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Civilização árabe-muçulmana RESUMO DE HISTÓRIA - GABRIELA PICININI 1º E.M. 2021 Islã: a plena submissão à Alá Os árabes antes do Islã: -Estavam dispersos pela península arábica (desertos, oásis, cidades do litoral). - Eram politeístas animistas: atribuíam ânimo (vida espiritual) às suas relíquias ou ícones sagrados. - Meca: principal cidade comercial; administrada pela tribo coraixita; na Caaba ficavam as relíquias sagradas dessas tribos. Beduínos Povos nomâdes criadores de camelos, carneiros e cabras. Integravam, econômica e culturalmente, os povos árabes; Mantinham relações comerciais com povos do Império Bizantino e do Oriente distante (Índia e China); Também comercializavam com as caravanas dos mercadores tuaregues e azenegues do norte da África. Maomé Maomé nasceu em Meca e foi adotado por seu tio Abu Talib, com quem aprendeu o trabalho de conduzir as caravanas de camelos. Durante suas viagens teve contato com o judaísmo e cristianismo. Aos 25 anos casouse com Cadija, e passou a administrar suas próprias caravanas. Por volta dos 40 anos, O anjo Gabriel revela à Maomé, por a existência de Alá e o convoca para ser Seu mensageiro. Maomé e o islamismo Por volta do ano 610 Maomé começa a ter as primeiras revelações de Deus (Alá). Afirmando a exist~encia de um único Deus, começa a atrair um número crescente de seguidores, conhecidos como muçulmanos. Os comerciantes coraixitas negavam a aceitar Maomé como mensageiro de Deus, diziam que ele estava desrespeitando seus deuses e passaram a persegui-ló. Temiam também que a religião de Maomé pudesse enfraquecer o comércio na cidade. No ano 622 Maomé é expulso de Meca. É acolhido pela população de Yatreb – a cidade passa a chamar-se Medina (cidade do profeta). Hégira: fuga do profeta de Meca, marca o início do calendário muçulmano - o ano 01 do Islã. Em 630 Maomé conquista Meca. A conquista marca o nascimento do Islã. O profeta defendia a destruição dos ídolos politeístas que ficavam expostos na Caaba, e quando conquistou a cidade destruiu as estátuados deuses locais. Meca passou a ser o centro de devoção muçulmana. Inicia a formação de um Estado Árabe, de perfil teocrático. Maomé faleceu em 632 e não deixou nada escrito. Seu sucessor, ordenou a junção de tudo que havia sido escrito sobre os ensinamentos do profeta em um único livro, o Corão. Islã Pilares do islamismo: Jihad é um dos deveres mais importantes, seu significado é o Outra característica importante da tradição muçulmana é a - crer em Alá e seguir os ensinamentos de Maomé; - orar cinco vezes ao dia com o rosto voltado para Meca; - dar ajuda aos necessitados (caridade); - jejuar durante o mês sagrado do Ramadã; - ir à Meca pelo menos uma vez na vida. de “esforçar-se na causa de Deus”, visava unir a comunidade islâmica (a umma) -jihad interna – buscava evitar as disputas e rivalidades entre os clãs. jihad externa – visava o combate às práticas pagãs e a conversão dos povos ao islamismo. de não consumir carne de porco, pois o consideram impuro. A sucessão de Maomé Maomé morre em 632. 632 a 661: Período dos 4 primeiros califas, foram eleitos entre os parentes de Maomé. Em 661 quando Ali, o quarto califa morreu, o povo se dividiu quanto à quem deveria assumir. Xiitas: para eles, somente um membro da família de Maomé poderia sucedê-lo. Representam cerca de 10% da população, eles seguem princípios rígidos e acreditam que o verdadeiro líder possui proteção divina contra o pecado e o erro. Sunitas: para eles, não era necessário que o sucessor tivesse relação com o profeta. Representam aproximadamente 90% da população, têm uma interpretação mais flexível dos textos sagrados. A disputa terminou quando Ibn Abi Sufiyan, governante sírio, que não era parente de Maomé, proclamou-se califa e foi aceito. Expansão do islamismo O Islã expandiu rapidamente sobre a península Arábica com Maomé até 632. Sob os governos dos 04 primeiros califas (xiitas) o Islã atingiu as populações do Mediterrâneo Oriental africano e, na Ásia, estendia-se da bacia dos rios Tigre e Eufrates até o oriente da Pérsia entre os anos 632 até 661. Com os Omíadas (sunitas), entre os anos 661 e 750, o Islã chegou à atual Índia, ao Mediterrâneo Ocidental africano e à Península Ibérica. Os Abássidas (xiitas) retomaram o governo da umma em 751 mantendo a unidade do califado até o ano 1258 quando os mongóis invadiram Bagdá. Fatores que favoreceram a expansão: - Interesse em cosquistar terras e postos-chave do comércio internacional, visando poder e riqueza. - A tolerância religiosa árabe com os povos dominados, eles podiam manter sua própria religião, desde que reconhecessem o poder islã e pagassem tributos. A grande variedade de povos convertidos ao Islã favoreceu a ocorrência de uma grande atividade cultural nos vários califados. A caligráfica é um traço dominante da cultura árabe-islâmica, e exerce grande influência sobre a arte, a decoração e a arquitetura. Os povos islamizados destacaram-se no desenvolvimento da: - matemática com a álgebra e os algarismos indo-arábicos; - cartografia com domínio sobre território e rotas marítimas no Mediterrâneo, Mar Vermelho, Golfo Pérsico e Oceano Índico; - arquitetura com as abóbadas monumentais e as cúpulas de pedra e tijolos, além do iwan (salão com abóbada aberta para um único lado) e do estuque (argamassa que permite modelagem); - filosofia (falsafa) com Averróis, Avicena, Avempace, Ibn Khaldūn, al-Fārābī e al- Ghazālī - medicina com Avicena, autor de A Viagem da Alma, Al-Shifâ’ (A Cura) e do Al-Qanûn fî al-Tib (Cânon da Medicina). Cultura Economia O comércio no Mediterrâneo, durante a Idade Média, foi controlado pelos povos islamizados. Sob o domínio dos comerciantes muçulmanos também estavam as rotas do rico comércio de especiarias do extremo Oriente. A agricultura também era uma importante fonte de riqueza com o cultivo do damasco, tâmaras, café, cana- de-açúcar e algodão. As manufaturas também foram amplamente desenvolvidas, com destaque para a tapeçaria, a metalurgia e artigos de couro. Destacavam-se também na criação de cavalos.