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SOCIOLOGIA JURÍDICA E JUDICIÁRIA SEMANA 3 SEMANA 03 Litigiosidade social e composição de conflitos 2 AULA 3 2 CONTEÚDO 1 – Formas de interação social e a existência de conflitos. Conceitos básicos: conflito social e Direito; 2 - Função preventiva do Direito (função principal). Conceitos básicos: norma social e jurídica como elementos de regulação social; 3 – Função compositiva (o conflito). Conceitos básicos: composição como forma de pacificação social; 3.1 – Formas puras de composição. Conceitos básicos: composição jurídica, voluntária e autoritária; 3 AULA 3 CONTEÚDO 3.1.1 - Critério jurídico de composição da lide. A presença do Estado-juiz. Requisitos da composição jurídica. Conceitos básicos: universalidade, publicidade e anterioridade com requisitos jurídicos. 3.2 – Tendências modernas de composição de conflitos (mediação, conciliação e arbitragem). Conceitos básicos: crítica da judicialização dos conflitos e tipos de composição alternativos. 4 4 Nossos objetivos nesse encontro 1. Analisar a funcionalidade do Direito na vida social; 2. Identificar o Direito como instrumento de controle social e compreender a norma jurídica como forma de prevenir e compor conflitos; 3. Compreender e criticar as diferentes formas de composição do conflito. 5 AULA 3 AULA 1 FUNÇÃO SOCIAL DO DIREITO A sociedade humana é o meio em que o Direito surge e se desenvolve, pois a idéia de direito liga-se à idéia de conduta e de organização,provindoda consciência das relações entre os indivíduos. 6 AULA 2 AULA6 1 Compor os conflitos de interesse Prevenir Conflitos de interesse Função Social do Direito Controle social Regular e orientar a vida em sociedade Legitimar o poder político e jurídico AULA 3 PREVENÇÃO DE CONFLITOS O direito também orienta o comportamento social, Moral objetivando evitar conflitos. O caráter persuasivo das normas jurídicas leva-nos a atuar no sentido dos esquemas ou modelos normativos do sistema jurídico. O direito observado desse modo surge como organizador da vida social e instrumento de prevenção de conflitos. 8 ula EM SÍNTESE: É FUNÇÃO SOCIAL DO DIREITO: O controle social, prevenção e composição de conflitos de interesses, promoção de ordem, segurança e justiça . AULA 3 O direito apresenta ainda, a tarefa de organizar o poder da autoridade que decide os os órgãos normas conflitos, e as de legitimando pessoas com o poder de decisão e estabelecendo competência e de procedimento. AULA 3 SOLUCIONANDO OU COMPONDO OS CONFLITOS O Direito atua para solucionar conflitos de interesses ou restaurar o estado anterior. O primeiro seria, então, um instrumento de integração e de equilíbrio, oferecendo ou impondo regras de comportamento para decisão que o caso sugere. O exercício de tal função não levaria, contudo, ao desaparecimento dos conflitos, que são inerentes à sociedade. AULA 3 ATIVIDADES HUMANAS ( SAN TIAGO DANTAS) 1- ATIVIDADE DE COOPERAÇÃO > 2- ATIVIDADE DE CONCORRÊNCIA = AULA 3 • Formas puras de composição. 1- Critério da Composição voluntária 2- Critério Autoritário 3- Critério da Características: • ANTERIORIDADE •PUBLICIDADE •UNIVERSALIDADE 13 Composição Jurídica e suas 13 Tendências modernas de composição de conflitos: -Mediação -Conciliação - Arbitragem 14 14 LINKS: -Mediação -http://www.youtube.com/watch? v=c143Pr5vj_Y&feature=related -Conciliação - http://www.youtube.com/watch? v=TxJ6YPPmgFI&feature=related -Arbitragem – http://www.youtube.com/watch? v=MGki4WGoLbA 8 15 EXERCÍCIOS: TEXTO 1 - Mediação, conciliação e arbitragem são soluções diferentes para os conflitos. Embora ainda usados impropriamente como sinônimos, a mediação, a conciliação e a arbitragemsãoconceitosdiferentes.No procedimento de mediação, o mediador visa restabelecer o diálogo entre as partes. De acordo com Eliana Tenório, sócia fundadora do TAAB (Tribunal de Alçada Arbitral Brasileiro), 16 16 o mediador está voltado para a relação entre os envolvidos. Na mediação, quem decide são as partes envolvidas na disputa. “Dois irmãos brigam por causa de uma cadeira. Nesse caso, o mediador, através de técnicas de abordagem, percebe que restaurar a relação entre os irmãos é o principal ponto, tratar o conflito entre eles e depois buscar a solução para a cadeira”, diz. 17 17 Na conciliação, as partes já se polarizaram sobre a questão, há a identificação clara do problema que deve ser resolvido. A parte já tem o objeto, por exemplo: empregado e empregador discutem o pagamento de verbas trabalhistas. As partes querem obter um bom acordo, definir o quanto e de que forma será feito o pagamento. A solução do conflito é o objetivo do conciliador, ele busca os termos de como será cumprido o acordo. 18 18 A arbitragem surge no momento em que as partes não resolveram de modo amigável a questão. Trata- se de um procedimento de natureza contenciosa e informal. O árbitro decide a controvérsia, um especialista sobre o tema avalia a situação e profere sua decisão. Em geral, o árbitro é eleito pelas partes ou indicado pela câmara arbitral porque tem um grande conhecimento sobre o assuntotratado(NotíciasdoÚltima instância.Disponível http://ultimainstancia.uol.com.br/noticia/31063.shtml) . 8 19 TEXTO 2 - O Advogado e a Arbitragem: Aceitação da Inovação no Mundo Jurídico. A imagem criada pela sociedade do "bom advogado" vem contaminada. As partes buscam mesmo que inconscientemente uma pessoa de certa idade, de vestimenta séria e impecável sentada atrás de uma mesa repleta de livros ultrapassados, já amarelados pelo tempo. Pura ilusão tradicionalista. (...) Neste sentido assevera Dalmo de Abreu Dallari: "Assim o Judiciário envelheceu e o que muitos, dentro dele, veneram como tradições, não passa de sinais de velhice“. 20 20 Na tentativa de desatravancar tais paradigmas certas mudanças legislativas são tomadas. Uma delas foi a regulamentação da arbitragem, pretendendo ser assim uma solução à estagnação do Judiciário. Porém, para que a sociedade a conheça e que tal procedimento ganhe força, cabe ao advogado abrir-se para as exigências mercadológicas de trabalho e aceitar o novo, agindo na busca de conhecimento e tendo flexibilidade para adaptação à novidade. É necessário que ele conheça seus critérios para que possa expor com segurança qual o melhor 21 caminho a ser 21 seguido pela parte: se vale a pena a proposição de uma ação judicial ou a discussão de decisão arbitral. Do mesmo modo que sua participação é essencial à Justiça, o advogado é essencial ao procedimento arbitral, propiciando maior técnica jurídica à defesa das partes, além da fiscalização da atuação dos árbitros. A advocacia é uma profissão particularmente permeável aos indicadores de mudanças sociais. O advogado deve estar preparado para o futuro. Neste encontro determinístico, ele tem que estar pronto para enfrentar os novos desafios. 22 22 a) De acordo com o exposto no texto 1, responda: qual é a diferença entre conciliação e mediação? b) Que espécies de litígios solucionados por arbitragem? podem ser c) Explique a revisão de paradigmas de Justiça de que fala o texto 2, com o novo perfil do advogado que esses modelos exigem. 23 23 QUESTÃO OBJETIVA Banco é punido por demorar a atender cliente. As longas filas e a demora para atendimento nos bancos continuam gerando polêmica. O Banco A.R. foi condenado pela Justiça do Rio a pagar R$ 1.350,00 por danos morais a L. M.. Motivo: por três vezes, ele foi a uma agência de Petrópolis, em 2006, e teve de esperar por quase uma hora para ser atendido. (...). O voto do juiz Flávio Citro Vieira de Mello, relator do recurso, apontou a violação da Lei Estadual 4223/2003, que estabelece limite de 20 24minutos de espera em 24 fila de atendimento, e foi acompanhado pelos juízes Ricardo Andrade e Eduarda Souza Campos (Disponível em www.tjrj.gov.br, 27.04.2007). No que diz respeito ao caso em tela,uma vez instaurado o conflito, qual foi a via eleita pelas partes para compô-lo? a) Conciliação b) Mediação c) Voluntário d) Judicial e) Autoritário 25 25 Leitura para a próxima aula CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de Sociologia Jurídica. Rio de Janeiro: Forense, 2004. Capítulo indicado: Conceito sociológico do Direito. SABADELL, Ana Lúcia Manual de Sociologia Jurídica: introdução a uma leitura externa do Direito. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002. Capítulo indicado: Conclusão – Definições sociológicas do Direito 26 26
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