narinas​, que são aberturas para a 
cavidade nasal. As narinas são separadas 
pelo ​septo nasal, e são limitadas 
lateralmente pelas aletas nasais (asas da 
narina), que são os processos laterais do 
septo. 
O nariz externo é constituído em 
componentes ósseos e cartilaginosos. A 
parte óssea dá a forma da raiz nasal, 
formada pelos ossos ​nasal​, ​maxilar e 
frontal​. A parte cartilaginosa localiza-se 
inferiormente, e é composta de várias 
cartilagens alares, duas laterais e uma 
septal: 
● Cartilagens alares: a cartilagem 
alar maior forma o ápice do nariz, 
as cartilagens alares menores 
suportam as aletas nasais 
● Processo lateral da cartilagem alar 
forma o dorso do nariz 
● Cartilagem septal: limita as narinas 
medialmente 
Note que a cartilagem septal é ligada tanto 
ao septo nasal ósseo (que na verdade é a 
placa perpendicular do osso etmoide) 
quanto ao vômer. Tanto o septo nasal 
quanto o vômer são partes ósseas do nariz 
interno. 
 
 
 
 
➱​Cavidade nasal 
A parte interna do nariz é a cavidade nasal. 
As duas cavidades nasais encontram-se no 
interior do nariz externo e nas porções 
adjacentes do crânio. As cavidades se 
abrem anteriormente para a face através 
das duas narinas. Posteriormente as 
cavidades se comunicam com a 
nasofaringe através de duas aberturas 
chamadas ​coanas​. 
Além das aberturas anterior e posterior, 
cada cavidade nasal possui um teto, um 
assoalho, e paredes lateral e medial. 
Existem 12 ossos cranianos no total que 
contribuem para a estrutura da cavidade 
nasal, que incluem os ossos ​pareados 
nasais, maxila, palatino e lacrimal, bem 
como os ossos ​não pareados etmoide, 
esfenoide, frontal e vômer. 
De entre todos eles, o osso ​etmoide é o 
elemento mais importante, por duas 
razões: primeiramente, ele forma a maior 
porção da estrutura esquelética nasal, ao 
formar o assoalho e as paredes das 
cavidades nasais; e em segundo lugar, ele 
contém as ​células etmoidais​, que, como 
um grupo, são um dos quatro seios 
paranasais. 
Três prateleiras ósseas chamadas de 
conchas nasais inferior, média e superior 
se prendem às paredes laterais, 
projetando-se para o interior das 
cavidades, e dividem as cavidades nasais 
em quatro canais aéreos: 
● Meato nasal inferior​: entre o 
assoalho e a concha inferior 
● Meato nasal médio​: entre as 
conchas inferior e média 
● Meato nasal superior​: entre as 
conchas média e superior 
● Recesso esfenoetmoidal​: entre a 
concha superior e o teto da 
cavidade nasal 
A cavidade nasal é dividida em três 
regiões, alinhadas como se fossem um 
edifício de três andares. O ​vestíbulo​, 
localizado logo no interior da abertura 
anterior externa do nariz (primeiro andar); 
contém folículos pilosos. A ​região 
respiratória​, a maior região; é revestida 
por epitélio respiratório (segundo andar). 
Finalmente, a ​região ​olfatória​, uma 
pequena área localizada dentro do crânio, 
no ápice superior da cavidade; é revestida 
por células olfatórias e receptores (terceiro 
andar). 
As duas cavidades nasais se comunicam 
com quatro recessos ósseos denominados 
seios paranasais​. Eles são nomeados de 
acordo com os ossos em que se encontram 
como seios esfenoidal, maxilar e frontal, e 
as células etmoidais. Todos os seios são 
recobertos por mucosa respiratória e 
inervados pelo nervo trigêmeo (NC V). 
 
 
 
 
 
 
Seios paranasais 
Os ​seios paranasais são ​cavidades aéreas 
que ajudam na circulação do ar que é 
inspirado e expirado pelo sistema 
respiratório. Eles estão situados ao redor 
da cavidade nasal, e são todos pareados e 
algumas vezes simétricos, sendo sempre 
bilaterais. Existem quatro diferentes pares 
de seios, e eles são chamados: 
● seios maxilares 
● seios frontais 
● seios esfenoidais 
● seios etmoidais 
➱Fatos importantes sobre os Seios 
paranasais: 
 
Seios Maxilares: 
Limite superior​ - órbita óssea 
Limite inferior - osso maxilar alveolar, 
raízes dos dentes correspondentes 
Limite medial​ - cavidade nasal 
Limites lateral e anterior​ - osso malar 
Limite posterior - fossa pterigopalatina, 
fossa infratemporal 
 
 
Suprimento sanguíneo: artérias alveolar 
superior anterior, média, posterior (ramos 
da artéria maxilar). 
Inervação: nervo alveolar superior 
anterior, médio, posterior (ramos do nervo 
maxilar). 
Drenagem linfática: linfonodos 
submandibulares. 
 
Seios Frontais: 
Limite anterior - fronte, arcos 
superciliares 
Limites superior e posterior ​- fossa 
craniana anterior 
Limite inferior - órbita óssea, seios 
etmoidais anteriores, cavidade nasal 
Limite medial​ - seio contralateral 
Suprimento sanguíneo: artérias etmoidal 
anterior, supraorbitária, supratroclear 
(ramos da artéria oftálmica) 
Inervação: nervos supraorbitário e 
supratroclear (ramos do nervo oftálmico) 
Drenagem linfática: linfonodos 
submandibulares. 
 
Seios Esfenoidais: 
Limite anterior​ - cavidade nasal 
Limite superior ​- fossa hipofisária, 
glândula hipófise, quiasma óptico 
Limite inferior - nasofaringe, canal 
pterigoide 
Suprimento sanguíneo: artéria etmoidal 
posterior, ramos nasais laterais posteriores 
(ramos da artéria oftálmica) 
Inervação: ​nervo etmoidal posterior 
(ramos do nervo nasociliar), ramo orbitário 
do gânglio pterigopalatino 
Drenagem linfática: linfonodos 
retrofaríngeos. 
 
Seios Etmoidais: 
Limite superior ​- fossa craniana anterior, 
osso frontal 
Limite lateral ​- órbita óssea 
Limite medial​ - cavidade nasal 
Suprimento sanguíneo: artérias etmoidais 
anterior, posterior, ramos nasais laterais 
posteriores (ramos da artéria oftálmica) 
Inervação: ​nervos etmoidais anterior e 
posterior (ramos do nervo nasociliar), 
nervos nasais lateral posterior e superior 
Drenagem linfática: linfonodos 
submandibulares e retrofaríngeos. 
 
➱Seios Maxilares 
Os seios maxilares são os ​maiores de 
todos os seios paranasais. Eles possuem 
paredes finas, que são frequentemente 
penetradas pelas raízes longas dos dentes 
maxilares posteriores. 
A ​borda superior deste seio é a órbita 
óssea, a ​inferior é o osso maxilar alveolar 
e as raízes dos dentes correspondentes, a 
borda medial é constituída da cavidade 
nasal e as ​bordas lateral e ​anterior são 
limitadas pelo osso malar. ​Posteriormente 
existem dois espaços anatômicos 
conhecidos como fossa pterigopalatina e 
fossa infratemporal. 
 
 
(Linfonodos submandibulares) 
 
 
(Artéria alveolar superior posterior) 
 
 
(Nervo alveolar anterior superior) 
 
(Nervo alveolar superior posterior) 
 
 
(Nervo alveolar médio superior) 
 
➱Seios frontais 
Anteriormente​, os seios frontais são 
contidos pela fronte e pelosarcos 
superciliares, ​superiormente e 
posteriormente pela fossa craniana 
anterior e ​inferiormente pela órbita óssea, 
os seios etmoidais anteriores e a cavidade 
nasal. Medialmente os seios se relacionam 
um com o outro, separados pela linha 
média. 
Este par de seios possui um ​formato 
irregular quando comparados um ao 
outro, e não estão desenvolvidos ao 
nascimento. Eles atingem suas dimensões 
máximas e forma final por volta dos sete 
ou oito anos de idade. 
 
 
 
 
(Infundíbulo etmoidal) 
 
(Artéria etmoidal anterior) 
 
 
(Artéria supraorbital) 
 
 
(Artéria frontal) 
 
 
(Nervo oftálmico) 
➱Seios esfenoidais 
Os ​mais posteriores de todos os seios da 
cabeça, os seios esfenoidais são grandes e 
irregulares, da mesma forma que seu 
septo, que é constituído pelo osso 
esfenoide. ​Lateralmente um seio 
cavernoso existe, sendo parte da fossa 
craniana média, e também a artéria 
carótida e os nervos cranianos III, IV, V/I, 
V/II e V/III podem ser encontrados. 
A ​parede anterior separa este par de seios 
da cavidade nasal e da fossa hipofisária, da 
glândula hipófise e do quiasma óptico 
superiormente​, e da nasofaringe e do 
canal pterigoide, ​inferiormente​. 
 
 
(Artéria etmoidal posterior) 
 
 
(Nervo etmoidal posterior) 
 
 
(Gânglio pterigopalatino) 
 
➱Seios Etmoidais 
Superiormente aos seios etmoidais 
encontra-se a fossa craniana anterior e o 
osso frontal. Lateralmente podemos 
observar as órbitas, enquanto a cavidade 
nasal está situada medialmente. Os seios 
etmoidais são únicos, uma vez que eles são 
os únicos seios paranasais que são mais 
complexos do que uma única cavidade. 
De cada lado da linha média, um número 
entre três a dezoito ​células aéreas 
etmoidais podem se agrupar. Estas células 
aéreas são seios menores individuais 
agrupados em conjunto para formar um 
seio maior que envolve os meatos nasais 
anterior, médio e posterior. 
 
(Células etmoidais) 
 
 
(Células etmoidais) 
 
 
(Linfonodos submandibulares) 
 
 
(Artéria etmoidal anterior) 
 
 
(Artéria etmoidal posterior) 
 
 
(Nervo etmoidal anterior) 
 
(Nervo etmoidal posterior) 
 
Nota clínica 
Sinusite 
A sinusite é um quadro extremamente 
comum, que se apresenta como uma 
inflamação do epitélio ​dos seios. As 
causas podem ser infecções virais ou 
bacterianas, ou uma reação alérgica. A 
inflamação pode ser ​aguda ou ​crônica​, e 
os ​seios maxilares são os mais 
frequentemente afetados. Antivirais, 
antibióticos e anti-histamínicos são 
prescritos em casos persistentes. 
 
FARINGE, LARINGE E 
TRAQUÉIA 
 
FARINGE 
➱​A faringe, mais comumente conhecida 
como garganta, é um tubo com cinco 
centímetros se estendendo posteriormente 
às cavidades nasal e oral, até a laringe. Ela 
forma basicamente uma passagem 
muscular para o ar, os alimentos e líquidos 
viajarem de seu nariz e boca até os seus 
pulmões ou estômago. 
 
➱Função da faringe 
A estrutura tubular da faringe torna sua 
principal função bem óbvia - facilitar a 
passagem de ar, sólidos e líquidos do nariz 
e da boca. Assim, as funções da faringe 
são tanto relacionadas ao sistema digestivo 
quanto ao respiratório. 
Os músculos ainda ajudam no 
peristaltismo (constritores), bem como na 
deglutição e na ​fala (músculos 
longitudinais). 
 
 
➱Fatores importantes sobre a faringe 
Músculos: 
-Constritores da faringe: ​Músculos 
superior, médio e inferior. 
-Músculos longitudinais: ​Palatofarígneo, 
salpingofaríngeo, estilofaríngeo. 
Artérias: 
-Artéria facila; 
-Artéria lingual; 
-Artéria maxilar ​(ramos da artéria 
carótida externa). 
Nervos: 
-Plexo faríngeo​: receve ramos do nervo 
vago (NC x), do nervo glossofaríngeo (NC 
IX) e do nervo maxilar (NC V2). 
 
➱Definição da faringe 
A ​faringe é uma coluna muscular que se 
inicia posteriormente à cavidade nasal e 
cursa inferiormente atrás da cavidade oral, 
antes de finalmente se juntar à laringe e ao 
esôfago. Baseado em suas relações 
anteriores, a faringe consiste em três 
regiões: 
● Nasofaringe - posterior à cavidade 
nasal 
● Orofaringe - posterior à cavidade 
oral 
● Laringofaringe - posterior à laringe 
➱Músculos da faringe 
Existem seis músculos faríngeos no total, 
que podem ser divididos em dois grupos: 
● Constritores da faringe 
○ Superior 
○ Médio 
○ Inferior 
● Músculos longitudinais 
○ Palatofaríngeo 
○ Salpingofaríngeo 
○ Estilofaríngeo 
Função 
Todos agem na faringe, constringindo-a ou 
elevando-a. 
 
Inervação 
Todos eles são inervados pelo plexo 
faríngeo e ramo faríngeo do nervo vago, 
exceto o estilofaríngeo, que é inervado 
pelo nervo glossofaríngeo. 
 
Constritor superior da faringe 
Origem​: hâmulo pterigóideo, rafe 
pterigomandibular, trígono retromolar da 
mandíbula, face lateral da língua. 
Inserção​: tubérculo faríngeo do osso 
occipital. 
 
Constritor médio da faringe 
Origem​: ligamento estilo-hióideo, cornos 
maior e menor do osso hioide. 
Inserção​: rafe faríngea. 
 
Constritor inferior da faringe 
Origem​: linha oblíqua da cartilagem 
tireoide da laringe, aspecto lateral da 
cartilagem cricoide da laringe. 
Inserção​: rafe faríngea. 
 
Palatofaríngeo 
Origem​: borda posterior do palato duro e 
aponeurose palatina. 
Inserção​: aspecto posterior da lâmina da 
cartilagem tireoide da laringe, laterais da 
faringe e do esôfago. 
 
Salpingofaríngeo 
Origem​: cartilagem da tuba auditiva. 
Inserção​: se funde com o músculo 
palatofaríngeo. 
 
Estilofaríngeo 
Origem​: processo estiloide do osso 
temporal. 
Inserção​: borda póstero-superior da 
cartilagem tireoide. 
 
Todos os músculos da faringe ajudam a 
empurrar o bolo alimentar em direção ao 
esôfago durante a deglutição, seja 
contraindo ou encurtando a própria 
faringe. Alguns dos músculos ajudam 
ainda na fala. 
 
 
 
 
 
 
➱Artérias da faringe 
A faringe é um local com uma rica 
quantidade de anastomoses, tornando-a 
uma estrutura anatômica de elevada 
vascularização. Três artérias principais são 
responsáveis por seu suprimento 
sanguíneo, todas se originando da ​artéria 
carótida externa​, que passa através da 
cabeça e pescoço: 
● Artéria facial 
● Artéria lingual 
● Artéria maxilar 
Elas suprem a faringe passando próximas à 
mesma ou emitindo artérias faríngeas 
ascendentes e descendentes. Além destas 
artérias existem outras que estão 
intimamente relacionadas à faringe, mas 
não necessariamente a fornecem sangue 
fresco. A ​drenagem venosa desta região 
se dá através da veia palatina externa, que 
drena para o plexo faríngeo. Em seguida o 
plexo faríngeo drena para a veia jugular 
interna. 
➱Nervos da faringe 
A principal estrutura anatômica que inerva 
a garganta é o plexo nervoso faríngeo. Ele 
se origina de três nervos cranianos 
principais: 
● Nervo vago (NC X) 
● Nervo glossofaringeo (NC IX) 
● Nervo maxilar (NC V2) 
Os ramos faríngeos do ​nervo vago 
fornecem inervação motora para todas as 
estruturas e músculos da faringe, exceto o 
estilofaríngeo. Este recebe inervação 
motora do ​nervo glossofaríngeo​. 
Além disso, os ramos faríngeos do nervo 
glossofaríngeo fornecem a maior parte da 
inervação sensitiva da faringe. A exceção é 
a nasofaringe; suas partes anterior e 
superior são inervadas pelo ​nervo 
maxilar​. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nota clínica 
Faringite 
A faringite é uma inflamação que acomete 
a ​faringe​, parte superior da garganta que 
liga o nariz e a boca ao ​esôfago e à 
laringe​. Ela pode ser causadapor bactérias 
ou vírus (a maioria dos casos). Os vírus 
mais frequentes são: adenovírus, rinovírus, 
vírus da parainfluenza, ​Coxsackie (o 
mesmo da ​doença mão-pé-boca​), ​Herpes 
simplex (HSV, que provoca ​herpes 
simples e ​herpes genital​), Epstein-Barr 
(VEB, que causa a ​mononucleose​), 
citomegalovírus e HIV (causador da 
aids​). 
A principal causa bacteriana são os 
estreptococos do grupo A, responsáveis 
por cerca de 10% dos casos em adultos. 
Essa bactéria requer atenção especial em 
razão do risco de sequelas 
pós-estreptocócicas, como ​febre 
reumática​. 
Em muitos casos, é comum a inflamação 
atingir também as ​amídalas (estruturas 
arredondadas que ficam nas laterais da 
garganta) culminando em uma 
faringoamidalite. 
 
Sintomas da faringite viral 
 
● Dor de garganta; 
● Dificuldade para engolir alimentos 
sólidos; 
● Coriza; 
● Tosse​; 
● Febre​ baixa, de até 38,5℃. 
 
Sintomas da faringite bacteriana 
● Dor de garganta; 
● Dificuldade para engolir alimentos 
sólidos; 
● Aumento dos linfonodos, gânglios 
localizados no pescoço e atrás das 
orelhas; 
● Dores no corpo; 
● Pode haver formação de secreção 
purulenta nas amídalas; 
● Febre alta que começa subitamente 
e pode chegar a 39℃. 
 
LARINGE 
➱A ​laringe é uma componente do sistema 
respiratório. É um complexo anatômico 
intrincado, constituído de muitos tecidos 
moles e rígidos, que permite que os seres 
humanos articulem utilizando sons e 
respirem através de um filtro bem 
construído. 
Está ​situada imediatamente acima da 
traquéia​, onde ​funciona como um filtro 
que retém todas as partículas acima de 
6nm e previne que elas cheguem aos 
pulmões e causem uma lesão química a 
eles. ​Ela também abriga as pregas 
vocais e ajusta o tom e o volume​, o que é 
essencial quando se trata de fonação. 
 
➱​Fatores importantes sobre laringe 
Função: 
Condução do ar e articulação do som. 
Cartilagens: 
-​Hialinas​: Tireoide, cricoide, aritenoide 
-​Elásticas​: Epiglote, corniculada, 
cuneiforme 
Músculos: 
Intrínsecos:cricotireoideo, cricoaritenóideo 
posterior, cricoaritenóideo lateral, 
aritenóideo transverso, aritenóideo 
oblíquo, tireoaritenóideos. 
Extrínsecos:esternohióideos, omo-hióideo, 
esterno-tireóideo, constrictor inferior, 
tireo-hióideo, digástrico, estilo-hióideo, 
mio-hióideo, gênio-hióide, hioglosso, 
gênioglosso. 
Vascularização: 
Vasos laríngeos (superior e inferior). 
Inervação: 
Nervo laríngeo interno, nervo laríngeo 
recorrente e nervo laríngeo externo - 
ramos do nervo vago (NC X). 
 
➱​Divisões da laringe 
A ​laringe conecta a faringe à traqueia, e 
pode ser encontrada na linha média do 
corpo humano, ao nível da terceira à sexta 
vértebras cervicais. 
Assim como a faringe, a laringe é dividida 
em ​três regiões​: 
● o vestíbulo 
● o ventrículo 
● a área infraglótica 
 
➱​Cartilagens da Laringe 
A laringe é composta de ​seis cartilagens 
individuais, das quais três são pareadas e 
três não pareadas. 
As​ cartilagens hialinas​ são as seguintes: 
● cartilagem tireoide (não pareada) 
● cartilagem cricoide (não pareada) 
● cartilagem aritenoide (pareada) 
 
(Cartilagem tireoide) 
 
 
(Cartilagem cricoide) 
 
 
(Cartilagem aritenoide) 
As ​cartilagens elásticas​ são as seguintes: 
● epiglote (não pareada) 
● cartilagem corniculada (pareada) 
● cartilagem cuneiforme (pareada) 
 
(Epiglote) 
 
(Cartilagem corniculada) 
A cartilagem tireoide é a maior de todas as 
cartilagens, e está ligada ao osso hioide 
através da membrana tireo-hióidea, 
enquanto as cartilagens corniculada e 
cuneiforme são consideradas cartilagens 
menores, devido às suas reduzidas 
dimensões. 
➱​Membranas e ligamentos 
As membranas e ligamentos da laringe são 
classificadas de acordo com as suas 
funções. 
Os grandes ​ligamentos extrínsecos 
incluem: 
● os dois ligamentos tireo-hióideos 
● o ligamento tireo-hióideo mediano 
● a membrana tireo-hióidea 
● o ligamento cricotireóideo mediano 
● o ligamento cricotraqueal 
 
(Ligamento tireo-hióideo lateral) 
 
 
(Ligamento tireo-hióideo mediano) 
 
(Membrana tireo-hióidea) 
 
(Ligamento cricotireóideo mediano) 
 
(Ligamento cricotraqueal) 
 
Os principais ​ligamentos intrínsecos da 
laringe incluem: 
● ligamento vocal 
● o cone elástico 
● a membrana quadrangular 
● o ligamento vestibular 
 
(Ligamento vocal) 
 
 
(Cone elástico) 
 
 
(Membrana quadrangular) 
 
(Ligamento vestibular) 
 
➱​Músculos da laringe 
-O ​músculo cricotireóideo é o único 
músculo da laringe que é inervado pelo 
nervo laríngeo externo, enquanto todos os 
outros são inervados pelo nervo laríngeo 
recorrente. Ele aumenta a tensão nos 
ligamentos vocais porque emerge do arco 
da cartilagem cricoide e se insere na 
lâmina e no corno inferior da cartilagem 
tireoide. 
-O ​músculo tireoaritenoide reduz a 
tensão nos ligamentos vocais, porque se 
origina no ângulo da cartilagem tireoide e 
se estende ao longo do processo vocal da 
cartilagem aritenoide. 
-O ​músculo cricoaritenóideo ​posterior 
abre a rima glótica, enquanto o músculo 
cricoaritenóide lateral, o músculo 
aritenóideo transverso e o músculo 
aritenóideo oblíquo a fecham. Ele se 
origina da lâmina da cartilagem cricoide e 
se insere no processo muscular da 
cartilagem aritenoide. 
-O ​cricoaritenóideo lateral se insere da 
mesma forma que o músculo 
cricoaritenóideo posterior. Ele emerge da 
parte lateral do arco da cartilagem 
cricoide. 
-O ​músculo aritenóideo transverso se 
origina do processo muscular da 
cartilagem aritenoide e se estende até o 
processo muscular da cartilagem 
aritenoide oposta. 
-O ​músculo aritenóideo oblíquo 
aparentemente não possui origem, uma vez 
que se estende entre as duas cartilagens 
aritenoides e se insere em cada um de seus 
ápices. 
-O ​ariepiglótico e o ​tireoepiglótico são 
dois músculos que auxiliam no fechamento 
da abertura laringofaríngea, ao se 
inserirem na epiglote. O primeiro emerge 
do ápice da cartilagem aritenoide, e o 
segundo da lâmina da cartilagem tireoide. 
 
(Músculo cricotireoideo) 
 
(Músculo tireoaritenoideo) 
 
(Músculo cricoaritenoideo posterior) 
 
(Músculo cricoaritenoideo lateral) 
 
(Músculo aritenoideo transverso) 
 
(Músculo aritenoideo oblíquo) 
 
(Músculo ariepiglótico) 
 
(Músculo tireoepiglótico) 
 
➱​Suprimento sanguíneo da laringe 
O suprimento ​arterial da laringe é 
fornecido pela artéria laríngea superior e 
pela ​artéria laríngea inferior​. A 
drenagem venosa ​é realizada pela ​veia 
laríngea superior e pela veia laríngea 
inferior​. 
 
(Artéria laríngea superior) 
 
(Veia laríngea superior) 
➱​Inervação da laringe 
A inervação motora e sensitiva da laringe é 
dada inteiramente pelo ​nervo vago (NC 
X)​. Os ​três ramos que contribuem 
incluem o nervo laríngeo interno, o nervo 
laríngeo recorrente e o nervo laríngeo 
externo. 
 
(Laringe) 
 
(Ramo interno do nervo laríngeo superior) 
 
(Nervo laríngeo recorrente) 
 
(Ramo externo do nervo laríngeo superior) 
 
Nota clínica 
Laringite 
A laringite é uma patologia muito comum 
que ocorre quando a mucosa da laringe e 
as cordas vocais se tornam inflamadas. 
Isso resulta em uma perda temporária 
parcial ou completa da voz do paciente, 
uma vez que as cordas vocais ficam 
irritadas. Se a voz permanece audível, ela é 
geralmente rouca. 
Ela pode ser aguda, durando menos de três 
semanas, ou se tornar crônica. Sua origem 
pode ser infecciosa ou não infecciosa. 
Estímulos nocivos incluem infecções 
virais, bacterianase fúngicas, enquanto 
causas não infecciosas incluem refluxo 
ácido, excesso de tosse, alergias e excesso 
de uso das cordas vocais. O tratamento 
depende do tipo de causa, mas inclui 
primariamente repouso das cordas vocais, 
de forma que não ocorram danos de longo 
prazo. 
TRAQUÉIA 
➱A traqueia é um órgão tubular e 
cilíndrico que faz parte do ​sistema 
respiratório dos mamíferos. Ela está 
localizada entre a laringe e os brônquios. 
Num ser humano adulto a traqueia mede 
entre 15 e 20 cm e cerca de 1,5 cm de 
diâmetro. 
A traqueia é uma estrutura tubular 
cartilaginosa do trato respiratório 
médio. 
 
➱​Ela conecta: 
● a margem inferior da laringe 
● com o trato respiratório inferior, ou 
seja, os pulmões 
 
➱​Fatores importantes sobre a traquéia 
Geral: 
-9-15 cm comprimento; 
-25 mm diâmetro; 
-Desde a 6ª vértebra cervical até ao nível 
da 4ª à 7ª vértebras torácicas ; 
-É constituído por cerca de 15-20 
cartilagens hialinas. 
 
Limites: 
-anterior: ​arco aórtico; 
-posterior: ​esôfago; 
-Bifurca-se no mediastino superior- 
carina​- com um leve desvio para a direita, 
criando os brônquios principais direito e 
esquerdo. 
Artérias: 
-Artérias tireóideas inferiores 
 
Nervos: 
-Fibras simpáticas e parassimpáticas; 
-Nervo vago. 
 
Clínica: 
-Agenesia traqueal; 
-Fístula traqueoesofágica; 
-Estenose traqueal; 
-Traqueomalácia; 
-Câncer. 
 
➱​Características Gerais 
A ​traqueia é um cilindro oco que se 
estende por aproximadamente nove a 
quinze centímetros, desde a ​sexta 
vértebra cervical​, onde ela se continua 
com a laringe, até o ponto onde se 
bifurca nos dois ​brônquios principais​, 
ao nível da ​quarta à sétima (em outras 
referências da quarta à quinta) 
vértebras torácicas​. Seu diâmetro é de 
cerca de 25 milímetros, e só se alarga 
na sua margem inferior, onde ela se 
divide. 
 
(Traquéia) 
 
➱​Limites 
A traquéia desce para a cavidade torácica 
logo anterior ao esôfago, e se bifurca no 
mediastino superior com um leve desvio 
para a direita, criando os brônquios 
principais direito e esquerdo. Acima disso, 
entretanto, deve-se observar que a 
traqueia é uma ​estrutura mediana​, o que 
significa que ela cursa solitária na linha 
média do corpo. 
Anteriormente, o ​arco aórtico também 
desce antes de se curvar para o lado 
esquerdo da traqueia, logo acima do 
brônquio principal esquerdo. Outras 
estruturas adjacentes incluem as ​artérias 
braquiocefálica e ​carótida comum 
esquerda​. 
 
(Traquéia) 
 
(Brônquio principal direito) 
 
➱​Estrutura 
O órgão é constituído por cerca de ​quinze 
a vinte cartilagens hialinas​, que possuem 
o formato da letra “C”. Essas cartilagens 
fornecem rigidez estrutural para a traqueia 
e suas fibras elásticas longitudinais 
internas permitem que ela se estique e se 
desloque inferiormente durante a 
inspiração. Na bifurcação traqueal existe 
um marco anatômico conhecido como 
carina​, que é uma crista apontando 
superiormente em sua superfície interna. 
 
(Cartilagem traqueal) 
 
(Carina da traqueia) 
 
➱​Artérias e Nervos 
A traqueia é vascularizada pelas ​artérias 
tireóideas inferiores​, e inervada por 
fibras simpáticas e ​parassimpáticas​. A 
sensação de dor é controlada por fibras 
sensitivas do nervo vago (NC X). 
 
(Artéria tireóidea inferior) 
 
(Nervo vago) 
Doenças da Traquéia 
Diversas infecções respiratórias estão 
associadas à traqueia, por exemplo: 
● Doença de Kartagener 
● Câncer de Traqueia 
● Estenose da Traqueia 
● Malácia da Traqueia 
● Traqueíte Bacteriana 
Nota clínica 
Existem muitas formas de distúrbios 
patológicos que podem afetar a traqueia. 
Aqui estão várias desordens que devem ser 
mencionadas, com um breve resumo sobre 
a doença. 
 
Duas condições não patológicas porém 
sérias da traqueia incluem o engasgo e o 
corpo estranho traqueal. O ​engasgo pode 
ocorrer devido à inspiração acidental de 
alimento ou líquido no vestíbulo laríngeo, 
e a tosse é o reflexo natural para se 
remover estes resíduos. Um ​corpo 
estranho que penetre na traqueia, 
entretanto, é muito mais sério. 
Dependendo do tamanho do objeto 
inspirado ele pode viajar inferiormente até 
os brônquios, e obstruir completamente a 
respiração, resultando em morte caso uma 
ação não seja tomada imediatamente. 
 
Defeitos congênitos da traqueia incluem a 
agenesia traqueal e a ​fístula 
traqueoesofágica​. No primeiro caso 
ocorre uma falha do desenvolvimento da 
traqueia, que carrega consequências fatais. 
Já a fístula é uma má formação 
embriológica na qual um canal persistente 
conecta a traquéia ao esôfago. O alimento 
deglutido é capaz de passar para a 
traqueia, e isso possui sérias 
consequências se deixado sem tratamento. 
 
Por fim, algumas doenças adquiridas 
incluem estenose traqueal, traqueomalácia 
e câncer traqueal. A ​estenose traqueal é o 
estreitamento do tubo traqueal devido a 
inflamação do revestimento respiratório 
interno. A ​traqueomalácia é uma 
desordem que pode ocorrer devido ao 
tabagismo ou a uma lesão, e resulta na 
perda da rigidez da traqueia. Em crianças, 
entretanto, esse distúrbio é congênito. O 
câncer traqueal é bastante raro, mas 
geralmente diagnosticado depois de um 
longo período de tosse ou dificuldade 
respiratória devido ao crescimento da 
lesão, que obstrui a via aérea. 
 
 
 
 
 
BRÔNQUIOS, PULMÕES E 
PLEURA 
➱Fatos importantes 
Árvore traqueobrônquica: 
Traqueia (C2-T4/5) -> brônquios 
principais (direito e esquerdo) -> 
brônquios lobares (secundários) -> 
brônquios segmentares (terciários) -> 
bronquíolos condutores -> bronquíolos 
terminais -> bronquíolos terminais -> 
bronquíolos respiratórios 
 
Pleura: 
-A ​pleural parietal está em contato com as 
paredes da cavidade torácica e do 
mediastino. 
-A ​cavidade pleural é preenchida por 
fluido para reduzir o atrito. 
-A ​pleura visceral adere ao tecido 
pulmonar. 
 
Anatomia do pulmão: 
-Base, ápice, duas superfícies (costal, 
mediastinal), três bordas (anterior, 
posterior, inferior); 
-O ​hilo contém a artéria pulmonar, as duas 
veias pulmonares, o brônquio principal, as 
artérias brônquicas, as veias brônquicas, os 
nervos e os vasos linfáticos. 
 
Inervação: 
-Simpática: Tronco simpático 
-Parassimpática: Nervo vago 
 
Drenagem linfática: 
Linfonodos (gânglios) traqueobrônquicos. 
 
Sistemas circulatórios no pulmão: 
-​Circulação pulmonar​: ventrículo direito 
-> tronco pulmonar -> duas artérias 
pulmonares -> capilares pulmonares -> 
pulmões -> quatro veias pulmonares -> 
átrio esquerdo 
-​Circulação brônquica​: artérias 
brônquicas (surgem da aorta torácica) e 
veias (drenam para as veias pulmonares ou 
ázigos). 
 
 
➱Traqueia e brônquios 
A traqueia é o início da árvore respiratória. 
Ela é um tubo musculocartilagenoso que 
se estende desde a cartilagem cricoide, ao 
nível de C2, até a sua bifurcação ao nível 
de T4/T5. As cartilagens em forma da letra 
"C" nas quais consistem as paredes 
anterior e lateral da traqueia mantém seu 
lúmen constantemente aberto e disponível 
para a condução do ar, enquanto a parede 
posterior é muscular. 
A traquéia se bifurca nos ​brônquios 
principais direito e esquerdo, com cada 
brônquio passando pelo hilo de seu 
respectivo pulmão. O brônquio principal 
direito é maior e possui um curso mais 
vertical que o direito, este é o motivo pelo 
qual as partículas estranhas aspiradas vão 
preferencialmentepara o brônquio direito 
e atingem o pulmão direito. Depois de 
entrar no parênquima pulmonar, os 
brônquios principais se ramificam e 
emitem as próximas gerações de brônquios 
sucessivamente menores, conduzindo ar 
profundamente para os pulmões: 
● Brônquio (secundário) lobar​; um 
para cada lobo pulmonar (três para 
o pulmão direito e dois para o 
pulmão esquerdo). 
● Brônquio (terciário) segmentar​; 
um para cada segmento 
broncopulmonar, que por definição 
são os segmentos pulmonares 
supridos pelos brônquios 
segmentares e ramo segmentar 
associado da artéria pulmonar. Os 
brônquios segmentares sofrem 
múltiplas divisões, eventualmente 
resultando nos bronquíolos. 
● Os muitos ​bronquíolos de 
condução​; a terminologia varia de 
brônquio para bronquíolo quando a 
estreita passagem aérea não possui 
cartilagem de suporte. 
● Bronquíolos terminais​; os ramos 
finais e menores ramos da via de 
condução aérea, transição para os 
bronquíolos respiratórios. 
● Bronquíolos​ ​respiratórios​; dão 
origem aos ductos alveolares. 
➱Função dos Brônquios 
● conduzido até os alvéolos 
pulmonares; 
● aquecido, devido à presença de 
vasos sanguíneos; 
● umidificado, devido à presença de 
secreção serosa; e 
● limpo, devido à presença de um 
epitélio com muco e cílios, que 
atuam, respectivamente, retendo 
partículas e garantindo a 
movimentação do muco em direção 
à faringe. 
 
➱Características dos Brônquios 
Os brônquios primários, antes de 
penetrarem nos pulmões pelo hilo (porção 
extrapulmonar), apresentam uma estrutura 
semelhante à presente na traqueia, 
entretanto possuem um diâmetro menor. O 
brônquio primário direito é menor e mais 
largo que o esquerdo, o que facilita a 
entrada de corpos estranhos. 
Assim como na traqueia, ​os brônquios 
apresentam cartilagem, ​que permite que 
o ar flua adequadamente em direção aos 
alvéolos. Nas paredes brônquicas, 
observa-se a presença de placas 
cartilaginosas encurvadas e menos 
extensas que na traqueia, as quais 
proporcionam rigidez a essa estrutura. 
Entretanto, apesar da rigidez, as placas 
cartilaginosas ainda permitem mobilidade, 
o que garante a expansão e contração dos 
pulmões. 
Nos locais onde não se observa a presença 
de placas cartilaginosas, está presente o 
músculo liso. À medida que os brônquios 
se tornam mais finos, há a redução da 
quantidade de cartilagem, que, por sua vez, 
está ausente nos bronquíolos. 
No que diz respeito ​à camada interna dos 
brônquios​, ela é composta por ​epitélio 
cilíndrico pseudoestriado ciliado​, com 
células caliciformes (especializadas na 
produção de muco), como observado na 
traqueia. No lúmen brônquico, abrem-se 
ductos de glândulas seromucosas. 
Nos bronquíolos, o epitélio é cilíndrico 
simples ciliado e, nos bronquíolos 
terminais menores, é cúbico ciliado. À 
medida que o epitélio se aproxima dos 
ductos alveolares, observa-se uma menor 
quantidade de cílios. Além disso, há 
também a diminuição da altura do epitélio. 
 
➱Pleura 
A pleura é uma bolsa serosa que consiste 
nas camadas parietal e visceral. A ​pleura 
parietal está em contato com as paredes 
da cavidade torácica e o mediastino, 
enquanto a ​pleura visceral se adere ao 
tecido pulmonar. 
O espaço entre estas duas camadas é 
chamado de ​cavidade pleural​. Ele é 
preenchido com cerca de 20 mililitros de 
líquido seroso, que ajuda a reduzir a 
fricção durante a respiração. A função da 
pleura também é contribuir com o sistema 
de pressão que permite a expansão e 
colapso dos pulmões durante a respiração. 
 
 
 
PULMÕES 
➱​Os pulmões são os nossos dois órgãos 
respiratórios. Eles encontram-se 
lateralmente no interior das cavidades 
pleurais do tórax. A árvore brônquica 
conduz ar para dentro e para fora dos 
pulmões. 
Cada pulmão possui uma base, um ápice, 
duas superfícies (costal e mediastinal) e 
três margens (anterior, posterior e 
inferior). A base encontra-se sobre o 
diafragma, enquanto o ápice se projeta em 
direção à abertura torácica superior. A face 
medial é de grande interesse, pois contém 
o hilo pulmonar. O ​hilo pulmonar é uma 
passagem para a artéria pulmonar, duas 
veias pulmonares e o brônquio principal, 
além de nervos e vasos linfáticos. 
 
Os dois pulmões não são idênticos. O 
pulmão direito possui ​três lobos​; inferior, 
superior e médio. Estes lobos se 
subdividem, emitindo 10 segmentos 
broncopulmonares, que são as unidades 
funcionais do tecido pulmonar. Os lobos 
pulmonares direitos são separados por 
duas fissuras; oblíqua e horizontal. A 
superfície mediastinal do pulmão direito 
está em contato com o coração, a veia cava 
superior, a veia cava inferior, a veia ázigos 
e o esôfago. As impressões destas 
estruturas podem ser vistas na superfície 
medial do pulmão. 
O ​pulmão esquerdo possui somente ​dois 
lobos​; superior e inferior, e 8 segmentos 
pulmonares. Os lobos são separados por 
uma única fissura oblíqua. A superfície 
mediastinal do pulmão esquerdo 
demonstra impressões das seguintes 
estruturas: o coração, o arco aórtico, a 
aorta torácica e o esôfago. 
 
➱Inervação pulmonar 
Os pulmões e a pleura visceral são 
supridos pelo ​plexo pulmonar anterior e 
pelo ​plexo pulmonar posterior​, que, 
como indiciado por seus nomes, se 
encontram anteriormente e posteriormente 
à bifurcação traqueal. A fonte de inervação 
simpática para o plexo é o tronco 
simpático, enquanto a fonte parassimpática 
é o nervo vago. Eles atuam de maneira 
sincronizada,com a estimulação simpática 
levando à broncodilatação, e a 
parassimpática levando à 
broncoconstrição. 
➱Drenagem linfática dos pulmões 
A linfa dos pulmões drena para os 
linfonodos traqueobrônquicos​, que se 
encontram ao redor dos brônquios 
principais e lobares, e ao longo das laterais 
da traqueia. Eles se estendem de dentro 
dos pulmões através do hilo e mediastino 
posterior. Os vasos dos linfonodos 
traqueobrônquicos se unem com os vasos 
dos linfonodos paraesternais e 
braquiocefálicos, formando os ​troncos 
broncomediastinais direito e esquerdo. 
Estes troncos eventualmente drenam para 
o ângulo venoso ou para o ducto torácico. 
 
➱Circulação pulmonar 
Os pulmões possuem dois sistemas 
circulatórios: funcional e nutritivo. O 
sistema circulatório funcional, ou 
pulmonar, consiste em duas artérias 
pulmonares e quatro veias pulmonares. As 
artérias pulmonares se originam do 
tronco pulmonar, e levam sangue 
desoxigenado do ventrículo direito para os 
pulmões. 
Ao se dividir em vasos menores e 
finalmente nos capilares pulmonares, elas 
atingem a superfície respiratória dos 
pulmões. Por outro lado, os pares direito e 
esquerdo de ​veias pulmonares carregam 
sangue oxigenado dos pulmões para o 
átrio esquerdo do coração. 
O sistema circulatório nutritivo dos 
pulmões se refere à circulação brônquica. 
As ​artérias brônquicas fornecem 
oxigênio ao tecido dos pulmões, 
suportando a função primária de troca 
gasosa dos mesmos. As 4 artérias 
brônquicas se originam da aorta torácica: 
artéria brônquica direita, duas artérias 
brônquicas esquerdas e artérias brônquicas 
superiores. Por outro lado, as ​veias 
brônquicas drenam o tecido pulmonar 
para o átrio direito através das veias 
pulmonares ou ázigos. 
 
(Artéria brônquica) 
 
(Veias brônquicas) 
➱Alvéolos 
Os ​alvéolos são as unidades terminais da 
árvore respiratória. A definição completa 
de alvéolo é quesão finas proeminências 
das paredes dos bronquíolos respiratórios, 
especializados em trocas gasosas. 
Os alvéolos são encontrados em grupos 
chamados de sacos alveolares. A fina 
parede dos alvéolos é o local onde a troca 
gasosa ocorre. Juntamente com os 
capilares, os alvéolos formam a 
membrana respiratória​, cujas camadas 
são: as células escamosas dos alvéolos, a 
membrana basal de um alvéolo, a 
membrana basal do capilar e o endotélio 
do capilar. 
 
 
Nota clínica 
Bronquite 
A bronquite é uma ​inflamação nos 
brônquios ​e pode acometer todas as 
idades, porém ocorre com maior 
frequência em crianças e idosos. Essa 
doença, que geralmente provoca a 
eliminação de ​catarro e tosse, pode ter 
diversas causas, ocorrendo, por exemplo, 
após uma infecção viral, como a gripe, 
infecção por bactérias ou mesmo ser 
desencadeada por certos agentes, como 
gases, fumaça ou pó. 
Ela ​pode ser classificada em ​aguda ou 
crônica​, sendo a diferença entre as duas a 
duração dos sintomas. Na bronquite aguda, 
temos uma duração mais curta. A 
bronquite crônica, por sua vez, é, de 
acordo com o Ministério da Saúde, uma 
“doença que causa tosse e expectoração 
na maioria dos dias, por ​no mínimo três 
meses por ano, durante dois anos 
consecutivos”​. Ainda de acordo com o 
Ministério, a principal causa é o 
tabagismo. 
 
Doenças da Pleura 
A pleura é uma pequena camada de tecido 
fino que reveste os pulmões (pleura 
visceral) e a parede interna do tórax 
(pleura parietal). Em indivíduos sadios 
existe um fluxo constante de líquido entre 
essas duas camadas finas, contudo, as 
doenças pleurais podem causar um 
acúmulo de líquido entre as pleuras, o 
chamado derrame pleural. Dentre as 
causas mais comuns de derrame pleural 
estão a tuberculose, o câncer e a 
pneumonia. 
 
Derrame pleural 
​O derrame pleural é a presença excessiva 
de líquido no espaço pleural (entre o 
pulmão e as costelas). 
A VATS - Video Assisted Thoracic 
Surgery - (cirurgia com vídeo) pode ser 
realizada para tratar este problema das 
seguintes formas: 
- Ao remover o líquido espessado ou 
tecido fibroso que não permite a expansão 
pulmonar, aplicando substâncias que 
reduzem o acúmulo de líquido. ​ 
- ​​Ao inserir pequenos tubos de drenagem. 
Tais procedimentos permitem o retorno do 
pulmão ao seu lugar e a redução dos 
sintomas respiratórios. 
 
Pneumotórax 
O pneumotórax ocorre quando o ar escapa 
ou penetra no espaço pleural (entre o 
pulmão e as costelas), causando um 
colapso total ou parcial do pulmão. 
A VATS - Video Assisted Thoracic 
Surgery - (cirurgia com vídeo) é realizada 
para tratar e prevenir a repetição desse 
problema ou quando um tratamento prévio 
com a drenagem pleural é insuficiente. 
Uma pequena parte superior do pulmão 
que contém “bolhas” é retirada e uma 
reação inflamatória local é criada para 
promover a aderência entre o pulmão e a 
parede torácica (a esse procedimento 
chamamos pleurodese).​​ 
 
Pneumonia 
A pneumonia é uma ​inflamação dos 
pulmões que pode ser desencadeada por 
diferentes agentes e produz sinais e 
sintomas respiratórios. Ela pode ser 
classificada de diferentes formas, sendo 
uma dessas classificações a divisão da 
pneumonia em dois tipos: ​a hospitalar e ​a 
adquirida na comunidade​. 
 
A pneumonia adquirida no hospital ou 
hospitalar ​é uma complicação frequente 
em pacientes hospitalizados, sendo esse 
problema considerado a segunda causa de 
infecção em pacientes nessas condições. 
Ela se manifesta clinicamente após 48 
horas da internação ou em menos de 48 
horas após a alta do hospital. A 
pneumonia adquirida na comunidade​, 
por sua vez, é aquela infecção que ocorre 
em indivíduos sem que haja relação com o 
ambiente hospitalar. Nesse caso, ela se 
manifesta clinicamente na comunidade ou 
em até 48 horas de uma internação. 
CAUSA: 
A pneumonia apresenta diferentes causas, 
podendo ser desencadeada por ​agentes 
infecciosos ou ser consequência de 
processos alérgicos, ​sendo, nesse caso, 
provocada por agentes como fumaça e 
produtos químicos​. Dentre os agentes 
infecciosos, podemos destacar as ​infecções 
virais, as bacterianas e as fúngicas​. Na 
maioria dos casos, no entanto, a doença 
costuma ser causada por uma bactéria, o 
Streptococcus pneumoniae ​(também 
chamada de pneumococo). 
Frequentemente a pneumonia é associada 
com a gripe, sendo uma complicação grave 
dessa virose. Nesses casos, o que ocorre 
normalmente é o comprometimento dos 
sistemas de defesa, facilitando a ação de 
organismos causadores de pneumonia, 
como o pneumococo. O vírus Sars-Cov-2, 
causador da COVID-19, pode ser 
responsável também por causar a 
pneumonia. 
 
SINTOMAS: 
A pneumonia é uma doença que afeta os 
pulmões, desencadeando problemas como 
tosse, produção de muco, falta de ar e 
dores no tórax, as quais podem ser 
intensificadas com uma respiração 
profunda. Além disso, a pneumonia 
provoca ​febre alta, calafrios, alterações 
na pressão arterial, perda de apetite, 
mal-estar e fraqueza. 
PREVENÇÃO DA PNEUMONIA 
A pneumonia pode ser prevenida com a 
adoção de algumas medidas simples, ​tais 
como lavar as mãos, evitar 
aglomerações, não fumar (o fumo 
facilita a penetração de agentes 
infecciosos), fazer a correta higienização 
do ar-condicionado e se vacinar. A 
vacina antipneumocócica conjugada é 
oferecida pelo SUS para menores de 2 
anos, pessoas com mais de 60 anos, 
principalmente residentes em asilos ou 
casas de apoio, indígenas, profissionais da 
saúde, gestantes e pessoas com condições 
que predisponham a infecções 
pneumocócicas. Além dessa vacina, é 
importante destacar que a ​vacina contra a 
gripe ​também ajuda a evitar alguns tipos 
de pneumonia.

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