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Débito cardíaco, volume cardíaco, alça volume x pressão no ciclo cardíaco Uriel F. S. Júnior - Medicina nove de Julho DÉBITO CARDÍACO Débito cardíaco vai ser definido como, volume de sangue ejetado pelo coração em um minuto. O fígado vai receber 25% desse débito, os rins 20%, o encéfalo 14% e 5% para as coronárias. Os órgãos vão estar esperando esse débito, por isso tem que ser constante. Ele é calculado: DC = FC x Volume sistólico Volume sistólico, exemplo injetor 100 ML em uma sístole, o débito cardíaco é em 1 minuto, tem que saber quantas sístole o coração faz em 1 minuto, e como verifica quantas sístole ele faz por minuto é pela frequência cardíaca. FC x Volume sistólica = quantos ML coração ejeta de sangue por minuto. Exemplo= FC =70 bpm VES = 100ML DC = 7000ml ou 7 L Se sobe a frequência o débito sobe, se sobe o volume sistólico o débito sobe. Se diminui a frequência o débito diminui, se o volume sistólico diminui. Frequência e volume sistólico são diretamente proporcional ao débito. Paciente com IAM, tem necrose do miocárdio, miocárdio tem menos força, se tem menos força o volume sistólico diminui, com a falta de força de contração o corpo vai aumentar a frequência para compensar. Por isso os pacientes ficam taquicárdicos, paciente em repouso com taquicardia tem chance de vir a óbito. Coração de atleta tem uma força enorme, o atleta tem um volume sistólico alto com o débito constante ele diminui a frequência cardíaca. Débito cardíaco, volume cardíaco, alça volume x pressão no ciclo cardíaco Uriel F. S. Júnior - Medicina nove de Julho VOLUME CARDÍACO Variantes importantes, volumes do coração -Volume diastólico Final (VDF): Ocorre no final da diástole, está extremamente relaxado com o máximo de sangue lá dentro. Mais recebe, maior capacidade de ejetar. Depende de retorno venoso adequado e complacência do coração distender e receber esse sangue. Uma vez com o coração cheio temos que pensar em duas situações: -Volume sistólico: Volume EJETADO, nunca é 100% do que se encheu. Nunca é 100% do que encheu, então em condições fisiológicas um VDF nunca vai ser igual ao volume sistólico. Isso é para as paredes do coração não entrarem em colapso. É ejetado em relação do que encheu, o volume que sobra no final da sístole é chamado de Volume Sistólico Final. -Volume Sistólico Final: É o volume residual, o que reside no coração não vai ser ejetado. O maior volume é o diastólico final (quando enche) tem que encher mais do que ejeta e tenho que ejetar mais do que sobra no coração porque se sobra mais é porque estou ejetando pouco e é uma patologia chamada insuficiência cardíaca. VDF > VS > VSF VDF = VS + VSF Exemplo: VS= 100 VSF = 20 VDF = 120 VDF: Um volume diastólico final ideal significa que o sarcômero (fibras do coração) estão extremamente alongadas, então para alongar o sarcômero do coração tenho que encher bem. O sarcômero alongado tem maior poder de contração, ele NÃO está contraindo mas tem uma contração mais vigorosa estando bem alongado, esse mecanismo de esticar o sarcômero e correlacionar esse alongamento com forma de contração é chamado de Pré Carga, uma pré carga ideal significa que teve um bom enchimento ventricular, alonga o sarcômero e gera poder de contração por que faço com que a actina e miosina fiquem mais cruzadas, com isso tem mais contração do músculo. Débito cardíaco, volume cardíaco, alça volume x pressão no ciclo cardíaco Uriel F. S. Júnior - Medicina nove de Julho Volume sistólico: É chamado de carga , é a força que o coração vai fazer, porque vai precisar contrair, carga é proporcional a quantidade de fibra muscular, quanto mais fibra muscular trabalhando no coração maior vai ser esse volume sistólico e também a biodisponibilidade do cálcio, se tem um bom fluxo de cálcio para dentro do coração consegue fazer mais força contrátil por isso alguns medicamentos para cardiopatas faz com que entre cálcio na fibra cardíaca como o digitálico por exemplo, e;e aumenta a concentração de cálcio na fibra. A biodisponibilidade de cálcio favorece o inotropismo. VSF= É o que sobra, o que não consegue ejetar, volume residual, maior volume sistólico menos o VSF, quanto mais ejeta menos sobra. Os insuficientes cardíacos vão ter um aumento do residual e um aumento do ejetado. Dentro do ecocardiograma/doppler consegue mapear quanto encheu e quanto ficou eu sei quanto saiu. Fração de ejeção: Determina se o coração é suficiente ou não. Fração de ejeção tem que ser igual ou maior que 55% ou 0.5. É calculada da seguinte forma: F.E = Volume sistólico / volume diastólico final Quanto ejeta dividido por quanto enche. Exemplo: Encheu com 180 ml, tá sobrando 40 ml dentro do coração. Ejetou 140 ML, será que o coração está suficiente com esse trabalho: FE = 140/180 = 0.77 ou 77% -> Coração altamente suficiente. Volume ideal -> 55% ou 0.55. Débito cardíaco, volume cardíaco, alça volume x pressão no ciclo cardíaco Uriel F. S. Júnior - Medicina nove de Julho ALÇA VOLUME X PRESSÃO E CICLO CARDÍACO: Alça de volume e pressão no ciclo cardíaco. Esse gráfico mostra o trabalho do ventrículo esquerdo. O eixo X é o eixo de volume, o eixo Y é um eixo de pressão dentro do ventrículo. Tem que achar onde são os eventos de sístole e diástole. Sístole = aumento de pressão e diminui volume de dentro do coração. Diástole = diminuição da pressão e aumento do volume de dentro do coração. 150ml volume máximo no final da diástole, ela começou no 120 mmHg. A sístole começa no aumento da pressão, perde volume e para de perder volume, quer dizer o que sobrou do coração. O coração ejeta a diferença do que encheu e do que ejetou VDF = 150ml VSF = 50ml VS = 100ml Fração de ejeção = 100/150 = 0.66 ou 66%.Débito cardíaco, volume cardíaco, alça volume x pressão no ciclo cardíaco Uriel F. S. Júnior - Medicina nove de Julho Essa fase onde aumenta a pressão no coração é uma fase de contração, mas não está saindo nada de sangue, chamamos de contração isovolumétrica , a finalidade dela é aumentar rápido a pressão no coração, essa fase sistólica onde o volume diminui onde está 150 onde cai para 50 ml é a fase de ejeção da sístole, para ejetar o sangue do ventrículo e tem que abrir a valva da aorta, a valva da aorta abriu onde a pressão no ventrículo esquerdo começou a subir até o ponto que agora o sangue começou a sair, se ele saiu é porque teve a abertura da valva aórtica ejetando sangue. Quando termina a ejeção, para de injetar é porque a valva da aorta fechou e chamamos de B2. Agora o ventrículo vai relaxar, fazendo a diástole, não altera o volume continua 50 só diminui a pressão chamamos de relaxamento isovolumétrico a função do relaxamento isovolumétrico é diminuir a pressão. E agora ele começa a encher só que para ele encher, ele teve a abertura da valva mitral, ela abrindo o sangue do átrio passa para o ventrículo, chamamos essa fase de enchimento ele tem o fechamento mitral chamamos de B1 . A valva mitral está fechada só que a aórtica também está fechada, na contração isovolumétrica todas as válvulas cardíacas estão fechadas pois é o único momento em que a pressão no coração aumenta. Da mesma forma que fecha a valva da aorta fecha e a mitral também também está fechada, as valvas estão fechadas e o coração relaxa e a pressão diminui. Esse gráfico chamamos de alça de volume x pressão. Onde vemos o máximo de pressão adquirida que é a pressão arterial sistolica, o mínimo de pressão chamamos de pressão arterial diastólica que é o mínimo para a valva abrir. A diferença entre PAS e PAD é a pressão de pulso. Se tiver a frequência podemos calcular o débito. Débito cardíaco, volume cardíaco, alça volume x pressão no ciclo cardíaco Uriel F. S. Júnior - Medicina nove de Julho VES = 100 FC = 100 Débito cardíaco = 10L ou 10000ml Se aumenta a pré carga , se encher mais o coração pode aumentar o débito cardíaco, se ejetar mais , aumenta o volume sistólico . Toda vez que o enchimento é bom o débito é bom. Se minha força de contração aumenta , ejeta muito mais , ejetando mais a umento o volume sistólico , aumenta o débito cardíaco Débito cardíaco, volume cardíaco, alça volume x pressão no ciclo cardíaco Uriel F. S. Júnior - Medicina nove de Julho Agora se a resistência para ejetar acontece , no caso do hipertenso, vou ter uma diminuição do volume sistólico . Aumentando a frequência cardíaca, hipertensão geralmente é taquicárdica. O que afeta o volume sistólico ? - Retorno venoso, se enche pouco, ejeto pouco. - Tempo de enchimento: se não der tempo do ventrículo encher, não vai encher como deveria não ejeta como deveria - Inervação autônoma, o simpático aumenta a força de contração, mais força mais volume sistólico, diminuindo o que sobra do coração o VSF diminui porque ejetou mais mediante a mais força - Atividade vascular: se o vaso estiver dilatado é mais fácil para ejetar, se contraído é mais difícil de ejtar por isso que vasodilatadores são administrados para paciente com distúrbio cardíaco. Além de mexer com o volume pode alterar a frequência e fatores que alteram a frequência cardíaca são: - Inervação simpática e parassimpática - Hormônios como cortisol/ adrenalina na glândula supra renal aumentam a frequência, aumentando a frequência maior o débito.
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