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Melhoramento Genético Canino na Raça Pug

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ASSOCIAÇÃO DE ENSINO E CULTURA PIO DÉCIMO
DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA
MELHORAMENTO ANIMAL
ANA VICTÓRIA
DEREK FAHEL
GABRIEL RIOS
GIOVANNA JULIANA
LAIZE HONORATTO
MELHORAMENTO GENÉTICO CANINO NA RAÇA PUG
ARACAJU- SE
2021
INTRODUÇÃO
O melhoramento genético baseia-se em selecionar ou modificar o material genético de um ser vivo, com a finalidade de obter animais com características positivas ou de interesse econômico. Atualmente, o melhoramento genético tem crescido, devido a tantas possibilidades e alterações que podem ser feitas. Em cães, o melhoramento genético também é recorrente. Grande parte dos cães mais conhecidos foram criados a partir da intervenção humana. O Pug é um dos exemplos de raças que foram mais comprometidas quando se trata de modificações dos animais. São cães braquiocefálicos, que são identificados por terem um focinho achatado e curto, o crânio compacto e o sistema respiratório comprimido. Com o passar do tempo, os cães braquiocefálicos foram criados para terem mandíbulas inferiores normal e mandíbulas superiores menores, assim proliferam doenças respiratórias e neurais por conta das anormalidades do trato respiratório.
 
HISTÓRIA DA RAÇA
Uma certa quantidade de especulação existia sobre a origem desta raça, que parecia ter vindo do Oriente. Seu país de origem é listado como a China, onde os cães de nariz (trufa) arrebitado sempre foram favorecidos. Ele encontrou o seu caminho para a Europa com os comerciantes da Companhia Holandesa das Índias Orientais e desde o ano de 1500 já eram admirados nos Países Baixos. Na verdade, o Pug se tornou o símbolo para os patriotas reais. O Pug chegou à Inglaterra quando Guilherme III subiu ao trono. Até 1877 a raça era vista apenas na cor fulvo, mas nesse ano um casal preto foi introduzido a partir do Oriente. (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA, 2010, P.3)
CARACTERÍSTICAS DA RAÇA
As características da raça são regulamentadas e padronizadas pela Associação Brasileira de Cinofilia. (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA, 2010, P.3-6)
APARÊNCIA GERAL: decididamente quadrado e massudo, ele é “multum in parvo” (cão compacto e atarracado), como mostra sua forma compacta, suas boas proporções e sua musculatura rija.
COMPORTAMENTO / TEMPERAMENTO: charmoso, digno e inteligente. Equilibrado, feliz e de muita disposição.
CABEÇA: larga, redonda, não em forma de maçã.
REGIÃO CRANIANA
Crânio: sem sulco. Rugas claramente definidas.
REGIÃO FACIAL
Trufa: narinas bem abertas.
Focinho: curto, truncado, não arrebitada.
Maxilares / Dentes: ligeiramente prognata inferior. Torção de mandíbula, dentes ou língua à mostra são altamente indesejá-veis. Mandíbula larga com os incisivos, quase em uma linha reta.
Olhos: escuros, muito grandes, de forma globular, expressão doce e afetuosa, muito brilhantes e quando o cão está excitado, cheios de fogo.
Orelhas: finas, pequenas, macias como veludo preto. Há dois tipos:
• orelha em rosa: pequena, caída, que se dobra para trás e descobre o pavilhão auditivo externo;
• orelha em botão: caída para a frente, a extremidade junto ao crânio, de maneira a cobrir o orifício da orelha e direcionada para os olhos. A preferência é dada às últimas.
PESCOÇO: ligeiramente arqueado para se assemelhar a uma crista; forte, espesso, com bastante comprimento para portar a cabeça orgulhosamente.
TRONCO: curto e compacto.
Dorso: linha superior plana; nem selada, nem carpeada.
Peito: largo e com boas costelas.
CAUDA (espiral): inserida alta, enrolada tão firmemente quanto possível sobre a anca. Enrolada duas vezes, é altamente desejável.
MEMBROS
Anteriores: pernas muito fortes, retas, de comprimento moderado, bem colocadas
debaixo do corpo.
Ombros: bem inclinados.
Posteriores: pernas muito fortes, de comprimento moderado, bem debaixo do corpo,
retos e paralelos, quando vistos por trás.
Joelhos: bem angulados.
PATAS: não tão compridas quanto os pés de lebre e nem tão redondas quanto os pés de gato; dedos bem separados, unhas pretas.
MOVIMENTAÇÃO: vistas de frente, as pernas anteriores devem se movimentar bem debaixo dos ombros; as patas bem direcionadas para a frente, não virando nem para dentro, nem para fora. Vistas por trás, a ação deve ser igualmente correta. Usa os anteriores com grande força, colocando-os o mais à frente possível, com os posteriores se movendo livremente, fazendo um bom uso dos joelhos. Um ligeiro “roll” dos posteriores é típico dos seus movimentos.
PELAGEM
Pelo: fino, liso, macio, curto e brilhante, nem duro, nem lanoso.
COR: prata, abricó, fulvo ou preto. Cada uma claramente definida para fazer um completo contraste entre as cores, o traço (uma linha preta que se estende do occipital até a raiz da cauda) e a máscara. Marcas claramente definidas. O focinho, a máscara, orelhas, marcas nas bochechas, marca do polegar ou diamante na testa e o traço devem ser o mais preto possível.
PESO: 6,3 kgs a 8,1 kgs.
DOENÇAS RELACIONADAS A RAÇA
Com expectativa de vida de 12 a 15 anos, o Pug tende as principais preocupações envolvem síndromes respiratórias, patologias dermatológicas e oftálmicas, doenças locomotoras e distúrbios metabólicos. É saudável se bem cuidado, mas devido a genética e particularidades anatômicas, possui predisposição a algumas doenças.
Para descobrir a causa da disfunção, cientistas do Instituto Roslin, ligado à Universidade de Edimburgo, na Grã-Bretanha, recolheram amostras de DNA de 374 cachorros de diversas raças e de mestiços. Em seguida, eles os submeteram a uma tomografia computadorizada para obter medições precisas dos crânios e gerar imagens detalhadas em 3D. Ao comparar os modelos tridimensionais com a informação genética dos cães, os pesquisadores descobriram que uma variação que interrompe a atividade de um gene chamado SMOC2 estava fortemente ligada ao comprimento do rosto do cão. Ou seja, os animais com essa mutação tinham o crânio mais achatado.
o Pug é uma raça de cão braquiocefálica. Essa condição anatômica faz com que o focinho seja curto, o crânio achatado, a traqueia fique estreita e o palato mole alongado. Todas essas anomalias fazem com que o Pug tenha dificuldade para respirar e eventualmente podem causar obstruções e o impedimento da passagem de ar. Respiração ofegante e ronco são sinais de que o cachorro pode estar com a síndrome braquiocefálica. Além disso, é preciso cuidado com temperaturas altas, já que os cães fazem a termorregulação (regulação da temperatura) pela respiração e o Pug muitas vezes têm maior dificuldade para respirar, causando hipertermia (elevação da temperatura do corpo).
Uma das características mais fofas no Pug são suas dobrinhas. Porém, esse é um ambiente perfeito para as bactérias e fungos se desenvolverem e causarem problemas, sendo muito importante que estejam sempre limpas e secas. Além dessa condição, a raça é acometida por outros problemas de pele de origem genética.
O focinho curto e achatado, com narinas pequenas e estreitas dificulta a respiração do animal – que é ainda mais prejudicada pelo crânio pequeno, onde o tecido das vias respiratórias se acumula e bloqueia a passagem de ar – e os problemas de respiração também provocam problemas estomacais e intestinais. Os olhos esbugalhados, também fruto da cabeça pequena e achatada dos pugs, trazem não só a ameaça de lesões oculares para o bichinho, como também uma maior dificuldade fechar completamente as pálpebras, o que pode provocar úlceras, secar os olhos e até levar à cegueira.
Os olhos do Pug são grandes e saltados. Essa particularidade faz com que a raça seja bastante predisposta a patologias oftálmicas. A úlcera na córnea é uma das doenças mais relatadas nesse cão e pode ter origem traumática, como lesões e perfurações, ou causada por seus pelos em volta do olho.
MÉTODOS DE SELEÇÃO
A seleção é o processo de escolha de reprodutores, de modo com as características desejadas a curto ou a longo prazo. O primeiro escolher os critérios de seleção, em seguida, um dos vários para atingir a meta desejada. 
Seleção fenotípica
Também conhecida como seleção massal ou seleção individual. Naseleção fenotípica, dois indivíduos de alta qualidade são cruzados na esperança de obter filhotes que se assemelhem a eles. Estamos interessados apenas nos dois cães, não em sua genealogia. No entanto, vimos que o fenótipo nem sempre reflete o genótipo, e este método de seleção pode acabar em decepção. Se você cruzar dois cães de pelo longo preto, teria o direito de esperar que os filhotes se parecessem com seus pais. No entanto, se o genótipo dos dois pais é Pl / pl, segundo a tabela acima, você vai ver que mais de 40% dos filhotes de terão as características esperadas. Sendo assim, a seleção de massa pode ser aplicada quando você estiver à procura de uma característica excepcional que aparece por acaso.
Para limitar aleatoriedade deste método, pode valer a pena buscar inspiração nos resultados experimentais 1 estimaram a herdabilidade de certas características termos estatísticos.
Seleção genealógica 
A seleção genealógica requer o conhecimento dos antepassados (pais, avós) e dos colaterais (irmãos, primos). O criador tenta predizer o valor genético dos reprodutores. Este estudo se baseia em um pedigree, que deve incluir informações sobre as qualidades e defeitos de cada indivíduo. Em muitos casos, os estudos genealógicos nos fazem entender o porquê alguns cães excepcionais produzem resultados decepcionantes e o porquê alguns cães não excepcionais produzem apenas filhotes excepcionais.
No primeiro caso, um campeão produzido através de seleção massal ou cruzamento aleatório provavelmente será heterozigoto com respeito às qualidades pelas quais é reconhecido se suas características também forem recessivas, poderá ser difícil passá-las para seus descendentes. Por outro lado, se um cão tem características homozigóticas incomuns, estas podem estar muito marcadas em seus descendentes, mesmo que ele tenha algumas falhas recessivas ou não-hereditárias. Voltando ao simples exemplo acima, se a pelagem negra é considerada uma característica essencial, é importante escolher um reprodutor homozigoto BB ao invés de um heterozigoto B / b. Neste caso, você pode identificar um reprodutor homozigoto B/ B através do exame de seus ancestrais (ausência de pelagem marrom no pedigree).
O conceito de "puro-sangue" é usado em cães e cavalos homozigotos que sempre passam suas características aos descend ideal é que você possa usar reprodutores com todas as características desejadas homozigóticas. Mas não se esqueça de que a raça é basicamente rica em diversidade. Caso deseje selecionar sistematicamente características homozigóticas, a maneira mais segura e rápida de fazer, isto é, por meio da linhagem.
Seleção genotípica 
A seleção genotípica julga a qualidade dos reprodutores com base na qualidade de seus descendentes. Quanto maior o número de filhotes produzidos pelo cruzamento de um macho com diferentes fêmeas (ou de uma fêmea com diferentes machos), mais precisa será a avaliação das qualidades de reprodução do animal. No início de um programa de reprodução, a seleção é fenotípica e genealógica. A seleção genotípica só será possível depois que houver um número adequado de filhotes.
Métodos específicos de reprodução
Linhagem (endogamia) 
A linhagem é um método de reprodução em que indivíduos com maior ou menor grau de parentesco são cruzados a fim de manter suas características homozigóticas. 
O pedigree de um indivíduo fornece informações imediatas sobre seu grau de consanguinidade; a consanguinidade pode ser estreita ou ampla e é caracterizada pelo: 
- Coeficiente de relação (100% entre irmãos, 50% entre pai e filha ou mãe e
filho, 25% entre avós e netos). 
- Grau de relacionamento, o que representa o número de gerações que separam o indivíduo de sua relação. Por exemplo, em 2-3 graus de parentesco, o ancestral comum é o avô do lado paterno e o bisavô do lado materno. 
Exocruzamento (exogamia) 
O exocruzamento ocorre quando os dois cães a serem cruzados não têm parentesco em comum nas últimas cinco gerações. Aqui, o criador usa outra linha, sempre que possível, em que as características desejadas são homozigóticas. A expectativa é que este cruzamento resulte na combinação das qualidades das duas linhas e que algo extra seja adicionado, conhecido como vigor híbrido ou heterose. 
Ao examinar o pedigree do animal de criação (proveniente de outra linha), o criador obtém informações sobre o seu grau de consanguinidade e, assim, a sua homozigose. Também vale a pena coletar informações que possam ajudar a prever o desempenho e as qualidades do indivíduo e de seus descendentes. 
A primeira geração (F1) obtida por endocruzamento provavelmente produzirá uma característica tão homogênea quanto o previsto pela homozigose.
Os cães produzidos a partir deste tipo de cruzamento, no entanto, serão heterozigóticos e não serão capazes de passar todas as suas qualidades aos seus descendentes quando cruzados com irmãos. Por outro lado, são muito bem adaptados à venda, shows e competições. Os melhores cães são retidos para o cruzamento com cães da linha anterior ou vendidos como padreadores a criadores que têm outras linhas, de modo a possibilitar a troca de qualidades entre dois canis de criação.
CRUZAMENTOS
Inseminação artificial
Essa técnica é bastante utilizada na raça pug, pois é uma raça que tem muita dificuldade de acasalamento, bem como falta de vontade de se reproduzir. A inseminação é uma técnica de grande importância para o melhoramento genético, consiste em depositar o sêmen desejado no trato genital da fêmea, para ocorrer a gestação. 
Desta forma não é necessário a presença de machos na propriedade. Pode ser feito com sêmen puro, resfriado ou congelado. 
Esse método é realizado com pipeta acoplada a uma seringa que é introduzida na vagina da fêmea, logo em seguida a mesma é suspensa pelos posteriores por 15 minutos o que faz o sêmen adentrar o útero com maior facilidade. 
Transferência de embrião 
Essa técnica consiste na produção de embriões, que pode ser realizada in vitro ou in vivo.
Esses embriões são transferidos para as receptoras que devem estar em condições endócrinas adequadas para permitir o desenvolvimento embrionário. 
CONCLUSÃO
Diante dos fatos supracitados, podemos concluir que com o melhoramento genético na raça Pug, ocorreu diversas anormalidades, pois por serem braquiocefálicos, eles apresentam dificuldades respiratórias neurais, inflamações no encéfalo, mecanismos de termorregulações e entres outras patologias. Por conta dessas anomalias, o melhoramento genético pretende fazer a melhora das gerações futuras desses animais, para garantir o seu bem-estar, e trazer menos gastos para os seus donos.
REFERÊNCIAS
PADRÃO Oficial da Raça Pug. Confederação Brasileira de Cinofilia, [S. l.], p. 1-5, 13 out. 2010. Disponível em: https://cbkc.org/application/views/docs/padroes/padrao-raca_199.pdf. Acesso em: 23 set. 2021.
ELLER, Joanir. Bases do melhoramento genético animal. [S. l.]: USP, 2017.
PRINCIPAIS doenças relacionadas aos pugs. [S. l.], 2 out. 2018. Disponível em: https://www.petlove.com.br/dicas/principais-doencas. Acesso em: 22 set. 2021.
MELHORAMENTO em pugs. [S. l.], 1 ago. 2019. Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/46920499/melhoramento-em-pugs. Acesso em: 22 set. 2021. 
POSSA, Marina et al. ESTUDO DO COMPORTAMENTO SEXUAL E CARACTERÍSTICAS ANDROLÓGICAS DE CÃES REPRODUTORES. Anais do SEPE- UFFS, [S. l.], p. 1, 1 jan. 2014.

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