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BOVINOCULTURA – 2021.1 | LARISSA GOMES SANTOS 1 ZEBUÍNAS EXÓTICAS RAÇA NELORE Corresponde ao Ongole Indiano. Começaram as importações a partir de 1930, mas a partir de 1962 vieram os mais produtivos que deram origem ao Nelore moderno. Era pouco valorizado no início pelas suas características morfológicas não tão diferentes dos taurinos como outras raças zebuínas, como Gir. Posteriormente começou a ser valorizado pela sua produtividade – mais fácil de criar, a cria com pouco tempo fica em pé, tetas das vacas não são muito grossas deixando mais fácil do bezerro mamar, umbigo mais curto, são férteis e produtivos. Hoje corresponde a 80% do efetivo da pecuária de corte. Padrão racial (conjunto de características que difere uma raça da outra): o Porte médio a grande, vacas até 800kg e Touros de + 1000kg o Pelagem branca, cinza e manchada de cinza com pele preta o Cabeça em forma de ataúde, com perfil subconvexo o Orelhas curtas simétricas entre os bordos e terminando em forma de lança, voltadas para frente o Olhos de forma elíptica, escuros com cílios pretos – podendo ser mesclados, mas não totalmente brancos o Chifres escuros, cônicos e mais grossos na base. Dirigem-se para fora, para trás e para cima ou curvados para trás e para baixo As raças zebuínas brasileiras (com exceção da raça Guzerá) é necessário manutenção do chifre para registro genealógico. Aptidão: Raça especializada na produção de carne. Variedades: Nelore Mocho – mesmas características, mas geneticamente desprovidos de chifre. Nelore Vermelho – não é muito difundido como o Mocho. Nelore Vermelho e Branco – pela sua pelagem atraente seu sêmen vende muito. Nelore Preto e Branco – praticamente extinto. Apenas 1 ou 2 criadores no Brasil. Raças BOVINOCULTURA – 2021.1 | LARISSA GOMES SANTOS 2 RAÇA GIR Características morfológicas bem distintas das raças taurinas, criadas antes da introdução do zebu. Por esse motivo, chegou a ser a raça mais importante do Brasil por muito tempo. Trata-se de uma raça pura bastante antiga na Índia, sendo introduzida no Brasil no início do séc. 20 mas só a partir de 1930 que entraram os melhores animais. Principais centros de criação: Minas Gerais, Goiás e São Paulo. Antigamente, Goiás dava lugar a Bahia. Foi introduzida no Brasil com a finalidade de produzir carne, mas na Índia sempre foi criada para produção de leite. Participou na formação do Indubrasil e do Girolanda (Gir + Holandês), sendo a maior parte do leite do Brasil produzido por ela. Padrão racial: o Porte mediano, menor no Gir Leiteiro, com peso médio de 900kg nos M e 500kg nas F o Pelagem vermelha, amarela ou mesclada com branco e/ou preto o Cabeça média com perfil ultraconvexo o Orelhas grandes, pendentes, com a ponta retorcida para dentro o Chifres grossos, de seção elíptica, saindo para baixo e para trás Aptidão: Inicialmente criado para corte, hoje é selecionado para leite ou dupla aptidão – predominando a produção de leite. O teor de gordura é bem elevado, dando origem a produtos de bastante qualidade – queijos, manteigas, etc. RAÇA GUZERÁ Corresponde à raça Kankrej na índia. A introdução no Brasil foi o grupamento racial de maior número, tendo depois o seu efetivo reduzido por cruzamentos na formação do Indubrasil. Na formação do Guzerá brasileiro participaram também raças indianas além do Kankrej, como Malvi, Hissar, Tharparkar. O chifre é muito grande então o amochamento (descorna) é permitido, pois este pode se tornar um problema. Padrão racial: o Porte médio – 1000kg M, 700kg F o Pelagem cinza, cinza escuro, F podendo ser brancas (raro), a pele é escura ou preta o A cabeça é de largura e tamanho médios, com perfil subcôncavo ou retilíneo. o Testa larga com ligeira concavidade entre os olhos e a marrafa o Orelhas compridas, largas e pendentes, com a face interna voltada para a face Aptidão: Carne e leite. Leite bastante rico em gordura e proteína. RAÇA BRAHMAN Foi desenvolvida nos EUA por cruzamentos aleatórios de Gir, Nelore, Guzerá e Krishna Valley, sendo introduzida no Brasil em 1994 – pois existia uma resistência da Associação Brasileira de Criadores de Zebu em aceitar essa raça, pois nos EUA não tinham um padrão racial definido. Padrão racial: o Animais de estatura média a baixa, porém pesados; M +1000kg e F +700kg BOVINOCULTURA – 2021.1 | LARISSA GOMES SANTOS 3 o Cabeça média com perfil subconvexo ou retilíneo o Orelhas médias, largas e voltadas para a face o Pelagem branca, cinza ou vermelha o É permitida a descorna e ocorrem animais mochos naturais Aptidão: Produtor de carne. São animais bastante volumosos, compactos, menores, com muito volume de carne principalmente na região posterior. RAÇA SINDI Originário do Paquistão, ficou um pouco esquecida mas vem crescendo com muita força no Brasil, sendo muito interessante para a região semi-árida do Nordeste, por ser um animal pequeno e rústico. Foi introduzida no Brasil em 1930 mas apenas em 1952 foi a importação mais importante, feita pelo Instituto Agronômico do Norte, em Belterra no Pará. Em 2002 foi realizado o registro do primeiro Sindi mocho, mas predominam os com chifre. Principais centros de criação: SP e PB Padrão racial: o Tamanho pequeno a médio, M 600-800kg e F 300-450kg o Cabeça de tamanho médio, perfil subconvexo o Orelhas médias, largas e um pouco pendentes, apresentando ligeira reentrância no bordo inferior o Existe variedade mocha o Pelagem vermelha, variando do amarelo alaranjado ao castanho, com pele e mucosa pretas o Machos mais escuros e com pigmentalão escura no pescoço, barbela e garupa Aptidão: Muito rústico e precoce. Fêmeas produzem uma média de 8kg de leite, embora existam animais com produções acima de 23kg. Machos precoces com bom rendimento de carcaça (↑ 56kg). ZEBUÍNAS NATIVAS RAÇA INDUBRASIL Foi criada no Brasil visando ser um animal o mais diferente possível do taurino, sendo um cruzamento de várias raças zebuínas como Gir, Nelore, Guzerá e pequena participação do Hissar e Mehwaitin. Padrão racial: o Animais médios a grandes, as F +700kg e M +1000kg o Pelagem é branca, cinza ou vermelha com pele escura o Cabeça de largura e tamanho médios, perfil subconvexo o Orelhas muito longas e pendentes Aptidão: Produtora de carne. RAÇA TABAPUÃ Fruto do cruzamento entre zebuínos, principalmente Nelore e Guzerá, sofreu influência remota de taurinos nativos, de quem herdou o caráter mocho. Teve seu principal núcleo de formação na Fazenda Água Milagrosa, no município de Tabapuã – SP. Começou a ser registrada em 1971 e hoje é a segunda raça mais registrada. É bem apreciada no RS. Padrão racial: o Tamanho médio com M pesando 1000kg e F 600kg o Pelagem branca ou cinza o Cabeça média, com marrafa arredondada ou em forma de elipse, perfil sub-convexo o Orelhas médias, voltadas para a face, sendo a borda inferior mais abaulada o Mocho, sem nenhum vestígio de chifres BOVINOCULTURA – 2021.1 | LARISSA GOMES SANTOS 4 Aptidão: Especializado para a produção de carne. Ganhou espaço pois os bezerros nascem espertos, as tetas das vacas não são muito grandes, raça fácil de criar e rústica. Menor e mais compacto que o Nelore – é do tipo intermediário. TAURINAS EXÓTICAS RAÇAS BRITÂNICAS DE CORTE ABERDEEN ANGUS Originária da Escócia. Características: o Porte pequeno com F pesando 600kg e M 900kg o Pelagem preta ou vermelha (red angus – variedade) com pele e mucosas escuras o Mocho por natureza o Fértil, precoce, longeva, grande habilidade materna o Produz carne de alta qualidade, com gordura entremeada (marmoreio) Angus brasileiros são bastante procurados, o Brasilexporta muito sêmen, inclusive para a Inglaterra. O Angus americano sofreu uma seleção e é mais longilíneo, o brasileiro é mais compacto- intermediário, que é um animal mais voltado para produção a pasto. DEVON Raça taurina britânica de corte. São bastante peludos (Angus também é, mas o Devon é mais). Originário da Inglaterra. Características: o Pequena (M 900kg e F 500kg) o Pelagem vermelha escura o Chifrudo com variedade mocha (South Devon) o Rústico, precoce, produz carne de excelente qualidade HEREFORD Originário da Inglaterra Características: o Pequena a média (F 700kg e M 1000kg), pelagem vermelha com a cabeça, ventre e extremidades dos membros brancos, sendo as mucosas rosadas o Possui variedade mocha (Polled Hereford) o Precoce, rústica e produtora de carne de excelente qualidade, com gordura entremeada SHORTHORN Está praticamente extinta mas tem uma importância histórica – foi o primeiro bovino do mundo a ter registro genealógico, é bastante antiga e participa na formação de diversas raças sintéticas. Características: o Porte pequeno a médio (F 500kg e M 900kg) o Pelagem vermelha, branca ou rosilha, com mucosas rosadas o Precoce no acabamento da carcaça, apresentando tendência ao acúmulo de gordura o Produz carne saborosa e macia, com grande cobertura de gordura e alto grau de marmoreio BOVINOCULTURA – 2021.1 | LARISSA GOMES SANTOS 5 RAÇAS CONTINENTAIS ITALIANAS CHIANINA Origem: Raça muito antiga, conhecida desde o início do Império Romano. Descrição: Maior raça bovina da face da terra, com M atingindo 1500kg e F 1100kg; São altos (longilíneos), sendo inicialmente usados como animais de tração, com tendência a ter a parte anterior mais desenvolvida que a posterior (tipo leonino – frente mais larga); Tem um ancestral comum com os Zebuínos, por isso algumas características em comum, como pelagem branca com pele e mucosa pretas; Isso faz com que ele tolere melhor o calor do que as raças britânicas, apesar de não ser adaptado. Hoje, por ser um animal muito grande, é um animal que praticamente desapareceu. Aptidão: Produz carne magra, sem marmorização. MARCHIGIANA Mais bem conformada para corte do que o Chianina, ela deriva do Chianina. Descrição: Porte grande (F 700kg e M 1200kg); Pelagem branca com órbitas oculares pretas, sendo os pelos curtos e sedosos com pele, mucosas e cascos pretos; Produz carcaças grandes e com boa massa muscular, com gordura sub-cutânea. Rendimento médio de carcaça = 60%; No cruzamento com Nelore, dá mestiços pesados, bons para confinamento. Os taurinos não tem cupim, no macho tem o congote, que é uma hipertrofia no músculo trapézio, na região cervical. PIEMONTÊS Origem: Itália. Introduzido no Brasil em 1974. Descrição: Animal médio (F 600-700kg e M 1100- 1200kg); Pelagem branca, com áreas escuras na garupa e pescoço dos machos. O pelo é curto, sendo os cascos, a pele e a mucosas escuras; Produtor de carne magra e abundante, rendimento de carcaça pode chegar a 70%; Não é um taurino adaptado ao trópico, mas se adapta relativamente bem, suportando muito melhor que os taurinos britânicos. GELBVIEH Origem: Alemanha, mas suas características são muito próximas das raças britânicas. Descrição: Médio (F 600kg, M 900kg) Pelagem amarela/avermelhada, com pele mais clara; Carcaça comprida e musculosa com ossatura forte; Produz carne de boa qualidade, é rústico, precoce e apresenta elevada habilidade maternal; BOVINOCULTURA – 2021.1 | LARISSA GOMES SANTOS 6 FRANCESAS CHAROLÊS Origem: Raça bastante antiga formada na Comarca de Charolais – França; Muito prestigiada na França, sendo a principal raça de corte Francesa. Descrição: Grande porte (F 700-800kg, M 1000- 1200kg), bastante comprido com ossatura robusta; Pelagem branca-creme, com pele e mucosas claras; Animais pesados, precoces e com carcaças de elevado rendimento; Produz carne sem marmorização. LIMOUSIN Substituiu o Charolês em cruzamentos. Nos EUA ele é bem maior, mais longilíneo. Origem: Centro-sul da França; Descrição: Médio porte (F 600kg e M 900kg); Pelagem amarela, dourada ou avermelhada, a pele é rósea assim como as mucosas; Ossatura é leve e o corpo é bastante musculoso, com posterior mais volumoso, dando um elevado rendimento de carcaça (↑ 60%); Precoce sexualmente, produz carne macia e abundante, porém apresenta pouca cobertura de gordura – carne muito magra. BLONDE D’AQUITAINE Origem: França, raça natural bastante antiga, descendendo do Bos aquitanicus; Descrição: Grande porte (F 800kg e M 1200kg), comprido, com ossatura leve e grande desenvolvimento muscular, principalmente no posterior; Precoce, rústico, com excelente ganho de peso e rendimento de carcaça e habilidade materna; Produz carne com pouca cobertura de gordura; Geralmente é mocho mas pode ter chifre. SUÍÇAS BRAUNVIEH Origem: Raça antiga, natural dos Alpes Suíços; Originalmente era um animal de dupla aptidão, depois passou a ser selecionado nos EUA para leite – passando a ser chamado de Pardo Suíço e posteriormente passou a ser selecionado nos EUA, Brasil e México também para corte; Na Suíça continuou sendo criado para dupla aptidão; Aqui no Brasil era uma raça muito expressiva mas começou a ser usado sêmen de Pardo Suíço americano, e voltou mais para leite. Mas alguns criadores direcionaram a seleção para corte. Descrição: Porte médio, compacto, musculoso, com machos pesando até 1000kg e F 600kg; Pelagem varia, podendo ser cinza escura, cinza clara, parda clara e parda escura, com pele bem pigmentada e mucosas e cascos escuros; Adapta-se relativamente bem aos trópicos, produzindo carne abundante e de boa qualidade, com algo grau de marmorização; BOVINOCULTURA – 2021.1 | LARISSA GOMES SANTOS 7 SIMENTAL Origem: Suíça. Descrição: Médio a grande (F 600-700kg e M 900- 1100kg); Pelagem amarela clara ao vermelho, com cabeça, ventre e extremidade inferior dos membros brancos; Em alguns animais são encontradas manchas brancas pelo corpo; A pele e as mucosas são róseas e os cascos são brancos; Originalmente é uma raça de dupla aptidão, mas nos EUA e em boa parte dos planteis brasileiros vem sendo selecionada para corte. TAURINAS ADAPTADAS RAÇA CARACU (Nativa) Origem: Descende das raças Ibéricas (Minhoto e Alentejana) trazidas pelos Portugueses no início da colonização. Foi a raça mais importante do Brasil por algumas décadas, chegando a quase desaparecer nos anos 70 e voltando nos anos 80. Hoje, é cobiçada até fora do país. Principais centros de criação: PR, MG e SP. Características: o Porte mediano (F 600kg, M 900-1000kg), pelagem amarelo claro, amarelo alaranjado e avermelhada, os pelos são curtos e sedosos e mucosas claras o Cabeça forte, larga, sem ser pesada. Fronte larga, com ligeira depressão entre os olhos. Perfil subconvexo o Chifres ligeiramente compridos, leves, de cor clara com as pontas avermelhadas, saindo para trás, para os lados, para a frente, terminando com as pontas voltadas para cima – amochamento é permitido o Rústico, adapta-se perfeitamente às condições climáticas tropicais o Excelente habilidade materna o Precocidade intermediária entre as raças britânicas e zebuínas o Produz carne macia o Raça dócil e tranquila Aptidão: produção de carne. Ideal para ambientes úmidos pois toleram muito bem a umidade, conseguindo pastejar em áreas alagadas. CURRALEIRO PÉ DURO e PANTANEIRO (Nativas) Curraleiro pé duro: Ocupa um espaço muito importante no bioma Caatinga, sendo os principais núcleos de criação o Piauí, mas tem também na Bahia, em Tocantins (Serrado) e em Goiás. São muito rústicos e bem adaptados ao climasemi- árido, pouca disponibilidade de comida, entre outros. Características: o Apresentam uma carne muito macia e saborosa o São animais pequenos, M até 600kg e F até 350kg o Com pouca alimentação produzem bem e elevados índices de fertilidade o Algumas F estão sendo exploradas para produção leiteira, mas o foco é produção de carne Pantaneiro: É um pouco maior, M 800kg F 400kg. Rebanho muito pequeno, com aptidão leiteira muito melhor podendo ser considerado de dupla aptidão. SENEPOL BOVINOCULTURA – 2021.1 | LARISSA GOMES SANTOS 8 Origem: formada na Ilha Caribenha de Saint Croix através do cruzamento de Red Pool (raça britânica de dupla aptidão) com um taurino natural do Senegal, o N’Damma. Características: o Porte médio (F até 600kg e M até 1000kg) o Pelos curtos de coloração vermelho uniforme, pele, mucosas e cascos acinzentados o Cabeça pequena, mocho o Corpo musculoso o Fértil, precoce e com boa habilidade materna o Produz carne macia e com boa cobertura de gordura o Promove 100% de heterose em cruzamento com zebuínos e 0 perda de rusticidade Entrou a pouco tempo no Brasil e hoje possui o maior e melhor rebanho Senepol do mundo. É uma das raças em maior expansão no Brasil. Permite o cruzamento com zebuínos em monta natural, plenamente adaptada em todas as regiões do Brasil. Vende-se muito sêmen. TAURINAS EXÓTICAS LEITEIRAS HOLANDESA Origem: Holanda Características: o Grandes (F 500-600kg, M 900-1000kg), conformação clássica de animal leiteiro o Existem duas variedades no Brasil, a Frísia (preta e branca) e a Mosa, Reno e Yessel (vermelha e branca) o Em ambas a pele é clara nas áreas de pelos brancos e pigmentada nas áreas coloridas o É uma raça altamente especializada, sendo a mais importante entre as raças leiteiras do mundo o Raça cosmopolita JERSEY Origem: Ilha de Jersey, no canal da Mancha (Inglaterra) Características: o Pequena (F até 450kg, M até 800kg) o A pelagem é amarela podendo ser cinza/parda ao pardo escuro, com mucosas e cascos escuros e pele amarela o A cabeça é pequena, com perfil côncavo o Produtor de leite com altos teores de sólidos o Tolera bem melhor o calor do que o Holandês, mas não é adaptado ao trópico o É pequeno, por isso é precoce, a fêmea entram em reprodução em 13-14 meses (Holandês – 16-18 meses) então produzem mais cedo o São dóceis e férteis e produzem leite com qualidade diferenciada, com alto teor de sólidos, e hoje há uma tendência a se pagar mais caro por esse leite Nos EUA, Argentina e até mesmo no Brasil, muitos criadores cruzam Jersey com Holandês ou produzem leite com a maior parte de Holandês e uma pequena parte do Jersey para misturá-los e aumentar o teor de sólidos. Holandês podem chegar a produzir mais de 60kg de leite/dia, enquanto os Jersey, 18-20kg mas com teor de sólidos alto – proporcional ao peso. Para sistemas a pasto é interessante, por serem menores e mais leves dá para colocar mais animais por ha, alcançando uma produção de leite bem interessante. BOVINOCULTURA – 2021.1 | LARISSA GOMES SANTOS 9 GUERNSEY Origem: Ilha de Guernsey, Inglaterra Características: o F adultas 400-700kg e M 700-900kg, variando o peso ao nascer entre 25-27kg o Pelagem varia do amarelo ao vermelho, com grande frequência de malhas brancas no corpo o Rústica, precoce e longeva, a produção de lente fica entre 4000-7000kg por lactação de 305 dias com 4,5-5,5% de gordura Raça pouco conhecida no Brasil, mas na Argentina ainda tem criatórios, e pode voltar pois é um pouco maior que o Jersey. Se diferencia do Jersey, além do porte, pelo perfil convexo (Jersey = côncavo). TAURINAS EXÓTICAS PARDO SUÍÇO LEITEIRO Origem: Suíça, sendo aprimorada para leite nos EUA a partir de 1907. Era de dupla aptidão, mas mudou a sua função. É mais importante nos EUA, sendo o maior das raças leiteiras. Características: o Os touros adultos pesam 800-1300kg; vacas em lactação pesam 550-750kg o Pelagem idêntica ao Pardo Suíço Original o Animais com tipo leiteiro bem definido, sendo maiores e com formas mais angulosas que o original o Especializada na produção de leite NORMANDA Origem: França Características: o Médio porte (650kg e M 1000kg) o Pelagem malhada de araçá (tigrada) ou araçá malhada, entremeado de branco. A pele e as mucosas são róseas, sendo os cascos amarelos ou vermelhos o Animal de dupla aptidão com as vacas produzindo acima de 6000kg com 4,18% de gordura e machos abatidos com 15 meses, pesando 550kg o Bastante precoce, produz carne de excelente qualidade É bastante criada na região da Normandia (França), região famosa pela qualidade do seu queijo. Está voltando a ser utilizada no Brasil, sendo interessante tanto pra carne de leite quanto de corte. RAÇAS SINTÉTICAS Raças resultantes de cruzamentos programados de duas ou mais raças, com a finalidade de aproveitar as características delas e fixa-las e transformá-las em raças padrão. Maioria resultantes de Taurinos x Zebuínos, mas não necessariamente. Taurinos entram devido a sua rusticidade e adaptabilidade. RAÇAS SINTÉTICAS DE CORTE Brangus Origem: Louisiana, EUA. 5/8 de Angus e 3/8 de Brahman Características: o Animais de tamanho médio (F 600kg e M 900kg) BOVINOCULTURA – 2021.1 | LARISSA GOMES SANTOS 10 o Mochos, com pelagem uniforme (preta ou vermelha), com mucosas pigmentadas e pelos curtos. Conformação típica de corte das raças Britânicas o Herdou do Angus a precocidade e fertilidade e a qualidade da carne, apresentando no entanto, melhor adaptação ao clima tropical Já está terminado, é apenas aprimorado. É mais rústico. Braford Origem: formada nos EUA pelo cruzamento de Hereford (5/8) com Brahnman (3/8), sendo reconhecida no Brasil em 1993 Características: o 800kg a 1200kg nos M e 500 a 600kg nas F o As F entram em reprodução aos 18 meses, com 450kg a pasto, desmamando bezerros com 50% do seu peso o Os novilhos podem ser abatidos a campo com 18 a 24 meses pesando entre 400 e 500kg, apresentando um rendimento de carcaça entre 55 e 58% Santa Gertrudis Origem: Texas 5/8 Europeu (Hereford e Shorthorn) + 3/8 Brahman Características: o Grande porte (F 700kg, M 1000kg) o Pelagem vermelha com pelos curtos, pele pigmentada e abundante, formando barbela o Cascos e chifres claros o Boa adaptação, porém, exigente quanto a alimentação o Precoce, produz novilhos pesados, produzindo carne de boa qualidade Há muito tempo não se houve falar de Santa Gertrudis na Bahia. Também tem animais mochos. Canchim Origem: Formado e fixado no Brasil desde os anos 40. 5/8 Charolês + 3/8 Zebu. Raça já fixada. Há vários criatórios na BA, mas é mais criado em SP e PR. Características: o Porte médio a grande (F 500-600kg, M 900- 1000kg) o Pelagem branca amarelada ou baia, com pelos curtos e sedosos o A pele e mucosas são pigmentadas o Boa conformação para corte, apresentando bom desempenho em boas pastagens Não é muito popular, apesar de ser brasileiro. Simbrasil (Simbrah) Origem: Brasil e EUA, 5/8 Simental + 3/8 Zebu Características: o Grande porte (F 700kg, M 1100kg) o Pelagem amarela ou vermelha com marcações brancas na face, ventre e membros o Pelos curtos, pele grossa e pigmentada o Produz novilhos de corte pesados e precoces o As matrizes apresentam boa habilidade materna Existe o Simbrasil leiteiro, já que é uma raça de dupla aptidão, razão de Joseph 650kg e produção acima de 20kg. BOVINOCULTURA – 2021.1 | LARISSA GOMES SANTOS 11 Bonsmara Não tem sangue zebu! Já estava domesticado na África quando os europeus chegaram. 5/8 Afrikaner + 3/16 Herefor + 3/16 Shorthorn – sangue taurino adaptado.Origem: formada na África do Sul há 50 anos pelo Zootecnista Sul Africano, Jan Bonsma Características: o Porte médio (F 500kg, M 900kg) o Pelagem vermelha uniforme, pelos curtos com pele e mucosas pigmentadas o Rústico, sendo totalmente adaptado ao clima tropical o Precoce, fértil, excelente habilidade materna e produtora de carne de boa qualidade RAÇAS SINTÉTICAS DE DUPLA APTIDÃO Pitangueiras Origem: formado na Fazenda Três Barras, no município Pitangueiras (SP), através do cruzamento do Red Poll com Guzerá (5/8 Red Poll + 3/8 Guzerá Características: o Porte médio (F 500kg, M 900kg) o Pelagem vermelha, com pelos curtos e pele, mucosas e cascos escuros o Mocha por natureza o Machos produzem novilhos precoces com carne de boa qualidade, sendo as fêmeas boas leiteiras, produzindo em torno de 7kg a pasto Caiu em desuso e está praticamente extinta. Guzolando Origem: Brasil Cruzamento do Holandês com Guzerá. Grau de sangue variado (1/2 Holandês + ½ Guzerá; ¼ Holandês + ¾ Guzerá; ¾ Holandês + ¼ Guzerá; 5/8 Holandês + 3/8 Guzerá) Características: o Porte médio a grande, com peso médio de 500kg F e 900kg M o Pelagem preta ou preta e branca, com predominância do preto o Raça de dupla aptidão com fêmea apresentando aptidão leiteira e machos com adequada conformação para corte, com bom ganho de peso Está crescendo na bahia. RAÇAS SINTÉTICAS LEITEIRAS Girolanda Origem: Brasil (5/8 Holandês + 3/8 Gir) Características: o Médio porte (F 500kg, M 900kg) o Conformação tendendo ao tipo leiteiro o Pelagem preta ou vermelha predominante, com manchas brancas ou chitados o As fêmeas iniciam a lactação aos 30 meses, produzindo média de 3600kg em uma lactação de 280 dias o Os machos são aproveitados para desejar a produção de carne, embora o desempenho deixe a desejar Inicialmente se pensava em uma raça de dupla aptidão, mas atualmente é leiteiro, já que animais leiteiros não servem para corte. Ainda não é fixado.
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