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Problema 5

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Problema 5- Prevenir é melhor que remediar
Carlos, 45 anos, casado, residente em um pequeno município da Microrregião de Montes Claros, está muito preocupado com sua saúde, pois sua glicose não está controlada e o diabetes é um problema familiar. Inclusive seu pai, que é tabagista, sedentário e portador de diabetes tipo II, teve o pé amputado há seis meses, como forma de prevenir outras complicações provocadas pela doença, sendo encaminhado para o centro de referência de órtese e prótese do município de Montes Claros. Carlos é diabético há três anos e o controle da sua glicemia é feito com medicação oral, caminhada e dieta, o que melhorou sobremaneira a sua qualidade de vida. Porém, nos últimos meses, não vem cumprindo rigorosamente as recomendações do médico, e não está fazendo uso do medicamento, pois este está em falta na rede municipal e ele não tem condições de comprá-lo.
Devido ao histórico familiar e à hiperglicemia apresentada, Carlos resolveu procurar Dr. Afonso, médico da ESF de seu bairro, que prescreveu o uso da insulina e recomendou a participação no grupo de Hiperdia como forma de dividir as suas angústias e conhecer melhor o seu problema de saúde e de sua família. Mas ele não se adaptou bem à insulina prescrita, e queria outra de utilização mais prática, porém esta não é fornecida pelo SUS e ele terá que pensar numa forma de resolver o problema.
O médico, insatisfeito com a situação de saúde dos seus pacientes, resolveu dividir sua preocupação com seu colega Dr. Cristiano, também médico e prefeito da cidade. “A falta de medicamentos nos Centros de Saúde do município, a falta de condições de vida saudáveis dos pacientes, o excesso de pedido de exames e a ineficiência das equipes quanto ao desenvolvimento das ações de promoção da saúde e de prevenção de doenças são alguns dos problemas enfrentados... mas também devemos levar em consideração os determinantes sociais da saúde”, diz Dr. Afonso ao prefeito. E para complicar ainda mais a situação do município, a Atenção Básica a Saúde (ABS) não tem funcionado como porta de entrada preferencial para o sistema de saúde em muitos locais da cidade e o Indicador Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária (ICSAP) não tem diminuído nos últimos anos.
Insatisfeito com a postura do atual secretário de saúde, o prefeito, certo de que deveria mudar a situação da saúde de sua cidade, convidou Dr. Afonso, que tinha acabado de concluir uma residência em saúde da família, para assumir a Secretaria Municipal de Saúde na tentativa de solucionar os inúmeros problemas relacionados ao mau funcionamento do sistema. Dr. Afonso ficou surpreso com o convite, mas resolveu aceitar o desafio, pois sabe que o SUS é uma grande conquista social que tem muito a oferecer para a saúde da população, se for bem conduzido.
Como sempre foi um médico muito dedicado e comprometido com suas atividades, sabia que os desafios seriam inúmeros, mas estava cheio de ideias. As suas primeiras ações foram: elaborar um Fórum de Educação em Saúde no município, providenciar a capacitação dos profissionais da rede e elaborar projetos para implantar a Estratégia de Saúde da Família (ESF) em 100% do município e os Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB), por entender que essas equipes eram a melhor maneira de organizar a ABS, aumentando a cobertura e o acesso de todos a um sistema de saúde integrado e de qualidade para fazer valer os princípios do SUS. Dentro da sua proposta, incluiria ainda a contratação de gerentes de Atenção Básica para atuarem nas UBS. Depois, acompanharia e avaliaria as ações e resultados das atividades realizadas pelas equipes da ESF por meio do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB). A esperança de Dr. Afonso era que a população, que só tinha motivos para reclamar, futuramente pudesse se orgulhar da assistência à saúde no município.
	Fechamento 1- Objetivos
1. Diferenciar os níveis de prevenção de doenças e promoção de saúde. (leavell e clark) 
2. Discutir sobre a importância da prevenção quaternária. 
3. Discutir o contexto histórico, os determinantes sociais, os fundamentos e as ações da Promoção de Saúde. 
	Fechamento 2- Objetivos
1. Entender o funcionamento e a importância da atenção básica/APS, considerando as políticas nacionais de atenção básica. 
2. Discutir os fundamentos, estruturas, funcionamentos, composição, gerenciamento, implantação e financiamentos da ESF. 
3. Discutir de maneira contextualizada a função do NASF-AB na APS. 
4. Analisar criticamente as estruturas e o funcionamento de atuação do SUS (teoria X pratica) inclusive a judicialização à saúde. 
Obs. Portaria 2466/2014 PNPS, Portaria 2436/2017 
1. Quais os tipos/níveis de prevenção de doenças? 
Segundo Leavel & Clark "a profunda compreensão da história natural e da prevenção de doenças, defeitos ou invalidez no homem, exige um conhecimento das condições naturais e específicas em que tais distúrbios aparecem e persistem, assim como das circunstâncias e condições em que elas não ocorrem". Descrevem a prevenção como uma ação antecipada.
Primária (promoção da saúde e proteção específica): A promoção da saúde aparece como prevenção primária, confundindo-se com a prevenção referente à proteção específica (vacinação, por exemplo). Corresponde a medidas gerais, educativas e de orientação, que objetivam melhorar a resistência e o bem-estar geral dos indivíduos (comportamentos alimentares, exercício físico e repouso, contenção de estresse, não ingestão de drogas ou de tabaco), para que resistam às agressões dos agentes. Também diz respeito a ações de orientação para cuidados com o ambiente, para que esse não favoreça o desenvolvimento de agentes etiológicos (comportamentos higiênicos relacionados à habitação e aos entornos).
Secundária (diagnóstico e tratamento precoce; limitação da invalidez): Engloba estratégias populacionais para detecção precoce de doenças, como por exemplo, o rastreamento de câncer de colo uterino. Também contempla ações mais intervencionistas com indivíduos doentes ou acidentados com diagnósticos confirmados, para que se curem ou mantenham-se funcionalmente sadios, evitando complicações e mortes prematuras. Isto se dá por meio de práticas clínicas preventivas e de educação em saúde, objetivando a adoção/mudança de comportamentos (alimentares, atividades físicas, etc.)
Terciária (reabilitação/recuperação): Consiste no cuidado de sujeitos com sequelas de doenças ou acidentes, visando a recuperação ou a manutenção em equilíbrio funcional. Recuperação funcional de sequelas por meio de medidas como fisioterapia, colocação de próteses, etc.
Esse modelo contribuiu para destacar as ações sobre o ambiente e sobre os estilos de vida, além de ações clínicas, o que foi fundamental dentro do processo de transição epidemiológica vivenciado no último século, com as doenças crônico-degenerativas ocupando um lugar de destaque. Dessa maneira, a promoção da saúde, além de se associar a medidas preventivas, passou a englobar a promoção de ambientes e estilos de vida saudáveis.
Prevenção quaternária: nível de prevenção também chamada de prevenção da iatrogenia, visa evitar ou atenuar o excesso de intervencionismo médico associado a atos médicos desnecessários ou injustificados. Pretende-se capacitar também os pacientes ao fornecer informações necessárias e suficientes para que possam tomar decisões autônomas, sem falsas expectativas, conhecendo o tratamento, as vantagens e desvantagens.
2. Qual a definição de qualidade de vida e o que a influencia? 
OMS: Qualidade de vida é “a percepção do indivíduo de sua inserção na vida, no contexto da cultura e sistemas de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”. Envolve o bem-estar espiritual, físico, mental, psicológico e emocional, além de relacionamentos sociais, como família e amigos e, também, saúde, educação, habitação saneamento básico e outras circunstâncias da vida; define saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental esocial e não somente ausência de afecções e enfermidades”.
3. Quais os indicadores de saúde influenciam na qualidade de vida? 
4. Qual conceito atual de saúde? 
Para a OMS, saúde é: “O estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença.”
5. Como funciona o encaminhamento dentro dos níveis de prevenção? 
6. Como a falta de medicamentos interfere na vida dos pacientes/clientes?  
7. Qual a importância de reconhecer os determinantes sociais da saúde?  
8. Qual o conceito de hiperdia e qual nível de prevenção ele pertence? 
É um programa que visa cadastrar e acompanhar todos os pacientes hipertensos e diabéticos a fim de que através do cuidado especial ocorra um controle das doenças e garantir uma melhor qualidade de vida aos pacientes.
9. Quais os programas de prevenção? 
10. O que é judicialização da saúde e como funciona? 
As deficiências e insuficiências preocupantes do sistema único e do setor privado acabaram fortalecendo o crescimento de obter o acesso a saúde por meio das demandas judiciais individuais: ações judiciais que possuem pedidos relacionadas a procedimentos e insumos de saúde que por vezes não são oferecidos corretamente ou não estão disponíveis àqueles que precisam; essa necessidade de buscar o direito a saúde na esfera do poder judiciário é chamado de judicialização da saúde.
A compra de medicamentos individuais para obedecer a decisões do Poder Judiciário gera altos custos ao serem comparados a outras medicações disponíveis no sistema adquiridos em grandes quantidades e, consequentemente, com valores negociáveis.
E, além de requerer o acesso aos medicamentos, consultas e procedimentos em sistema público, por meio dessa judicialização também é possível mover ações contra redes privadas e seus planos de saúde, que por vezes se negam a cobrir determinados tratamentos ou os disponibilizam por valores altíssimos.
11. Como evitar o excesso de exames aos pacientes/clientes? 
Promovendo a prevenção de doenças e consequentemente a promoção da saúde, evitando a longo prazo a necessidade de tratamento de inúmeras doenças. “cuidar da saúde para não precisar tratar da doença”
12. Qual o conceito iatrogenia? 
Qualquer alteração patológica provocada no paciente pela prática dos profissionais da saúde, seja ela certa ou errada, justificada ou não, mas da qual resultam consequências prejudiciais para a saúde do paciente.
13. Como surgiu a prevenção de doenças e promoção de saúde? 
PREVENIR:
• É preparar, chegar antes de, impedir que aconteça... 
• Exige ação antecipada baseada no conhecimento da história natural da doença para tornar seu progresso improvável.
• Implica no conhecimento epidemiológico para o controle de doenças.
• Projetos de prevenção e educação baseiam-se na informação científica e recomendações normativas.
PROMOVER:
• É impulsionar, fomentar, gerar.
• Refere-se a medidas que não se dirigem a doenças específicas, mas que visam aumentar a saúde e o bem-estar.
• Implica no fortalecimento da capacidade individual e coletiva para lidar com a multiplicidade dos determinantes e condicionantes da saúde.
São conceitos diferentes que estão interligados. Ao se prevenir doenças, promove-se a saúde.
14. Como as Conferências Internacionais de Saúde influenciaram na promoção da saúde no Brasil? Obs: Lei 8080. 
15. O que é ICSAP? E o que significa a sua não diminuição? 
16. O que é ABS e qual o seu papel? Como ela é organizada e quais são os princípios que a norteiam? 
17. Como funciona e quais são as políticas nacionais de atenção básica? (pmac). 
18. O que e é como funciona uma ESF, uma UBS e NASF-AB? 
UBS:
ESF: estratégia que visa a reorganização a atenção básica. Possui uma equipe multiprofissional que visam aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, de ampliar a resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, além de propiciar uma importante relação custo-efetividade. É baseada na realidade local, orienta-se pelos princípios e diretrizes do SUS por meio de ações e programas (saúde da criança, bucal, do idoso, da mulher, EDUCAÇÃO PERMANENTE) da rede de serviço. 
NASF-AB: Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica: equipe multiprofissional e interdisciplinar composta por categorias de profissionais da saúde, complementar às equipes que atuam na Atenção Básica. É formada por diferentes profissionais e especialidades atuando de maneira integrada para dar suporte aos profissionais das equipes de Saúde da Família (ESF) e da Atenção Básica. Estabelece seu processo de trabalho a partir de problemas, demandas e necessidades de saúde de pessoas e grupos sociais em seus territórios, bem como a partir de dificuldades dos profissionais de todos os tipos de equipes que atuam na Atenção Básica.
19. Qual o papel do gerente na atenção básica? 
20. O que é SISAB, SIAB e quais suas funções? 
 Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica.
O e-SUS AB é um conjunto de ações do Ministério da Saúde para otimizar a gestão da informação na Atenção Básica por meio da informatização do Sistema Único de Saúde (SUS). Foram criadas soluções que centralizam as informações dos pacientes para que sejam acessadas sempre que necessário. Os dois principais componentes dessa estratégia são o Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB), que é nacional, e o e-SUS AB, que é utilizado nas UBSs. Dessa maneira, eles permitem manter um registro individualizado dos atendimentos de cada cidadão, identificado pelo Cartão Nacional de Saúde. 
A partir da implementação desta estratégia, pretende-se reestruturar o atual Sistema de Informações da Atenção Básica (SIAB), substituído gradativamente por um novo sistema de informação, o SISAB - Sistema de Informação em Saúde da Atenção Básica. A partir do SISAB, outros sistemas com dados originados na atenção primária seriam alimentados automaticamente. O SISAB passa a ser o sistema de informação vigente para fins de financiamento e de adesão aos programas e estratégias da Política Nacional de Atenção Básica, substituindo gradativamente o SIAB e os outros sistemas de software nos módulos utilizados na atenção básica.
Portarias 
Portaria 2446: redefine a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS). É a base teórica para produzir saúde.
Valores fundantes: solidariedade, felicidade, ética, respeito às diversidades, humanização, corresponsabilidade, justiça social e inclusão social.
Princípios: Equidade, participação social, autonomia, empoderamento, intersetorialidade, intrassetorialidade, sustentabilidade, integralidade e territorialidade.
Portaria 2436: aprova a Política Nacional de Atenção Básica – PNAB, estabelecendo-se as diretrizes para a organização do componente Atenção Básica, na Rede de Atenção à Saúde - RAS.
A Política Nacional de Atenção Básica considera os termos Atenção Básica - AB e Atenção Primária à Saúde - APS, nas atuais concepções, como termos equivalentes.
A Atenção Básica será a principal porta de entrada e centro de comunicação da RAS, coordenadora do cuidado e ordenadora das ações e serviços disponibilizados na rede.
São Princípios e Diretrizes do SUS e da RAS a serem operacionalizados na Atenção Básica:
Princípios: universalidade, equidade e integralidade.
Diretrizes: regionalização e hierarquização: territorialização; população adscrita; cuidado centrado na pessoa; resolutividade; longitudinalidade do cuidado; coordenação do cuidado; ordenação da rede; e participação da comunidade.
Artigo da USP “Histórico da Promoção de Saúde no Brasil” de Antônio Ivo de Carvalho
Artigo “Promoção à Saúde: trajetória histórica de suas concepções” de Ivonete TS
Artigo “Determinante da saúde no Brasil: a procura da equidade na saúde”
Portal Hiperdia da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Guararema
Site do Conselho Nacional de Justiça “Judicialização da saúde no Brasil” 
Portarias 2.446 e 2436 
Artigo “Necessidades de capacitação e aperfeiçoamento dos profissionais de equipes de saúde da família da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde do Estadodo Rio Grande do Sul”
Portal do Ministério da Saúde
Nota Técnica sobre Estratégia eSUS Atenção Básica e Sistema de Informação em Saúde e Atenção Básica –SISAB, pelo portal do Conass,
Site data sus
Site sisab

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