Atividade Avaliativa 02_ História e Cultura Afrobrasileira e Indígena (8879100) - 2021_2

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27/09/2021 17:25 Atividade Avaliativa 02: História e Cultura Afrobrasileira e Indígena (8879100) - 2021/2
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Atividade Avaliativa 02
Entrega 6 out em 23:59 Pontos 15 Perguntas 10
Disponível 27 set em 0:00 - 6 out em 23:59 10 dias Limite de tempo Nenhum
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1 / 1 ptsPergunta 1
“As comunidades de escravos fugitivos receberam diversos nomes:
cumbes na Venezuela e palenques na Colômbia. Na Jamaica, no
restante do caribe inglês e no sul dos EUA, foram chamados de
maroons. Na Guiana holandesa foram conhecidos como bush negroes.
No caribe francês, o termo era marronage. Já em Cuba e Porto Rico,
cimaronaje. No Brasil, receberam o nome de mocambos, para depois
serem denominados quilombos” (Flávio Gomes).
 
Sobre os quilombos no Brasil, marque a opção incorreta:
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Muitos escravos se aquilombavam para não serem vendidos ou
transferidos; para o ritmo de trabalho não aumentar; para continuarem
cultivando suas roças próprias; para não receberem castigos rigorosos;
ou, então, para serem considerados livres e possuidores de terras.
 
Também existiram quilombos urbanos e suburbanos, principalmente,
nas grandes cidades escravistas como Rio de Janeiro, Recife e
Salvador. Eram espaços de proteção e esconderijo para milhares de
fugitivos.
 
Palmares foi o mais importante quilombo do Brasil. Surgiu na Capitania
de Minas Gerais nas últimas décadas do século XVI. Ali, os mocambos
cresceram enormemente, e em meados do século XVII sua população
já alcançava milhares de pessoas distribuídas ao longo das serras.
Afirmativa equivocada quanto à localização do quilombo de 
Palmares, tendo em vista que se situava na capitania de 
Pernambuco, território hoje pertencente ao Estado de Alagoas.
 
Os quilombolas eram, de maneira geral, escravos fugidos de uma
mesma localidade ou fazenda, e com frequência pertenciam a um
mesmo fazendeiro. Protestavam e reivindicavam espaços autônomos e
não era incomum aceitarem voltar ao cativeiro caso as exigências
tivessem sido atendidas.
1 / 1 ptsPergunta 2
“Grassou por aqui, do século XVI ao XIX, uma escandalosa injustiça
amparada pela artimanha da legalidade. Como não havia nada em
nossa legislação que vetasse ou regulasse o sistema escravista, ele se
espraiou em todo o país, entrando firma nos costumes da terra” (Lilia
Schwarcz).
 
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Marque a opção incorreta:
 
Apesar de o escravismo brasileiro impor condições severas ao
trabalho, os cativos aceitavam pacificamente e jamais reagiram,
fugiram ou se amotinaram. pesar de o escravismo brasileiro impor
condições severas ao trabalho, os cativos aceitavam pacificamente e
jamais reagiram, fugiram ou se amotinaram.
Afirmativa incorreta em razão de os escravos não aceitarem 
pacificamente a submissão em que se encontravam e 
frequentemente reagiam através de motins, fugas e atos violentos 
e desesperadores.
 
Os escravos enfrentaram jornadas de trabalho de até 18 horas,
recebiam uma muda de roupa por ano, eram mal alimentados e não
tinham posses.
 
Os senhores de escravos inventaram uma arqueologia de castigos que
iam da palmatória até a chibatada em praça pública.
 
No caso das mulheres, a situação não era diferente, e elas
experimentavam no corpo a violência do sistema escravista, ao serem
submetidas sexualmente à força pelos senhores de escravos, sendo
obrigadas a abandonar seus próprios filhos resultantes dessas
relações.
1 / 1 ptsPergunta 3
“O trabalho de catequese deveria possibilitar a rápida expansão do
sistema colonial, ocupando territórios e defendendo novas fronteiras. A
institucionalização das ordens religiosas na colônia veio com a
instalação de conventos, colégios e igrejas, proliferando a
disseminação de símbolos religiosos, como cruzeiros e oratórios. Tais
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instalações possibilitaram a ação missionária junto aos aldeamentos
indígenas” (João P. Oliveira e Carlos Freire).
Sobre o relacionamento dos portugueses com os indígenas no período
colonial, marque a opção incorreta:
 
De imediato, o governo português interessou-se em elaborar políticas
indigenistas específicas para proteção da dignidade, da liberdade de
crença e da garantia do direito à propriedade a todos os povos
indígenas encontrados, punindo severamente os colonizadores por
escravizá-los.
Afirmativa incorreta. Exatamente o contrário, não houve 
preocupação das autoridades no reconhecimento dos povos 
indígenas, instituindo políticas contraditórias que permitiram com 
que indígenas fossem escravizados através da guerra justa contra 
os gentios.
 
O discurso doutrinário da evangelização dos gentios envolvia combate,
conquista e dominação dos “bárbaros infiéis”.
 
Como estratégia missionária, havia a adoção de intérpretes, os
“línguas”, ou o aprendizado do idioma indígena, permitindo o ensino do
evangelho às crianças através do aprendizado da escrita e da leitura.
 
A disciplina imposta aos indígenas provocou reações à catequese e ao
trabalho imposto pelos portugueses, resultando em fugas e negação do
aprendizado tendo em vista a dificuldade desses povos em abandonar
suas aldeias, seus costumes, suas crenças e o ritmo do trabalho
praticado.
1 / 1 ptsPergunta 4
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“As sociedades escravistas conheceram diversas formas de
resistência, destacando-se as fugas individuais e as comunidades de
fugitivos. Nas áreas urbanas as dificuldades para capturar os cativos
eram grandes, e por isso os jornais ficavam abarrotados de anúncios
de fugas. Ainda mais difícil era capturar os fugitivos que formavam
quilombos/mocambos” (Flávio Gomes).
Sobre os quilombos no Brasil, é incorreto afirmar que:
 
Os quilombos foram diversos, tanto espacial como temporalmente.
Poderiam caracterizar agrupamentos para se constituírem em
comunidades independentes integrando-se à economia local; outros
assumiram o viés de protesto reivindicatório dos escravos e outros
saqueavam as fazendas mais próximas.
 
As comunidades de fugitivos proliferaram no Brasil como em nenhum
outro lugar, exatamente por conta da capacidade deles de se
articularem com as lógicas econômicas das regiões vizinhas. Nunca
isolados, mocambos e quilombos realizavam trocas econômicas tanto
com escravos quanto com a população livre.
 
A economia quilombola mais típica era aquela da produção da farinha
de mandioca. Os quilombos também se dedicavam ao fornecimento de
lenha, à fabricação de cerâmica e cachimbos, além de outros utensílios
da cultura material.
 
O convívio entre quilombolas, fazendeiros e autoridades portuguesas
sempre foi pautado pela harmonia e pela negociação, sendo, inclusive,
os quilombolas reconhecidos como pessoas livres e alforriadas.
Afirmação incorreta tendo em vista a relação conflituosa e violenta 
entre fazendeiros, autoridades e quilombolas.
1 / 1 ptsPergunta 5
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Sobre os princípios indigenistas no período colonial, marque a opção
incorreta:
 
As políticas indigenistas eram pautadas no direito brasileiro, elaborado
por uma comissão de magistrados muito empenhados em manter todos
os povos indígenas protegidos em suas tribos originais e dando o
amparo necessário para a proteção de suas vidas, valorização de suas
culturas e crenças, como também evitando que seu trabalho fosse
apropriado pelos colonos.
Afirmação incorreta. Não existia o direito brasileiro e a legislação 
colonial pautava-se nas ordenações jurídicas portuguesas. 
Também não houve qualquer intensão quanto à alteridade e 
dignidade dos indígenas. As legislações eram contraditórias e 
obrigavam aos indígenas considerados aliados que saíssem de 
suas tribos originais para viver nos aldeamentos jesuítas. 
Enquanto que os índios considerados inimigos eram escravizados 
legalmente. Imposições linguísticas, religiosas e culturais eram 
permitidas pela lei colonial.
 
No período colonial a política indigenista aplicada aos índios aldeados
e aliados era uma; e outra relativa aos inimigos, cujos princípios se
mantiveram ao longo da colonização.
 
A política para esses “índios de pazes”, “índios das aldeias” ou “índios
amigos” seguia o seguinte itinerário ideal: em primeiro lugar, deveriam
ser ´´descidos´´, isto é, trazidos de suas aldeias no interior (sertão)
para junto das povoações portuguesas; lá deveriam ser catequizados e
civilizados, de modo a tornarem-se “servidores úteis”.
 
O aldeamento foi a realização do projeto colonial, pois garantiu a
conversão, a ocupação do território, sua defesa e uma constante
reserva de mão de obra para o desenvolvimento econômico da colônia.
2 / 2 ptsPergunta 6
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“Todas as áreas do Brasil colonial fizeram uma transição da escravidão
indígena para a africana, mas a cronologia variou muito entre as
regiões, dependendo do potencial econômico de cada uma delas e de
uma série de circunstâncias locais [...] e deve ser vista como parte de
um processo mais geral da africanização da mão de obra nas
Américas” (Stuart Schwarcz).
Sobre a substituição da mão de obra indígena pela africana, marque a
opção incorreta:
 
Os índios eram capturados para trabalhar nos engenhos de açúcar, e
essa nova demanda produtiva, em meados do século XVI, tornou-se
incompatível com o trabalho e a resistência dos povos indígenas.
 
Os portugueses tinham longa experiência em utilizar a mão de obra
africana na produção de açúcar em suas ilhas atlânticas, portanto,
também investiram essa modalidade de trabalho nos engenhos
brasileiros.
 
O trabalho africano foi adotado no Brasil, tendo em vista que os
indígenas eram povos inferiores e não possuíram disposição para o
trabalho no campo.
Afirmativa incorreta, tendo em vista que os indígenas eram 
dispostos e conhecedores do trabalho agrícola, porém, as 
exigências, a coerção e o ritmo de trabalho não se encaixaram na 
dinâmica desses povos, além da valorização e do lucro advindos 
do tráfico africano.
 
A substituição da escravidão indígena pela africana pode ser explicada
por fatores e circunstâncias locais específicas, mas também pela alta
escala lucrativa que o comércio de negros cativos estava atingindo no
mercado internacional.
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2 / 2 ptsPergunta 7
O trabalho escravo nas Américas e, especialmente no Brasil, deixou
marcas sociais profundas ao longo dos séculos XVI ao XIX. Após o fim
do escravismo, o legado perverso internalizou-se na sociedade
brasileira pelo preconceito e pela desigualdade étnico-racial. Mas e no
continente africano? Quais efeitos e impactos sentidos na sociedade
africana no auge do tráfico atlântico de escravos?
Assinale a opção incorreta:
 
Na África, o tráfico atlântico produziu efeitos múltiplos e deletérios. No
curto prazo, gerou centralização política, sobretudo em reinos africanos
que dominaram o fornecimento de cativos para mercados europeus na
costa africana, assim como inevitável fragmentação política.
 
O tráfico gerou um quadro de instabilidade sistêmica nas sociedades
africanas, ao estimular guerras e expansão territorial, na medida em
que poderes locais se fortaleciam e apareciam novos grupos
insurgentes contra as lideranças centrais.
 
Antes punidos com multas ou prisão, crimes como roubo e adultério
lastrearam a escravidão para um número incalculável de africanos
negociados pelas lideranças locais com os traficantes portugueses e
brasileiros.
 
O surto aurífero no Brasil, especialmente na região de Minas do século
dezoito, desacelerou o tráfico de escravos, permitindo com que o
continente africano chegasse ao equilíbrio e à harmonia sociais,
substituindo o comércio negreiro pelo cultivo do cacau.
Afirmação incorreta tendo em vista que o surto aurífero do século 
XVIII acelerou ainda mais a demanda por cativos africanos, 
desequilibrando ainda mais as sociedade africanas.
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2 / 2 ptsPergunta 8
Para o cativo africano, a travessia atlântica representou um dos piores
momentos de sua vida, um terrível rito de passagem de um mundo ao
outro. Diante desse processo, inserido no quadro do sistema
escravista colonial, os negros africanos escravizados e oprimidos,
dentro do possível, tiveram que descobrir outras identidades e
instituições.
Podem representar essas novas relações de solidariedade e
resistência, exceto:
 
As comunidades negras que eram identificadas e se identificavam
como de determinadas nações e que elegiam seus reis, capitães e
lideranças.
 
Pelas irmandades de “homens pretos”que escolhiam seus reis e os
coroavam, apropriando-se dos espaços católicos de devoção religiosa,
atribuindo-lhes ressignificações.
 
Os congados e reisados eram festas de coroação e de afirmação de
laços identitários e de solidariedade entre os negros livres e cativos.
 
Houve total submissão e aceitação dos negros africanos e de seus
descendentes aos ritos e práticas católicas e portuguesas, sem
apresentar quaisquer formas de resistência ou ressignificações
culturais e religiosas.
Afirmação incorreta. As comunidades africanas escravizadas no 
sentido de construir laços de lealdade se identificavam com as 
novas práticas de ressignificação de rituais e símbolos católicos 
trazendo para aquele ambiente traços identitários e 
memorialísticos africanos. Foi uma das alternativas de resistência 
simbólica através do sincretismo e readaptações.
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2 / 2 ptsPergunta 9
“No Brasil, o sistema escravocrata transformou-se em um modelo tão
enraizado que acabou se convertendo em uma linguagem, com graves
consequências” (Lilia Schwarcz).
 
Sobre o escravismo brasileiro, marque a opção incorreta:
 
A escravidão foi tão disseminada que deixou de ser privilégio dos
senhores de engenho. Padres, militares, funcionários administrativos,
artesãos, taverneiros, comerciantes, pequenos lavradores, grandes
proprietários e as populações mais pobres possuíam escravos.
 
A escravidão foi mais que um sistema econômico: ela moldou
condutas, definiu desigualdades sociais, fez de raça e cor marcadores
de diferenças fundamentais, ordenou etiquetas de mando e obediência
e condicionou uma sociedade marcada pelo paternalismo e pela
hierarquia.
 
O sistema escravista no Brasil foi mais brando do que nas Américas,
ao preservar a autonomia cultural dos negros africanos, cujas
demandas eram atendidas para viver com dignidade e integridade na
sociedadecolonial.
 
O sistema escravista caracterizou-se pela utilização de intensa e
extensa mão de obra cativa, pela vigilância constante, pela falta de
liberdade e de arbítrio. Os castigos eram tão severos que a expectativa
de vida dos homens escravizados era muito baixa.
2 / 2 ptsPergunta 10
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As identidades e etnias dos cativos africanos foram destituídas pelo
comércio de escravos. Os traficantes agruparam, nos mercados, as
suas mercadorias pela procedência do navio ou identificadas por
caracteres gerais e similitudes culturais.
 
Sobre essa perspectiva, marque a afirmativa incorreta:
 
Os cativos eram identificados pelos portugueses através de nomes de
batismo, atribuídos ao projeto coercitivo de evangelização e de
assimilação cultural imposto pelos colonizadores.
 
Os africanos foram agrupados pelos agentes do tráfico e trazidos para
o Brasil respeitando-se suas origens comunitárias, laços de parentesco
e ancestralidade, essa sólida união familiar não foi desfeita no
propósito de facilitar as identificações dos cativos nas senzalas e
melhor estipular a divisão de tarefas nos engenhos.
Afirmação incorreta. Os agrupamentos de cativos desintegraram 
laços comunitários, familiares e de parentesco entre as etnias 
africanas no propósito de evitar quaisquer solidariedade ou 
organização social entre eles.
 
Os reis negros eram eleitos pelos grupos que se identificavam como
pertencentes a uma mesma etnia, no propósito de recriação de laços
identitários comunitários.
 
Com as festas dos reis de congo (congados) - com seus ritos, mitos e
símbolos - as comunidades negras construíram e consolidaram uma
identidade formada a partir da escravidão, incorporando elementos
católicos e de ancestralidade africana.
Pontuação do teste: 15 de 15