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A mulher brasileira no cárcere sob olhar psicanalítico

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RESUMO
Este estudo teve como finalidade abordar as questões sobre as dificuldades enfrentadas no cárcere brasileiro feminino. De acordo com o material pesquisado, apuramos informações sobre o crescimento dessa população nas prisões brasileiras. Embora os números informados pelas estatísticas sejam significativos e preocupantes, o nosso foco é entender as dificuldades, os desafios enfrentados dia a dia dentro da prisão por essas mulheres que estão cercadas por muros, que são privadas de liberdade, carecidas de seus direitos básicos, como ter uma boa alimentação, ter o direito de exercer seu papel de mãe. Buscamos também ouvir suas histórias, através de uma entrevista semi-estruturada, com intuito de conhecer suas experiências, os motivos que levaram elas até essa situação atual, como elas eram antes do cárcere, chegada, rotina, sentimentos, as maiores adversidades a serem enfrentadas dentro do sistema prisional. A pesquisa mostra que muitas são as consequências emocionais causadas pelo encarceramento. Diante dessa demanda, o trabalho utiliza a escuta psicanalítica para compreender os aspectos psicológicos das mulheres em cárcere.
Palavras-chaves: psicanálise, sistema carcerário, mulheres encarceradas, aspectos psicológicos.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5
1. 1 REFERENCIAL TEÓRICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1. 2 OBJETIVO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . …….. . . . . . . . . . . 9
1. 3 JUSTIFICATIVA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2 METODOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . 12
2.1 ENTREVISTA . . . . . . . . . . . . . . .... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13
1 INTRODUÇÃO
Neste trabalho, temos como propósito provocar uma reflexão acerca das vivências das mulheres detentas no sistema prisional brasileiro. É fundamental reconhecer a situação de risco e precariedade que o sistema carcerário brasileiro enfrenta. As condições insalubres da estrutura das prisões; a falta de verba, a superlotação e a falta de cuidado com a saúde mental e física das detentas são alguns dos problemas mais generalizados das prisões no país (FERNANDES e RIGHETTO, 2013). Dentro dessas circunstâncias, na maioria dos casos, os indivíduos que dependem do sistema prisional não vivem em um ambiente propício para a reintegração na sociedade. Além de denunciar a falta de cuidado com essas pessoas, o enfoque do projeto é uma pesquisa em torno da situação das mulheres encarceradas, e como elas interpretam as suas trajetórias dentro das prisões do país. 
A pergunta do projeto de pesquisa é: como as mulheres brasileiras em situação de encarceramento descrevem as suas vivências, experiências e a si própria. O nosso propósito é compreender, a partir de um olhar psicanalítico, o contexto sociocultural no qual as mulheres encarceradas estão envolvidas e como isso afeta as suas subjetividades. Através de uma entrevista estruturada, pretendemos acolher os sofrimentos cotidianos das mulheres encarceradas, pois são abafados facilmente pela dificuldade de acesso aos espaços políticos e atenção da mídia. É comum que existam até os dias atuais prisões mistas ou não adaptadas corretamente para as mulheres. Somente em 1937 foi fundada a primeira penitenciária feminina, chamada Penitenciária Madre Pelletier, por freiras da Igreja Católica em Porto Alegre (QUEIROZ, 2015). Assim, compreendemos que o sistema prisional brasileiro foi construído para alojar homens, e por conta disso a insuficiência das políticas públicas voltada ao cárcere feminino tenta classificar as mulheres presas segundo as estatísticas como minoria insignificante, porém, a criminalidade vem aumentando e se intensificando nesse público (ref que já tem). 
Para que seja possível compreender a subjetividade dessas mulheres, propomos uma entrevista realizada de forma semi-estruturada, para que cada uma tenha espaço para contar a sua história. Entendemos que o psicológico dessas mulheres precisa ser cuidado, levando em conta as adversidades encontradas no sistema penitenciário. As suas fantasias, os aspectos inconscientes e desejos precisam ser atendidos pelo psicólogo que atua ali. 
1.1 REFERENCIAL TEÓRICO
O modelo do espaço prisional se depara com diferentes representações como o indivíduo, as relações, os valores, a rotina vivenciada, diante disso a construção da dinâmica deste espaço permite que tentemos compreender a vivência das mulheres encarceradas. De acordo com o DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO NACIONAL (2014), em geral, as mulheres submetidas ao cárcere que ocupam esse espaço apresentam as seguintes características: são jovens, têm filhos, são as responsáveis pela provisão do sustento familiar, possuem baixa escolaridade, são oriundas de camadas sociais desfavorecidas economicamente e exerciam atividades de trabalho informal em período anterior ao aprisionamento. A atrocidade cometida por elas é violenta, mas é mais violenta a realidade que as leva até eles (QUEIROZ, 2015). 
Temos como objetivo relatar a vivência daquelas mulheres que são esquecidas pela sociedade, pelos pais, pelos parceiros e parceiras românticos, amigos e amigas. Para Varella (2017), de todos os tormentos do cárcere, o abandono é o mais devastador para as prisioneiras, e grande parte delas são abandonadas pelos seus familiares. O seu direito de exercer o papel de mãe dos seus filhos lhe é negado, quando estão grávidas a atenção a esse momento delicado na vida da mulher é inexistente, se tem uma deficiência nos programas de pré natal, existe uma privação de escolta policial para mover a presa para o serviço de saúde fora da prisão. De acordo com (MATOS et al., 2013) o preconceito se perpetua na unidade de saúde que atende essas mulheres, os agentes de saúde procede com descaso, insensibilidade, a descriminação se exterioriza através das atitudes, julgamentos devido a situação atual da gestante, atribuindo-lhe ao descrédito que acarreta ainda mais na sua inclusão social. 
Diante desse contexto de intolerância é diminuída a liberdade de sonhar de ter uma qualidade de vida melhor. Aquela que é condenada pela sociedade devido ao erro cometido, ela vive sem condições mínimas de higiene, são largadas em quartos úmidos e sujos. O objetivo não é apenas a punição, e sim a humilhação dessas pessoas. São servidos alimentos estragados, misturados com animais e até lixo. Os kits de higiene entregados para as detentas não são suficientes para suprir as suas necessidades, com pouco papel higiênico, pasta de dente e absorventes. Além disso, a infraestrutura do local que é destinado como moradia temporária dessas pessoas é precária, pois a manutenção não é mantida pelas instituições. As privadas, em muitos lugares, são buracos no chão, completamente inadequados para o uso de mulheres grávidas. Baratas, insetos e ratos compartilham do mesmo lugar com as prisioneiras, que vivem sujeitas ao abuso, vergonha, pressão psicológica. O seu corpo internaliza a obediência e se cala diante dessa situação. 
Como já foi amplamente comentado por Foucault, a penalidade cada vez mais se afastou do uso dos rituais de suplício, uma forma de pena corporal, e se aproximou de uma pena que se inscreve na alma, e não no corpo (FOUCAULT, 1987). O método da disciplina é utilizado para exercer o seu poder de forma política no corpo, e assim eles se tornam úteis e dóceis, com o objetivo de internalizar uma subjetividade socializada que esteja de acordo com os moldes da sociedade capitalista (CANDIOTTO, 2012). Entretanto, apesar da transformação das leis e com o aparecimento de órgãos e instituições que se preocupam com os direitos humanos mundialmente,as condições de vida dentro do sistema carcerário brasileiro não condizem com o que é previsto pela lei, podendo ser facilmente confundido como uma forma de pena corporal e punição. 
Nessas circunstâncias degradantes, o ideal de ressocialização não tem espaço para atuar. O objetivo de privar alguém de sua liberdade seria uma reflexão sobre as razões que causaram a pena, para prevenir essas ocorrências e punir os acusados. Porém, esse modelo impede a ressocialização dos detentos, contribuindo para o aumento da criminalidade e reincidências no crime. Para que as mulheres encarceradas recebam o devido atendimento psicológico, é necessário refletir sobre o espaço que é concedido dentro do sistema judiciário e prisional. O encarceramento ocorre em relação aos corpos, mas também de omitir a fala, e a Psicanálise procura um tratamento por meio da fala e da linguagem (SILVA e COUTO, 2018). Assim, para que o setting psicanalítico e seus elementos proporcionarem uma cura pela fala, os objetivos do tratamento precisam ser claros. 
Na Resolução do CFP n. 012 de 2011, foram levantadas seguintes questões são relacionadas com o trabalho do psicólogo dentro do sistema prisional: o respeito aos direitos humanos, consideração das influências sociais na criminalidade e a construção de projetos para fortalecer os laços sociais e resgatar a cidadania nesses sujeitos. Cabe ao psicólogo também, entregar avaliações psicológicas, pareceres, relatórios e responder ao sistema judiciário com essas informações nos casos em que seja necessário. A partir disso, questionamos se o psicólogo atende a demanda do sistema penitenciário e judiciário, ou a demanda do sujeito (ABREU e SILVA, 2019). 
Brandão (2001 apud ABREU e SILVA, 2019) questiona o papel do psicólogo de receber o discurso do paciente em cárcere, que conta sobre seus desejos, necessidades, fantasias, e o uso desse discurso judicialmente contra os próprios detentos. A partir disso, vemos como é necessário que as funções dos psicólogos que atuam em diferentes camadas do sistema carcerário sejam bem divididas, e assim, aqueles que estão ali para apenas prestar atendimento aos prisioneiros e prisioneiras, poderão escutá-los verdadeiramente. 
O entendimento de sujeito na história da humanidade se revela a partir de suas angústias e incertezas em relação com o mundo (ELIA, 2010), e é assim que fomos capazes de chegar na concepção de sujeito. A Psicanálise consegue não determinar um conceito fechado para esse sujeito, mesmo que este seja o seu objeto de estudo (ABREU e SILVA, 2019). Assim, para entender as mulheres detentas, precisamos reconhecer as suas angústias, e deixar um espaço aberto para conseguirmos escutar as suas subjetividades. 
1.2 OBJETIVO
O objetivo do trabalho é compreender de que forma as mulheres em privação de liberdade querem comunicar as narrativas sobre suas vidas. O nosso propósito é dispor de escuta psicanalítica em relação a o que cada mulher têm a dizer sobre suas experiências, as quais vão muito além do crime pelo qual foram acusadas e do cotidiano das prisões.
1.3 JUSTIFICATIVA
A partir das observações para a construção da entrevista com as mulheres encarceradas, podemos apontar que o ser humano existe antes da criminosa, e este deve ser visibilizado, e ter as suas necessidades básicas reconhecidas. Assim, mostramos a importância de trazer essa temática a tona para que a sociedade tenha conhecimento da qualidade de vida precária em que essas mulheres vivem, e por muitas vezes sofrem a solidão do abandono familiar, experiências traumáticas, abusos psicológicos e até violência física. 
Segundo dados do DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO NACIONAL, (DEPEN) desde 2019 tem aumentado o número de mulheres presas no brasil, em comparação com 2018 foram contabilizadas 36,4 mil mulheres privada de liberdade, já em dezembro de 2019 cerca de 37,2 mil mulheres encarceradas. Diante desse contexto o Brasil é o quarto país no ranking com a maior população carcerária feminina, (LISBOA, 2018). Dessa forma, é correto afirmar que a demanda de mulheres presas no Brasil é alta, porém esse assunto é pouco falado pela sociedade. Quando tal assunto vem à tona, é comum que a população se interesse apenas pelo entretenimento que os crimes proporcionam. Como se de fato só importasse saber apenas a infração que foi cometida e a forma que a pessoa deveria ser punida. 
Queiroz (2015) ressalta que segundo os dados do ministério público a criminalidade cresceu 42% entre as mulheres, um ritmo superior ao do masculino. Uma tese que voga entre a ativista da área é a de que a emancipação da mulher como chefe de família e devido a remuneração mais baixa, em comparação com os homens, aumenta-se a pressão financeira sobre elas, levando-as a cometer crimes no decorrer dos anos. A autora também aponta que dados comprovam que os crimes mais comuns entre mulheres, são os que podem complementar a renda. Tráfico de entorpecentes lidera o ranking de crimes femininos, depois os furtos e assaltos. 
Por conta desse cenário, é importante que as mulheres detentas reeducandas sejam valorizadas. A psicanálise abre caminho para uma escuta que reconhece os sofrimentos psíquicos dos sujeitos, e as influências dos fatores sociais e políticos no indivíduo (THESSA GUIMARÃES E RAONI JARDIM, 2019). É importante a abertura de um espaço acolhedor para que as mulheres construam uma narrativa subjetiva da história de suas próprias vidas e se enxerguem como o personagem principal de suas histórias. A psicanálise possibilita que suas histórias sejam contadas com a participação dos aspectos inconscientes, que contribuem para suas narrativas.
2 METODOLOGIA
Para a realização do trabalho, os participantes do grupo utilizaram os meios de pesquisa online para obter os materiais de apoio. As buscas foram realizadas nas bases de dados renomadas e reconhecidas como locais de publicações científicas. A partir da revisão bibliográfica realizada, alinhamos as ideias do grupo e traçamos um planejamento para a realização do projeto de pesquisa. Assim, reconhecemos a necessidade de nos comunicarmos com as mulheres encarceradas, e propomos a realização de uma entrevista com o público-alvo.
Após a entrevista, o grupo propõe uma Análise do Discurso que considere a presença da cultura e das questões sociais nas falas das mulheres entrevistadas. A Análise do Discurso oferece novos caminhos para investigar o que está além da linguagem falada, estudando os significados que se mostram no diálogo, e compreender essa ação social como parte de uma cultura (NOGUEIRA, 2008). 
A entrevista será semi-estruturada, para permitir que as mulheres possam guiar também a conversa, e assim desfrutamos das histórias que cada uma tem a nos contar.
2.1 ENTREVISTA
1) Fale sobre sua história e sobre como chegou aqui.
2) Como foi o seu primeiro dia aqui?
3) Fale-me sobre o seu dia-a-dia aqui.
4) Como você se sente vivendo nesse lugar?
5) Quais as principais dificuldades que você sente aqui?
6) Você se sente diferente depois de ter entrado aqui?
7) Vocês têm algum suporte psicológico? Como funciona?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA [CFP] (2011) Resolução 012/2011. Regulamenta a atuação da(o) psicóloga(o) no âmbito do sistema prisional. Brasília: CFP, pp. 2-3.
ELIA, L. O conceito de sujeito. 3ª ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, p. 13 - 16, 2010.
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LISBOA, Vinicius. População Carcerária feminina no Brasil é uma das Maiores do Mundo. Rio de Janeiro, 2018. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-11/populacao-carceraria-feminina-no-brasil-e-uma-das-maiores-do-mundo. Acesso em 24 de nov. de 2020 
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