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1 
 
SUMÁRIO 
TEORIA DO CRIME ............................................................................................................................................ 3 
MAS O QUE É CRIME? ............................................................................................................................................... 4 
CRITÉRIO MATERIAL .............................................................................................................................................. 4 
CRITÉRIO FORMAL (LEGAL) .................................................................................................................................... 4 
CRITÉRIO ANALÍTICO (ESTRATIFICADO) ................................................................................................................. 5 
CRIME X CONTRAVENÇÃO PENAL .............................................................................................................................. 9 
CRIME .................................................................................................................................................................. 10 
CONTRAVENÇÃO ................................................................................................................................................. 10 
SUJEITOS DO CRIME ................................................................................................................................................ 12 
SUJEITO ATIVO..................................................................................................................................................... 12 
SUJEITO PASSIVO ................................................................................................................................................. 13 
CRIMES DE DUPLA SUBJETIVIDADE PASSIVA ....................................................................................................... 14 
CRIME VAGO ....................................................................................................................................................... 14 
OBJETOS DO CRIME ................................................................................................................................................. 16 
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DE CRIMES .................................................................................................... 18 
EM RELAÇÃO AO SUJEITO ATIVO: ............................................................................................................................ 18 
CRIME COMUM, CRIME PRÓPRIO OU CRIME DE MÃO PRÓPRIA ......................................................................... 18 
EM RELAÇÃO A CONDUTA ....................................................................................................................................... 22 
CRIMES COMISSIVOS, CRIMES OMISSIVOS .......................................................................................................... 22 
EM RELAÇÃO AO RESULTADO ................................................................................................................................. 25 
CRIME MATERIAL, CRIME FORMAL OU CRIME DE MERA CONDUTA ................................................................... 25 
EM RELAÇÃO A CONSUMAÇÃO ............................................................................................................................... 26 
CRIME INSTANTÂNEO, CRIME PERMANENTE E CRIME INSTANTÂNEO DE EFEITOS PERMANENTES ................... 26 
EM RELAÇÃO A LESÃO AO BEM JURÍDICO ............................................................................................................... 28 
CRIME DE PERIGO E CRIME DE DANO .................................................................................................................. 28 
CRIME UNISSUBSISTENTE E CRIME PLURISSUBSISTENTE..................................................................................... 29 
QUANTO AO SUJEITO ATIVO E AUTORES ................................................................................................................ 30 
CRIME PLURISSUBJETIVO E CRIME UNISSUBJETIVO ............................................................................................ 30 
CRIME SIMPLES E CRIME COMPLEXO .................................................................................................................. 30 
CRIME MONO-OFENSIVO E CRIME PLURIOFENSIVO ........................................................................................... 31 
OUTRAS CLASSIFICAÇÕES ........................................................................................................................................ 31 
EM RELAÇÃO AO POTENCIAL OFENSIVO ................................................................................................................. 33 
CRIME DE MÍNIMO, MENOR, MÉDIO, ELEVADO E MÁXIMO POTENCIAL OFENSIVO ........................................... 33 
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2 
 
TEORIA DO CRIME .......................................................................................................................................... 34 
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................................. 35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3 
 
CRIME
DELITO
CONTRAVENÇÃO 
PENAL
INFRAÇÃO 
PENAL
TEORIA DO CRIME 
 
Iniciando nossos estudos sobre a Teoria do Crime, vamos estudar conceito que comumente são 
cobrados em prova e servem de base para o caminhar do nosso estudo. 
Devemos de pronto termos a ciência de que crime é diferente de contravenção penal. 
Vamos observar o que traz o art. 1º da Lei de introdução ao Código Penal: 
 
Art. 1º Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer 
isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração 
penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas, alternativa 
ou cumulativamente. 
 
Dessa forma, CRIME é a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer 
isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa. 
Já a CONTRAVENÇÃO é a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou 
de multa, ou ambas, alternativa ou cumulativamente 
Então, meu querido aluno, observe que infração penal é gênero que tem como espécies crime (ou 
delito) e contravenção penal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 
 
MAS O QUE É CRIME? 
Já pararam para pensar que foi justamente a sociedade que “inventou” o crime? 
A sociedade passou a não aceitar determinadas condutas realizadas por indivíduos e buscou, então, 
uma forma de coibi-las. 
Assim, coube ao legislador transformar condutas gravosas e merecedoras de rigor punitivo em 
condutas típicas a fim de suprir o anseio da sociedade. 
O conceito de crime pode ser dado levando em conta alguns critérios: Material, Analítico ou Formal. 
 
CRITÉRIO MATERIAL 
Segundo Guilherme Souza Nucci, o conceito material nada mais é que “a concepção da sociedade 
sobre o que pode e deve ser proibido, mediante a aplicação de sanção penal”. (1) 
Esse conceito é prévio ao Código Penal (como ensina Roxin) e informa o legislador sobre as condutas 
que merecem ser transformadas em tipos penais incriminadores. 
Assim, sob o critério Material, crime é toda conduta que causa lesão ou perigo de lesão ao bem 
jurídico tutelado ou melhor, é toda ação ou omissão humana que lesa ou expõe a perigo de lesão bens 
jurídicos penalmente tutelados.É o “sentimento social” de criminalizar determinada conduta. Por causa 
desse conceito material é que é criado o conceito formal. (2) 
 
CRITÉRIO FORMAL (LEGAL) 
Na verdade, o conceito formal de crime é fruto do conceito material formalizado! 
Confuso? 
Entenda! Como no conceito material o crime é pré Código Penal (ou leis incriminadoras), sob o 
conceito formal, crime é toda conduta prevista em lei como delituosa, ou criminosa sob ameaça de uma 
sansão. 
Professor Gabriel Habib (2) em seu curso muito bem afirma que, embora esses dois conceitos sejam 
distintos, eles são inseparáveis na medida que quando “tem um, tem o outro”. Ora, se alguém pratica uma 
conduta criminosa prevista em lei é porque expõe a lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico e vice versa.” 
Assim, crime é aquilo que assim está rotulado em uma norma penal incriminadora, ou seja, 
corresponde ao fato ao qual a ordem jurídica associa a sanção penal como consequência. 
Ciente desses conceitos, observe essa questão e veja como ficou fácil! 
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http://benfiliado.blogspot.nl/2013_10_01_archive.html
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https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/
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5 
 
 
Ano: 2015 Banca: CESPE Órgão: TJ-DFT 
Acerca do crime e da aplicação da lei penal no tempo e no espaço, julgue o item que se segue. 
Sob o prisma formal, crime corresponde à concepção do direito acerca do delito, em uma visão 
legislativa do fenômeno; sob o prisma material, o conceito de crime é pré-jurídico, ou seja, é a concepção 
da sociedade a respeito do que pode e deve ser proibido. 
Gabarito:1 
 
CRITÉRIO ANALÍTICO (ESTRATIFICADO) 
É a estratificação do crime. Gabriel Habib chama de “autópsia” do crime. (2) 
Aqui estuda-se o crime em pedações. 
É, de acordo com Nucci, o conceito formal fragmentado em elementos que propiciam o melhor 
entendimento da sua abrangência. (1) Esse conceito traz muitas vertentes a depender de “quantas partes 
vão compor o crime” para determinada Teoria! Iremos estudar os “fragmentos” separadamente adiante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 Certo. 
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6 
 
Antes de estudarmos os diversos entendimentos do ponto de vista do conceito analítico de crime, 
parta do pressuposto que a doutrina majoritária e a banca do seu concurso adora o crime como sendo um: 
 
CRIME: FATO TÍPICO + ILÍCITO + CULPÁVEL 
 
Observe os principais entendimentos: Há quem entenda que o crime é do ponto de vista analítico: 
 
➢ FATO TÍPICO e ANTIJURÍDICO 
Para a Teoria Bipartida, a culpabilidade seria um pressuposto de aplicação de pena. Assim, para a 
configuração do crime bastaria que a conduta fosse típica e antijurídica e a presença da culpabilidade 
serviria apenas para analisar se a pena seria ou não imposta. (3) É minoritária. 
Doutrinadores: René Ariel Dotti, Damásio de Jesus, Júlio Fabbrini Mirabete, André Estefam, entre 
outros; 
 
➢ FATO TÍPICO, ANTIJURÍDICO, CULPÁVEL e PUNÍVEL 
Teoria quadripartida é minoritária. Segundo Cleber Masson, a teoria quadripartida deve ser afastada 
pois a punibilidade não é elemento do crime e sim a consequência da sua prática. (3) 
Doutrinadores: Basileu Garcia, Muñoz Conde, Hassemer, Battaglini, Giorgio Marinucci e Emilio Dolcini, 
entre outros. (1) 
 
➢ FATO TÍPICO, ANTIJURÍDICO e CULPÁVEL. 
A Teoria Tripartida é a corrente majoritária no Brasil e no exterior. 
Dentre os doutrinadores que adoram a Teoria Tripartida temos os: 
• Finalistas: 
Iremos estudar adiante! Calma! Vai ser bem tranquilo de entender. Desde já, apenas entenda que 
para os finalistas, o DOLO e a CULPA (elemento subjetivo) está no elemento FATO TÍPICO. 
Doutrinadores: Assis Toledo, Heleno Fragoso, José Henrique Pierangeli, Eugenio Raúl Zaffaroni, Cezar 
Roberto Bitencourt, Luiz Regis Prado, Rogério Greco, entre outros. 
• Causalistas: 
Para os causalistas, o DOLO e a CULPA (elemento subjetivo) está no elemento CULPABILIDADE! 
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7 
 
Doutrinadores: Nélson Hungria, Magalhães Noronha, Vicente Sabino Júnior, Salgado Martins, Euclides 
Custódio da Silveira, Manoel Pedro Pimentel, Roque de Brito Alves, Fernando de Almeida Pedroso, entre 
outros. 
O mais importante, nesse contexto, é perceber que a estrutura analítica do crime não se liga 
necessariamente à adoção da concepção finalista ou causalista. 
Da mesma forma que os causalistas, os finalistas conceituam o crime como sendo, de forma analítica, 
um fato típico, ilícito e culpável. A diferença entre eles está justamente na Teoria da Conduta adotada, 
finalística (dolo e culpa na conduta) ou clássica (dolo e culpa na culpabilidade). Mas, como já disse 
anteriormente, estudaremos as teorias da conduta em breve! 
 
NÃO CONFUNDA O CONCEITO ANALÍTICO DE CRIME (fato típico, ilícito e culpável) COM TEORIA DA CONDUTA (finalistas ou 
causalistas)! 
 
IREMOS ESTUDAR DE FORMA MAIS APROFUNDADA AS TEORIAS DA CONDUTA E OS ELEMENTOS DO CRIME EM 
BREVE!! 
 
 
 
 
 
 
CONCEITO DE CRIME
MATERIAL
FORMAL
ANALÍTICO
FATO TÍPICO 
+ ANTIJURÍDICO 
FATO TÍPICO 
+ ANTIJURÍDICO 
+ CULPÁVEL
ADOTADO PELO 
CÓDIGO PENAL
FATO TÍPICO 
+ ANTIJURÍDICO 
+ CULPÁVEL 
+ PUNÍVEL
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8 
 
Vamos ver como esse assunto foi cobrado em prova! 
 
Ano: 2004 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal 
Acerca do direito penal brasileiro, julgue o seguinte item. 
De acordo com a teoria bipartida, o crime é o fato típico e antijurídico, sendo a culpabilidade 
pressuposto de aplicação da pena. 
Gabarito:2 
 
Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: TJ-DFT Prova: Técnico Judiciário 
Considera-se crime toda ação ou omissão típica, antijurídica e culpável. 
Gabarito:3 
 
Ano: 2011 Banca: CESPE Órgão: TCU Provas: Auditor Federal de Controle Externo 
Na doutrina e jurisprudência contemporâneas, predomina o entendimento de que a punibilidade não 
integra o conceito analítico de delito, que ficaria definido como conduta típica, ilícita e culpável. 
Gabarito:4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 Certo. 
3 Certo. 
4 Certo. 
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9 
 
Antes de iniciarmos o estudo dos elementos do crime de forma separada e completa, devemos 
estudar um arcabouço de conceitos que irão facilitar todo o nosso entendimento futuro! 
 
CRIME X CONTRAVENÇÃO PENAL 
 
No início do nosso módulo eu trouxe para vocês a diferença conceitual entre CRIME e 
CONTRAVENÇÃO PENAL. Lembram? 
 
CRIME é a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou 
cumulativamente com a pena de multa. 
CONTRAVENÇÃO é a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas, 
alternativa ou cumulativamente 
 
Pois então, vocês já possuem a ciência que INFRAÇÃO PENAL é gênero e pode ser dividida em crime 
(delito) e contravenção penal (crime anão, delito liliputiano ou crime vagabundo). 
Adotou-se o sistema binário ou dualista e, essas espécies, no entanto, guardam entre só distinções 
de natureza valorativa (axiológica) ou seja, a conduta será crime ou contravenção a depender do valor que 
legislador dá a ela. Em resumo, a distinção é de grau, quantitativa (quantidade da pena), e, também, 
qualitativa (qualidade da pena) e não ontológica, não conceitual. 
As condutas mais graves devem ser definidas como crimes; as menos lesivas como contravenção 
penal. Os crimes sujeitam seus autores a penas de reclusão ou detenção, enquanto as contravenções, no 
máximo, implicam em prisão simples. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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10 
 
CRIME 
➢ PenaPrivativa de Liberdade 
• Reclusão: Regime fechado, semiaberto e aberto. 
• Detenção: Regime semiaberto e aberto. (pode ir para o regime fechado por meio de 
regressão) 
➢ Espécie de ação penal: 
São processadas por ação penal pública (incondicionada ou condicionada) e privadas. 
➢ Punibilidade da tentativa: 
Tentativa é punível 
➢ Extraterritorialidade da lei: Permite 
➢ Competência para o julgamento: 
Estadual, Federal ou Especializadas 
➢ Limites da pena: 
40 anos (Pacote Anticrime) 
 
CONTRAVENÇÃO 
Contravenção ou crime anão, crime vagabundo, crime liliputiano. 
➢ Pena Privativa de Liberdade 
Prisão simples: 
(semiaberto e aberto). Nunca irá para o regime fechado (pena sem rigor penitenciário) 
➢ Espécie de ação penal: 
São processadas por ação penal pública Incondicionada 
➢ Punibilidade da tentativa: 
Não há punição para tentativa 
➢ Extraterritorialidade da lei: Não permite 
➢ Competência para o julgamento: 
Estadual (exceto: Contravenção penal é que julgada pela Justiça Federal: contraventor que 
possui foro por prerrogativa federal. Ex: Juiz Federal) 
• Limites da pena: 
5 anos 
 
Vamos ver como foi cobrado em prova! 
 
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11 
 
Ano: 2014 Banca: CESPE Órgão: Câmara dos Deputados Prova: Analista Legislativo 
Quanto às penas, à tipicidade, à ilicitude e aos elementos e espécies da infração penal, julgue os itens 
a seguir. 
Na legislação pátria, adotou-se o critério bipartido na definição das infrações penais, ou seja, estas se 
subdividem em contravenções penais e crimes ou delitos, inexistindo diferença conceitual entre as duas 
últimas espécies. 
Gabarito:5 
 
Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: ABIN Prova: Oficial Técnico de Inteligência 
No Código Penal brasileiro, adota-se, em relação ao conceito de crime, o sistema tricotômico, de 
acordo com o qual as infrações penais são separadas em crimes, delitos e contravenções. 
Gabarito:6 
 
Ano: 2008 Banca: CESPE Órgão: MPE-RR Prova: Oficial de Promotoria 
A diferença entre crime e contravenção penal consiste na aplicação de pena de reclusão ao primeiro 
e, ao segundo, pena de detenção ou multa. 
Gabarito:7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 Certo. 
6 Errado. 
7 Errado. 
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12 
 
SUJEITOS DO CRIME 
Os sujeitos do crime são as pessoas que estão relacionadas à prática da conduta delituosa. 
 
SUJEITO ATIVO 
Sujeito ativo é a pessoa que direta ou indiretamente realiza a conduta criminosa, seja de forma isolada 
ou em concurso de pessoas. 
 
Podem ser: autor, coautor e partícipe. Autor e coautor executam realizam o crime de forma direta, enquanto o partícipe 
de forma indireta. Veremos em concurso de pessoas! 
 
A regra é que apenas o ser humano possa ser sujeito ativo de infrações penais. Qualquer pessoa física 
capaz e com 18 anos completos pode ser sujeito ativo de crime (menor comete ato infracional) 
• Animais e coisas não podem ser sujeitos ativos de crimes, nem autores de ações, pois lhes falta 
o elemento vontade. Podem ser objetos ou instrumentos do crime, como por exemplo o cão 
bravo que cumpre uma ordem do seu dono para atacar um desafeto. 
• 
MUITA ATENÇÃO 
 
A Constituição federal de 1988 (CF/88) admitiu a responsabilização da Pessoa Jurídica nos crimes 
contra a ordem econômico e financeira, contra a economia popular e contra o meio ambiente, autorizando 
o legislador a cominar as devidas penas compatíveis independentemente da responsabilização dos seus 
dirigentes. 
Porém, apenas a Lei nº 9.605/1998 – A lei de Crimes Ambientais – foi editada e trouxe a possibilidade 
expressa de responsabilização da pessoa jurídica em casos de crime ambiental. 
Assim, temos que a pessoa jurídica pode ser responsabilizada penalmente por crime ambiental. 
Antigamente prevalecia a teoria da dupla imputação, na qual a PJ só poderia ser responsabilizada 
concomitantemente a uma pessoa física. Porém, o STF e o STJ já têm adotado entendimento concluindo 
que a responsabilização penal da pessoa jurídica independe da pessoa física. 
 
 
 
 
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13 
 
SUJEITO PASSIVO 
Sujeito passivo é o titular do bem jurídico protegido pelo tipo penal incriminador, que foi violado. 
O sujeito passivo pode ser: 
➢ Sujeito Passivo Formal (constante, indireto ou mediato), que é o titular do interesse jurídico de 
punir, surgindo com a prática da infração penal. É sempre o Estado interessado na manutenção da 
paz pública. 
➢ Sujeito Passivo Material (eventual, direto ou imediato), que é o titular do bem jurídico 
diretamente lesado pela conduta do agente. 
 
O ESTADO sempre será o sujeito passivo formal ou constante e, nos casos de crimes contra a administração pública, 
também será o sujeito ativo material. 
 
Informações gerais sobre os sujeitos passivos: 
• Pode ser Sujeito Passivo qualquer pessoa física ou jurídica, ou mesmo ente indeterminado, 
destituído de personalidade jurídica (ex: coletividade, família), caso que o crime é 
denominado vago (crime vago). Exemplo: Os crimes de Tráfico de Drogas possuem como 
sujeito passivo a coletividade, ou seja, são considerados crimes vagos. Nos crimes vagos os 
sujeitos passivos são indeterminados (3) ou são entes sem personalidade jurídica, como por 
exemplo, a sociedade. 
• Animais, coisas e mortos não podem ser sujeitos passivos de crime. Podem ser objetos do 
crime como veremos. 
• Não é possível que uma mesma pessoa seja do sujeito ativo e passivo, levando-se em 
consideração uma única conduta. Assim, não há caso em que, através de determinada 
conduta, o agente possa ferir-se exclusivamente, provocando a ocorrência de um crime. Para 
isso, seria necessário punir a autolesão, o que não ocorre no Brasil. 
• Porém, é possível que em um crime de Rixa – crime em que há diversas condutas – uma 
mesma pessoa seja sujeito ativo e sujeito passivo. O crime de rixa é constituído de condutas 
variadas, cada qual tendo por destinatário outra pessoa. Em resumo, por exemplo, Hachid 
foi sujeito ativo do crime de Rixa contra Pokemón e foi sujeito passivo do mesmo crime, em 
uma conduta que teve como sujeito ativo o professor Nakano. Para ficar mais claro ainda, 
imagine uma briga generalizada. Pronto. Você bate em A (agora como sujeito ativo) e você 
apanha de B. (agora como sujeito passivo). Rs. Se cair o crime de Rixa em seu edital você 
estudará com maior profundidade! 
 
 
 
 
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14 
 
Curiosidade! 
Você sabia que sujeito passivo e vítima não são sinônimos? 
Vítima é qualquer pessoa que sofre como resultado de um desígnio, incidental ou acidentalmente. É uma definição mais 
abrangente que engloba tanto situações nas quais existe crime quanto aquelas nas quais não há crime. Mas, havendo crime, 
tem-se que sujeito passivo e vítima se reúnem na mesma pessoa. 
Por exemplo, imagine que uma pessoa A sofre o roubo de seu automóvel e o ladrão, durante a fuga, atropele uma 
pessoa “B”. A Pessoa “B” é vítima do acidente. A pessoa “A” é tanto vítima do crime como sujeito passivo do crime. 
 
CRIMES DE DUPLA SUBJETIVIDADE PASSIVA 
São aqueles que possuem obrigatoriamente mais de um sujeito passivo. 
Exemplo: Violação de correspondência (São sujeitos passivos tanto o remetente quanto o 
destinatário) 
 
CRIME VAGO 
O crime que tem como sujeito passivo o ente sem personalidade jurídica. O titular não é uma pessoa 
determinada. 
Bens jurídicos: Segurança pública, fé pública, paz pública, saúde pública. 
Exemplos de sujeitos passivos: Família, Coletividade, Massa, dentre outros. 
Exemplos de crimes: Aborto com consentimento da gestante (Sujeito Passivo é o feto, que é um ente 
sem personalidade Jurídica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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15 
 
Vamos às questõesrelacionadas ao tema! 
 
Ano: 2004 Banca: CESPE Órgão: STJ Prova: Técnico Judiciário 
A pessoa jurídica, de acordo com o ordenamento constitucional e infraconstitucional, pode ser sujeito 
passivo de crime. 
Gabarito:8 
 
Ano: 2004 Banca: CESPE Órgão: STJ Prova: Técnico Judiciário 
Os menores de dezesseis anos, por serem absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos 
da vida civil, não podem ser sujeito passivo de crime. 
Gabarito:9 
 
Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: EBSERH Prova: Advogado 
Com referência à lei penal no tempo, ao erro jurídico-penal, ao concurso de agentes e aos sujeitos da 
infração penal, julgue o item que se segue. 
Aquele que lesar o próprio corpo ou agravar as consequências de uma lesão com o intuito de buscar 
indenização será, ao mesmo tempo, sujeito ativo e passivo do delito em razão da sua própria conduta. 
Gabarito:10 
 
Ano: 2020 Banca: CESPE Órgão: PRF Prova: Policial Rodoviário Federal - Curso de Formação 
No que se refere a aspectos legais relacionados aos procedimentos policiais, julgue o item a seguir. 
Os participantes de uma rixa são simultaneamente sujeitos ativos e passivos uns em relação aos 
outros, pois o crime de rixa é plurissubjetivo, devendo ter, pelo menos, três contendores para ser 
caracterizado. 
Gabarito:11 
 
 
 
 
 
8 Certo. 
9 Errado. 
10 Errado. 
11 Certo. Estudaremos os crimes subjetivos a seguir! 
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16 
 
OBJETOS DO CRIME 
Objeto é o bem ou o objeto ao qual se dirige a conduta delituosa. (3) 
 
➢ Objeto jurídico: 
É o bem jurídico, o interesse ou o valor protegido pela normal. 
Não existe crime sem objeto jurídico já que a lei penal tem que tutelar algum interesse. 
Exemplos: vida, integridade física, honra, patrimônio etc. 
Inclusive foi o critério escolhido pelo legislador pátrio para dividir em capítulos a Parte Especial do 
Código Penal (CP). 
 
Não há crime sem objeto jurídico, pois, em face do princípio da lesividade, não há crime sem lesão ou perigo de 
lesão a bem jurídico. 
 
➢ Objeto Material: 
Objeto material ou substancial do crime é a pessoa ou coisa sobre a qual recai a conduta criminosa, 
ou seja, aquilo que a ação delituosa atinge. 
Está ele direta ou indiretamente indicado na figura penal. 
Exemplos: 
• "alguém" (o ser humano) é objeto material do crime de homicídio (art. 121), 
• A "coisa alheia móvel" o é dos delitos de furto (art. 155) e roubo (art. 157) etc. 
 
Nem todo crime possui objeto material. 
Há certos delitos – como os que são de mera conduta (veremos em breve) – que não possuem objeto material. 
Há condutas criminosas que não irão recair sobre alguma pessoa ou coisa, estando, então, ausentes de objeto 
material. 
 
O crime de Omissão de Socorro (art. 338, CP), por exemplo, não possui objeto material, como também 
o crime de Falso Testemunho. 
Organizando o que já foi estudado, temos: 
Exemplos: 
 
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17 
 
“Subtraíram a carteira do professor Hachid” 
Crime: furto 
Sujeito Passivo: Professor Hachid 
Objeto Material: Carteira 
Objeto Jurídico: Patrimônio 
Sujeito Ativo: Aquele que esperamos que você prenda futuramente! =) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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18 
 
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DE CRIMES 
 
EM RELAÇÃO AO SUJEITO ATIVO: 
 
CRIME COMUM, CRIME PRÓPRIO OU CRIME DE MÃO PRÓPRIA 
➢ Crime Comum ou Geral 
É o crime que pode ser cometido por qualquer pessoa, ou seja, não é necessário nenhuma 
característica específica para poder ser responsabilizado pelo crime. 
Exemplo: Crime de Homicídio (Art. 121, CP). Qualquer pessoa pode cometer o crime de homicídio. 
Outros exemplos: Roubo, estelionato etc. 
Admite coautoria e participação 
 
➢ Crime Próprio 
Os crimes exigem uma condição especial do agente (sujeito ativo qualificado ou especial). Ou seja, 
não é qualquer pessoa que pode realizar o crime e sim uma pessoa com uma característica especial. (Pode 
existir coautoria e participação de particular, porém é necessário ao menos um agente público). 
Essa característica especial pode ser “de fato”, referentes a natureza humana (mãe no crime de 
infanticídio, mulher no crime de autoaborto) ou “de direito”, referentes á lei (funcionário público nos crimes 
contra a administração pública praticados por funcionário público, a testemunha no crime de falso 
testemunho). (1) 
Admite coautoria e participação 
Os Crimes Próprios podem ser divididos em puros ou impuros: 
• Crimes Próprios Puros: 
Esses crimes, quando não forem cometidos pelo sujeito ativo indicado na Lei, deixam de ser crimes! 
Professor Nucci traz o exemplo do crime de advocacia administrativa (art. 321, CP). Advocacia 
administrativa – art. 321. Nesse caso, somente o funcionário pode praticar a conduta; outra pessoa que o 
faça não pratica infração penal. (1) 
 
 
 
 
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19 
 
• Crime Próprio Impuro: 
Nos crimes próprios Impuros, quando a conduta for realizada por outro agente que não o especificado 
no tipo penal não há que se pensar em ausência de crime (como ocorre nos crimes próprios puros). Nesse 
caso, o agente responderá por OUTRO crime. Assim, se a conduta for realiza por outro sujeito ativo que não 
o descrito na lei, será outro crime. 
Exemplo: O crime de peculato furto (art. 312, § 1º) traz a seguinte redação: 
 
“Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou 
concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de 
funcionário.” 
 
Caso o indivíduo que realize essa mesma conduta não seja agente público (que não esteja em 
concurso com um agente público) ele cometerá crime, mas não o de Peculato, mas sim o furto, art. 155 do 
CP. 
 
➢ Crimes de Mão Própria (ou Conduta Infungível) 
Os crimes de mão própria são aqueles que exigem um sujeito ativo qualificado, só que só pode ser 
cometido por determinado agente designado no tipo penal, só admitindo a participação (não admite 
coautoria). Assim, exige-se a atuação pessoal do sujeito ativo, que não pode ser substituído por mais 
ninguém, a exemplo do Falso testemunho (art. 342, CP) – é um crime que exige que somente possa ser 
cometido por quem esteja na condição de testemunha. 
 
Se apenas o agente referido no tipo penal pode cometê-los, torna-se possível, no âmbito do concurso de agentes, 
apenas que alguém instigue, induza ou auxilie outrem a fazê-lo, não que o faça em conjunto. 
 
 
 
 
 
 
 
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20 
 
 
Vamos resolver questões sobre o tema! 
 
Ano: 2011 Banca: MPE-MS Órgão: MPE-MS Prova: MPE-MS - 2011 - MPE-MS - Promotor de Justiça 
Em que consiste o crime de mão própria? 
A) O crime de mão própria pode ser praticado por qualquer pessoa; 
B) O crime de mão própria somente pode ser praticado mediante paga ou promessa de recompensa; 
C) O crime de mão própria somente pode ser praticado contra criança ou adolescente; 
D) O crime de mão própria é aquele que somente pode ser praticado pela pessoa expressamente 
indicada no tipo penal; 
E) O crime de mão própria só pode ser praticado por pessoas de certa faixa etária. 
Gabarito:12 
 
Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: TRE-BA Prova: Analista Judiciário 
Francisco, renomado advogado eleitoral, em audiência, induziu a testemunha José a fazer afirmação 
falsa em processo judicial, instruindo-o a prestar depoimento inverídico, com o fim de obter prova 
destinada a produzir efeito em ação penal em curso. 
Com base nessa situação hipotética, julgue os itens que se seguem. 
Segundo os tribunais superiores, não se admite a participação de Francisco no crime de falso 
testemunho, por setratar de crime de mão própria, isto é, somente José pode ser seu sujeito ativo. 
Gabarito:13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 “D” 
13 Errado. Vimos que o crime de mão própria admite participação. 
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21 
 
 
Ano: 2004 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: Delegado de Polícia 
Célio, arrolado como testemunha em processo criminal em que se imputava ao réu crime de 
homicídio culposo, é instigado pelo advogado de defesa a fazer afirmações falsas acerca dos fatos, a fim de 
inocentar o réu, o que efetivamente vem a fazer. 
Com base na situação hipotética acima apresentada, julgue os itens que se seguem. 
De acordo com o entendimento dominante do Supremo Tribunal Federal (STF), como o delito 
praticado é de mão própria, não se admite coautoria ou participação, sendo atípica a conduta do advogado 
de defesa. 
Gabarito:14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 Errado. 
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22 
 
EM RELAÇÃO A CONDUTA 
 
CRIMES COMISSIVOS, CRIMES OMISSIVOS 
➢ Crimes Comissivos 
Os crimes comissivos são os que exigem uma ação (conduta positiva). Exemplo: “Matar alguém” (Art. 
121, CP), “subtrair coisa” (Art. 155, CP) 
 
➢ Crimes Omissivos 
Os crimes omissivos são cometidos por meio de uma abstenção (conduta negativa). É a não realização 
(não fazer) de determinada conduta que deveria ser ideal e que o agente estava juridicamente obrigado e 
que lhe era possível concretizar. 
Se subdividem em: 
• Omissivo próprios (Crimes Puros, Crimes de Mera Desobediência, Crimes de Mera 
Inatividade) 
Nesse caso a omissão está contida no tipo penal, ou seja, a conduta descrita como criminosa é 
realmente negativa. 
Aqui, aquele que se omite não responde pelo resultado naturalístico eventualmente produzido, 
responde apenas pela omissão! 
O agente não faz alguma coisa. O “não fazer” está em lei. Núcleo do tipo – omissão. Está consumado 
no exato momento da Omissão. Não precisa de resultado naturalístico 
Não admitem tentativa 
Exemplos: Omissão de socorro, abandono material, abandono intelectual, omissão de notificação de 
doença, prevaricação. 
• Crimes Omissivos Impróprios (Comissivos por omissão) 
Os crimes comissivos por omissão são, na verdade, crimes de ação, porém, são excepcionalmente 
cometidos por omissão quando o sujeito ativo tem o DEVER JURÍDICO DE AGIR de impedir o resultado. 
Nessa espécie de crime, o DEVER DE AGIR é para evitar um RESULTADO concreto. É um CRIME de 
RESULTADO NATURALISTICO exigindo, consequentemente, um nexo causal entre a ação e o resultado. 
(nexo de não impedimento). É crime material e admite tentativa. 
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23 
 
É um exemplo típico de omissão que é penalmente relevante para o Direito Penal e está 
disciplinada no art. 13, § 2º do CP. 
 
Art. 13 - Relevância da omissão 
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o 
resultado. O dever de agir incumbe a quem: 
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; 
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; 
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. 
 
Vamos ver como foi cobrado em prova! 
 
Ano: 2009 Banca: CESPE Órgão: DPF Provas: Agente Federal da Polícia Federal 
Os crimes comissivos por omissão - também chamados de crimes omissivos impróprios - são aqueles 
para os quais o tipo penal descreve uma ação, mas o resultado é obtido por inação. 
Gabarito:15 
 
Ano: 2020 Banca: CESPE Órgão: PRF Prova: Policial Rodoviário Federal - Curso de Formação 
No que se refere a aspectos legais relacionados aos procedimentos policiais, julgue o item a seguir. 
Uma pessoa que tenha condições e o dever de agir em determinada situação, mas não o faz, comete 
crime omissivo impróprio, passando a responder pelo resultado da omissão. 
Gabarito:16 
 
Ano: 2014 Banca: CESPE Órgão: PRF Prova: Policial Rodoviário Federal - Curso de Formação 
Em crimes omissivos impróprios a omissão é penalmente relevante para quem tenha por lei obrigação 
de cuidado, proteção ou vigilância, o que se aplica ao policial, quando, em serviço, assume a posição de 
garante. 
Gabarito:17 
 
 
15 Certo. 
16 Certo. 
17 Certo. 
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24 
 
Ano: 2011 Banca: CESPE Órgão: STM Prova: Analista Judiciário - Execução de Mandados 
Os crimes omissivos próprios são previstos em tipos penais específicos e dependem da ocorrência de 
resultado para a sua consumação. 
Gabarito:18 
 
Ano: 2004 Banca: CESPE Órgão: TCE-PE 
No que tange à consumação e à tentativa, julgue o seguinte item. 
O crime omissivo próprio ou puro, de acordo com a doutrina, não admite a tentativa. 
Gabarito:19 
 
Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: SEGESP-AL Prova: Papiloscopista 
Com relação ao crime consumado e tentado e à lei penal no tempo e no espaço, julgue os itens a 
seguir. 
O crime omissivo próprio admite tentativa. 
Gabarito:20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 Errado. 
19 Certo. 
20 Errado. 
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25 
 
EM RELAÇÃO AO RESULTADO 
 
CRIME MATERIAL, CRIME FORMAL OU CRIME DE MERA CONDUTA 
➢ Crimes Materiais 
Os crimes materiais (ou causais) (3) são aqueles que o tipo penal exige uma conduta e um resultado. 
Ou seja, o tipo penal exige a ocorrência de um resultado naturalístico (que modifique o mundo exterior) 
para a sua concretização. É o que ocorre, por exemplo, no homicídio. Para que ocorra um homicídio deve 
existir a morte de alguém para a consumação. 
➢ Crimes Formais (delito de consumação antecipada ou resultado cortado) 
Nos crimes formais, o resultado naturalístico é previsto, ou seja, há no tipo penal uma conduta e um 
resultado, porém, o resultado é dispensável para a consumação do delito, pois a consumação ocorre com 
a conduta efetuada. Ou seja, o crime se consuma com a realização da conduta e caso o resultado aconteça, 
será um mero exaurimento do crume. 
Exemplos de crimes formais: Ameaça e extorsão. No crime de extorsão mediante sequestro (art. 159, 
CP), por exemplo, basta a existência da privação de liberdade da vítima para a consumação do delito, pouco 
importando se existir pagamento do resgate ou não. Ainda que o criminoso não tenha sucesso na obtenção 
do resgate, o crime já está consumado. 
➢ Crimes de Mera Conduta 
É aquele que o tipo penal apenas descreve a conduta delituosa, sem mencionar qualquer resultado 
naturalístico, ou seja, não contém resultado naturalístico. Pune-se o agente pela simples atividade, como, 
por exemplo, porte ilegal de arma, ato obsceno, desobediência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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26 
 
EM RELAÇÃO A CONSUMAÇÃO 
 
CRIME INSTANTÂNEO, CRIME PERMANENTE E CRIME INSTANTÂNEO DE EFEITOS 
PERMANENTES 
➢ Crime Instantâneo 
Crime Instantâneo é aquele que se consuma com uma única conduta e não produzem resultado 
prolongado no tempo. (1) A consumação é imediata. 
Observe que não significa que ocorre rapidamente, mas que não necessita de continuidade de tempo. 
Como exemplo temos o crime de furto (Art. 155, CP). 
Não confunda o conceito de crime instantâneo com o tempo de obtenção do proveito pelo sujeito 
ativo. Ainda que ação possa ser arrastada no tempo, o resultado foi instantâneo. O fato, por exemplo, de o 
agente roubar um veículo e com ele permanecer não torna o crime permanente, já que a consumação foi 
no momento da subtração com o uso da violência ou grave ameaça. 
• Crime Instantâneo de efeito permanente 
Segundo Nucci é uma categoria que deriva dos crimes instantâneos. Nestes crimes, a consumação 
também ocorre em momento determinado, mas os efeitos decorrentes são permanentes. 
Exemplos: O crimede bigamia, por exemplo se consuma quando o segundo casamento é celebrado, 
ou seja, com o consentimento formal dos noivos. O agente se torna, então, bígamo, estado que perdura 
com o passar do tempo. O mesmo pode ser dito do crime de homicídio, que é instantâneo, mas cujo efeito 
morte permanece. 
• Crime a Prazo 
São aquelas que somente se consumam depois de um tempo, nunca imediatamente. 
Como exemplo temos o crime de Omissão de Cautela – art. 13, parágrafo único, que precisa de um 
lapso temporal de 24 horas para que o crime possa ser considerado consumado. 
Art. 13. Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de 
empresa de segurança e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de 
comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo, 
acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de 
ocorrido o fato. 
 
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27 
 
Art. 169 - Apropriação de coisa achada 
II - Quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou parcialmente, deixando de restituí-la 
ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente, dentro no prazo de 15 
(quinze) dias. 
 
➢ Crime Permanente 
Nós estudamos no Caderno Aplicado de Aplicação da Lei Penal sobre os crimes permanentes! Então 
vamos relembrar. Crime permanente é aquele em que a execução se protrai no tempo por determinado 
sujeito ativo. Nos crimes permanentes a ofensa ao bem jurídico se dá de maneira constante e cessa de 
acordo com a vontade do agente. Como por exemplo temos a extorsão mediante sequestro. Com a ação 
de tirar a liberdade da vítima, o delito está consumado, embora, enquanto esteja está em cativeiro, por 
vontade do agente, continue o delito em franca realização. (1) 
Nucci (1) complementa: 
 
“O crime permanente, como regra, realiza-se em duas fases: uma comissiva e outra omissiva, está se seguindo à 
primeira, além de voltar-se contra bens imateriais, como a liberdade, a saúde pública, entre outros. Essas regras 
não são absolutas, comportando exceções O delito permanente admite prisão em flagrante enquanto não cessar 
a sua realização, além de não ser contada a prescrição até que finde a permanência.” 
 
Ano: 2004 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: Agente Federal da Polícia Federal 
Em cada um dos itens seguintes, é apresentada uma situação 
hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada. 
Vítor desferiu duas facadas na mão de Joaquim, que, em consequência, passou a ter debilidade 
permanente do membro. Nessa situação, Vítor praticou crime de lesão corporal de natureza grave, 
classificado como crime instantâneo. 
Gabarito:21 
 
 
 
 
 
21 Certo. 
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28 
 
EM RELAÇÃO A LESÃO AO BEM JURÍDICO 
 
CRIME DE PERIGO E CRIME DE DANO 
➢ Crimes de dano 
O crime de dano se consuma apenas com a efetiva lesão ao bem jurídico. Quando não há ocorrência 
de lesão ao bem jurídico, pode ser uma conduta tentada ou até mesmo um indiferente penal. 
Os crimes de dano são crimes materiais. Exemplo: Homicídio, ou seja, deve haver efetiva lesão ao 
bem jurídico (vida). 
 
➢ Crimes de perigo 
No Crime de Perigo há uma probabilidade de dano, que não precisa ocorrer para a consumação do 
delito. Assim, a efetiva lesão é dispensada, configurando-se com a simples exposição do bem jurídico a 
perigo, que poderá ser: 
• Crime de Perigo Abstrato: 
Os tipos penais descrevem apenas um comportamento e criminalizam a conduta de quem realiza. 
Não há necessidade de lesão ou perigo de lesão a bem jurídico. Não é necessário um resultado específico. 
A ofensividade já está na própria norma. 
O perigo já é considerado na lei (de maneira presumida) por simplesmente praticar a conduta típica. 
A consumação se dá com a conduta. 
Exemplo: Porte de drogas, Porte Ilegal de armas. 
• Crime de Perigo Concreto: 
Exige-se a efetiva comprovação de risco para o bem jurídico. 
A suposta situação de perigo gerada ao bem jurídico deve ser comprovada no caso concreto. A simples 
realização da conduta não a tipifica, mas a realização da conduta e a comprovação da situação de perigo 
gerada por ela no caso concreto, sim. Exemplo: Dirigir em CNH. Art. 309 CTB. 
Art. 309 - Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou 
Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano: 
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa 
 
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29 
 
Art. 39. Conduzir embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, expondo a dano potencial a 
incolumidade de outrem: 
Pena - detenção, de 6 meses a 3 anos, além da apreensão do veículo, cassação da habilitação 
respectiva ou proibição de obtê-la, pelo mesmo prazo da pena privativa de liberdade aplicada, e 
pagamento de 200 a 400 dias-multa se o veículo referido no caput deste artigo for de transporte 
coletivo de passageiros. 
 
Não basta conduzir a embarcação sob o efeito da droga, é necessário que haja efetivamente a 
exposição da incolumidade de outrem a um perigo concreto, real, efetivo. 
Corroborando ao exposto, preleciona Renato Brasileiro [4]: 
 
“Na redação do art. 39 da Lei de Drogas, o legislador faz menção à condução de embarcação ou aeronave após o 
consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem. Como se pode notar, a situação de 
perigo presumida pelo legislador está inserida no próprio tipo penal. Logo, trata-se de crime de perigo concreto, 
sendo inviável a punição do agente pela prática deste crime sem que a acusação comprove que a incolumidade 
pública foi efetivamente colocada em situação de risco”. (pág.: 1092) 
 
CRIME UNISSUBSISTENTE E CRIME PLURISSUBSISTENTE 
➢ Crimes Unissubsistentes: 
Esses crimes possuem como característica o fato de se revelarem em um único ato e execução capaz 
de consumar o delito. 
Não admitem tentativa justamente pelo motivo de as condutas não poderem ser fracionadas. 
Exemplos: Crimes cometidos oralmente, verbalmente como no caso dos crimes contra a honra 
praticados de forma verbal. 
 
➢ Crimes Plurissubsistentes: 
Nesses casos a conduta se exterioriza por meio de dois ou mais atos, que, quando somados, produzem 
o resultado. 
Exemplo: Crime de homicídio praticado com faca. Há uma pluralidade de atos executórios e nesse 
caso, com a possibilidade de fracionamento, vai ser possível a tentativa. (3) 
 
 
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30 
 
QUANTO AO SUJEITO ATIVO E AUTORES 
 
CRIME PLURISSUBJETIVO E CRIME UNISSUBJETIVO 
➢ Crimes Unissubjetivos (Concurso Eventual): 
São crimes que podem ser cometidos por uma só pessoa e que há possibilidade de serem praticados 
por mais pessoas eventualmente. 
Exemplo: Crime de furto, homicídio etc. 
➢ Crimes Plurissubjetivos: (Concurso Necessário, Crime Coletivo) 
Nesses crimes o tipo penal exige uma pluralidade de agentes, ou seja, exige a presença de duas ou 
mais pessoas. 
O concurso é necessário. 
Associação criminosa (3), Organização criminosa (4), rixa (3), Motim de presos (3). 
Exemplo: Associação Criminosa – 3 pessoas – (art. 288, CP), Associação para o tráfico – 02 pessoas – 
(art. 35 da lei de Drogas), Crime de organização Criminosa, mínimo de 04 pessoas. 
 
CRIME SIMPLES E CRIME COMPLEXO 
➢ Crime Simples 
Crime simples é aquele se amolda em um único tipo penal. Exemplo: Furto. (3) 
➢ Crime Complexo 
Crime complexo resulta da união de dois ou mais crimes. 
Como exemplos, roubo (furto + ameaça ou furto + lesão corporal) e extorsão mediante sequestro 
(extorsão + sequestro). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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31 
 
Ano: 2004 Banca: CESPE Órgão: PolíciaFederal Prova: Escrivão da Polícia Federal 
Rui, mediante grave ameaça exercida com emprego de arma de fogo, subtraiu o aparelho celular e o 
relógio de César. Nessa situação, Rui praticou crime de roubo, que é um crime complexo, porque dois tipos 
penais caracterizam uma única descrição legal de crime. 
Gabarito:22 
 
CRIME MONO-OFENSIVO E CRIME PLURIOFENSIVO 
➢ Crime Mono-ofensivo: 
São aqueles que ofendem um único bem jurídico. Exemplo: Furto (bem jurídico: Patrimônio) 
➢ Crime Pluriofensivo: 
São aqueles que atingem dois ou mais bens jurídicos. Exemplo: Latrocínio (bem jurídico: vida + 
patrimônio) 
 
OUTRAS CLASSIFICAÇÕES 
➢ Crime Habitual 
Falamos de crime habitual no módulo de aplicação da Lei Penal! Mas vamos aproveitar e revisar! 
Crime Habitual é aquele que se configura mediante a reiteração de atos. Somente irá ocorrer 
repetição da conduta que revele ser aquela atividade um procedimento costumeiro por parte do agente. 
Ex: Art. 229 CP – Manutenção de estabelecimento em que ocorra exploração sexual. Se a lei exige que 
o sujeito mantenha o estabelecimento, o crime não pode se configurar com apenas um ato, já que a 
manutenção exige certa regularidade. Não admite tentativa 
➢ Crime Progressivo: (ou de passagem) 
É aquele que, para chegar a seu intento, deve o agente obrigatoriamente violar norma de caráter 
menos grave. 
Ex: Homicídio (para matar tem que causar lesões graves) 
➢ Crime de Ação Única 
O tipo penal prevê apenas uma conduta nuclear possível 
Exemplo: Furto. “Subtrair” 
 
 
22 Certo. 
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32 
 
➢ Crime de Ação Múltipla 
São diversas condutas possíveis, como no tráfico de drogas, sendo que, se praticar mais de uma no 
mesmo contexto fático, responderá por apenas um crime. 
➢ Crime acessório ou parasitário 
Pressupõem a existência de outro delito anterior. Exemplos: receptação, favorecimento real e 
lavagem de dinheiro. 
➢ Crime de Atentado 
É aquele que a lei atribui punição idêntica tanto para a tentativa quanto para a consumação (Art. 352 
CP) 
➢ Crime a distância 
Crime percorre territórios de dois Estados soberanos (Brasil e Argentina, por exemplo), com a conduta 
em um lugar e o resultado em outro. Gera conflito internacional de jurisdição. Pela teroria adotada para o 
lugar do crime – ubiquidade – o fato deve ser considerado praticado tanto no território brasileiro como no 
estrangeiro, será aplicável a lei brasileira. 
➢ Crime Plurilocal 
O crime percorre dois ou mais territórios no mesmo país. Gera conflito interno de competência. O 
CPP adotou, em regra, a teoria do resultado, sendo competente a comarca onde se deu a consumação. 
➢ Crime Transeunte 
Crime que não deixa vestígios. Exemplo: injúria por meio de palavras ou, como estudamos na Lei de 
Tortura, a tortura realizada por grave ameaça! 
➢ Crime Não Transeunte 
É o crime que deixa vestígios materiais que devem ser constatados mediante perícia ou exame de 
corpo de delito. Exemplo: falsificação de documento e a tortura decorrente de violência. 
➢ Crime de ímpeto 
É aquele que resulta de uma reação emocional, sem premeditação, como o homicídio cometido sob 
violenta emoção. 
 
 
 
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33 
 
EM RELAÇÃO AO POTENCIAL OFENSIVO 
 
CRIME DE MÍNIMO, MENOR, MÉDIO, ELEVADO E MÁXIMO POTENCIAL OFENSIVO 
➢ Crime de Mínimo Potencial Ofensivo 
Segundo Cleber Masson (3), são os crimes que não comportam pena privativa de liberdade. Exemplo: 
Art. 28 da Lei de drogas, que traz as penas de advertência, prestação de servidos à comunidade e medida 
educativa de comparecimento a cursos educativos. 
➢ Crime de Menor Potencial Ofensivo 
São crimes com pena máxima não superior a 2 anos, investigado por meio de termo circunstanciado 
(não inquérito policial), admitindo as medidas despenalizadoras da transação penal e suspensão condicional 
do processo. São de competência do JECRIM – Juizados Especiais Criminais. As contravenções penais 
também são “infrações penais de menor potencial ofensivo”. 
➢ Crime de Médio potencial ofensivo 
É aquele que a pena mínima é igual ou inferior a 01 ano, independentemente do máximo da pena 
privativa de liberdade cominada, admitindo as medidas despenalizadoras da suspensão condicional do 
processo (Lei 9.099/95). 
➢ Crime de Elevado potencial ofensivo 
São os crimes que apresentam pena mínima superior a 1 ano, ou seja, de pelo menos 02 anos e pena 
máxima, por consequência, acima de 02 anos. 
➢ Crimes de Máximo potencial ofensivo 
São os que recebem tratamento diferenciado pela CF/88. São os Crimes hediondos (Tortura, tráfico 
de Drogas e Terrorismo), crimes Equiparados a hediondos, o Racismo e a Ação de grupos armados. Civis 
ou militares, contra o Estado Democrático de Direito. 
 
 
 
 
 
 
 
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TEORIA DO CRIME 
 
Observe o que estudaremos no módulo parte 02! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FATO TÍPICO
•CONDUTA
•Dolo e culpa
•RESULTADO
•NEXO CAUSAL
•Relação de causalidade
•TIPICIDADE
•Inter Criminis
•Crime Consumado
•Crime Tentado
•Desistência Voluntária
•Arrependimento Eficaz
•Arrependimento Posterior
•Crime Imposível
•Crime Doloso e Culposo
•Erro de Tipo e demais espécies
ILICITUDE
•ESTADO DE NECESSIDADE
•LEGÍTIMA DEFESA
•ESTRITO CUMPRIMENTO DO 
DEVER LEGAL
•EXERCÍCIO REGULAR DO 
DIREITO
•CONSENTIMENTO DO 
OFENDIDO (supralegal)
CULPABILIDADE
•IMPUTABILDIADE
•Menor de Idade
•Doença Mental
•Desenvolvimento Mental 
(incompleto ou retardado)
•Embriaguez completa (caso 
fortuito e força maior)
•POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA 
ILICITUDE
•Erro de Proibição (inevitável)
•EXIGIBILIDADE DE CONDUTA 
DIVERSA. 
•Coação irresistível
•Obediência hierárquica
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Referências 
1. Nucci, Guilherme Souza. Manual de Direito Penal. 16º. Rio de Janeiro : Forense, 2019. 
2. Habib, Gabriel. Direito Penal - Geral e Especial. Curso Fórum. [Online] 2020. www.cursoforum.com.br. 
3. Masson, Cleber. Código Penal Comentado. 7º Edição. s.l. : Editora Método, 2019. 
4. Lima, Renato Btasileiro de. Legislação Criminal Comentada. 8º Edição. s.l. : Editora Juspodivm, 2020. 
5. Cunha, Rogério Sanches. Manual de Direito Penal. 5º Edição. s.l. : Ed. Juspodivm, 2017. Vol. Único. 
 
 
 
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