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Degeneração e adaptações

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1 Degenerações e adaptações: 
Visão geral das respostas celulares ao estresse e aos estímulos nocivos: 
 O meio intracelular normalmente é 
estritamente regulado, de tal modo que 
permanece constante- homeostasia; 
 Quando as células encontram um estresse 
fisiológico ou condições potencialmente 
prejudiciais, elas podem sofrer uma 
adaptação, alcançando um novo estado 
estacionário e preservando a viabilidade e a 
função; 
 Se a capacidade de adaptação for excedida 
ou o estresse externo for prejudicial ou 
excessivo, há o desenvolvimento de uma 
lesão celular; 
 Dentro de certos limites, a lesão é reversível, 
e as células retornam a um estado basal 
estável; 
 Se o estresse for grave ou persistente, há 
ocorrência de lesão irreversível e morte das 
células afetadas; 
 A morte celular é um processo normal e essencial na embriogênese, no 
desenvolvimento dos órgãos e na manutenção da homeostasia dos tecidos; 
Causas da lesão celular: 
 Abrangem desde um trauma grosseiro, como um acidente automobilístico, até 
um único defeito genético que resulta em uma enzima não funcional, como em 
uma doença metabólica; 
 A maioria dos estímulos pode ser: 
 Hipóxia e isquemia: Hipóxia se refere à deficiência de oxigênio, e 
isquemia, à redução do suprimento sanguíneo. Ambos privam os 
tecidos de oxigênio, mas a isquemia, além disso, resulta em deficiência 
de nutrientes essenciais e acúmulo de metabólitos tóxicos. A causa mais 
comum de hipóxia é a isquemia resultante de uma obstrução arterial, 
mas a deficiência de oxigênio pode resultar em uma oxigenação 
inadequada; 
 Toxinas: Os agentes tóxicos são encontrados no meio ambiente. Entre 
eles, podem ser incluídos poluentes do ar, inseticidas, CO, amianto ( 
asbestos ), fumaça de cigarro, etanol e drogas, além de muitos 
fármacos; 
 Agentes infecciosos: Todos os agentes patogênicos que causam 
doenças- vírus, bactérias, fungos e protozoários, lesam as células; 
 Reações imunes: As reações imunes podem resultar em lesão celular e 
tecidual, como reações autoimunes contra os próprios tecidos, reações 
 
2 Degenerações e adaptações: 
alérgicas contra substâncias ambientais e respostas imunes excessivas 
ou crônicas aos agentes. Em todas essas situações, há reações 
inflamatórias, que constituem a causa de lesão de células e tecidos; 
 Anormalidades genéticas: Podem resultar em alterações patológicas 
tão visíveis quanto as malformações congênitas associadas à síndrome 
de Down ou serem sutis, como a substituição de um aminoácido na 
hemoglobina, causando a anemia falciforme; 
 Desequilíbrios nutricionais: A insuficiência proteico-calórica e 
deficiências vitamínicas específicas são causas; 
 Agentes físicos: Trauma, extremos de temperatura, radiação, choque 
elétrico e mudanças na pressão atmosférica; 
 Envelhecimento: A senescência resulta em uma diminuição da 
capacidade de resposta das células ao estresse e, eventualmente, em 
morte das células e do organismo; 
Sequência dos eventos na lesão celular e morte celular: 
Lesão Celular Reversível: 
 É o estágio da lesão celular no qual a 
função prejudicada e a morfologia das 
células lesionadas podem retornar ao 
normal se o estímulo prejudicial for 
removido; 
 As células e organelas intracelulares 
ficam tumefeitas porque absorvem 
água como resultado da falha das 
bombas iônicas dependentes de 
energia na membrana plasmática, o 
que causa incapacidade de manter a 
homeostasia iônica e líquida; 
 Em algumas formas de lesão, organelas 
degeneradas e lipídeos podem se 
acumular dentro das células 
lesionadas; 
 O citoplasma das células lesionadas 
também pode tornar-se mais 
avermelhado ( eosinófilo ), uma 
alteração que se torna muito mais 
pronunciada à medida que progride 
para a necrose; 
 Em algumas situações, insultos 
potencialmente prejudiciais induzem 
alterações específicas nas organelas 
celulares, como RE. O RE agranular 
 
3 Degenerações e adaptações: 
está envolvido no metabolismo de vários agentes químicos, e as células 
expostas a essas substâncias químicas mostram hipertrofia ( aumento de 
volume ) da RE como uma resposta adaptativa que pode apresentar 
importantes consequências funcionais; 
 Com exposições nocivas excessivas ou persistentes, a lesão celular passa para 
um ponto de “não retorno” e há morte celular; 
 Se as alterações bioquímicas ou moleculares que predizem a morte celular 
podem ser identificadas, pode ser possível desenvolver estratégias para 
prevenir a transição de lesão celular reversível para a irreversível; 
 Embora não haja correlação morfológica ou bioquímica definitiva da 
irreversibilidade, ela é consistentemente caracterizada por três fenômenos: 
incapacidade de restaurar a função mitocondrial ( fosforilação oxidativa e 
geração de ATP ) mesmo após a resolução da lesão original, a perda da 
estrutura e das funções da MP e das membranas intracelulares e a perda de 
DNA e da integralidade estrutural da cromatina; 
 
A: Túbulos renais 
normais com células 
epiteliais visíveis, B: 
Lesão isquêmica inicial ( 
reversível ), mostrando 
eosinofilia aumentando 
e tumefação celular e C: 
Lesão necrótica ( 
irreversível ) das células 
epiteliais com perda de 
núcleos, fragmentação das células e extravasamento de conteúdos; 
Morte Celular: 
 Quando são lesionadas, as células morrem por mecanismos diferentes, 
dependendo da natureza e gravidade do insulto; 
 Distúrbios graves, como perda de oxigênio e suprimento de nutrientes e as 
ações de toxinas, causam uma forma de morte rápida e incontrolável que tem 
sido chamada morte celular “acidental”. A manifestação morfológica da morte 
celular acidental é a necrose, a qual é a principal via de morte celular em 
muitas lesões comumente encontradas, como as resultantes de isquemia, 
exposição a toxinas, infecções e traumatismo. A necrose é tradicionalmente 
considerada o resultado final e inevitável de lesões graves que está além do 
salvamento e não se acredita que seja regulada por sinais específicos ou 
mecanismos bioquímicos. Em outras palavras, a necrose ocorre 
acidentalmente, porque a lesão é muito grave para ser reparada e muitos dos 
constituintes celulares falham ou “deixam de ser bem-sucedidos”; 
 
4 Degenerações e adaptações: 
 Em contraste, quando a lesão é menos grave ou as células precisam ser 
eliminadas durante os processos normais, ativam um conjunto meticuloso de 
vias moleculares que culminam com a morte. Essa morte pode ser manipulada 
por agentes terapêuticos ou mutações genéticas, então é uma morte celular 
“regulada”. O aspecto morfológico da maioria dos tipos de morte celular 
regulada é a apoptose; 
 Em alguns casos, a morte celular tem aspectos de necrose e apoptose, e tem 
sido chamada necropoptose; 
 A ideia de morte celular regulada aumenta a 
possibilidade de que as vias celulares 
específicas podem constituir um alvo 
terapêutico para evitar a perda de células 
em condições patológicas; 
 A apoptose é um processo que elimina as 
células que apresentam vários tipos de 
anormalidades intrínsecas e promove a 
eliminação dos fragmentos das células 
mortas sem provocar uma reação 
inflamatória. Esse tipo de suicídio celular 
ocorre em situações patológicas quando o 
DNA ou as proteínas de uma célula são 
danificadas além da possibilidade de 
reparação ou a célula é privada de sinais de 
sobrevivência necessários; 
 No entanto, ao contrário da necrose, que é 
sempre indicação de um processo 
patológico, a apoptose também ocorre em 
tecidos saudáveis; 
 A apoptose serve para eliminar células indesejadas durante o 
desenvolvimento normal e para manter o número constante de células, de 
modo que não está necessariamente associada à lesão celular patológica; 
 Esses tipos de morte celular fisiológica também são chamados morte celular 
programada; 
 É importante ressaltar que a função celular 
pode ser perdida muitoantes da instalação da 
morte celular, e que as alterações 
morfológicas de células lesionadas ( ou mortas 
) instalam-se posteriormente à perda de 
função e viabilidade celular. Por exemplo, as 
células miocárdicas tornam-se não contráteis 
após 1 ou 2 minutos de isquemia, mas morrem 
após até 20 a 30 minutos de a isquemia ter 
decorrido. As características morfológicas 
 
5 Degenerações e adaptações: 
indicativas da morte de miócitos isquêmicos aparecem na microscopia 
eletrônica entre 2 a 3 horas após a morte das células, mas não são evidentes na 
microscopia óptica antes de 6 a 12 horas; 
Necrose: 
 A necrose é uma forma de morte celular, na qual 
as membranas celulares se desintegram e as 
enzimas celulares extravasam e, por fim, digerem 
a célula; 
 A necrose provoca uma reação local do 
hospedeiro, chamada inflamação, que é induzida 
por substâncias liberadas das células mortas e que 
serve para eliminar os debris celulares e iniciar o 
processo de reparo subsequente; 
 As enzimas responsáveis pela digestão da célula 
são derivadas dos lisossomos e podem ser 
provenientes das próprias células moribundas ou 
de leucócitos recrutados como parte da reação 
inflamatória; 
 A necrose frequentemente é o ponto culminante 
da lesão celular reversível que não pode ser 
corrigida; 
 Os mecanismos bioquímicos da necrose variam de 
acordo com diferentes estímulos prejudiciais. Esses 
estímulos incluem: 
 Falha na geração de energia na forma de 
ATP devido à redução de fornecimento de 
oxigênio ou lesão mitocondrial; 
 Danos às membranas celulares, incluindo a MP e as membranas 
lisossômicas, o que resulta em extravasamento de conteúdo celular 
incluindo enzimas; 
 Danos irreversíveis aos lipídeos celulares, proteínas e ácidos nucleicos, 
que podem ser causados por espécies reativas de oxigênio; 
 Padrões morfológicos de necrose tecidual: 
 Em condições patológicas graves, grandes áreas de um tecido ou órgãos 
inteiros podem sofrer necrose, o que pode acontecer em associação com 
isquemia marcada, infecções e certas reações inflamatórias; 
 Tipos de necrose: 
 
6 Degenerações e adaptações: 
 De coagulação: arquitetura básica dos tecidos permanece preservada após 
alguns dias da morte celular. Desnatura proteínas estruturais e enzimas, 
bloqueando a proteólise de células mortas. Os leucócitos são recrutados para 
o local da necrose e suas enzimas lisossômicas digerem as células mortas, 
além disso, os restos celulares são removidos por fagocitose. Geralmente 
ocorre em IAM. 
 Liquefativa: Infecções bacterianas focais ou fúngicas. Os 
microorganismos estimulam o rápido acúmulo de células 
inflamatórias e as enzimas dos leucócitos digerem o tecido. As 
células mortas são digeridas, transformando o tecido em uma 
massa viscosa líquida que é removida por fagócitos. Geralmente 
ocorre no SNC e o citoplasma dos neurônios aparece bastante 
eosinófilo. 
 
 
7 Degenerações e adaptações: 
 Gangrenosa: Em geral, aplica-se a um membro que perdeu o seu suprimento 
sanguíneo e sofreu necrose de coagulação, envolvendo várias camadas de 
tecido; 
 Caseosa: É encontrada em focos de infecção tuberculosa. A arquitetura do 
tecido está completamente destruída. Nela, há um granuloma de células 
epitelióides e gigantes ( uma necrose central circundada pelo granuloma ). 
 
 Gordurosa: Áreas focais de destruição gordurosa, 
em geral resultante da liberação de lipases 
pancreáticas ( acomete adipócitos ). Normalmente 
ocorre na pancreatite aguda; 
 Fibronoide: Geralmente ocorre em reações 
imunes em que complexos de antígenos e 
anticorpos são depositados nas paredes dos vasos 
sanguíneos, mas também pode ocorrer na 
hipertensão grave; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Caso de Pancreatite ( necrose gordurosa ) 
 
8 Degenerações e adaptações: 
 O extravasamento de proteínas intracelulares através da 
membrana celular e, por fim, para a circulação 
proporciona meios de detectar a necrose tecido-
específica utilizando amostras de sangue ou soro; 
Apoptose: 
 A apoptose é uma via de morte celular na qual as células 
ativam enzimas que degradam o DNA nuclear das células, 
bem como as proteínas nucleares e citoplasmáticas; 
 Os fragmentos das células apoptóticas, então, se separam, 
gerando a aparência responsável pelo nome; 
 A MP plasmática das células permanece intacta, mas é 
alterada de tal forma que os fragmentos, chamados de 
corpos apoptóticos, se tornam altamente comestíveis, 
levando ao seu rápido consumo por fagócitos; 
 A célula morta e seus fragmentos são limpos com pouco 
extravasamento de conteúdo celular, de forma que a 
morte celular não causa uma reação inflamatória; 
 Causas da Apoptose: 
 A apoptose serve para eliminar tanto as células 
potencialmente prejudiciais quanto as que 
sobreviveram mais do que sua utilidade; 
 Quando ocorre como evento patológico e o DNA das células é afetada, 
ela é eliminada; 
 Apoptose fisiológica: Durante o desenvolvimento, algumas células 
morrem e são substituídas por novas. Os tecidos altamente 
proliferativos e dependentes de hormônios sofrem ciclos de 
proliferação e perda celular, frequentemente determinados pelos níveis 
de fatores de crescimento. Nessas situações, a morte ocorre por 
apoptose, garantindo que as células indesejadas sejam eliminadas, 
sem provocar uma inflamação potencialmente nociva. No sistema 
imune, elimina o excesso de leucócitos deixados no fim das respostas 
imunes e os linfócitos que reconhecem autoantígenos e podem causar 
doenças autoimunes se não forem eliminados; 
 Apoptose em condições patológicas: Elimina as células que estão 
danificadas que não podem ser reparadas. Isso é observado quando há 
lesão grave do DNA, após exposição à radiação e fármacos/drogas 
citotóxicas; 
 Determinados agentes infecciosos, como vírus, induzem morte 
apoptótica de células infectadas; 
 Mecanismos de apoptose: 
 A apoptose é regulada por vias bioquímicas que controlam o equilíbrio 
entre os sinais indutores de morte e sobrevivência, em última instância, 
 
9 Degenerações e adaptações: 
a ativação de enzimas denominadas caspases ( cisteína proteases que 
clivam proteínas após resíduos de ácido aspártico ); 
 Duas vias distintas convergem para a ativação das caspases: a via 
mitocondrial e a via do receptor da morte; 
 Embora essas vias possam se cruzar, elas geralmente são induzidas em 
condições diversas, envolvem moléculas diferentes e desempenham 
papéis distintos na fisiologia e na doença; 
 O resultado final da morte celular apoptótica é a eliminação de corpos 
apoptóticos por fagócitos; 
 A via mitocondrial ( intrínseca ) parece ser responsável pela apoptose 
na maioria das situações fisiológicas e patológicas: Mitocôndrias contêm 
várias proteínas que são capazes de induzir a apoptose, como o 
citicromo C. Quando as membranas mitocondriais se tornam 
permeáveis, o citocromo C escapa para o citoplasma, desencadeando 
a ativação da caspase e a morte apoptótica; 
 Via do receptor de morte ( extrínseca ) da apoptose: Muitas células 
expressam moléculas de superfície, chamadas receptores de morte, 
que desencadeiam a apoptose. A maioria dessas moléculas faz parte da 
família do receptor do TNF, que medeia a interação com outras 
proteínas envolvidas na morte celular; 
 Eliminação de células apoptóticas: Células apoptóticas e seus 
fragmentos atraem os fagócitos produzindo uma série de sinais de 
“coma-me”. Nas células normais, a fosfatidilserina está presente no 
folheto interno da membrana, no entanto, nas apoptóticas, esse 
fosfolipídeo desloca-se para o folheto externo, onde é reconhecido por 
macrófagos teciduais, levando à fagocitose das 
células apoptóticas; 
 As alterações da MP e as proteínas secretadas 
facilitam a rápida eliminação das células mortas 
antes delas sofrerem danos na membranae 
liberarem o seu conteúdo ( o que pode induzir 
inflamação ); 
 Inúmeros receptores de macrófagos estão 
envolvidos na ligação e envolvimento de células 
apoptóticas; 
 A fagocitose de células apoptóticas é tão 
eficiente que as células mortas desaparecem 
sem deixar vestígios e a inflamação está 
praticamente ausente; 
 Ao lado observa-se a morfologia de uma célula 
apoptótica; 
 
10 Degenerações e adaptações: 
 
 
Autofagia: 
 Refere-se à digestão lisossômica dos componentes da célula; 
 Constitui um mecanismo de sobrevivência em períodos de privação de 
nutrientes, de modo que a célula em privação pode sobreviver digerindo seu 
próprio conteúdo e reciclando-o para fornecer nutrientes e energia; 
 O vacúolo funde-se ao lisossomo e as enzimas lisossômicas digerem os 
componentes celulares; 
 
11 Degenerações e adaptações: 
 Pode estar relacionada à atrofia dos tecidos; 
 A autofagia extensa é observada na lesão isquêmica e em alguns tipos de 
miopatias; 
 
Mecanismos de lesão celular e morte celular: 
 A resposta celular aos estímulos prejudiciais depende do tipo de lesão, da sua 
duração da sua gravidade; 
 As consequências de um estímulo nocivo também dependem do tipo, do 
estado, da adaptabilidade e da composição genética da célula lesionada; 
 A lesão celular geralmente resulta de anormalidades funcionais e bioquímicas 
em um ou mais componentes celulares essenciais; 
 A privação de oxigênio e nutrientes prejudica as funções celulares dependentes 
de energia, culminando na necrose e danos às proteínas e ao DNA 
desencadeiam a apoptose; 
Hipóxia e isquemia: 
 A deficiência de oxigênio leva à falha de 
muitas vias metabólicas dependentes de 
energia e, em última análise, à morte celular 
por necrose; 
 As células submetidas ao estresse da hipóxia, 
que não morrem imediatamente, ativam 
mecanismos compensatórios induzidos por 
fatores de transcrição da família do fator 1 
induzido por hipóxia, que estimula a síntese 
de várias proteínas que ajudam a célula a 
sobreviver em situações com hipóxia; 
 Os tecidos normais com maior capacidade 
glicolítica em função da presença de 
glicogênio tem maior capacidade de 
sobreviver à hipóxia e à fosforilação oxidativa 
diminuída do que os tecidos com armazenamento reduzido de glicose; 
 A hipóxia persistente ou grave e a isquemia em última instância levam a falha 
na geração de ATP e esgotamento de ATP das células; 
 Quando há danos irreversíveis às membranas mitocondriais e lisossômicas, a 
célula sofre necrose; 
 
12 Degenerações e adaptações: 
Adaptações celulares ao estresse: 
 As adaptações são alterações reversíveis em número, tamanho, fenótipo, 
atividade metabólica ou funções das células em resposta às alterações no seu 
ambiente; 
 As adaptações fisiológicas geralmente representam respostas celulares ao 
estímulo normal de hormônios ou mediadores químicos endógenos ( p. ex. 
aumento da mama e do útero induzido por hormônio durante a gravidez ), ou 
as exigências de estresse mecânico ( nos ossos e músculos ); 
 As adaptações patológicas são respostas ao estresse que permitem às células 
modularem sua estrutura e função e, assim, escapar da lesão, mas à custa da 
função normal, como metaplasia escamosa do epitélio brônquico em 
fumantes; 
  Hipertrofia: 
 É o aumento no tamanho das células que resulta em aumento no 
tamanho do órgão; 
 Na hiperplasia pura, não há outras células, apenas células maiores 
contendo quantidades aumentadas de proteínas estruturais e 
organelas; 
 Ocorre em células com capacidade limitada de se dividir; 
 Pode ser fisiológica ou patológica e é causada pelo aumento da 
demanda funcional ou por fatores de crescimento ou estimulação 
hormonal; 
 O aumento fisiológico maciço do útero durante a gravidez ocorre em 
consequência de hipertrofia e hiperplasia do músculo liso estimulado 
pelo estrogênio. Ao contrário, em resposta ao aumento da carga de 
trabalho, as células musculares estriadas no músculo esquelético e no 
coração sofrem apenas hipertrofia; 
 O corpo de levantadores de peso resulta unicamente da hipertrofia dos 
músculos esqueléticos individuais; 
 Um exemplo de hipertrofia patológica é o aumento cardíaco que ocorre 
na hipertensão ou doença valvar aórtica. O miocárdio submetido a 
uma carga de trabalho aumentada, adapta-se submetendo-se à 
hipertrofia para gerar a força contrátil necessária; 
 Os mecanismos responsáveis pela hipertrofia cardíaca envolvem 
gatilhos mecânicos, como alongamento, e mediadores solúveis que 
estimulam o crescimento celular, como os fatores de crescimento. Estes 
estímulos ligam as vias de transdução do sinal que conduzem à indução 
de vários genes, que por sua vez estimulam a síntese de proteínas 
celulares. Como resultado, há a síntese de mais proteínas e 
miofilamentos por célula, o que aumenta a força gerada em cada 
contração, permitindo que a célula atenda a demandas de trabalho 
aumentadas; 
 
13 Degenerações e adaptações: 
 Uma adaptação ao estresse, tal como a hipertrofia, pode progredir 
para uma lesão celular funcionalmente significativa se o estresse não 
for aliviado. Qualquer que seja a causa da hipertrofia, atinge-se um 
limite no qual a dilatação da massa muscular não pode mais compensar 
o aumento da carga. Quando ocorre no coração, ocorrem diversas 
alterações degenerativas nas fibras miocárdicas, como a fragmentação 
e a perda de elementos contráteis miofibrilares e o resultado absoluto 
dessas alterações degenerativas é a dilatação ventricular e, por fim, a 
insuficiência cardíaca; 
 
 
  Hiperplasia: 
 Se refere ao aumento no número de células em um órgão que resulta 
da proliferação aumentada de células diferenciadas ou, em alguns 
casos, de células progenitoras menos diferenciadas; 
 Ocorre se o tecido contiver populações de células capazes de divisão; 
 Pode ser fisiológica ou patológica e em ambas as situações, a 
proliferação celular é estimulada por fatores de crescimento que são 
produzidos por vários tipos de células; 
 Os dois tipos de hiperplasia fisiológica são: 
1. Hiperplasia hormonal, em que há proliferação do epitélio glandular 
da mama feminina na puberdade e durante a gravidez; 
2. Hiperplasia compensatória, na qual o tecido residual cresce após a 
remoção ou perda de parte de um órgão. EX: quando uma parte do 
fígado é ressecado, a atividade mitótica nas células restantes inicia-
se 12 horas após, restaurando o fígado ao seu tamanho normal; 
 A maioria das formas de hiperplasia patológica é causada por 
estimulação excessiva hormonal ou por fatores de crescimento; 
 
14 Degenerações e adaptações: 
 Um ponto importante a ser destacado é que, em todas as situações, o 
processo hiperplásico permanece controlado, se os sinais que o 
iniciam são diminuídos ou interrompidos, a hiperplasia desaparece; 
 Essa responsividade aos mecanismos normais de controle regulatório 
distingue as hiperplasias patológicas benignas do câncer, nas quais os 
mecanismos de controle do crescimento se tornam permanentemente 
desregulados ou ineficazes; 
 Atrofia: 
 É a diminuição no tamanho das células por perda de substância 
celular; 
 Quando um número suficiente de células está envolvido, todo o tecido 
ou órgão diminui em tamanho ou torna-se atrófico; 
 Embora as células atróficas possam apresentar função diminuída, elas 
não estão mortas; 
 As causas incluem uma diminuição da carga de trabalho, perda de 
inervação, redução do fornecimento sanguíneo, nutrição inadequada, 
perda de estimulação endócrina e envelhecimento ( atrofia senil ); 
 As alterações fundamentais representam uma retração da célula para 
um tamanho menor, no qual a sobrevivência ainda é possível e um novo 
equilíbrio é alcançado entre o tamanho das células e a diminuição do 
fornecimento de sangue, nutrição ou estimulação trófica; 
 A atrofia celular resulta da combinação da diminuição da sínteseproteica e a maior degradação de proteínas; 
 A síntese proteica diminui devido à redução da atividade metabólica; 
 A degradação ocorre principalmente pela via ubiquitina-proteassoma; 
 Em muitas situações, a atrofia está associada a autofagia, com 
aumento do número de vacúolos autofágicos; 
 Metaplasia: 
 É uma alteração na qual um tipo de célula adulta ( epitelial ou 
mesenquimal ) é substituída por outro tipo de célula adulta; 
 Neste tipo de adaptação celular, um tipo de célula sensível a um 
determinado estresse é substituído por outro tipo de célula com maior 
capacidade de suportar o 
ambiente adverso; 
 Acredita-se que a metaplasia 
surja devido a uma 
reprogramação de células-tronco 
para se diferenciar ao longo de 
uma nova via, em vez de uma 
alteração fenotípica ( 
transdiferenciação ) de células já 
diferenciadas; 
 A metaplasia epitelial é 
exemplificada pela alteração que 
 
15 Degenerações e adaptações: 
ocorre no epitélio respiratório de tabagistas habituais, nos quais as 
células epiteliais cilíndricas ciliadas normais da traqueia e dos brônquios 
frequentemente são substituídas por células epiteliais escamosas 
estratificadas, que é resistente e pode ser capaz de sobreviver aos 
produtos químicos nocivos na fumaça do cigarro; 
 Embora o epitélio escamoso metaplásico apresente vantagens de 
sobrevivência, perdem-se importantes mecanismos de proteção, como 
a secreção de muco e a remoção ciliar da matéria particulada; 
 Sempre ocorre no sentido de epitélio colunar para escamoso; 
 As influências que induzem alterações metaplásicas epiteliais, se 
persistentes, podem predispor à transformação para uma doença 
maligna; 
Acúmulos intracelulares: 
 Sob algumas circunstâncias, as células podem acumular quantidades 
anormais de várias substâncias, que podem ser inofensivas ou causar vários 
graus de lesão; 
 Pode estar no citoplasma, dentro de organelas ( tipicamente lisossomos ) ou no 
núcleo, e pode ser sintetizada pelas células afetadas ou pode ser produzida em 
outra parte; 
 As principais vias de acúmulo anormal são a remoção e a degradação 
inadequada ou produção excessiva de uma substância endógena, ou 
deposição de um material exógeno anormal; 
 Alteração Gordurosa: Degeneração gordurosa, também chamada de esteatose, 
refere-se a qualquer acúmulo de triglicérides dentro das células 
parenquimatosas; 
 Colesterol e ésteres de colesterol: O metabolismo do colesterol celular é 
regulado para assegurar a geração normal das membranas celulares sem 
acúmulo intracelular significativo. No entanto, células fagocíticas podem ficar 
sobrecarregadas com lipídeos em processos patológicos; 
 Proteínas: Podem ocorrer quando excessos são apresentados às células ou se 
as células sintetizam quantidades excessivas. O processo é reversível; 
 Glicogênio: Estão associados a anormalidades no metabolismo da glicose ou 
glicogênio; 
 Pigmentos: O mais comum é o carbono; 
Envelhecimento celular: 
 É resultado do declínio progressivo do tempo de vida e a capacidade 
funcional das células; 
 A senescência celular leva a alterações nas habilidades replicativas e de reparo 
das células e tecidos, que levam a uma diminuição da capacidade de responder 
ao dano, e à morte das células e do organismo;

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