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Sistema respiratório Nariz e seios paranasais ➱Nariz O nariz é a parte mais proeminente da face humana. Ele possui partes internas e externas. Se você trabalha no mundo artístico, a aparência da parte externa é certamente muito importante. Entretanto, além da estética, o nariz externo também funciona para proteger o nariz interno e permitir a entrada de ar. A parte interna do nariz é chamada de cavidade nasal. Ela está envolvida na respiração, olfato, fala e paladar. ➱Nariz externo A anatomia nasal externa é bastante simples. O nariz é uma estrutura piramidal, com sua raiz localizada superiormente e seu ápice encontrando-se inferiormente. A raiz é contínua com a fronte, e a parte entre a raiz e o ápice é chamada de dorso do nariz. Inferiormente ao ápice existem duas narinas, que são aberturas para a cavidade nasal. As narinas são separadas pelo septo nasal, e são limitadas lateralmente pelas aletas nasais (asas da narina), que são os processos laterais do septo. O nariz externo é constituído em componentes ósseos e cartilaginosos. A parte óssea dá a forma da raiz nasal, formada pelos ossos nasal, maxilar e frontal. A parte cartilaginosa localiza-se inferiormente, e é composta de várias cartilagens alares, duas laterais e uma septal: ● Cartilagens alares: a cartilagem alar maior forma o ápice do nariz, as cartilagens alares menores suportam as aletas nasais ● Processo lateral da cartilagem alar forma o dorso do nariz ● Cartilagem septal: limita as narinas medialmente Note que a cartilagem septal é ligada tanto ao septo nasal ósseo (que na verdade é a placa perpendicular do osso etmoide) quanto ao vômer. Tanto o septo nasal quanto o vômer são partes ósseas do nariz interno. ➱Cavidade nasal A parte interna do nariz é a cavidade nasal. As duas cavidades nasais encontram-se no interior do nariz externo e nas porções adjacentes do crânio. As cavidades se abrem anteriormente para a face através das duas narinas. Posteriormente as cavidades se comunicam com a nasofaringe através de duas aberturas chamadas coanas. Além das aberturas anterior e posterior, cada cavidade nasal possui um teto, um assoalho, e paredes lateral e medial. Existem 12 ossos cranianos no total que contribuem para a estrutura da cavidade nasal, que incluem os ossos pareados nasais, maxila, palatino e lacrimal, bem como os ossos não pareados etmoide, esfenoide, frontal e vômer. De entre todos eles, o osso etmoide é o elemento mais importante, por duas razões: primeiramente, ele forma a maior porção da estrutura esquelética nasal, ao formar o assoalho e as paredes das cavidades nasais; e em segundo lugar, ele contém as células etmoidais, que, como um grupo, são um dos quatro seios paranasais. Três prateleiras ósseas chamadas de conchas nasais inferior, média e superior se prendem às paredes laterais, projetando-se para o interior das cavidades, e dividem as cavidades nasais em quatro canais aéreos: ● Meato nasal inferior: entre o assoalho e a concha inferior ● Meato nasal médio: entre as conchas inferior e média ● Meato nasal superior: entre as conchas média e superior ● Recesso esfenoetmoidal: entre a concha superior e o teto da cavidade nasal A cavidade nasal é dividida em três regiões, alinhadas como se fossem um edifício de três andares. O vestíbulo, localizado logo no interior da abertura anterior externa do nariz (primeiro andar); contém folículos pilosos. A região respiratória, a maior região; é revestida por epitélio respiratório (segundo andar). Finalmente, a região olfatória, uma pequena área localizada dentro do crânio, no ápice superior da cavidade; é revestida por células olfatórias e receptores (terceiro andar). As duas cavidades nasais se comunicam com quatro recessos ósseos denominados seios paranasais. Eles são nomeados de acordo com os ossos em que se encontram como seios esfenoidal, maxilar e frontal, e as células etmoidais. Todos os seios são recobertos por mucosa respiratória e inervados pelo nervo trigêmeo (NC V). Seios paranasais Os seios paranasais são cavidades aéreas que ajudam na circulação do ar que é inspirado e expirado pelo sistema respiratório. Eles estão situados ao redor da cavidade nasal, e são todos pareados e algumas vezes simétricos, sendo sempre bilaterais. Existem quatro diferentes pares de seios, e eles são chamados: ● seios maxilares ● seios frontais ● seios esfenoidais ● seios etmoidais ➱Fatos importantes sobre os Seios paranasais: Seios Maxilares: Limite superior - órbita óssea Limite inferior - osso maxilar alveolar, raízes dos dentes correspondentes Limite medial - cavidade nasal Limites lateral e anterior - osso malar Limite posterior - fossa pterigopalatina, fossa infratemporal Suprimento sanguíneo: artérias alveolar superior anterior, média, posterior (ramos da artéria maxilar). Inervação: nervo alveolar superior anterior, médio, posterior (ramos do nervo maxilar). Drenagem linfática: linfonodos submandibulares. Seios Frontais: Limite anterior - fronte, arcos superciliares Limites superior e posterior - fossa craniana anterior Limite inferior - órbita óssea, seios etmoidais anteriores, cavidade nasal Limite medial - seio contralateral Suprimento sanguíneo: artérias etmoidal anterior, supraorbitária, supratroclear (ramos da artéria oftálmica) Inervação: nervos supraorbitário e supratroclear (ramos do nervo oftálmico) Drenagem linfática: linfonodos submandibulares. Seios Esfenoidais: Limite anterior - cavidade nasal Limite superior - fossa hipofisária, glândula hipófise, quiasma óptico Limite inferior - nasofaringe, canal pterigoide Suprimento sanguíneo: artéria etmoidal posterior, ramos nasais laterais posteriores (ramos da artéria oftálmica) Inervação: nervo etmoidal posterior (ramos do nervo nasociliar), ramo orbitário do gânglio pterigopalatino Drenagem linfática: linfonodos retrofaríngeos. Seios Etmoidais: Limite superior - fossa craniana anterior, osso frontal Limite lateral - órbita óssea Limite medial - cavidade nasal Suprimento sanguíneo: artérias etmoidais anterior, posterior, ramos nasais laterais posteriores (ramos da artéria oftálmica) Inervação: nervos etmoidais anterior e posterior (ramos do nervo nasociliar), nervos nasais lateral posterior e superior Drenagem linfática: linfonodos submandibulares e retrofaríngeos. ➱Seios Maxilares Os seios maxilares são os maiores de todos os seios paranasais. Eles possuem paredes finas, que são frequentemente penetradas pelas raízes longas dos dentes maxilares posteriores. A borda superior deste seio é a órbita óssea, a inferior é o osso maxilar alveolar e as raízes dos dentes correspondentes, a borda medial é constituída da cavidade nasal e as bordas lateral e anterior são limitadas pelo osso malar. Posteriormente existem dois espaços anatômicos conhecidos como fossa pterigopalatina e fossa infratemporal. (Linfonodos submandibulares) (Artéria alveolar superior posterior) (Nervo alveolar anterior superior) (Nervo alveolar superior posterior) (Nervo alveolar médio superior) ➱Seios frontais Anteriormente, os seios frontais são contidos pela fronte e pelosarcos superciliares, superiormente e posteriormente pela fossa craniana anterior e inferiormente pela órbita óssea, os seios etmoidais anteriores e a cavidade nasal. Medialmente os seios se relacionam um com o outro, separados pela linha média. Este par de seios possui um formato irregular quando comparados um ao outro, e não estão desenvolvidos ao nascimento. Eles atingem suas dimensões máximas e forma final por volta dos sete ou oito anos de idade. (Infundíbulo etmoidal) (Artéria etmoidal anterior) (Artéria supraorbital) (Artéria frontal) (Nervo oftálmico) ➱Seios esfenoidais Os mais posteriores de todos os seios da cabeça, os seios esfenoidais são grandes e irregulares, da mesma forma que seu septo, que é constituído pelo osso esfenoide. Lateralmente um seio cavernoso existe, sendo parte da fossa craniana média, e também a artéria carótida e os nervos cranianos III, IV, V/I, V/II e V/III podem ser encontrados. A parede anterior separa este par de seios da cavidade nasal e da fossa hipofisária, da glândula hipófise e do quiasma óptico superiormente, e da nasofaringe e do canal pterigoide, inferiormente. (Artéria etmoidal posterior) (Nervo etmoidal posterior) (Gânglio pterigopalatino) ➱Seios Etmoidais Superiormente aos seios etmoidais encontra-se a fossa craniana anterior e o osso frontal. Lateralmente podemos observar as órbitas, enquanto a cavidade nasal está situada medialmente. Os seios etmoidais são únicos, uma vez que eles são os únicos seios paranasais que são mais complexos do que uma única cavidade. De cada lado da linha média, um número entre três a dezoito células aéreas etmoidais podem se agrupar. Estas células aéreas são seios menores individuais agrupados em conjunto para formar um seio maior que envolve os meatos nasais anterior, médio e posterior. (Células etmoidais) (Células etmoidais) (Linfonodos submandibulares) (Artéria etmoidal anterior) (Artéria etmoidal posterior) (Nervo etmoidal anterior) (Nervo etmoidal posterior) Nota clínica Sinusite A sinusite é um quadro extremamente comum, que se apresenta como uma inflamação do epitélio dos seios. As causas podem ser infecções virais ou bacterianas, ou uma reação alérgica. A inflamação pode ser aguda ou crônica, e os seios maxilares são os mais frequentemente afetados. Antivirais, antibióticos e anti-histamínicos são prescritos em casos persistentes. FARINGE, LARINGE E TRAQUÉIA FARINGE ➱A faringe, mais comumente conhecida como garganta, é um tubo com cinco centímetros se estendendo posteriormente às cavidades nasal e oral, até a laringe. Ela forma basicamente uma passagem muscular para o ar, os alimentos e líquidos viajarem de seu nariz e boca até os seus pulmões ou estômago. ➱Função da faringe A estrutura tubular da faringe torna sua principal função bem óbvia - facilitar a passagem de ar, sólidos e líquidos do nariz e da boca. Assim, as funções da faringe são tanto relacionadas ao sistema digestivo quanto ao respiratório. Os músculos ainda ajudam no peristaltismo (constritores), bem como na deglutição e na fala (músculos longitudinais). ➱Fatores importantes sobre a faringe Músculos: -Constritores da faringe: Músculos superior, médio e inferior. -Músculos longitudinais: Palatofarígneo, salpingofaríngeo, estilofaríngeo. Artérias: -Artéria facila; -Artéria lingual; -Artéria maxilar (ramos da artéria carótida externa). Nervos: -Plexo faríngeo: receve ramos do nervo vago (NC x), do nervo glossofaríngeo (NC IX) e do nervo maxilar (NC V2). ➱Definição da faringe A faringe é uma coluna muscular que se inicia posteriormente à cavidade nasal e cursa inferiormente atrás da cavidade oral, antes de finalmente se juntar à laringe e ao esôfago. Baseado em suas relações anteriores, a faringe consiste em três regiões: ● Nasofaringe - posterior à cavidade nasal ● Orofaringe - posterior à cavidade oral ● Laringofaringe - posterior à laringe ➱Músculos da faringe Existem seis músculos faríngeos no total, que podem ser divididos em dois grupos: ● Constritores da faringe ○ Superior ○ Médio ○ Inferior ● Músculos longitudinais ○ Palatofaríngeo ○ Salpingofaríngeo ○ Estilofaríngeo Função Todos agem na faringe, constringindo-a ou elevando-a. Inervação Todos eles são inervados pelo plexo faríngeo e ramo faríngeo do nervo vago, exceto o estilofaríngeo, que é inervado pelo nervo glossofaríngeo. Constritor superior da faringe Origem: hâmulo pterigóideo, rafe pterigomandibular, trígono retromolar da mandíbula, face lateral da língua. Inserção: tubérculo faríngeo do osso occipital. Constritor médio da faringe Origem: ligamento estilo-hióideo, cornos maior e menor do osso hioide. Inserção: rafe faríngea. Constritor inferior da faringe Origem: linha oblíqua da cartilagem tireoide da laringe, aspecto lateral da cartilagem cricoide da laringe. Inserção: rafe faríngea. Palatofaríngeo Origem: borda posterior do palato duro e aponeurose palatina. Inserção: aspecto posterior da lâmina da cartilagem tireoide da laringe, laterais da faringe e do esôfago. Salpingofaríngeo Origem: cartilagem da tuba auditiva. Inserção: se funde com o músculo palatofaríngeo. Estilofaríngeo Origem: processo estiloide do osso temporal. Inserção: borda póstero-superior da cartilagem tireoide. Todos os músculos da faringe ajudam a empurrar o bolo alimentar em direção ao esôfago durante a deglutição, seja contraindo ou encurtando a própria faringe. Alguns dos músculos ajudam ainda na fala. ➱Artérias da faringe A faringe é um local com uma rica quantidade de anastomoses, tornando-a uma estrutura anatômica de elevada vascularização. Três artérias principais são responsáveis por seu suprimento sanguíneo, todas se originando da artéria carótida externa, que passa através da cabeça e pescoço: ● Artéria facial ● Artéria lingual ● Artéria maxilar Elas suprem a faringe passando próximas à mesma ou emitindo artérias faríngeas ascendentes e descendentes. Além destas artérias existem outras que estão intimamente relacionadas à faringe, mas não necessariamente a fornecem sangue fresco. A drenagem venosa desta região se dá através da veia palatina externa, que drena para o plexo faríngeo. Em seguida o plexo faríngeo drena para a veia jugular interna. ➱Nervos da faringe A principal estrutura anatômica que inerva a garganta é o plexo nervoso faríngeo. Ele se origina de três nervos cranianos principais: ● Nervo vago (NC X) ● Nervo glossofaringeo (NC IX) ● Nervo maxilar (NC V2) Os ramos faríngeos do nervo vago fornecem inervação motora para todas as estruturas e músculos da faringe, exceto o estilofaríngeo. Este recebe inervação motora do nervo glossofaríngeo. Além disso, os ramos faríngeos do nervo glossofaríngeo fornecem a maior parte da inervação sensitiva da faringe. A exceção é a nasofaringe; suas partes anterior e superior são inervadas pelo nervo maxilar. Nota clínica Faringite A faringite é uma inflamação que acomete a faringe, parte superior da garganta que liga o nariz e a boca ao esôfago e à laringe. Ela pode ser causadapor bactérias ou vírus (a maioria dos casos). Os vírus mais frequentes são: adenovírus, rinovírus, vírus da parainfluenza, Coxsackie (o mesmo da doença mão-pé-boca), Herpes simplex (HSV, que provoca herpes simples e herpes genital), Epstein-Barr (VEB, que causa a mononucleose), citomegalovírus e HIV (causador da aids). A principal causa bacteriana são os estreptococos do grupo A, responsáveis por cerca de 10% dos casos em adultos. Essa bactéria requer atenção especial em razão do risco de sequelas pós-estreptocócicas, como febre reumática. Em muitos casos, é comum a inflamação atingir também as amídalas (estruturas arredondadas que ficam nas laterais da garganta) culminando em uma faringoamidalite. Sintomas da faringite viral ● Dor de garganta; ● Dificuldade para engolir alimentos sólidos; ● Coriza; ● Tosse; ● Febre baixa, de até 38,5℃. Sintomas da faringite bacteriana ● Dor de garganta; ● Dificuldade para engolir alimentos sólidos; ● Aumento dos linfonodos, gânglios localizados no pescoço e atrás das orelhas; ● Dores no corpo; ● Pode haver formação de secreção purulenta nas amídalas; ● Febre alta que começa subitamente e pode chegar a 39℃. LARINGE ➱A laringe é uma componente do sistema respiratório. É um complexo anatômico intrincado, constituído de muitos tecidos moles e rígidos, que permite que os seres humanos articulem utilizando sons e respirem através de um filtro bem construído. Está situada imediatamente acima da traquéia, onde funciona como um filtro que retém todas as partículas acima de 6nm e previne que elas cheguem aos pulmões e causem uma lesão química a eles. Ela também abriga as pregas vocais e ajusta o tom e o volume, o que é essencial quando se trata de fonação. ➱Fatores importantes sobre laringe Função: Condução do ar e articulação do som. Cartilagens: -Hialinas: Tireoide, cricoide, aritenoide -Elásticas: Epiglote, corniculada, cuneiforme Músculos: Intrínsecos:cricotireoideo, cricoaritenóideo posterior, cricoaritenóideo lateral, aritenóideo transverso, aritenóideo oblíquo, tireoaritenóideos. Extrínsecos:esternohióideos, omo-hióideo, esterno-tireóideo, constrictor inferior, tireo-hióideo, digástrico, estilo-hióideo, mio-hióideo, gênio-hióide, hioglosso, gênioglosso. Vascularização: Vasos laríngeos (superior e inferior). Inervação: Nervo laríngeo interno, nervo laríngeo recorrente e nervo laríngeo externo - ramos do nervo vago (NC X). ➱Divisões da laringe A laringe conecta a faringe à traqueia, e pode ser encontrada na linha média do corpo humano, ao nível da terceira à sexta vértebras cervicais. Assim como a faringe, a laringe é dividida em três regiões: ● o vestíbulo ● o ventrículo ● a área infraglótica ➱Cartilagens da Laringe A laringe é composta de seis cartilagens individuais, das quais três são pareadas e três não pareadas. As cartilagens hialinas são as seguintes: ● cartilagem tireoide (não pareada) ● cartilagem cricoide (não pareada) ● cartilagem aritenoide (pareada) (Cartilagem tireoide) (Cartilagem cricoide) (Cartilagem aritenoide) As cartilagens elásticas são as seguintes: ● epiglote (não pareada) ● cartilagem corniculada (pareada) ● cartilagem cuneiforme (pareada) (Epiglote) (Cartilagem corniculada) A cartilagem tireoide é a maior de todas as cartilagens, e está ligada ao osso hioide através da membrana tireo-hióidea, enquanto as cartilagens corniculada e cuneiforme são consideradas cartilagens menores, devido às suas reduzidas dimensões. ➱Membranas e ligamentos As membranas e ligamentos da laringe são classificadas de acordo com as suas funções. Os grandes ligamentos extrínsecos incluem: ● os dois ligamentos tireo-hióideos ● o ligamento tireo-hióideo mediano ● a membrana tireo-hióidea ● o ligamento cricotireóideo mediano ● o ligamento cricotraqueal (Ligamento tireo-hióideo lateral) (Ligamento tireo-hióideo mediano) (Membrana tireo-hióidea) (Ligamento cricotireóideo mediano) (Ligamento cricotraqueal) Os principais ligamentos intrínsecos da laringe incluem: ● ligamento vocal ● o cone elástico ● a membrana quadrangular ● o ligamento vestibular (Ligamento vocal) (Cone elástico) (Membrana quadrangular) (Ligamento vestibular) ➱Músculos da laringe -O músculo cricotireóideo é o único músculo da laringe que é inervado pelo nervo laríngeo externo, enquanto todos os outros são inervados pelo nervo laríngeo recorrente. Ele aumenta a tensão nos ligamentos vocais porque emerge do arco da cartilagem cricoide e se insere na lâmina e no corno inferior da cartilagem tireoide. -O músculo tireoaritenoide reduz a tensão nos ligamentos vocais, porque se origina no ângulo da cartilagem tireoide e se estende ao longo do processo vocal da cartilagem aritenoide. -O músculo cricoaritenóideo posterior abre a rima glótica, enquanto o músculo cricoaritenóide lateral, o músculo aritenóideo transverso e o músculo aritenóideo oblíquo a fecham. Ele se origina da lâmina da cartilagem cricoide e se insere no processo muscular da cartilagem aritenoide. -O cricoaritenóideo lateral se insere da mesma forma que o músculo cricoaritenóideo posterior. Ele emerge da parte lateral do arco da cartilagem cricoide. -O músculo aritenóideo transverso se origina do processo muscular da cartilagem aritenoide e se estende até o processo muscular da cartilagem aritenoide oposta. -O músculo aritenóideo oblíquo aparentemente não possui origem, uma vez que se estende entre as duas cartilagens aritenoides e se insere em cada um de seus ápices. -O ariepiglótico e o tireoepiglótico são dois músculos que auxiliam no fechamento da abertura laringofaríngea, ao se inserirem na epiglote. O primeiro emerge do ápice da cartilagem aritenoide, e o segundo da lâmina da cartilagem tireoide. (Músculo cricotireoideo) (Músculo tireoaritenoideo) (Músculo cricoaritenoideo posterior) (Músculo cricoaritenoideo lateral) (Músculo aritenoideo transverso) (Músculo aritenoideo oblíquo) (Músculo ariepiglótico) (Músculo tireoepiglótico) ➱Suprimento sanguíneo da laringe O suprimento arterial da laringe é fornecido pela artéria laríngea superior e pela artéria laríngea inferior. A drenagem venosa é realizada pela veia laríngea superior e pela veia laríngea inferior. (Artéria laríngea superior) (Veia laríngea superior) ➱Inervação da laringe A inervação motora e sensitiva da laringe é dada inteiramente pelo nervo vago (NC X). Os três ramos que contribuem incluem o nervo laríngeo interno, o nervo laríngeo recorrente e o nervo laríngeo externo. (Laringe) (Ramo interno do nervo laríngeo superior) (Nervo laríngeo recorrente) (Ramo externo do nervo laríngeo superior) Nota clínica Laringite A laringite é uma patologia muito comum que ocorre quando a mucosa da laringe e as cordas vocais se tornam inflamadas. Isso resulta em uma perda temporária parcial ou completa da voz do paciente, uma vez que as cordas vocais ficam irritadas. Se a voz permanece audível, ela é geralmente rouca. Ela pode ser aguda, durando menos de três semanas, ou se tornar crônica. Sua origem pode ser infecciosa ou não infecciosa. Estímulos nocivos incluem infecções virais, bacterianase fúngicas, enquanto causas não infecciosas incluem refluxo ácido, excesso de tosse, alergias e excesso de uso das cordas vocais. O tratamento depende do tipo de causa, mas inclui primariamente repouso das cordas vocais, de forma que não ocorram danos de longo prazo. TRAQUÉIA ➱A traqueia é um órgão tubular e cilíndrico que faz parte do sistema respiratório dos mamíferos. Ela está localizada entre a laringe e os brônquios. Num ser humano adulto a traqueia mede entre 15 e 20 cm e cerca de 1,5 cm de diâmetro. A traqueia é uma estrutura tubular cartilaginosa do trato respiratório médio. ➱Ela conecta: ● a margem inferior da laringe ● com o trato respiratório inferior, ou seja, os pulmões ➱Fatores importantes sobre a traquéia Geral: -9-15 cm comprimento; -25 mm diâmetro; -Desde a 6ª vértebra cervical até ao nível da 4ª à 7ª vértebras torácicas ; -É constituído por cerca de 15-20 cartilagens hialinas. Limites: -anterior: arco aórtico; -posterior: esôfago; -Bifurca-se no mediastino superior- carina- com um leve desvio para a direita, criando os brônquios principais direito e esquerdo. Artérias: -Artérias tireóideas inferiores Nervos: -Fibras simpáticas e parassimpáticas; -Nervo vago. Clínica: -Agenesia traqueal; -Fístula traqueoesofágica; -Estenose traqueal; -Traqueomalácia; -Câncer. ➱Características Gerais A traqueia é um cilindro oco que se estende por aproximadamente nove a quinze centímetros, desde a sexta vértebra cervical, onde ela se continua com a laringe, até o ponto onde se bifurca nos dois brônquios principais, ao nível da quarta à sétima (em outras referências da quarta à quinta) vértebras torácicas. Seu diâmetro é de cerca de 25 milímetros, e só se alarga na sua margem inferior, onde ela se divide. (Traquéia) ➱Limites A traquéia desce para a cavidade torácica logo anterior ao esôfago, e se bifurca no mediastino superior com um leve desvio para a direita, criando os brônquios principais direito e esquerdo. Acima disso, entretanto, deve-se observar que a traqueia é uma estrutura mediana, o que significa que ela cursa solitária na linha média do corpo. Anteriormente, o arco aórtico também desce antes de se curvar para o lado esquerdo da traqueia, logo acima do brônquio principal esquerdo. Outras estruturas adjacentes incluem as artérias braquiocefálica e carótida comum esquerda. (Traquéia) (Brônquio principal direito) ➱Estrutura O órgão é constituído por cerca de quinze a vinte cartilagens hialinas, que possuem o formato da letra “C”. Essas cartilagens fornecem rigidez estrutural para a traqueia e suas fibras elásticas longitudinais internas permitem que ela se estique e se desloque inferiormente durante a inspiração. Na bifurcação traqueal existe um marco anatômico conhecido como carina, que é uma crista apontando superiormente em sua superfície interna. (Cartilagem traqueal) (Carina da traqueia) ➱Artérias e Nervos A traqueia é vascularizada pelas artérias tireóideas inferiores, e inervada por fibras simpáticas e parassimpáticas. A sensação de dor é controlada por fibras sensitivas do nervo vago (NC X). (Artéria tireóidea inferior) (Nervo vago) Doenças da Traquéia Diversas infecções respiratórias estão associadas à traqueia, por exemplo: ● Doença de Kartagener ● Câncer de Traqueia ● Estenose da Traqueia ● Malácia da Traqueia ● Traqueíte Bacteriana Nota clínica Existem muitas formas de distúrbios patológicos que podem afetar a traqueia. Aqui estão várias desordens que devem ser mencionadas, com um breve resumo sobre a doença. Duas condições não patológicas porém sérias da traqueia incluem o engasgo e o corpo estranho traqueal. O engasgo pode ocorrer devido à inspiração acidental de alimento ou líquido no vestíbulo laríngeo, e a tosse é o reflexo natural para se remover estes resíduos. Um corpo estranho que penetre na traqueia, entretanto, é muito mais sério. Dependendo do tamanho do objeto inspirado ele pode viajar inferiormente até os brônquios, e obstruir completamente a respiração, resultando em morte caso uma ação não seja tomada imediatamente. Defeitos congênitos da traqueia incluem a agenesia traqueal e a fístula traqueoesofágica. No primeiro caso ocorre uma falha do desenvolvimento da traqueia, que carrega consequências fatais. Já a fístula é uma má formação embriológica na qual um canal persistente conecta a traquéia ao esôfago. O alimento deglutido é capaz de passar para a traqueia, e isso possui sérias consequências se deixado sem tratamento. Por fim, algumas doenças adquiridas incluem estenose traqueal, traqueomalácia e câncer traqueal. A estenose traqueal é o estreitamento do tubo traqueal devido a inflamação do revestimento respiratório interno. A traqueomalácia é uma desordem que pode ocorrer devido ao tabagismo ou a uma lesão, e resulta na perda da rigidez da traqueia. Em crianças, entretanto, esse distúrbio é congênito. O câncer traqueal é bastante raro, mas geralmente diagnosticado depois de um longo período de tosse ou dificuldade respiratória devido ao crescimento da lesão, que obstrui a via aérea. BRÔNQUIOS, PULMÕES E PLEURA ➱Fatos importantes Árvore traqueobrônquica: Traqueia (C2-T4/5) -> brônquios principais (direito e esquerdo) -> brônquios lobares (secundários) -> brônquios segmentares (terciários) -> bronquíolos condutores -> bronquíolos terminais -> bronquíolos terminais -> bronquíolos respiratórios Pleura: -A pleural parietal está em contato com as paredes da cavidade torácica e do mediastino. -A cavidade pleural é preenchida por fluido para reduzir o atrito. -A pleura visceral adere ao tecido pulmonar. Anatomia do pulmão: -Base, ápice, duas superfícies (costal, mediastinal), três bordas (anterior, posterior, inferior); -O hilo contém a artéria pulmonar, as duas veias pulmonares, o brônquio principal, as artérias brônquicas, as veias brônquicas, os nervos e os vasos linfáticos. Inervação: -Simpática: Tronco simpático -Parassimpática: Nervo vago Drenagem linfática: Linfonodos (gânglios) traqueobrônquicos. Sistemas circulatórios no pulmão: -Circulação pulmonar: ventrículo direito -> tronco pulmonar -> duas artérias pulmonares -> capilares pulmonares -> pulmões -> quatro veias pulmonares -> átrio esquerdo -Circulação brônquica: artérias brônquicas (surgem da aorta torácica) e veias (drenam para as veias pulmonares ou ázigos). ➱Traqueia e brônquios A traqueia é o início da árvore respiratória. Ela é um tubo musculocartilagenoso que se estende desde a cartilagem cricoide, ao nível de C2, até a sua bifurcação ao nível de T4/T5. As cartilagens em forma da letra "C" nas quais consistem as paredes anterior e lateral da traqueia mantém seu lúmen constantemente aberto e disponível para a condução do ar, enquanto a parede posterior é muscular. A traquéia se bifurca nos brônquios principais direito e esquerdo, com cada brônquio passando pelo hilo de seu respectivo pulmão. O brônquio principal direito é maior e possui um curso mais vertical que o direito, este é o motivo pelo qual as partículas estranhas aspiradas vão preferencialmentepara o brônquio direito e atingem o pulmão direito. Depois de entrar no parênquima pulmonar, os brônquios principais se ramificam e emitem as próximas gerações de brônquios sucessivamente menores, conduzindo ar profundamente para os pulmões: ● Brônquio (secundário) lobar; um para cada lobo pulmonar (três para o pulmão direito e dois para o pulmão esquerdo). ● Brônquio (terciário) segmentar; um para cada segmento broncopulmonar, que por definição são os segmentos pulmonares supridos pelos brônquios segmentares e ramo segmentar associado da artéria pulmonar. Os brônquios segmentares sofrem múltiplas divisões, eventualmente resultando nos bronquíolos. ● Os muitos bronquíolos de condução; a terminologia varia de brônquio para bronquíolo quando a estreita passagem aérea não possui cartilagem de suporte. ● Bronquíolos terminais; os ramos finais e menores ramos da via de condução aérea, transição para os bronquíolos respiratórios. ● Bronquíolos respiratórios; dão origem aos ductos alveolares. ➱Função dos Brônquios ● conduzido até os alvéolos pulmonares; ● aquecido, devido à presença de vasos sanguíneos; ● umidificado, devido à presença de secreção serosa; e ● limpo, devido à presença de um epitélio com muco e cílios, que atuam, respectivamente, retendo partículas e garantindo a movimentação do muco em direção à faringe. ➱Características dos Brônquios Os brônquios primários, antes de penetrarem nos pulmões pelo hilo (porção extrapulmonar), apresentam uma estrutura semelhante à presente na traqueia, entretanto possuem um diâmetro menor. O brônquio primário direito é menor e mais largo que o esquerdo, o que facilita a entrada de corpos estranhos. Assim como na traqueia, os brônquios apresentam cartilagem, que permite que o ar flua adequadamente em direção aos alvéolos. Nas paredes brônquicas, observa-se a presença de placas cartilaginosas encurvadas e menos extensas que na traqueia, as quais proporcionam rigidez a essa estrutura. Entretanto, apesar da rigidez, as placas cartilaginosas ainda permitem mobilidade, o que garante a expansão e contração dos pulmões. Nos locais onde não se observa a presença de placas cartilaginosas, está presente o músculo liso. À medida que os brônquios se tornam mais finos, há a redução da quantidade de cartilagem, que, por sua vez, está ausente nos bronquíolos. No que diz respeito à camada interna dos brônquios, ela é composta por epitélio cilíndrico pseudoestriado ciliado, com células caliciformes (especializadas na produção de muco), como observado na traqueia. No lúmen brônquico, abrem-se ductos de glândulas seromucosas. Nos bronquíolos, o epitélio é cilíndrico simples ciliado e, nos bronquíolos terminais menores, é cúbico ciliado. À medida que o epitélio se aproxima dos ductos alveolares, observa-se uma menor quantidade de cílios. Além disso, há também a diminuição da altura do epitélio. ➱Pleura A pleura é uma bolsa serosa que consiste nas camadas parietal e visceral. A pleura parietal está em contato com as paredes da cavidade torácica e o mediastino, enquanto a pleura visceral se adere ao tecido pulmonar. O espaço entre estas duas camadas é chamado de cavidade pleural. Ele é preenchido com cerca de 20 mililitros de líquido seroso, que ajuda a reduzir a fricção durante a respiração. A função da pleura também é contribuir com o sistema de pressão que permite a expansão e colapso dos pulmões durante a respiração. PULMÕES ➱Os pulmões são os nossos dois órgãos respiratórios. Eles encontram-se lateralmente no interior das cavidades pleurais do tórax. A árvore brônquica conduz ar para dentro e para fora dos pulmões. Cada pulmão possui uma base, um ápice, duas superfícies (costal e mediastinal) e três margens (anterior, posterior e inferior). A base encontra-se sobre o diafragma, enquanto o ápice se projeta em direção à abertura torácica superior. A face medial é de grande interesse, pois contém o hilo pulmonar. O hilo pulmonar é uma passagem para a artéria pulmonar, duas veias pulmonares e o brônquio principal, além de nervos e vasos linfáticos. Os dois pulmões não são idênticos. O pulmão direito possui três lobos; inferior, superior e médio. Estes lobos se subdividem, emitindo 10 segmentos broncopulmonares, que são as unidades funcionais do tecido pulmonar. Os lobos pulmonares direitos são separados por duas fissuras; oblíqua e horizontal. A superfície mediastinal do pulmão direito está em contato com o coração, a veia cava superior, a veia cava inferior, a veia ázigos e o esôfago. As impressões destas estruturas podem ser vistas na superfície medial do pulmão. O pulmão esquerdo possui somente dois lobos; superior e inferior, e 8 segmentos pulmonares. Os lobos são separados por uma única fissura oblíqua. A superfície mediastinal do pulmão esquerdo demonstra impressões das seguintes estruturas: o coração, o arco aórtico, a aorta torácica e o esôfago. ➱Inervação pulmonar Os pulmões e a pleura visceral são supridos pelo plexo pulmonar anterior e pelo plexo pulmonar posterior, que, como indiciado por seus nomes, se encontram anteriormente e posteriormente à bifurcação traqueal. A fonte de inervação simpática para o plexo é o tronco simpático, enquanto a fonte parassimpática é o nervo vago. Eles atuam de maneira sincronizada,com a estimulação simpática levando à broncodilatação, e a parassimpática levando à broncoconstrição. ➱Drenagem linfática dos pulmões A linfa dos pulmões drena para os linfonodos traqueobrônquicos, que se encontram ao redor dos brônquios principais e lobares, e ao longo das laterais da traqueia. Eles se estendem de dentro dos pulmões através do hilo e mediastino posterior. Os vasos dos linfonodos traqueobrônquicos se unem com os vasos dos linfonodos paraesternais e braquiocefálicos, formando os troncos broncomediastinais direito e esquerdo. Estes troncos eventualmente drenam para o ângulo venoso ou para o ducto torácico. ➱Circulação pulmonar Os pulmões possuem dois sistemas circulatórios: funcional e nutritivo. O sistema circulatório funcional, ou pulmonar, consiste em duas artérias pulmonares e quatro veias pulmonares. As artérias pulmonares se originam do tronco pulmonar, e levam sangue desoxigenado do ventrículo direito para os pulmões. Ao se dividir em vasos menores e finalmente nos capilares pulmonares, elas atingem a superfície respiratória dos pulmões. Por outro lado, os pares direito e esquerdo de veias pulmonares carregam sangue oxigenado dos pulmões para o átrio esquerdo do coração. O sistema circulatório nutritivo dos pulmões se refere à circulação brônquica. As artérias brônquicas fornecem oxigênio ao tecido dos pulmões, suportando a função primária de troca gasosa dos mesmos. As 4 artérias brônquicas se originam da aorta torácica: artéria brônquica direita, duas artérias brônquicas esquerdas e artérias brônquicas superiores. Por outro lado, as veias brônquicas drenam o tecido pulmonar para o átrio direito através das veias pulmonares ou ázigos. (Artéria brônquica) (Veias brônquicas) ➱Alvéolos Os alvéolos são as unidades terminais da árvore respiratória. A definição completa de alvéolo é quesão finas proeminências das paredes dos bronquíolos respiratórios, especializados em trocas gasosas. Os alvéolos são encontrados em grupos chamados de sacos alveolares. A fina parede dos alvéolos é o local onde a troca gasosa ocorre. Juntamente com os capilares, os alvéolos formam a membrana respiratória, cujas camadas são: as células escamosas dos alvéolos, a membrana basal de um alvéolo, a membrana basal do capilar e o endotélio do capilar. Nota clínica Bronquite A bronquite é uma inflamação nos brônquios e pode acometer todas as idades, porém ocorre com maior frequência em crianças e idosos. Essa doença, que geralmente provoca a eliminação de catarro e tosse, pode ter diversas causas, ocorrendo, por exemplo, após uma infecção viral, como a gripe, infecção por bactérias ou mesmo ser desencadeada por certos agentes, como gases, fumaça ou pó. Ela pode ser classificada em aguda ou crônica, sendo a diferença entre as duas a duração dos sintomas. Na bronquite aguda, temos uma duração mais curta. A bronquite crônica, por sua vez, é, de acordo com o Ministério da Saúde, uma “doença que causa tosse e expectoração na maioria dos dias, por no mínimo três meses por ano, durante dois anos consecutivos”. Ainda de acordo com o Ministério, a principal causa é o tabagismo. Doenças da Pleura A pleura é uma pequena camada de tecido fino que reveste os pulmões (pleura visceral) e a parede interna do tórax (pleura parietal). Em indivíduos sadios existe um fluxo constante de líquido entre essas duas camadas finas, contudo, as doenças pleurais podem causar um acúmulo de líquido entre as pleuras, o chamado derrame pleural. Dentre as causas mais comuns de derrame pleural estão a tuberculose, o câncer e a pneumonia. Derrame pleural O derrame pleural é a presença excessiva de líquido no espaço pleural (entre o pulmão e as costelas). A VATS - Video Assisted Thoracic Surgery - (cirurgia com vídeo) pode ser realizada para tratar este problema das seguintes formas: - Ao remover o líquido espessado ou tecido fibroso que não permite a expansão pulmonar, aplicando substâncias que reduzem o acúmulo de líquido. - Ao inserir pequenos tubos de drenagem. Tais procedimentos permitem o retorno do pulmão ao seu lugar e a redução dos sintomas respiratórios. Pneumotórax O pneumotórax ocorre quando o ar escapa ou penetra no espaço pleural (entre o pulmão e as costelas), causando um colapso total ou parcial do pulmão. A VATS - Video Assisted Thoracic Surgery - (cirurgia com vídeo) é realizada para tratar e prevenir a repetição desse problema ou quando um tratamento prévio com a drenagem pleural é insuficiente. Uma pequena parte superior do pulmão que contém “bolhas” é retirada e uma reação inflamatória local é criada para promover a aderência entre o pulmão e a parede torácica (a esse procedimento chamamos pleurodese). Pneumonia A pneumonia é uma inflamação dos pulmões que pode ser desencadeada por diferentes agentes e produz sinais e sintomas respiratórios. Ela pode ser classificada de diferentes formas, sendo uma dessas classificações a divisão da pneumonia em dois tipos: a hospitalar e a adquirida na comunidade. A pneumonia adquirida no hospital ou hospitalar é uma complicação frequente em pacientes hospitalizados, sendo esse problema considerado a segunda causa de infecção em pacientes nessas condições. Ela se manifesta clinicamente após 48 horas da internação ou em menos de 48 horas após a alta do hospital. A pneumonia adquirida na comunidade, por sua vez, é aquela infecção que ocorre em indivíduos sem que haja relação com o ambiente hospitalar. Nesse caso, ela se manifesta clinicamente na comunidade ou em até 48 horas de uma internação. CAUSA: A pneumonia apresenta diferentes causas, podendo ser desencadeada por agentes infecciosos ou ser consequência de processos alérgicos, sendo, nesse caso, provocada por agentes como fumaça e produtos químicos. Dentre os agentes infecciosos, podemos destacar as infecções virais, as bacterianas e as fúngicas. Na maioria dos casos, no entanto, a doença costuma ser causada por uma bactéria, o Streptococcus pneumoniae (também chamada de pneumococo). Frequentemente a pneumonia é associada com a gripe, sendo uma complicação grave dessa virose. Nesses casos, o que ocorre normalmente é o comprometimento dos sistemas de defesa, facilitando a ação de organismos causadores de pneumonia, como o pneumococo. O vírus Sars-Cov-2, causador da COVID-19, pode ser responsável também por causar a pneumonia. SINTOMAS: A pneumonia é uma doença que afeta os pulmões, desencadeando problemas como tosse, produção de muco, falta de ar e dores no tórax, as quais podem ser intensificadas com uma respiração profunda. Além disso, a pneumonia provoca febre alta, calafrios, alterações na pressão arterial, perda de apetite, mal-estar e fraqueza. PREVENÇÃO DA PNEUMONIA A pneumonia pode ser prevenida com a adoção de algumas medidas simples, tais como lavar as mãos, evitar aglomerações, não fumar (o fumo facilita a penetração de agentes infecciosos), fazer a correta higienização do ar-condicionado e se vacinar. A vacina antipneumocócica conjugada é oferecida pelo SUS para menores de 2 anos, pessoas com mais de 60 anos, principalmente residentes em asilos ou casas de apoio, indígenas, profissionais da saúde, gestantes e pessoas com condições que predisponham a infecções pneumocócicas. Além dessa vacina, é importante destacar que a vacina contra a gripe também ajuda a evitar alguns tipos de pneumonia.
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