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ASSOCIAÇÃO PARAIBANA DE ENSINO RENOVADO
CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO
 
Sistema Prisional Feminino: diferença de gênero no encarceramento, presídio Julia Maranhão-PB. 
Ladslane de Sousa Calixto
32
João Pessoa- PB
2020
Ladslane de Sousa Calixto
Sistema Prisional Feminino: diferença de gênero no encarceramento, presídio Julia Maranhão-PB. 
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao curso de Direito da Associação Paraibana de Ensino Renovado – ASPER, como requisito parcial para conclusão do Curso de Bacharelado em Direito.
Orientador: Prof.ª Paulo Cunha
Co-orientadora: Profª. Luisa Câmara Rocha
João Pessoa- PB
2020
Ladslane de Sousa Calixto
SISTEMA PRISIONAL FEMININO: DIFERENÇA DE GÊNERO NO ENCARCERAMENTO, PRESÍDIO JULIA MARANHÃO-PB. 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Associação Paraibana de Ensino Renovado – ASPER, como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Direito, para a Banca Examinadora composta pelos seguintes membros: 
Aprovado em: ____ de _______ de _____.
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________
Nome do professor – Asper/Fap 
__________________________________________
Paulo Cunha - Asper/Fap
__________________________________________
Luisa Câmara Rocha – Faculdades Asper (co-orientadora)
Toda a composição desse trabalho é obra de muito esforço, na qual, dedico tudo a Deus e minha família, por ter sido minha inspiração durante toda essa jornada.
“Nenhuma sociedade que esquece a arte de questionar pode esperar encontrar respostas para os problemas que a afligem” (Zygmunt Bauman)
RESUMO
Esse presente estudo tem o objetivo de analisar os problemas que tem sobre o gênero feminino no cárcere, trazendo as principais diferenças do cárcere feminino e masculino, dentre elas os direitos à maternidade e à visita íntima, como também é tratado sobre o aumento de mulheres presas principalmente pelo tráfico de drogas, tendo como comparação o presídio Maria Julia Maranhão. Objetiva-se, com isso, refletir sobre o crescente aumento de mulheres presas nas ultimas décadas e as diversas violações de direitos ocorridos pelas mulheres encarceradas. A tese é que devido a falta de estrutura dos presídios, bem como a ausência de políticas públicas, deixa nítida a omissão do Estado, por ser negado o principio da dignidade da pessoa humana sendo eles no acolhimento das mulheres para ressocialização, sendo as condições específica das mulheres diante das necessidades, de modo que são ignoradas as garantias mínimas. 
Palavras-chave: cárcere; tráfico de drogas; gênero; mulheres presas; presídio feminino.
ABSTRACT
This present study aims to analyze the problems it has about the female gender in prison, bringing the main differences of female and male prison, among them the rights to maternity and intimate visit, as it is also treated about the increase in women prison mainly for drug trafficking, with the Maria Julia Maranhão prison as a comparison. The objective is, therefore, to reflect on the growing increase of women prisoners in the last decades and the various violations of rights occurred by women incarcerated. The thesis is that due to the lack of structure of the prisons, as well as the absence of public policies, the State's omission is clear, as the principle of the dignity of the human person is denied, being them in the reception of women for resocialization, with specific conditions women's needs, so that the minimum guarantees are ignored.
Keywords: prison; drug trafficking; genre; imprisoned women; female prison.
LISTA DE FIGURAS	Comment by Luisa: Essa parte só é obrigat[oria se você for usar gráficos no seu texto.
Figura 1 – Gráfico INFOPEN............................................................................................................... 13
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..............................................................................................................8
1. MULHERES, ENCARCERAMENTO E NORMATIVAS LEGAIS ..........10
1.1. Análise histórica do encarceramento feminino no Brasil. ...........................12
1.2. CF/88, tratados internacionais e o sistema carcerário: a dignidade da pessoa humana presa. .............................................................................................14
1.3. Superencarcermanto de mulheres e tráfico de drogas .................................17
2. MULHERES ENCARCERADAS: DIFERENÇAS E SINGULARIDADES – A REALIDADE DO PRESIDIO FEMININO MARIA JULIA MARANHÃO.....................................................................................................19
2.1. Marco legal da primeira infância, a gestação e a maternidade no cárcere...........................................................................................................20
2.2. Visita íntima, abandono afetivo e o controle da sexualidade da mulher.....22
3. EXECUÇÃO PENAL E A PERDAS DE DIREITOS PARA ALÉM DA LIBERDADE .................................................................................................24
3.1. O direito ao trabalho e ao estudo ..............................................................24
CONCLUSÕES...........................................................................................................26
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .....................................................................27
INTRODUÇÃO 	Comment by Luisa: A introdução é a útima coisa que é feita no trabalho, pq ela vai ser a apresentação do seu trabalho. Assim, escrever ela no inicio dificulta pq vc vai ter que alterá-la no final. Fiz algumas considerações, mas acho que você não deve se preocupar com elas agora. Deixa guardada e após a escrita dos 03 capítulos e das considerações finais voltamos pra ajustá-la.
O presente trabalho tem como objeto analisar a situação da mulher encarcerada dentro da realidade do atual sistema prisional brasileiro, com foco especifico no centro de reeducação feminina Maria Júlia Maranhão, localizado em João Pessoa-PB. 
Nas palavras da jornalista Nana Queiroz em seu livro “Presos que menstruam”, lançado em julho de 2015 pela Editora Record, apresenta que:
O sistema carcerário brasileiro trata as mulheres exatamente como trata os homens. Isso significa que não lembra que elas precisam de papel higiênico para duas idas ao banheiro em vez de uma, de Papanicolau, de exames pré-natais e de absorventes internos. (Queiroz, Nana. 2015)
Não apenas relacionado ao direito à higiene que se encontra os maiores problemas no presidio feminino, pois, existe também o fato da gestação por se tratar de diversas necessidades não apenas da presidiária, mas também da criança e seus direitos, assim, não sendo um problema com apenas um preso, mas também do Estado com a família da presidiária, e com a criança.
De fato, a situação em presídios femininos incluindo Maria Júlia Maranhão apresenta precariedade em quesitos considerados de relevante importância para a saúde das presidiárias e seguridade para o momento de gravidez. Assim, o Estado não vem fornecendo melhores aparatos para a distinção dentre as prioridades femininas visando o princípio da igualdade, conforme estabelece o artigo 5º da Constituição Federal de 1988, onde é preciso tratar os desiguais de forma desigual e os iguais de forma igual na medida das suas desigualdades.
Através da realização de uma pesquisa comparativa da realidade carcerária e a legislação brasileira será possível apresentar propostas de soluções para o problema com o principal objetivo de buscar o respeito e a efetivação do direito à dignidade humana das mulheres encarceradas. 
O estudo desenvolvido terá natureza exploratória e consistirá em uma análise de pesquisa bibliográfica. As fontes serão livros, pesquisas oficiais e artigos científicos que tratem sobre a questão das mulheres encarceradas, com foco especifico no acesso ao direito à saúde.
A pesquisa bibliográfica,de acordo com Chiara (et al. 2008, p. 46), “é feita com o intuito de levantar um conhecimento disponível sobre teorias, a fim de analisar, produzir ou explicar um objeto sendo investigado”.
O método utilizado é o indutivo, em que se parte de uma análise geral para a particular, até chegar uma conclusão lógica. Buscando um estudo de diversos fenômenos para se chegar a uma possível alternativa que visa solucionar o problema apresentado. Dentre as técnicas a serem utilizadas será o levantamento dos referenciais bibliográficos, utilização de obras recentes que abordam o tema em estudo e reuniões periódicas com orientador do projeto, de acordo com um cronograma a ser estabelecido no primeiro encontro. 
1. MULHERES, ENCARCERAMENTO E NORMATIVAS LEGAIS
A mulher tem conquistado seu espaço na sociedade com muitas dificuldades em todas as áreas, nesse sentido levando em consideração a criminalidade, na visão carcerária, o gênero feminino possui pouco espaço na execução de direitos, se por um lado às mulheres ganham destaque em um crescente aumento na criminalidade, por outro lado a atenção abordada pelas autoridades vem diminuindo e até mesmo sendo estagnadas. De acordo com Luiz Flávio Gomes (2011):
Entre os anos de 2000 e junho de 2011, mês em que foi realizado o último balanço do sistema carcerário nacional pelo DEPEN (Departamento Penitenciário Nacional), o número geral de presos no Brasil cresceu 121%, já que, em 2000, a população carcerária totalizava 232.755 detentos, enquanto que, em junho de 2011, contabilizava 513.802 presos. Nesse ínterim, só o número de detentas (mulheres) cresceu 252%uma vez que, em2000 as mulheres representavam 4,3% da população carcerária nacional (ou 10.112 detentas), índice que em 2011 subiu para 7,4% (ou 35.596 detentas).(GOMES,2011)
A condição do gênero feminino é associada às construção histórica de atividades domésticas e simboliza fragilidade na concepção social de visão ultrapassada, mas, com reflexos na sociedade contemporânea, diante dessa situação, a criminalidade que envolvia mulheres, também, era remetida ao crime de adultério, bruxaria, etc. Atualmente, já se tem registros de outros crimes como de homicídios e em maior número registrado e sobre o tráfico de drogas, conforme gráfico a seguir:
Fonte: Levantamento de Informações Penitenciárias–INFOPEN, dezembro de cada ano.
Figura 1 gráfico INFOPEN
Assim, na visão da criminalidade atual as mulheres representam dados segundo o INFOPEN de aumento do encarceramento pela prática do crime de tráfico de drogas que em 2005 era 49% dos casos de crimes e em 2016, o dado mais recente do INFOPEN mostra 62%, sendo a maior porcentagem no ano de 2014 com 64% dos casos; esses dados representam o retrocesso para o ambiente social. Sendo desse modo, um problema que acarreta entre inúmeras dificuldades e expansão da violência. 
Estudos realizados pela Universidade do Extremo Sul Catarinense, no artigo realizado por Monica Ovinski (2015), mostram que a evolução dos números de mulheres envolvida no crime está diretamente relacionada ao tráfico de drogas, na qual, traz todo um reflexo social e perfil das mulheres envolvidas com o crime, entre as situações que afetam e a vulnerabilidade social, a pobreza. Assim, as mulheres envolvidas no trágico de drogas entre os fatores que direcionam por se tratar de ser mais fácil para as mulheres cuidar dos afazeres domésticos e administrar a droga em casa. 
As autoridades não dispõem de recursos necessários para ressocialização das presidiárias, é nesse ponto que se trata a pesquisa, segundo a defensora pública Juliana Belloque (2015), que já integrou a comissão de juristas do senado para a reforma do Código Penal, traz a temática de que ao está destinado apenas 5% do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) para medidas alternativas de cumprimento de pena, o governo estimula a punição, em vez de apostar na ressocialização dos condenados. A defensora pública trata sobre os investimentos financeiros sobre a demanda prisional que dispõe de poucos recursos e a maior precariedade está relacionada ao não cumprimento da lei em ressocializar o apenado e entre os poucos recursos oferecido são investidos em construção de mais unidades prisionais e não em medidas alternativas a prisão.
Assim, é na ressocialização e não na prevenção, utilizando os meios assegurados pela lei de execução penal e na visão de que ainda precisa ser feito muitas melhoras. Assim, nesse quesito se explana a pesquisa desse artigo.
1.1.	Análise histórica do encarceramento feminino no Brasil.
A origem da prisão feminina deve ser analisada com o intuito de entender como está exposta atualmente a condição da mulher presa. Em uma visão ampla sobre o encarceramento feminino no Brasil, foi dado início a prisão no país através da construção de sua ordem jurídica e social, teve uma imposição do direito lusitano, relacionado a negação do direito nativo e o ordenamento dos negros africanos, portanto, foi resultando no processo de dominação e aculturação. Nesse contexto, as instituições jurídicas brasileiras espelhavam em algumas contradições estruturais dando privilégios aos latifundiários e comerciantes, e fundamentava um processo cultural preconceituoso voltado para burguesia e liberalismo.
Assim, no período da colonização brasileira, não houveram alternativas jurídicas voltadas para as comunidades quilombolas, nem tampouco, para as indígenas. Como consequência, a cultura jurídica brasileira teve base a proteção da propriedade privada da elite agrária, como também, nos interesses da metrópole, tornando assim, o direito brasileiro na sua criação uma postura discriminatória.
Com o passar do tempo, após a independência em 1822, a formação discriminatória continuou com a aplicação das leis portuguesas. Nesse sentido, os indígenas e negros não foram tratados como pessoas de direito, estando assim, sempre, à margem da lei. Foi desse passado de preconceitos e opressão que o Brasil herdou a estrutura jurídica e social atual que ainda continua ligada aos interesses da elite.
O surgimento do Direito Penal e da prisão sob o interesse do Estado ter o poder, no entendimento de internamentos prisionais, foi relatado por Foucault, M.(1993), que explica os estudos e pensamentos sobre a formação histórica da sociedade europeia dos anos passados. Assim, em suas palavras:
Que as punições em geral e a prisão se originam de uma tecnologia política do corpo, talvez me tenha ensinado mais pelo presente do que pela história. Nos últimos anos, houve revolta em prisões em muitos lugares do mundo. Os objetivos que tinham suas palavras de ordem, seu desenrolar, tinham certamente qualquer coisa paradoxal. (FOLCAULT,1993, P.29)
Por diante, o autor citado defende dentre outros aspectos, dentro das mais variadas instituições, as modalidades repressivas entre elas a prisão, as forças armadas e a polícia. Assim, para o autor, a manifestação do poder perseguia a ideia do homem tal a uma máquina, com o objetivo de tornar o indivíduo útil à sociedade, ou seja, discipliná-lo através do trabalho. Dessa forma, o poder como meio de dominação atinge o corpo do indivíduo, abrangendo no controle te comportamentos e hábitos.
Nesse sentido, Foucault (1993) endente que a ação sobre o corpo, estende tanto sobre a consciência, como também, aos aspectos biológicos e corporais. Assim, o corpo humano torna-se alvo da prisão, não com o objetivo de punições corporais como torturas e mutilações, mas, adestrá-lo para a convivência do homem na sociedade, tornando a prisão um andamento eficaz.
Por conseguinte, através da primeira Constituição Federal de 1824, no período imperial, foi criado o Código Criminal, nesse momento histórico as penas corporais foram substituídas pela prisão. Já no ano de 1830, entrou em vigor a legislação penal, na qual, previa a existência de agravantes e atenuantes nas penas, também, estabeleceu um julgamento especial para os menores de idade infratores. As modalidades de prisão foram previstas no Código Penal por causa da Abolição da Escravaturae da Proclamação da República. Em 1889, com a Proclamação da República Brasileira, na ideia de uma nação moderna, adotou o segundo Código Penal Brasileiro, que aboliu a pena de morte’
O atual Código Penal Brasileiro foi publicado no ano de 1940, com o Decreto-Lei nº 2.848. No ano de 1963 tiveram mudanças nas regras para a execução penal, entre elas a possibilidade de cumprir a pena em regime aberto, para buscar uma melhora na recuperação social do apenado. Em 1984, na Reforma Penal foi criada o regime progressivo, mais uma vez em prol da ressocialização do apenado.
Foucault (vigiar e punir, 1993) preserva a criminalidade como uniformidade atribuída pelo indivíduo a partir de um delito, formando sua identidade de delinquente, em que começaria a gerar no momento em que se inclui no sistema carcerário. A inovação na qual o indivíduo é afastado do convívio social tem a função social de recuperação e regeneração, sendo assim, incompativelmente, acaba por atribuir-lhe esta identidade.
Em relação à distinção entre homens e mulheres no sistema prisional, é assegurado pela Constituição Federal de 1988 em seu artigo 5º:
Art. 5 Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
[…]
XLVIII – a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;
[…]
L – às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação;
Mesmo com o número de mulheres presas ainda sendo inferior ao número de homens, o encarceramento feminino brasileiro, nas últimas décadas, tem sofrido um aumento considerável no número de apenadas, isso traz como consequência o agravamento das condições existentes nas prisões, favorecendo a superlotação, torturas, negação de direitos, falta de assistência social, material, jurídica e entre outros problemas. Embora exista um Programa Nacional de Apoio ao Sistema Prisional, que contribui em custos o manutenções mas mesmo assim não supre as necessidades.
De acordo com Oliveira afirma que milhares de apenados são desrespeitados quanto a seus direitos, e que se agrava pela atitude da sociedade que mantém uma relativa indiferença a esta realidade.
1.2 CF/88, tratados internacionais e o sistema carcerário: a dignidade da pessoa humana presa. 
Na compreensão sobre o que é a dignidade da pessoa humana, do ponto de vista positivista, é autenticado pela República, no artigo 1º, inciso III da Constituição Federal de 1988. Segundo André de Carvalho Ramos indica como dignidade humana é capacidade intrínseca e distintiva de cada indivíduo, que o defende contra todo tratamento infame e discriminação, bem como valida condições materiais mínimas de sobrevivência.
No entendimento de Ingo Wolfgang Sarlet:
A dignidade humana constitui em capacidade intrínseca e distintiva de cada indivíduo que o faz meritório do mesmo respeito e consideração por parte do Estado e da sociedade, provocando um complexo de direitos e deveres fundamentais que defende a pessoa tanto contra atos degradantes e desumanos, como também para garantir as condições mínimas para uma vida saudável, além de promover sua atuação ativa no destino da vida social com outros indivíduos. (2002).
No Brasil e em outros países no mundo, a Carta Magna remete diretamente o que o Estado deve atribuir à pessoa, nessa visão abre espaço em função dos objetos sociais com a solidariedade e expectativas de uma sociedade mais justa com seus direitos assegurados. O tratamento carcerário das mulheres deveria ser diferenciado de acordo com a Constituição Federal Brasileira de 1988, em seu artigo 5º, no qual trata dos princípios e garantias.
O encetamento da Constituição Brasileira exaltou o valor da dignidade da pessoa humana como princípio máximo. Assim, o artigo 1° trata dos princípios fundamentais.
Art. 1. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I – a soberania;
II – a cidadania;
III – dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V – o pluralismo político
A transcendência do Estado Democrático de Direito concedeu o valor máximo a sociedade sendo é destacada por diversos estudiosos, como Thums (2006), Cunha Jr.(2008) e Jacinto (2005). A dignidade da pessoa humana está além dos direitos e garantias fundamentais presentes no Art. 5º da Carta Magna, sendo o princípio que conduziu os demais dispositivos. Buscando mais precisão quanto ao que garante o mesmo artigo da Carta Magna, inciso III: “Ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante”. 
Sendo assim, a pena de prisão deveria estar remetida a restrição somente do direito e ir e vir, com o intuito de recuperação e reinserção completa do apenado na sociedade, e não transformar o detento passível à marginalização social e à reincidência criminal. Além disso, o texto inserido no inciso XLVII, alínea “e”, do Art. 5 da Carta Magna legitima que “não haverá penas cruéis”, dessa forma, o apenado não perde nenhum de seus direitos resguardados pela constituição, perde apenas o direito à liberdade de locomoção.
Além da Constituição de 1988, a Lei de Execução Penal (LEP), também legitima os direitos resguardados aos apenados por seguir diretrizes educativas com os parâmetros para a reintegração do indivíduo à sociedade. De acordo com o Art. 11 ( LEP) “são garantidos aos detentos assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa”. E em consonância ao Art. 1 “A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado”.
Os presídios brasileiros enfrentam uma realidade difícil principalmente relacionada aos aspectos voltados ao não cumprimento dos direitos básicos alegados na Constituição Federal, tornando os presídios uma notável desumanidade e desrespeito as leis e da Lei 7.210. Agravando a situação do cárcere, tem o baixo investimento do Estado na qual atinge diretamente o apenado e no processo para a ressocialização, e tem como consequência também a superlotação que é uma dos maiores problemas do sistema penal brasileiro. 
O Estado como gerador de novas oportunidades para as prisioneiras tem sido escasso nesse momento, acaba mantendo a vulnerabilidade social, somado a isso as presas ainda tem o estigma da delinquência decorrência do aprisionamento. O afastamento dos familiares, amigos, falta da vida em sociedade traz peculiaridades para o indivíduo que vivencia a situação de abandono social. Sendo assim, os aspectos negativos tornam frágeis as relações afetivas até mesmo com a equipe administrativa.
No que se refere ao regramento de nível internacional, vale destacar, o que sugere as “Regras Mínimas para o Tratamento de Reclusos (Regas de Mandela)”, que foi acolhida pelo Primeiro Congresso das Nações Unidas relacionado a Prevenção do Crime e o Tratamento dos apenados, que foi produzido em Genebra, no ano de 1955, e sua revisão foi em 2015. Trata-se de um instrumento importante para o tratamento humanizado para os delinquentes que estão privados de liberdade. 
Nesse entendimento, o autor André de Carvalho Ramos relata sobre as regras de Mandela, afirma:
As regras mínimas contem origem soft law que fundamenta-se com o conjunto de normas não vinculantes de Direito Internacional, e podem transformar em normas vinculantes sucessivamente, quanto tem a acessão dos Estados. Assim, essas normas reproduzem inúmeros direitos dos presos, previstos em tratados, um exemplo é direito à igualdade, integridade física e psíquica, liberdade de religião, direito à saúde, entre outros. Essas relações de “Regras” voltadas para os direitos humanos foram aprovadas na resolução de 2015, pois foireconhecida a importância Comentário Geral n. 21 do Comitê de Direitos Humanos do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos. (2017)
Por conseguinte, de fato, os tratados internacionais e os meios para proporcionar a dignidade da pessoa humana servem de alicerce para os Estados, principalmente o documento em questão que demonstra ao longo de seus 94 artigos, que trata desde previsões relativas, como também as matérias administrativas do local penitenciário, trazendo os princípios básicos, em que não permite haver discriminação seja por raça, sexo, língua, cor, religião, opinião política e entre outros. Assim, trata também sobre as orientações com higiene, vestuário, condições de cela, que não podem ser escuras, serviços médicos, alimentação, dentre outros, que permita aos detentos sua dignidade com ser humano.
1.3 Superencarcermento de mulheres e tráfico de drogas
O Brasil está entre um dos países com grandes problemas no sistema prisional. Facilmente nos deparamos com reportagens, artigos, livros e outros meios de comunicação, relacionado às dificuldades enfrentadas pelos presidiários. Dentre os maiores problemas no ambiente carcerário é a superlotação, além de outras dificuldades como a falta de limpeza, alimentação inadequada, falta de segurança. Segundo Bitencout, trata sobre situações e diversos motivos que provocam as rebeliões, em que ocorrem brigas, torturas, e até tiram a vida de outros apenados prejudicados não só os encarcerados, mas também, os agentes penitenciários devidos principalmente pelo superencarceramento.
Diante disso, ressalta Bitencout:
Nas prisões clássicas perseveram disposições que podem cumprir efeitos prejudiciais sobre a saúde dos apenados. A incapacidade e dificuldades de estadia e de alimentação possibilitam o desenvolvimento de enfermidades principalmente tuberculose. Colaboram igualmente para diminuir a saúde dos presos as más condições de higiene dos locais. (2011, P.166).
Sobre as legislações adequadas ao tema tratado, a Carta Magna não foi negligente, pelo contrário, o legislador originário teve cuidado como assunto e colocou no artigo 5º, XLIX que “é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral”. Nesse fato, o Estado não realiza com seguridade o mandamento constitucional, assim a realidade do sistema prisional, se torna notável que há descaso por parte das autoridades públicas.
Em estudos realizados no Brasil por uma organização internacional de direitos humanos chamada de Human Rights Watch, comprovou que, a população do sistema carcerário feminino é inferior à masculina, é possui maior proporção de presas, que se encontram condenadas ou acusadas pela Lei de Drogas brasileira. Foi notado um avanço significativamente preocupante com relação a população carcerária feminina condenadas por tráfico de drogas. Tornando assim, o crime que mais encarcera mulheres. 
De acordo com os dados do Depen (Departamento Penitenciário Nacional), ocorreu um grande aumento de mulheres no sistema prisional feminino no período de 2000 a 2007. Se for considerar a comparação com a quantidade de homens no sistema prisional masculino, no mesmo período, é perceptível o aumento gradativamente excessivo com relação ao número de mulheres presas que cresceu 75% acima da masculina. A quantidade de mulheres encarceradas aumentou de 14,6 mil, em 2000, para 25,8 mil, em 2007, avanço de 77%. No mesmo intervalo, o número de presos também cresceu, só que numa menor escala. Avançou de 275,9 mil para 396,5 mil, um salto de 44%.
O aumento da população carcerária feminina que vem desencadeando o superencarceramento nos presídios femininos, principalmente, pelo envolvimento com o tráfico de drogas, pois, entre os motivos que atraem as mulheres a cometer esse delito está relacionado à facilidade da mulher portar as drogas no meio social sem levantar suspeitas. Nesse sentido, Ribeiro (2003, p.64) expõe que: "uma explicação possível para esse fenômeno é a facilidade que a mulher possui para circular com a droga pela sociedade, por não se constituir em foco principal da ação policial". 
E não só na visão policial de poucas suspeitas em mulheres, mas também, as mulheres são vistas pelos traficantes como intermediante do tráfico por ter mais destreza. Assim, segundo Mizon (2010, p. 71-81) relata que: “as mulheres são vistas como meios fáceis pelos traficantes, pois a sociedade no contexto geral tende a não desconfiar das mesmas, portanto, teriam mais facilidade no tráfico”. 
O tráfico de drogas é delito considerado hediondo, proíbe a progressão do sistema de cumprimento da pena e fixa prazos maiores para conseguir o livramento condicional. As mulheres, nesse delito, se sobressaem em posição secundária à dos homens, pois as usam para proteger a si mesmos. O machismo provavelmente está presente, pois, os homens usam as mulheres para o transporte de drogas para diminuir os riscos dele de prisão, deixando a mulher ainda mais exposta e vulnerável.
Uma forma voltada para diminuir e controlar o superencarceramento feminino seria atacar o que desencadeia o crescimento. Como foi tratado no relatório as “Regras Mínimas para o Tratamento de Reclusos (Regas de Mandela) em que “os problemas enfrentados pelas presidiárias é necessário levantar as necessidades, levantar o perfil das mulheres que estão presas e assim, problematizar a prática de gestão dos serviços penais, desde a baixa aplicação de alternativas penais e medidas cautelares até a organização da rotina do cotidiano das unidades prisionais.” 
Essa ideia, apontada no relatório as “Regras Mínimas para o Tratamento de Reclusos (Regas de Mandela)”, já foi aplicada em alguns países como Estados Unidos, China e Rússia que estão entre os três países que mais encarceram no mundo, e deverão resultados positivos relacionados à diminuição de pessoas presas nos anos de 2008 a 2014 em até 24%. É perceptível que embora a realidade seja diferente para outros países anteriormente mencionados, no Brasil existe necessidade de um sistema penitenciário pensado para as mulheres, e não mera cópia políticas e presídios voltados para os homens.
Por conseguinte, todos os termos acerca da utilização funcional do encarceramento não é o único meio legitimador para resolver a forma das regras a serem aplicadas e para as apenadas pagarem suas penas, mas como consequência traria melhorias ao sistema prisional, com a superlotação e todo seguimento negativo procedente com esta. Um exemplo, para uma melhor aplicação das medidas de tratamento dos reclusos, é as aplicações da substituição da pena privativa por restritiva de direitos, e com o benefício da tecnologia tem o uso de tornozeleiras eletrônicas, como já vem sendo utilizado em muitos presídios brasileiros.
2. MULHERES ENCARCERADAS: DIFERENÇAS E SINGULARIDADES – A REALIDADE DO PRESIDIO FEMENINO MARIA JULIA MARANHÃO.
A questão de gênero está presente em toda a vida social, não é possível a compreensão da mulher, sem a consideração do homem. Assim, a questão de gênero está ligada a um conjunto de características, seja cultural, política, jurídica, econômica, que está atribuída às pessoas de forma variada e de diferentes sexos. A única forma de diferenciar categoria no conjunto de pessoas encarceradas é a sexual, pois, no cárcere, tudo se mistura menos os sexos. Desta forma, é importante interpretar o cárcere feminino sob a questão de gênero.
Nesse viés, as diferenças de gênero são construções culturais e sociais que se moldam, através da história e das formas de capitalismo e esse fato se referem aos papeis atribuídos aos homens e mulheres na sociedade. Por esse motivo, a condição da mulher tem mudado ao longo da história.
Segundo scott (1993) as ligações de gênero, tais como relação de obediências e desigualdades, hierarquias, acham-se atravessando por divergências através da manutenção dos poderes masculinos. Nesse sentido, as ligações de gênero também são reproduzidas na prisão.
Nos presídios existe a falta de estrutura social e as leis ainda possuem uma visão patriarcal, sobre tudo no Direto Penal, pois comoo espaço politico era e é um espaço masculino, o principio da igualdade torna-se não sendo observado pelo sistema penal, reforçando a recusa da identidade feminina de mundo, e como consequência a aplicação das penas e as condições prisionais fornecidas ás mulheres também sofrem essa influência.
No sistema prisional feminino brasileiro as mulheres enfrentam situações ainda piores, mesmo com os meios para adaptar o espaço para o gênero feminino por meios legislativos, como por exemplo, as Regras de Bangkok pela ONU (Assembleia Geral das Organizações das Nações Unidas), em que o Brasil segue, instituiu normas que fazem-se legais as condições mínimas ao tratamento adequado da mulher presa, na atualidade o país ainda está longe de atender a todas essas necessidades.
Segundo Almeida (2005) singulariza que a criminologia de gênero ou feminina, a pena privativa de liberdade é mais dura para as mulheres do que para os homens, pois a mulheres possuem mais responsabilidades familiares e domestica do que os homens, além de serem objetos de discriminação e preconceitos culturais.
Assim, na busca de efetivar o principio da igualdade, assegurado pela Constituição Federal, às criminologistas femininas defendem a necessidade de proteção das diferenças de gênero, tanto no ordenamento jurídico-penal como no sistema prisional.
Dessa forma, a maneira de reconhecer a mulher que cometeu um delito como sujeito de direitos, no momento da efetivação do Direito Penal, torna-se algo enigmático por conta do viés patriarcal que prejudica por meio de sua condenação pela prática de um delito, como também, pela questão de gênero pelo simples fato de “ser mulher”.
No que se refere ao contexto feminino como prisão o Centro de Recuperação Feminino Maria Julia Maranhão (CRFMJM), essa será apresentado nesse capítulo destacando alguns elementos considerados essenciais, como o papel dos atores envolvidos nessa problemática, como o Estado e representante no sistema presidiário e na sociedade.
O CRFMJM está localizado em João Pessoa no bairro de Mangabeira. Foi fundado no ano de 2000, no período do governo de José Targino Maranhão. Abrigava 261 presas, no total, entre 105 condenadas em ação penal condenatória, 106 presas provisórias, 50 em progressão de regime (semiaberto), seguindo dados do INFOPEN de 2019.
Internamente, o CRFMJM é composto por 16 celas, com capacidade programada para 93 presos, e de acordo com os dados do INFOPEN mostra que abriga até o triplo da capacidade que suporta.
2.1 Marco legal da primeira infância, a gestação e a maternidade no cárcere.
 
O CRFMJM tem como finalidade abrigar mulheres condenadas em ação penal condenatória. Porém como a maioria das prisões femininas no Brasil não existe berçário nem creche.
Segundo o INFOPEN, o aumento de mulheres encarceradas cresceu desde 2005 até 2016, existem várias explicações para esse crescimento, dentre elas, o maior envolvimento das mulheres no cometimento de delitos previsto na lei de Drogas e Entorpecentes. 
Nesse sentido cabe ressaltar as responsabilidades sociais e domésticas que a mulher possui, quando são presas deixam tudo para trás como o convívio com os filhos, a gravidez e seu acompanhamento, e o contato com o recém-nascido em condições dignas.
O IBCCRIM (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais) trata que a mulher encarcerada tem direito a amamentar os seus bebês por seis meses, porem o sistema penitenciário não possui estrutura para isso, as cadeias públicas não permitem esse direito em geral por falta de espaço. As mulheres quando está em trabalho de parto são direcionadas para internação em redes publica. No CRFMJM, em João Pessoa, as apenadas gestantes ficam na maternidade Cândida Vargas ou na Frei Damião, porém, devido o tratamento defasado da rede publica, por falta de atendimento médico, alguns bebês já nascem nas celas.
Segundo alguns autores (GUILHERMANO, 2000; GALVÃO E DAVIN, 2013) refletem sobre a dificuldade de se deparar com soluções acerca da gestação no cárcere. Para esses autores, existe a indigência de ter pesquisas a fim de analisar como essas mulheres passam a gravidez em um ambiente que não é ideal para o desenvolvimento de uma gestação saudável.
Os estudos realizados pela Pastoral Carcerária (2011), as mulheres grávidas dificilmente recebem um atendimento adequado. A indigência de uma alimentação adequada para as mulheres gestantes, pois a comida oferecida e inadequada e insuficiente para as exigências nutricionais.
Outro aspecto importante é a higiene precária nos presídios femininos, pois as crianças nascem e vivem em um ambiente com pessoas que possuem problemas graves de saúde como HIV, tuberculose, entre outras enfermidades.
A Lei de Execução Penal (BRASIL, 1984) estabelece que as penitenciárias femininas tenham berçários, aonde as apenadas venha a amamentar seus filhos. No entanto, essa determinação da LEP é desrespeitada pela maior parte do cárcere feminino.
De acordo com as Regras de Bangkok entre elas tem as Regras Mínimas para Mulheres Presas, teve aprovação pela 65ª Assembleia Geral da ONU, por conseguinte teve preocupação é também tem a temática de que todos os estados-membros devem buscar ao máximo por meios de execução penal a mulher que não sejam privativos de liberdade, visando ainda mais a maternidade. Conforme relata o CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
Dessa forma, o sistema prisional feminino, mesmo com a lei é possível encontrar bebês dormindo em locais improvisados, e tudo isso ocorre por falta de estrutura, interesse do Estado e da gestão responsável pelo presídio, pois não há médicos, remédios, enfermeiros, psicólogos.
Observando o artigo 5º da CF, “todos são iguais perante a lei”. Porém, visando os dados do DEPEN, pode ser afirmado que isto nem sempre ocorre, sobretudo quando se trata de penalidade imposta às mulheres e, consequentemente, aos seus filhos, atrás das grades, que se tornam crianças invisíveis para a sociedade.
Os problemas enfrentados pelas mulheres acerca do aprisionamento em relação aos seus filhos acarretam diversas situações como os direitos da criança ao convívio familiar e contato com a mãe, a separação materna pela prisão, conseguir guarda de abrigos ou com familiares, os presídios não tem estrutura para promover um ambiente adequado para o desenvolvimento infantil.
Lamentavelmente, as políticas públicas são inaudíveis para as necessidades dos filhos das mulheres encarceradas, desconsiderando o desenvolvimento físico e psicológico. Por trás da delinquência e da prisão materna, existe um contingente de crianças esquecidas.
Resguardando os direitos das crianças e mulheres presas em geral existem a Lei nº 7.210/84 – Lei de Execução Penal alterada pela Lei 11.942/09 – e a Lei 7.417/85, que se refere à anistia para mães apenadas com pena inferior a 5 anos; também a Carta Magna; Lei nº 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente, e o Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário ( BRASIL, 2003).
E entre outros direitos, em específico:
[..] ás presas serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação (BRASIL, Constituição 1988, artigo 5º); os estabelecimentos penais destinados as mulheres serão dotados de berçário, onde as condenadas possam amamentar seus filhos. (BRASIL, 1988)
Na realidade Brasileira, existem as seguintes opções de guarda para crianças filhos de mulheres presas, com idade entre 0 a 6 anos: em uma instituição; na família substituta que pode ser agregado da própria família da criança ou não; e no berçário do presídio feminino.
Entre as opções a mais difícil é quando não existe a possibilidade de guarda da criança e a guarda da criança é para uma instituição, e a mais polêmica é quando fica no berçário do presídio devido ao fato de não ser adequada para o acolhimento saudável do desenvolvimento infantil e devido à separação da mãe e filho, como também, o crescimento da criança dentro do ambiente prisional.
Assim, o Estado deveria efetivar o Estatuto da Criança e do Adolescente, pois através desse a criança se torna sujeitode direitos. Cabe a todos uma reflexão sobre esse problema social das mães e filhos encarcerados, não só do presídio Julia Maranhão em João Pessoa, mas também, nas demais prisões do Brasil.
2.2 Visita íntima, abandono afetivo e o controle da sexualidade da mulher.
O objetivo principal do direito a visita íntima é garantir não só a dignidade da pessoa humana, mas também inserir a presa no meio social entre as formas é manter o contato íntimo com seu parceiro. Como explica Sônia Hermont Jahara (2015, p.5): As visitas íntimas nas penitenciárias evitam, de certo modo, as distorções e perversões sexuais dentro do cárcere. 
Entre as principais diferenças entre gênero na prisão é que, ocorre em grande maioria que quando o homem é preso, ainda tem a sua família aguardando o retorno e apoiando. Mas, diferente da mulher que quando é presa, o marido a abandona e os filhos ficam sob os cuidados de outros familiares. Uma das maiores evidências desse acontecimento é a ausência dos maridos na visita íntima, como relata a jornalista Nana Queiroz, autora do livro “Presos que menstruam: a situação das mulheres nas prisões brasileiras”, escrito entre os anos de 2010 e 2015, foi feito com base em pesquisas e visitas a penitenciárias de todo Brasil.
A escritora Nana Queiroz, relata que com o abandono dos parceiros as mulheres começam a se relacionar trocando afeto, e geralmente o relacionamento entre mulheres dentro do presídio não é respeitado, mesmo se tratando de um casamento ou união estável, situação em que a visita íntima costuma ser permitida. Segundo Howard:
Apesar de o encarceramento dificultar as relações familiares para homens e mulheres, as presas mulheres geralmente experimentam um nível de rejeição e abandono pela família e por parceiros muito maiores que os presos homens. Assim como existe o estigma social específico ligado às presas mulheres, o círculo familiar de uma mulher já pode ter se fragmentado antes de sua apreensão, tornando-se especialmente difícil ainda manter relações enquanto estão na prisão. Diferentemente do que acontece com os presos homens – que podem contar com suas companheiras -, os filhos de presas mulheres raramente são cuidados pelo parceiro, sendo, em vez disso, dispersadas entre várias parentas mulheres. Isso complica significativamente o contato das mulheres com seus filhos. (HOWARD, 2015, p 55)
As visitas íntimas reforçam os laços afetivos e familiares de forma a exercer papel fundamental na ressocialização dos detentos. Portanto, é inadmissível que a necessidade sexual da mulher seja desconsiderada pelo legislador por tanto tempo, de modo a causar desequilíbrios psicológicos, no que pese a abstinência inerente à imposição do Estado em fechar os olhos para as necessidades humanas da mulher encarcerada. Segundo o escritor Santos:
 ‘‘O abandono das mulheres presas ocorre, em primeiro momento, por seus companheiros, que em pouco tempo estabelecem novas relações afetivas, e também por familiares próximos’’, que não se dispõem  a deslocar ou não aceitam as regras impostas para a realização de visita nas unidades prisionais, por acharem estas regras humilhantes (SANTOS, 2012, p. 32).
Entre as maiores dificuldades para as apenadas com relação a visita intima, está em não ter expressamente na Lei de Execuções Penais, a diferença entre uma visita simples para familiares e uma visita intima, tal com, para ambos os sexos ter os direitos, o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, que é o órgão máximo da execução penal, entendendo esta omissão do legislador, teve a sensibilidade de editar a resolução nº01 de março de 1999, na qual atribui este direito abrangendo as penitenciárias femininas. 
Em concessão com esta resolução, a visita íntima tem como objetivo de manter as necessidades do preso respeitando seus direitos, promovendo um ambiente reservado, cuja inviolabilidade e privacidade sejam asseguradas, pelo menos uma vez por mês. Atualmente, o direito a visita íntima é garantido as mulheres desde 2001, e pode ser em dia determinados, com igualdade de condições para ambos os sexos, de acordo com o inciso XVII ao art. 41, da Lei 7.210 na LEP, que tem por finalidade garantir às presas encontros íntimos com os seus parceiros. No entanto, a sua administração, por não ter legislação organizacional, passa a ser de inteira responsabilidade de cada presidio estadual, cabendo aos presídios estabelecer as condições exigidas para se permitir a visita intima.
Baseado nessas considerações, proferindo que o direito a visita intima tem como suporte o princípio da dignidade da pessoa humana, que foi reeditado por normas diversas, é de grande notoriedade apresentar alguns pensamentos relacionados ao direito a visita intima nos presídios, como também, a importância da sexualidade na vida da mulher. Têm-se alguns estudiosos com opinião majoritária defendem, para eles a visita íntima é um dos fatores de cuidado que fortalece o vínculo dos presidiários com o meio social e funciona como um mecanismo que incentiva o encarcerado, ser reinserido na sociedade e na familiar. Por outro lado, a minoria dos doutrinadores trata o instituto como regalia proporcionada ao preso, por entender desnecessário, pois para eles não é considerado uma necessidade humana indispensável à vida, ou seja, considera-se para estes estudiosos que a pena restritiva de liberdade deva abranger a restrição de mais direitos, a fim de pagar pelo mal causado a sociedade.
 Dessa forma, através da análise já apresentada, a aplicação da legislação que compete a visita íntima, é inviável em maior parte das instituições penitenciarias femininas, pelo fato de não ter condições estruturais de forma prevista na LEP, com isso fica notório que a falência estrutural interferem de forma clara na execução do direito. Considerando que, muitas vezes estes fatores induzem na decisão da mulher em que prefere não utilizar do seu direito a visita íntima, para o seu parceiro não passar por situações vexatórias, por medo de ser discrimina por seu marido/companheiro. Como também, a existência da incapacidade de autodeterminação, visto que, não se trata de um simples desejo, mas de uma necessidade humana insubstituível, ou seja, trata-se de uma lei da natureza. Assim, como resultado da não efetivação desse direito, seja por erros de um estado ausente ou de uma sociedade machista, percebendo a presidiária a impossibilidade da sua convivência intima com seu companheiro, acaba tendo um rompimento com sua sexualidade, resultando assim na procura por relacionamentos com parceiras do mesmo sexo, da própria penitenciária, em decorrência de solidão afetiva acarretada por um grande sentimento de rejeição social e familiar. 
3. EXECUÇÃO PENAL E A PERDAS DE DIREITOS PARA ALÉM DA LIBERDADE 
3.1 O direito ao trabalho e ao estudo 
O trabalho é de grande importância no processo de ressocialização da encarcerada, pois é através dele que provém seu sustento, é com o trabalho que se fortalece a alta estima e desempenha um papel na sociedade. É evidente a importância do trabalho no sistema prisional, pois além de uma diminuição da pena de um dia, a cada três dias trabalhados, e da remuneração, a qual sendo pouca ajuda a suprir as necessidades básicas, sem contar que o trabalho tirar a ociosidade e valoriza a autoestima das reeducandas.
Segundo Marx (1975), tem a análise de que o trabalho, é criador de valores de uso, como indispensável à existência do homem, trata-se de uma necessidade natural e eterna, primordial na manutenção da vida humana. O tempo em que  a encarcerada está presa, o tempo que durar sua reclusão é de responsabilidade do Estado, e observa-se que essa responsabilidade é uma das poucas oportunidades que o Estado terá para trazer qualquer mudança, ou influência sobre a encarcerada.
No presídio Julia Maranhão, apenas menos de 5% das mulheres trabalha na unidade prisional. Os dados são de acordo com o levantamento do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), de 2019, em que a população carcerária feminina, na Paraíba corresponde a 261 detentas.É através do projeto Castelo de Bonecas que as detentas do presídio Julia Maranhão exercer seu trabalho e fonte de renda, o projeto foi Criado pela diretora do Centro de Reeducação Feminina Maria Júlia Maranhão, Cinthya Almeida, no ano de 2012, o objetivo do projeto é ensinar às mulheres que estão encarceradas, a profissão de costureira de bonecas. Tudo que é produzido é vendido fora do presídio, em eventos em João Pessoa e até mesmo fora da cidade. Esse projeto cumpre o que a Lei de Execução Penal (LEP) prevê o direito ao trabalho como condição para a dignidade humana da pessoa presa. 
A problemática do trabalho feminino tem um caráter complexo, a luta pela igualdade de gênero no mercado de trabalho é algo presente na realidade é perceptível a necessidade de amparo legal para conseguir superar o preconceito de gênero e a discriminação, com uma adequação da lei à estrutura física e psicológica.
Existe uma relação direta entre o nível de escolaridade das apenadas e o cargo em que ocupam, pois as que possuem menor nível de escolaridade o trabalho é em condições mais precárias. a educação influencia de forma direta na vida profissional anterior ao cárcere. A educação e trabalho são pilares da ressocialização. O aumento do nível de escolaridade é essencial para que as apenadas consigam melhores oportunidades de trabalho e inserção social após o cumprimento de sua pena.Na Paraíba , o analfabetismo está sobre 27% das mulheres presas, de acordo com o InfoPen Mulheres. Segundo Paulo Freire (1996), a alfabetização é, para o educador, de certa forma, para que os desfavorecidos consigam romper o que se chama “ cultura do silêncio”, e transformar a realidade. 
De acordo com Falconi (1998), reeducar tem o significado de educar novamente. Esse termo é de acordo com uma situação relacionada pelo caráter entre genitores e aprisionados. Os direitos humanos, em seu art. 26, estabelece que as pessoas encarcerados, assim como os demais seres humanos, o direito a educação.
As unidades prisionais, de acordo com o INFOPEN, não dispõe de materiais disponíveis e suficientes como biblioteca, livros, cadernos..., além da falta de incentivo no sistema carcerário para ter objetivo é foco no estudo, pois, é necessário a influência pisicologia para dar assistência na busca de melhorar profissionalmente e a estrutura interna para atender a demanda.
Dessa forma, vale destacar que existe uma forte discriminação com a egressa na busca pelo mercado de trabalho é consequentemente na sociedade, pelo motivo de ter sido apenada e considerada fora da lei e do meio social.
Assim, existe a ineficiência de instrumentos para a reabilitação da mulher egressa, sendo pela falta de promover cursos profissionalizantes, falta de um estudo de qualidade que a capacite para mercado de trabalho ou até oportunidade de trabalho que gere uma profissão que possa exercer fora do sistema.
Por fim , é possível observar o descaso relacionado das diferentes necessidades das mulheres presas e egressas, pois, denuncia a condição de “invisibilidade” em que elas se encontram no âmbito das políticas públicas voltadas ao setor carcerário.
CONCLUSÃO
Conforme podemos observar o que foi apontado nesse trabalho, o estudo analisa um recorte de gênero, visando algumas das principais diferenças no encarceramento relacionado ao presídio feminino, entre elas o destaque da mulher como aumento na criminalidade nos últimos anos, além das divergências do presidio masculino com relação à visita intima e a situação das encarceradas e seus filhos, tendo como parâmetro a penitenciária feminina de João Pessoa.
Nesse contexto, este trabalho não tem a presunção de produzir respostas prontas, mas, sim, buscar provocar reflexão para o tema, que, não diz respeito somente às mulheres encarceradas, antes atinge todos que se encontram sob a condição de detento, mas esse trabalho tem enfoque nas dificuldades da mulher no cárcere, pois, sua condição e necessidades tornam-se ainda mais difíceis. O trabalho teve a partir dos dados relativos ao encarceramento feminino, com ênfase na complexidade da situação da mulher presa, enfatizando que o cárcere não é um lugar adequado para os bebês e nem para as mães grávidas ou lactantes.
Dessa forma, esse trabalho busca, ainda que sucintamente, dispor historicamente o contexto da prisão como medida de punição e foi tratado que, desde a sua criação, ela comporta, separadamente, homens e mulheres com o objetivo de aplicar-lhes tratamentos diferenciados. Nesta perspectiva, reflete a desigualdade de tratamento pela sociedade, geralmente, apoiada na atribuição de valores como submissão, especialmente, no caso das mulheres.
O que foi observado durante o trabalho é que a estrutura do Centro de Ressocialização Júlia Maranhão consegue quebrar, ao menos aparentemente, com uma violência existente nas unidades penitenciárias de um modo geral. No entanto, essa instituição prisional, assim como as demais, tem falhado no seu processo de (re) socialização das mulheres encarceradas nessa unidade prisional. Pois, a experiência do cárcere e de todas as regras e humilhações, além das pressões vivenciadas na prisão torna ainda mais forte a contenção no mundo da criminalidade, e na maioria par dos casos, um caminho sem volta.
Assim, também foi possível verificar diversos obstáculos impostos pelas instituições prisionais em especifico o presídio feminino de João Pessoa, que desestimulam a conservação do vínculo social das internas com seus familiares, amigos e companheiros. Existe uma grande discriminação na concessão do direito a visita e visita íntima das mulheres encarceradas, se comparado com os homens. As mulheres encarceradas acabam sofrendo com maior intensidade a comiseração do cárcere e tende a procurar relacionamentos próximos entre parceiras de cela para suportar a falta de afeto expressos pela escassez de visitas. É importante que se enxergue as internas, com todas as suas especificidades, como possuidoras de direitos à visita e visita íntima. 
Por fim, este trabalho tem a intenção de se constituir em um instrumento de reflexão para leitores, pesquisadores do assunto. A pesquisa não tem a finalidade de ser conclusiva na abordagem sobre a mulher encarcerada. Espera-se, portanto, que outros pesquisadores aprofundem aspectos ignorados ou não esclarecidos suficientemente neste estudo.
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