Buscar

ANÁLISE REFLEXIVA SOBRE O ENSINO DA GRAMÁTICA (UNIT-SE)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ANÁLISE REFLEXIVA SOBRE O ENSINO DA GRAMÁTICA 
 
CONCEIÇÃO , Adriana Silva da 
adri.star25@yahoo.com.br 
SANTOS, Evanildes da Silva 
evaaju-santos@hotmail.com 
SANTOS, Givanildo Paes 
evaaju-santos@hotmail.com 
MEIRELLES , Claudia de Souza Cardoso (Orientadora). 
meirelles.claudia@oi.com.br 
Mestranda em Ciências Sociais – UFRN 
Pós-Graduada em Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa – FACINTER/PR 
Graduada em Letras – UCSAL/BA 
 
 
RESUMO 
 
O objetivo desta pesquisa é fazer uma análise crítica sobre o ensino da Gramática a 
partir da proposta dos PCN’s dialogando com vários autores que propõem uma metodologia 
intertextual. Sabe-se que ao longo dos anos tem-se deparado, no ensino da Língua Portuguesa 
com a dificuldade dos alunos em aprender o ensino da Gramática, devido ao excesso de 
normas dissociadas da sua realidade sem nenhum vínculo com a leitura e a produção de 
textos. Muitos estudiosos já tentaram responder à questão: como fazer da Gramática um 
ensino prazeroso? Pretende-se no presente estudo dar uma abordagem histórica do ensino da 
Gramática em três subdivisões: metodologia do ensino da Gramática; a norma padrão e o 
preconceito lingüístico e as dificuldades no aprendizado da língua portuguesa. Foi de grande 
importância perceber que é possível trabalhar a Gramática de forma contextualizada sem fugir 
à meta que é o aprendizado da língua materna . 
 
Palavras-chave: gramática, contextualização, língua materna. 
 2
INTRODUÇÃO 
 
A realização do presente artigo tem como proposta analisar as práticas de ensino 
tradicional de gramática relacionando-as com as práticas inovadoras a fim de visualizar qual o 
método mais adequado no contexto atual, devido à percepção de deficiências dos alunos em 
relação ao conteúdo estudado. Assim esta pesquisa visa perceber a real necessidade e 
importância da valorização da gramática como parte de um processo evolutivo para que o 
conhecimento possa fluir de forma mais produtiva. 
Mesmo fazendo parte da trajetória escolar do aluno, a gramática acaba não sendo 
entendida como deveria, por isso é vista de forma polêmica, gira em torno de como o 
conteúdo é passado em sala de aula, realidade vivida pelos alunos do ensino fundamental e 
médio. 
É importante salientar que o método tradicional não é totalmente falho, pois a 
transmissão das regras é necessária para o aprendizado, mas apenas seria interessante adequá-
lo a realidade do aluno, inserindo o assunto no cotidiano, de forma que ele desenvolva o 
raciocínio, com perspectivas para que os mesmos exponham seus pontos de vista, como 
também suas divergências e não condicioná-los simplesmente a memorizar os textos, mas 
produzir e difundir idéias. De acordo com essas discussões sobre o ensino de gramática, fica 
notória a necessidade de trabalhar de forma mais contextualizada, por isso cabe aos 
professores detectarem o nível de aprendizagem dos alunos em decorrência da metodologia 
aplicada, para que os mesmos não venham sentir tantas dificuldades ao uso das regras 
gramaticais em seu dia-a-dia, sabendo-as usar de forma clara e objetiva de acordo com o 
contexto inserido. 
Na gramática normativa existem regras de uma língua que posicionam as suas 
prescrições como a única “forma correta” de realização, as quais categorizam outras formas 
 3
possíveis como “errada”. Com isso o ensino tradicional da gramática normativa nas escolas 
origina um preconceito contra as variedades não-padrão e a gramática descritiva. 
A norma padrão virou “termômetro” medidor de status. Porque aqueles que não a 
dominam certamente não correspondem a categoria dos cidadãos bem vistos detentor do ter e 
do poder, classe distinta que se acha no direito de controlar e manobrar as pessoas falantes do 
português que se diz “errado”. 
Para tanto as gramáticas escolares e livros didáticos continuam insistindo em 
preservar formas lingüísticas, o que só contribui para aumentar o sentimento de baixa estima 
na aprendizagem dos alunos que acreditam falar mal o português e que o mesmo é uma das 
línguas mais difíceis do mundo. 
Devido a essa necessidade de mudança buscam-se formas de elaboração do conteúdo 
programático de tal disciplina nas escolas. A mudança de conduta ao ensino de língua 
portuguesa, que propõe uma discussão sobre o ensino da gramática, depende também da 
consciência de professores decisivos no processo de elaboração de novas práticas. 
Sendo assim pretende-se contribuir para a reflexão sobre o estudo da gramática a 
partir da contribuição trazida pelos PCNs, avaliando a metodologia do ensino da língua 
portuguesa, que nem sempre é adequada. Trata-se também da norma padrão e o preconceito à 
variedade lingüística no Brasil, ressaltando as dificuldades que são mais comuns no 
aprendizado da língua materna. 
 
METODOLOGIA DO ENSINO DA GRAMÁTICA 
 
A gramática tem sido ao longo dos séculos, aprofundada na sua metodologia de 
ensino, levando em conta o ensino-aprendizagem da mesma e a história da inserção de novos 
conteúdos relacionados à gramática e provocadores de mudança. 
 4
A principal dificuldade em relação ao método de ensino de gramática refere-se à 
descontextualização, pois não se buscou estudar a língua materna, principalmente no período 
que vai do século XVI ao século XIX, numa relação de interdisciplinaridade, mas 
isoladamente. Fator decisivo para a compreensão da Língua no século XX, a 
interdisciplinaridade traz à tona conceitos de relação ou interrelação entre os conceitos 
básicos da Língua e o contexto a que estão inseridos no processo ensino-aprendizagem. 
A partir da compreensão da Lingüística como ciência, percebemos a sua forte 
influência em outras ciências como a Psicologia, a Sociologia e a Ciência Política. Por isso é 
importante também ressaltar que o método interdisciplinar requer do pesquisador um amplo 
conhecimento dos diversos campos científicos para “favorecer o restabelecimento dos fatos 
mais importantes do nosso passado lingüístico (...)” (KOERNER, 1996, p.47) 
O ensino da gramática normativa no século XVIII, esteve sempre associado à 
manutenção do poder político e dominador. Sendo assim, desde os inícios da nossa 
colonização era Portugal quem ditava as normas do saber. Por isso o “o discurso gramatical é 
tratado sob o prisma político, à medida que o gramático, enunciador social, aparece como 
porta-voz do governo, como parte do aparelho ideológico do estado” (ALTHUSSER, 1985). 
O ensino da gramática, neste período, assume também um discurso científico, à proporção 
que o gramático assume a emissão de conceitos, narrativa da verdade, para a construção do 
saber que é a língua portuguesa; ou como um discurso pedagógico, à medida que o gramático 
é controlador da ação do educando, modalizado pelo saber fazer; ou como um discurso 
jurídico, à proporção que ele como legislador, estabelece normas e regras a serem seguidas 
pelos leitores, criando permissões e proibições. (NEUSA BARBOSA, 2004, p.58) 
Em contraposição ao ensino da gramática como transmissão de normas temos 
também uma metodologia inovadora a partir dos Parâmetros Curriculares Nacionais que nos 
conscientiza de que contextualizar a língua é o grande desafio do mundo atual, pois a 
 5
normatização pura e simplesmente não responde mais aos anseios de estudantes e educadores 
no mundo globalizado. Sendo assim, o método da proposta para o ensino da gramática que 
surge a partir dos PCNs, acredita-se ser ideal e só faz sentido a partir do momento em que 
nossas escolas assumam e propiciem atividades de ensino/aprendizagem, levando os alunos a 
se prepararem para uma vida em sociedade. 
A gramática não poder ser estudada isoladamente, mas como o conjunto de 
conhecimentos lingüísticos que um usuário da língua tem internalizados para uso efetivo em 
situações concretas de interação comunicativa. Assim, quanto mais recursos, mecanismos, 
estratégias da língua o usuário dominar, melhor desempenholingüístico terá. (TRAVAGLIA, 
2007, p.15) 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais são importantes documentos, que tem como 
objetivo apoiar discussões e desenvolver um projeto educativo nas escolas sobre uma reflexão 
e prática pedagógica. Nele fica evidente que a questão do ensino da língua portuguesa em 
nosso país está em foco a bastante tempo, porém, entre interpretações adversas, encontram-se 
as demasiadas repetições, num repasse de conteúdo, bem como os conceitos vistos sob a ótica 
dos lingüísticas. Por isso ele já está confirmado e reconhecido como integrante de uma 
cultura, articulando a vida social dos alunos ao sistema da língua com sua necessidade de 
aprendizagem. 
Ao fugir da realidade do aluno, a escola passa a se utilizar com avidez em um 
enfoque gramatical e descarta o enfoque interativo-textual, o segundo proposto pelos que 
almejam restaurar no espaço da sala de aula o processo de interlocução ativa para que haja 
uma nova percepção das formas de ensino. Por isso que é preciso formar estudantes visando 
prepará-los para as diversidades, numa concepção clara do valor social e interativo da 
linguagem, em oposição ao ensino tradicional, vem sendo o grande desafio. O estudo 
gramatical vira estratégia para se compreender, interpretar e produzir textos. É preciso 
 6
entender que a aula de Língua Portuguesa não constitui um universo somente: ela deve ser 
observada, em sua amplitude que é a Gramática, a Literatura, a Leitura, o texto. 
O que se observa é a presença esmagante da gramática que, embora importantíssima, 
diminui em grau de prestígio as demais unidades básicas. Assim, os programas dedicados à 
área de Língua Portuguesa continuam reproduzindo as regras gramaticais e atrasando a 
questão discutida, como afirma Neves: 
 
O ensino de gramática em nossas escolas tem sido primordialmente prescrito, apegando-se 
as regras de gramática normativa que, como vemos, são estabelecidos de acordo com a 
tradição literária clássica, da qual é tirada a maioria dos exemplos. Tais regras e exemplos 
são repetidos anos a fio como formas corretas e boas a serem imitadas na expressão do 
pensamento. (NEVES, 1995, p.11) 
 
O uso da gramática no ensino de Língua Portuguesa nas escolas em geral, vem 
gerando acirradas polêmicas ao longo dos anos. 
Refletindo sobre o ensino posto em prática pelas escolas, seja pública ou particular, 
verifica-se uma prática lastimável que é preencher o espaço do aluno com algo inútil, confuso 
e incompleto. Isso é o resultado de um ensino centrado na gramática tradicional-metódica, 
arcaica, cheia de regras que muitas vezes se contradizem com a prática empregada no seu uso 
diário e sem nenhum significado ou aplicabilidade no cotidiano dos alunos que, por sua vez, 
quase sempre não conseguem aplicar a teoria gramatical à prática textual. 
Com o passar dos séculos, a gramática tradicional mudou de roupagem, mas o 
conteúdo continuou o mesmo. Percebe-se que a mesma tem sido privilegiada e enfocada 
sempre como uma obra acabada, sem considerações para que possíveis pontos de vista sejam 
abordados. Entretanto, há obrigatoriedade da disciplina e o programa preestabelecido a ser 
cumprido, cuja proposta está desconectada com a aplicação, ou seja, livros didáticos 
preparados para serem consumidos sem que se tenha uma visão clara e crítica do que se 
aplica. 
 7
Contudo, ao observarmos as dificuldades das crianças em aprender gramática desde 
o ensino fundamental é comprovado que chegam ao ensino médio sem o domínio da norma 
culta da Língua Portuguesa. 
Assim afirma Possenti: 
 
Em resumo poderíamos enunciar uma espécie de lei, que seria: não se aprende por 
exercícios, mas por práticas significativas. Observamos como esta afirmação fica quase 
óbvia se pensarmos em como uma criança aprende a falar com os adultos com quem 
convive e com seus colegas de brinquedo e de interação em geral. O domínio de uma 
língua, repito, é o resultado de práticas efetivas, significativas, contextualizadas. 
(POSSENTI, 1998, p.47) 
 
Devido à falta de domínio, da expressão oral em momentos formais, as dificuldades 
de leitura, escrita e interpretação de textos é notório, no entanto ressaltamos que o domínio da 
norma culta da língua portuguesa se faz necessário, pois trata-se de uma ferramenta a ser 
utilizada nos contextos de produção de textos formais, já que é do nosso conhecimento que 
grande parte dos alunos sentem dificuldades em aplicar a norma padrão nos textos que 
produzem. 
O estudo de gramática deve estar ligado ao funcionamento da língua para que o 
aluno venha desenvolver suas habilidades lingüísticas, possibilitando ao mesmo refletir 
conscientemente sobre o uso da língua que este já domina, mesmo sem fazer o uso das regras 
gramaticais existentes. 
Diante dos fatos abordados, qual seria o método de ensino mais adequado a ser 
trabalhado nas escolas? 
Trabalhar de forma contextualizada, ou seja, trazer o assunto para o cotidiano dos 
alunos, colocando o objeto de estudo dentro de um universo em que ele faça sentido. Envolver 
o aluno no ensino da gramática, e associá-lo em situações concretas. Nessa perspectiva, torna-
se imprescindível a leitura, discussão e crítica de textos que se referem aos conteúdos 
específicos de português, bem como textos sobre teoria do conhecimento. 
 8
Contudo a escola, por ser um regulador social e uma fonte obrigatória de meios e 
recursos para ascensão social de seus alunos, tem a obrigação de manter o cuidado com a 
adequação social do produto lingüístico dos mesmos, pois ela tem como objetivo garantir uma 
nova metodologia, começando a incentivar aos professores de Língua Portuguesa para que 
eles possam ensinar de modo contextualizado, fazendo com que os alunos sintam-se 
entusiasmados pelo ensino da Gramática. 
Por fim, a solução não seria abolir a gramática da sala de aula, ela é fundamental, 
pois muitos professores acreditam que ela possui suas correlações na vida cotidiana do aluno, 
uma vez que estando seguro de seu funcionamento, bem como o uso das regras e exceções 
regidas pela gramática, eles poderão aplicá-las a sua prática textual. 
Conforme acreditam esses professores o “saber escrever” está diretamente ligado à 
prática da leitura e de escrita que devem ser fundamentada pelos conceitos gramaticais, 
portanto, cabe ao professor encontrar métodos mais dinâmicos criativos e eficiente de passar o 
conteúdo, para que assim o aluno venha obter um aprendizado de forma satisfatória. 
 
NORMA PADRÃO E O PRECONCEITO LINGÜÍSTICO 
 
No ensino do português brasileiro existe um mito que há muito tempo vem causando 
um sério estrago na nossa educação, é o mito da unidade lingüística, pois não se fala uma 
língua, já que existem mais de duzentas línguas ainda faladas em diversos pontos do Brasil 
pelos sobreviventes das antigas nações indígenas. Além disso, muitas comunidades de 
imigrantes mantêm viva a língua de seus ancestrais. Nesse sentido, “não existe nenhuma 
língua que seja uma só, isso quer dizer que aquilo que a gente chama por comodidade, de 
português não é um bloco homogêneo, mas sim um conjunto de “linguagens” aparentadas 
 9
entre si, mas com algumas diferenças que são chamadas variedades” (BAGNO, 2005, p.18-
19) 
Essas e outras diferenças existem entre o português falado, por exemplo as pessoas 
que moram no Centro-Sul, o modo de falar é diferente do carioca e o falar do paulistano. 
Além das variedades geográficas, temos outros tipos de variedades como de gênero, sócio-
econômicas, etárias, de nível de instrução, urbanos, rurais e outras. A língua modifica quando 
é falada por tipo de pessoas diferentes, cada uma tem a sua língua própria e exclusiva, por isso 
não pode deixar que ela se separe da comunidade a qual está inserida. 
Essas variedades do português falado serviram de base para a elaboração de uma 
norma-padrão, ou seja, uma norma para que o modo ideal da língua seja usado pelas 
autoridades,pessoas cultas, escritores, jornalistas e aqueles que aderem ao ensino do 
português na escola. Sendo assim a norma padrão teve seu itinerário, conforme afirma Marcos 
Bagno: 
 
Tudo isso fez com que o português formal empregado pelas classes sociais privilegiadas de algumas 
cidades da região Sudeste, começasse a ser considerado o modelo a ser imediato, a norma a ser 
seguida, o português-padrão do Brasil. E é por isso que as variedades de outras regiões, como a 
nordestina, por exemplo, são consideradas “engraçadas”, pois o modo de falar do caipira é diferente, 
para as pessoas do Sul, os quais consideram o falar nordestino errado que é um preconceito. (2005, 
p.21) 
 
O ensino da língua portuguesa no Brasil enfrenta alguns obstáculos que são frutos do 
preconceito em relação a fala, características das várias regiões. Existe uma riqueza intrínseca 
no falar do brasileiro, ou seja, de norte a sul do país temos falares ricos e cheio de variedades 
que enriquecem o português brasileiro. 
Por outro lado o ensino da Língua se deparou sempre com uma questão dialética 
quanto ao seu ensino: a norma culta ou padrão que se estabelece nas escolas como modelo e a 
linguagem coloquial que é fruto da experiência dos falantes. 
 10
A norma padrão intensificou, ao longo dos anos, um aprendizado desvinculado do 
seu contexto, no qual a gramática normativa tornou-se o grande referencial teórico. Portanto o 
conhecimento da língua esteve sempre estritamente ligado ao domínio da norma gramatical. 
No entanto, o ensino da gramática deverá questionar sempre “O que se tem como meta e 
objetivos de ensino da língua materna? O que fazer em sala de aula face às variedades 
lingüísticas? O ensino da gramática pode ser feito sempre como algo desvinculado do ensino 
de produção e compreensão do texto?” (TRAVAGLIA, 2007, p.43) 
Ao se estabelecer a norma padrão como inquestionável e única, depara-se com um 
grande equívoco: utilizar a língua para o seu bom uso no sentido do domínio escrito e falado. 
Conforme nos lembra Travaglia “Os critérios de bom uso no sentido da adequação à situação 
de interação comunicativa não são muito levados em conta. Tais normas são baseadas no uso 
consagrado pelos bons escritores, e portanto ignoram as características próprias da língua 
oral”. (TRAVAGLIA, 2003, p.226) 
Vale ressaltar também que a norma padrão da língua estabelece princípios a partir do 
português falado em Portugal e segue as regras lingüísticas vindas de lá. Daí ter-se um grande 
preconceito arraigado na mentalidade do brasileiro de que só em Portugal se fala 
verdadeiramente português. Continua-se prisioneiros do imperialismo lingüístico como se 
fôra no passado na relação colônia-metrópole e quem dita as normas é a metrópole 
considerada dona da língua. Sendo assim constata-se que: “As regras gramaticais 
consideradas ‘certas’ são aquelas usadas por lá que servem para a língua falada lá, que 
retratam bem o funcionamento da língua que os portugueses falam”. (BAGNO, 1999, p.26-
27) 
Ao se estabelecer a obrigatoriedade do ensino da gramática normativa, detecta-se um 
preconceito não só lingüístico, mas também social. Ele é fruto da não valorização do falar não 
padrão que está presente principalmente nas camadas mais pobres da população. São pessoas 
 11
que não tiveram acesso à escolarização e naturalmente, expressam-se e comunicam-se mesmo 
sendo tratadas com desdém, tornando-se símbolo de linguagem feia ou errada. 
Ocorre na verdade uma separação de classes denominada quanto ao uso de sua 
língua, como português culto, falado por grupos sociais em melhor posição sócio-econômica e 
o português popular usado pelos grupos sociais em situação oposta. Estas qualificações 
carregam consigo uma bagagem preconceituosa, tendo em vista que não existe grupo humano 
sem cultura. Encadeia-se, pois, uma imensa escola separatista que enquadra os falantes cultos 
como “superiores”, “melhores” e “certos” e os populares como “inferiores”, “ignorantes” e 
“incultos”. Vale ressaltar que tudo gera em torno do preconceito lingüístico. Não se pode 
afirmar que um falante do português popular não sabe português, fala sem gramática, fala 
errado ou mesmo não sabe falar, pois falar é da natureza humana e a variante popular é tão 
gramática quanto qualquer outra variedade lingüística. 
O estudo da língua portuguesa sempre esteve baseada no ensino das regras 
gramaticais, pois a mesma é vista como instrumento fundamental para o domínio padrão culto 
da língua. Com isso fica pressuposto que um indivíduo que fale e escreva bem sabe gramática 
podendo assim ascender-se socialmente. Já aquele que não domina as regras gramaticais 
certamente não será visto como um cidadão detentor do conhecimento. “É preciso saber 
gramática para falar e escrever bem” (BAGNO, 1999, p.62) 
A língua portuguesa apresenta muitas variações, porém essas variações foram 
padronizadas e orientadas por uma gramática que nos ajuda quanto ao uso correto das 
mesmas, é tanto que é considerada como uma unidade. Mas nem sempre o uso da gramática 
normativa condiz com a realidade do aluno, pois não é necessário saber todas as regras da 
gramática para se comunicar com as outras pessoas. 
Os alunos quando chegam à escola, já chegam falando, mesmo porque a escola não 
ensina a língua materna a ninguém. A escola recebe alunos que já falam, então cabe a mesma 
 12
respeitar o modo de falar das pessoas e não discriminar, porque nenhuma língua é falada do 
mesmo jeito em todos os lugares, assim como, nem todas as pessoas falam a própria língua de 
maneira idêntica e os alunos que falam dialetos desvalorizados são tão capazes quanto os que 
falam dialetos valorizados. 
É claro que quando utiliza-se a escrita, deve-se escrever de acordo com a ortografia 
oficial, ou seja, usando as regras da gramática normativa. Não se pode justificar o ensino da 
gramática como a única fonte de conhecimento para que os alunos venham a escrever ler ou 
falar melhor, porque isso não condiz com a realidade dos mesmos nem sempre quem sabe 
escrever bem tem o domínio das regras gramaticais. Sendo uma das medidas para que esse 
objetivo seja atingido é escrever e ler constantemente para que seus conhecimentos venham 
ser aplicados e desenvolvidos de uma forma clara e objetiva. 
Então para estarem presentes sistematicamente nas atividades de língua portuguesa, 
as escolas têm o papel fundamental em apresentar estudos de formação lingüística que 
desenvolvam nos alunos a competência discursiva, dessa variação que é própria da história e 
da cultura humana. Contudo, muitos lingüístas defendem uma reformulação da norma-padrão 
tradicional, para que já comece a acolher como igualmente válidas e corretas as formas 
inovadoras, surgidas no português brasileiro, como resultado dos inevitáveis processos de 
mudança que ocorrem em toda e qualquer língua viva do mundo. Trata-se portanto de 
reconhecer que a norma-padrão, como todas as demais instituições jurídicas e culturais de um 
povo, envelhece e precisa ser renovada e reconstituída, com base em critérios científicos e 
democráticos e, portanto, menos autoritários que os tradicionais. Sendo assim o preconceito 
lingüístico irá diminuir cada vez mais, fazendo com que as variedades das pessoas populares 
sejam valorizadas. 
 
 
 13
AS DIFICULDADES NO APRENDIZADO DA LÍNGUA PORTUGUESA 
 
Ao analisar as dificuldades no aprendizado da língua portuguesa, deve-se considerar 
a intrínseca relação existente entre a língua materna, enquanto patrimônio do povo português, 
que por sua vez, é fruto da adequação do latim vulgar às línguas pré-existentes dos povos 
dominados pelo Império Romano e, por outro lado o português brasileiro que é cheio de 
regionalismos fruto das influências da colonização e da imigração estrangeira. 
Quando os europeus analisaram as línguas indígenas, descobriram que línguas 
consideradas primitivas podem ser classificadas ao lado de línguas ditascivilizadas. Todas as 
línguas são estruturas de igual complexidade, isto é, não há línguas simples e línguas 
complexas, primitivas e derivadas, o que há são línguas diferentes. Por isso todo o indivíduo 
que convive em um determinado meio social falante de uma língua, sabe falar essa língua, ou 
seja, tem a capacidade de se comunicar com os outros indivíduos de forma clara e objetiva, 
temos como exemplo, as crianças com idade de três anos sabe empregar com naturalidade as 
regras básicas de sua língua sem nunca ter ido à escola. 
Para que haja comunicação e compreensão do que as pessoas dizem não basta falar a 
mesma língua, precisam ter em comum um grande número de informações, pertencerem ao 
mesmo meio cultural e possuírem crenças em comum. Sem isso a língua deixa de funcionar 
enquanto instrumento de comunicação. A escola não ensina língua materna a nenhum aluno, 
ela ensina alunos que já sabem falar, a aprender a escrita. 
O aprendizado da língua portuguesa depara-se diante de um grande paradoxo. É 
possível libertar-se da rigidez da gramática enquanto herança do povo português? Como 
trazer para os nossos alunos as várias experiências da inculturação da Língua? 
O grande desafio emergente para os letrados e educadores é traduzir para o ensino as 
possibilidades de conhecimento da língua num mundo em mudança. Pensar na Gramática 
 14
Normativa a partir tão somente da conservação da língua é não perceber as dificuldades 
inerentes à própria origem do aluno que tem um falar diferente daquele pré-estabelecido. 
Somente com o olhar crítico é possível perceber que nosso povo tem uma língua própria. 
Diante da realidade pluridimensional do nosso território as opiniões se divergem 
quanto ao método de ensino da língua, prevalecendo, porém o modelo conservador e 
tradicional. As dificuldades, em geral, dizem respeito a uma incapacidade de avaliar a língua 
em uso nas suas diversas dimensões. 
A falta de percepção da organização funcional da língua se reflete, por assuntos 
expostos na gramática, assim como as infindas regras, as tantas classificações, as inumeráveis 
exceções. Com isso inúmeros estudantes estudam entre críticas a pertinência de se manter 
regras obsoletas. Conforme Neves: 
 
Merece registro o fato de os professores em geral, não considerarem problemática o estudo 
das classes de palavras. O que se notou foi que eles ‘resolveram’ a questão do 
reconhecimento de classes de palavras simplesmente não oferecendo muitas ocasiões de 
erros ou dúvidas os alunos na revolução dos exercícios propostos, os exercícios de 
descoberta de pertencimento a classes são tão dirigidos e de tal obviedade que dificilmente 
os alunos (e os próprios professores) se sentem com problemas de resolução. (NEVES, 
2002, p.44) 
 
Considera-se em geral o português como uma língua difícil o que causa certo pavor 
nos alunos de todas as idades. Percebe-se que desde cedo, o que se aprende em relação a 
língua materna são normas gramaticais e conceitos teóricos que não têm aplicabilidade na 
vida prática dos alunos falantes das mais variadas regiões brasileiras. 
A grande dificuldade que se apresenta constantemente a partir do ensino médio é que 
os alunos e professores preocupam-se de forma exacerbada pelo exame do vestibular e a 
gramática torna-se dessa maneira um conjunto de regras que servem como dicas para que o 
aluno não venha “tropeçar” na hora da prova de redação. Assim a gramática transforma-se 
num tabu insuperável, como vê-se: 
 15
Se tantas pessoas inteligentes e cultas continuam achando que ‘não sabem’ português ou 
que ‘português é muito difícil’ é porque esta disciplina fascinante foi transformada numa 
‘ciência esotérica’, numa doutrina cabalística que somente alguns ‘iluminados’ conseguem 
dominar completamente. (BAGNO, 1999, p.38) 
 
O modelo padrão do ensino da gramática é uma herança arraigada em nossas escolas 
que levam bons professores a aplicação rígida da regra gramatical como um pré-requisito para 
o aluno escrever bem e se expressar cada vez melhor. Porém sabe-se que esta falta de 
criatividade na proposta metodológica da língua materna tem proporcionado uma ojeriza ao 
conceito de gramática e criado em âmbito nacional uma mentalidade acrítica do uso da 
mesma. Sente-se a necessidade de uma nova reflexão sobre a gramática conforme Travaglia: 
“É preciso entender que dominar uma língua não significa apenas incorporar um conjunto de 
regras de estruturação de enunciados e aprender um conjunto de máximas de princípios de 
como construir um texto oral”. (TRAVAGLIA, 2003, p.107) 
A linguagem gramatical apreendida na academia não encontra consonância no 
português falado nos vários setores da vida cotidiana. Depara-se, assim, com uma grande 
dicotomia: o discurso do saber que só os intelectuais compreendem e o discurso do fazer ou 
do ser, falado pela maioria do povo brasileiro. 
Como percebe-se o ensino da língua portuguesa trilha dois caminhos: um oficial 
ditado pelas normas gramaticais e um outro chamado “não padrão” como está definido no 
livro “A língua de Eulália” de Bagno. O grande desafio consiste em trazer para o dia-a-dia do 
aluno a interação ou a valorização do seu regionalismo ou brasileirismo presentes na fala do 
povo brasileiro. 
Ser professor é contextualizar a língua e saber levar um novo olhar sobre o ensino da 
Gramática que não é nada mais que uma das mais belas artes desde a era medieval, porém, é 
preciso ser bem trabalhada para não transformá-la num instrumento repressor, mas ao 
contrário, que seja um meio eficaz de valorização e aperfeiçoamento da língua materna. Cabe 
 16
ao educador, criar situações nas quais os alunos sejam capazes de construir sua própria 
linguagem e não suprimir a criatividade dos alunos com a rigidez dos conceitos gramaticais. 
Há que se considerar também que existe uma gramática internalizada em cada falante 
da língua, onde independentemente das regras estabelecidas ela se manifesta de modo 
espontâneo e natural, pois a criança quando chega à escola já é capaz de comunicar-se 
perfeitamente. Por isso: 
 
Deverá o professor levar os alunos à real compreensão da natureza da linguagem, de seu 
emprego simbólico na função comunicativa, para que encarem com o devido realismo as 
manifestações lingüísticas e reconheçam o significante apenas como veículo da mensagem 
e a mensagem como conteúdo do significante. (BACK, 1987, p.87) 
 
Só assim ter-se-á compreendido o universo de linguagens presentes na transmissão 
dos conteúdos de Língua Portuguesa. Permitindo ao aprendizado reler conceitos, vencer tabus 
e preparar o aluno para ampliar o seu conceito de linguagem valorizando principalmente o 
universo simbólico que ultrapassa os parâmetros estabelecidos pela norma padrão tradicional 
e abrindo perspectivas para uma reflexão permanente do ensino gramatical. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A problemática em torno do estudo da gramática nunca se esgota e requer uma 
constante reflexão para não se estacionar numa postura unilateral desconsiderando assim, o 
projeto inovador que emerge da nova consciência frente ao ensino da língua materna. 
A Gramática Normativa tornou-se ao longo dos anos um parâmetro para se aprender 
a língua materna no Brasil. Por outro lado, ela não corresponde mais aos anseios de estudantes 
e professores que buscam uma resposta consciente e responsável para que a mesma contemple 
a diversidade lingüística e considere principalmente os regionalismos presentes no contexto 
da realidade brasileira. 
 17
Sendo assim, urge avaliar o discurso em torno da “Unidade da Língua” no Brasil 
como também, vale ressaltar a importância do rompimento com a Língua da Metrópole 
Portuguesa. Fica claro, porém que não se pretende criar uma nova língua, pois a origem de 
tudo é o Latim Vulgar que se expandiu através da romanização da língua nos países 
dominados pelo Império Romano. 
É importante salientar que não se entende o estudo da língua maternasem 
compreender a grande variação, porque passou a língua portuguesa no seu processo histórico, 
desde a Colonização até os dias atuais e a gramática deve manter o essencial quanto à 
estrutura sintática, porém constantemente sujeita à incorporação de novos elementos que são 
frutos da influência de línguas emergentes ou estrangeirismos que sempre acompanharam a 
história Lingüística Nacional. 
Esta pesquisa possibilitou um olhar crítico a cerca do ensino da gramática, que desde 
a sua origem esteve ligada a uma elite, que por sua vez, tinha um forte preconceito em relação 
ao falar da maioria do povo, pois a escola dificultou com uma série de normas gramaticais, a 
permanência de alunos de comunidades distintas. 
Ao refletir sobre o ensino da gramática, os autores desta pesquisa perceberam que é 
urgente a contextualização do ensino do Português, que significa também estar atento à 
multiplicidade de linguagens presentes na fala dos habitantes deste imenso país tão diverso 
culturalmente e, ao mesmo tempo, rico de significados lingüísticos. A reflexão sobre a 
Gramática possibilitou a redescoberta da questão central da língua e abriu horizontes para 
“sonhar” com um ensino aberto e dinâmico de forma que este se torne sempre prazeroso aos 
alunos. 
 
 
 
 18
REFERÊNCIAS 
 
BAGNO, Marcos. A língua de Eulália: Novela Sociolingüística. 11 ed. São Paulo: Contexto, 
1999. 
__________. Preconceito lingüístico: o que é, como se faz. São Paulo: Loyola, 2005. 
BACK, Eurico. Fracasso Ensino de Português: Proposta de Solução. 2 ed. Petrópoles: Vozes, 
1987. 
BASTOS, Neusa Barbosa; PALMA, Dieli Vesaro. História Entrelaçada: a construção de 
gramáticas e o ensino de Língua Portuguesa do século XVI ao XIX. Rio de Janeiro: Lucerna, 
2004. 
FÁVERO, Leonor Lopes; MOLINA, Márcia. A.G. as concepções lingüísticas no século 
XIX : a Gramática no Brasil. Rio de Janeiro: Luarna, 2006. 
MURRIE, Zuleica de Felice et al. O ensino de português: do primeiro grau à universidade. 6 
ed. Ed. São Paulo: Contexto, 2002. 
NEVES, Maria Helena de Moura. A gramática: história, teoria, análise e ensino. São Paulo: 
UNESP, 2002. 
ORLANDI, Eni Puccinelli. Histórias das idéias Lingüísticas. Ed. Unimat. Campinas, 2001. 
Parâmetros Curriculares Nacionais. Terceiro e quarto ciclos do Ensino Fundamental. 
Brasília, 1998. 
POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola. 2 ed. Campinas: Mercado 
das Letras, 1998. 
SOBRINHO, Lima Barbosa. A Língua Portuguesa e a unidade do Brasil. 2 ed. Rio de 
Janeiro: Nova Fronteira, 2000. 
TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: Uma proposta para a o ensino da 
gramática. 9 ed. São Paulo: Cortez, 2003.

Continue navegando