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Raças de Bovinos

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BOVINOCULTURA – 2021.1 | LARISSA GOMES SANTOS 
 
1 
 
ZEBUÍNAS EXÓTICAS 
RAÇA NELORE 
 
Corresponde ao Ongole Indiano. Começaram as 
importações a partir de 1930, mas a partir de 1962 
vieram os mais produtivos que deram origem ao 
Nelore moderno. 
Era pouco valorizado no início pelas suas 
características morfológicas não tão diferentes dos 
taurinos como outras raças zebuínas, como Gir. 
Posteriormente começou a ser valorizado pela sua 
produtividade – mais fácil de criar, a cria com pouco 
tempo fica em pé, tetas das vacas não são muito 
grossas deixando mais fácil do bezerro mamar, 
umbigo mais curto, são férteis e produtivos. Hoje 
corresponde a 80% do efetivo da pecuária de corte. 
Padrão racial (conjunto de características que 
difere uma raça da outra): 
o Porte médio a grande, vacas até 800kg e 
Touros de + 1000kg 
o Pelagem branca, cinza e manchada de 
cinza com pele preta 
o Cabeça em forma de ataúde, com perfil 
subconvexo 
o Orelhas curtas simétricas entre os bordos e 
terminando em forma de lança, voltadas 
para frente 
o Olhos de forma elíptica, escuros com cílios 
pretos – podendo ser mesclados, mas não 
totalmente brancos 
o Chifres escuros, cônicos e mais grossos na 
base. Dirigem-se para fora, para trás e para 
cima ou curvados para trás e para baixo 
As raças zebuínas brasileiras (com exceção da 
raça Guzerá) é necessário manutenção do chifre 
para registro genealógico. 
Aptidão: Raça especializada na produção de carne. 
 
 
Variedades: 
Nelore Mocho – mesmas características, mas 
geneticamente desprovidos de chifre. 
 
Nelore Vermelho – não é muito difundido como o 
Mocho. 
 
Nelore Vermelho e Branco – pela sua pelagem 
atraente seu sêmen vende muito. 
 
Nelore Preto e Branco – praticamente extinto. 
Apenas 1 ou 2 criadores no Brasil. 
 
 
 
 
Raças 
BOVINOCULTURA – 2021.1 | LARISSA GOMES SANTOS 
 
2 
 
RAÇA GIR 
 
Características morfológicas bem distintas das 
raças taurinas, criadas antes da introdução do 
zebu. Por esse motivo, chegou a ser a raça mais 
importante do Brasil por muito tempo. 
Trata-se de uma raça pura bastante antiga na Índia, 
sendo introduzida no Brasil no início do séc. 20 mas 
só a partir de 1930 que entraram os melhores 
animais. 
Principais centros de criação: Minas Gerais, Goiás 
e São Paulo. Antigamente, Goiás dava lugar a 
Bahia. 
Foi introduzida no Brasil com a finalidade de 
produzir carne, mas na Índia sempre foi criada para 
produção de leite. 
Participou na formação do Indubrasil e do 
Girolanda (Gir + Holandês), sendo a maior parte do 
leite do Brasil produzido por ela. 
Padrão racial: 
o Porte mediano, menor no Gir Leiteiro, com 
peso médio de 900kg nos M e 500kg nas F 
o Pelagem vermelha, amarela ou mesclada 
com branco e/ou preto 
o Cabeça média com perfil ultraconvexo 
o Orelhas grandes, pendentes, com a ponta 
retorcida para dentro 
o Chifres grossos, de seção elíptica, saindo 
para baixo e para trás 
Aptidão: Inicialmente criado para corte, hoje é 
selecionado para leite ou dupla aptidão – 
predominando a produção de leite. 
O teor de gordura é bem elevado, dando origem a 
produtos de bastante qualidade – queijos, 
manteigas, etc. 
 
 
 
 
 
RAÇA GUZERÁ 
 
Corresponde à raça Kankrej na índia. 
A introdução no Brasil foi o grupamento racial de 
maior número, tendo depois o seu efetivo reduzido 
por cruzamentos na formação do Indubrasil. 
Na formação do Guzerá brasileiro participaram 
também raças indianas além do Kankrej, como 
Malvi, Hissar, Tharparkar. 
O chifre é muito grande então o amochamento 
(descorna) é permitido, pois este pode se tornar um 
problema. 
Padrão racial: 
o Porte médio – 1000kg M, 700kg F 
o Pelagem cinza, cinza escuro, F podendo 
ser brancas (raro), a pele é escura ou preta 
o A cabeça é de largura e tamanho médios, 
com perfil subcôncavo ou retilíneo. 
o Testa larga com ligeira concavidade entre 
os olhos e a marrafa 
o Orelhas compridas, largas e pendentes, 
com a face interna voltada para a face 
Aptidão: Carne e leite. 
Leite bastante rico em gordura e proteína. 
RAÇA BRAHMAN 
 
Foi desenvolvida nos EUA por cruzamentos 
aleatórios de Gir, Nelore, Guzerá e Krishna Valley, 
sendo introduzida no Brasil em 1994 – pois existia 
uma resistência da Associação Brasileira de 
Criadores de Zebu em aceitar essa raça, pois nos 
EUA não tinham um padrão racial definido. 
Padrão racial: 
o Animais de estatura média a baixa, porém 
pesados; M +1000kg e F +700kg 
BOVINOCULTURA – 2021.1 | LARISSA GOMES SANTOS 
 
3 
 
o Cabeça média com perfil subconvexo ou 
retilíneo 
o Orelhas médias, largas e voltadas para a 
face 
o Pelagem branca, cinza ou vermelha 
o É permitida a descorna e ocorrem animais 
mochos naturais 
Aptidão: Produtor de carne. 
São animais bastante volumosos, compactos, 
menores, com muito volume de carne 
principalmente na região posterior. 
RAÇA SINDI 
 
Originário do Paquistão, ficou um pouco esquecida 
mas vem crescendo com muita força no Brasil, 
sendo muito interessante para a região semi-árida 
do Nordeste, por ser um animal pequeno e rústico. 
Foi introduzida no Brasil em 1930 mas apenas em 
1952 foi a importação mais importante, feita pelo 
Instituto Agronômico do Norte, em Belterra no Pará. 
Em 2002 foi realizado o registro do primeiro Sindi 
mocho, mas predominam os com chifre. 
Principais centros de criação: SP e PB 
Padrão racial: 
o Tamanho pequeno a médio, M 600-800kg e 
F 300-450kg 
o Cabeça de tamanho médio, perfil 
subconvexo 
o Orelhas médias, largas e um pouco 
pendentes, apresentando ligeira 
reentrância no bordo inferior 
o Existe variedade mocha 
o Pelagem vermelha, variando do amarelo 
alaranjado ao castanho, com pele e mucosa 
pretas 
o Machos mais escuros e com pigmentalão 
escura no pescoço, barbela e garupa 
Aptidão: Muito rústico e precoce. Fêmeas 
produzem uma média de 8kg de leite, embora 
existam animais com produções acima de 23kg. 
Machos precoces com bom rendimento de carcaça 
(↑ 56kg). 
 
ZEBUÍNAS NATIVAS 
RAÇA INDUBRASIL 
 
Foi criada no Brasil visando ser um animal o mais 
diferente possível do taurino, sendo um 
cruzamento de várias raças zebuínas como Gir, 
Nelore, Guzerá e pequena participação do Hissar e 
Mehwaitin. 
Padrão racial: 
o Animais médios a grandes, as F +700kg e 
M +1000kg 
o Pelagem é branca, cinza ou vermelha com 
pele escura 
o Cabeça de largura e tamanho médios, perfil 
subconvexo 
o Orelhas muito longas e pendentes 
Aptidão: Produtora de carne. 
RAÇA TABAPUÃ 
 
Fruto do cruzamento entre zebuínos, 
principalmente Nelore e Guzerá, sofreu influência 
remota de taurinos nativos, de quem herdou o 
caráter mocho. 
Teve seu principal núcleo de formação na Fazenda 
Água Milagrosa, no município de Tabapuã – SP. 
Começou a ser registrada em 1971 e hoje é a 
segunda raça mais registrada. É bem apreciada no 
RS. 
Padrão racial: 
o Tamanho médio com M pesando 1000kg e 
F 600kg 
o Pelagem branca ou cinza 
o Cabeça média, com marrafa arredondada 
ou em forma de elipse, perfil sub-convexo 
o Orelhas médias, voltadas para a face, 
sendo a borda inferior mais abaulada 
o Mocho, sem nenhum vestígio de chifres 
BOVINOCULTURA – 2021.1 | LARISSA GOMES SANTOS 
 
4 
 
Aptidão: Especializado para a produção de carne. 
Ganhou espaço pois os bezerros nascem espertos, 
as tetas das vacas não são muito grandes, raça 
fácil de criar e rústica. Menor e mais compacto que 
o Nelore – é do tipo intermediário. 
TAURINAS EXÓTICAS 
 RAÇAS BRITÂNICAS DE CORTE 
ABERDEEN ANGUS 
 
Originária da Escócia. 
Características: 
o Porte pequeno com F pesando 600kg e M 
900kg 
o Pelagem preta ou vermelha (red angus – 
variedade) com pele e mucosas escuras 
o Mocho por natureza 
o Fértil, precoce, longeva, grande habilidade 
materna 
o Produz carne de alta qualidade, com 
gordura entremeada (marmoreio) 
Angus brasileiros são bastante procurados, o Brasilexporta muito sêmen, inclusive para a Inglaterra. 
O Angus americano sofreu uma seleção e é mais 
longilíneo, o brasileiro é mais compacto-
intermediário, que é um animal mais voltado para 
produção a pasto. 
DEVON 
 
Raça taurina britânica de corte. São bastante 
peludos (Angus também é, mas o Devon é mais). 
Originário da Inglaterra. 
Características: 
o Pequena (M 900kg e F 500kg) 
o Pelagem vermelha escura 
o Chifrudo com variedade mocha (South 
Devon) 
o Rústico, precoce, produz carne de 
excelente qualidade 
HEREFORD 
 
Originário da Inglaterra 
Características: 
o Pequena a média (F 700kg e M 1000kg), 
pelagem vermelha com a cabeça, ventre e 
extremidades dos membros brancos, sendo 
as mucosas rosadas 
o Possui variedade mocha (Polled Hereford) 
o Precoce, rústica e produtora de carne de 
excelente qualidade, com gordura 
entremeada 
SHORTHORN 
 
Está praticamente extinta mas tem uma 
importância histórica – foi o primeiro bovino do 
mundo a ter registro genealógico, é bastante antiga 
e participa na formação de diversas raças 
sintéticas. 
Características: 
o Porte pequeno a médio (F 500kg e M 
900kg) 
o Pelagem vermelha, branca ou rosilha, com 
mucosas rosadas 
o Precoce no acabamento da carcaça, 
apresentando tendência ao acúmulo de 
gordura 
o Produz carne saborosa e macia, com 
grande cobertura de gordura e alto grau de 
marmoreio 
 
 
 
BOVINOCULTURA – 2021.1 | LARISSA GOMES SANTOS 
 
5 
 
 RAÇAS CONTINENTAIS 
ITALIANAS 
CHIANINA 
 
Origem: Raça muito antiga, conhecida desde o 
início do Império Romano. 
Descrição: Maior raça bovina da face da terra, com 
M atingindo 1500kg e F 1100kg; 
São altos (longilíneos), sendo inicialmente usados 
como animais de tração, com tendência a ter a 
parte anterior mais desenvolvida que a posterior 
(tipo leonino – frente mais larga); 
Tem um ancestral comum com os Zebuínos, por 
isso algumas características em comum, como 
pelagem branca com pele e mucosa pretas; Isso 
faz com que ele tolere melhor o calor do que as 
raças britânicas, apesar de não ser adaptado. 
Hoje, por ser um animal muito grande, é um animal 
que praticamente desapareceu. 
Aptidão: Produz carne magra, sem marmorização. 
MARCHIGIANA 
 
Mais bem conformada para corte do que o 
Chianina, ela deriva do Chianina. 
Descrição: Porte grande (F 700kg e M 1200kg); 
Pelagem branca com órbitas oculares pretas, 
sendo os pelos curtos e sedosos com pele, 
mucosas e cascos pretos; 
Produz carcaças grandes e com boa massa 
muscular, com gordura sub-cutânea. Rendimento 
médio de carcaça = 60%; 
No cruzamento com Nelore, dá mestiços pesados, 
bons para confinamento. 
Os taurinos não tem cupim, no macho tem o 
congote, que é uma hipertrofia no músculo 
trapézio, na região cervical. 
PIEMONTÊS 
 
Origem: Itália. Introduzido no Brasil em 1974. 
Descrição: Animal médio (F 600-700kg e M 1100-
1200kg); 
Pelagem branca, com áreas escuras na garupa e 
pescoço dos machos. O pelo é curto, sendo os 
cascos, a pele e a mucosas escuras; 
Produtor de carne magra e abundante, rendimento 
de carcaça pode chegar a 70%; 
Não é um taurino adaptado ao trópico, mas se 
adapta relativamente bem, suportando muito 
melhor que os taurinos britânicos. 
GELBVIEH 
 
Origem: Alemanha, mas suas características são 
muito próximas das raças britânicas. 
Descrição: Médio (F 600kg, M 900kg) 
Pelagem amarela/avermelhada, com pele mais 
clara; 
Carcaça comprida e musculosa com ossatura forte; 
Produz carne de boa qualidade, é rústico, precoce 
e apresenta elevada habilidade maternal; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BOVINOCULTURA – 2021.1 | LARISSA GOMES SANTOS 
 
6 
 
FRANCESAS 
CHAROLÊS 
 
Origem: Raça bastante antiga formada na Comarca 
de Charolais – França; 
Muito prestigiada na França, sendo a principal raça 
de corte Francesa. 
Descrição: Grande porte (F 700-800kg, M 1000-
1200kg), bastante comprido com ossatura robusta; 
Pelagem branca-creme, com pele e mucosas 
claras; 
Animais pesados, precoces e com carcaças de 
elevado rendimento; 
Produz carne sem marmorização. 
LIMOUSIN 
 
Substituiu o Charolês em cruzamentos. Nos EUA 
ele é bem maior, mais longilíneo. 
Origem: Centro-sul da França; 
Descrição: Médio porte (F 600kg e M 900kg); 
Pelagem amarela, dourada ou avermelhada, a pele 
é rósea assim como as mucosas; 
Ossatura é leve e o corpo é bastante musculoso, 
com posterior mais volumoso, dando um elevado 
rendimento de carcaça (↑ 60%); 
Precoce sexualmente, produz carne macia e 
abundante, porém apresenta pouca cobertura de 
gordura – carne muito magra. 
 
 
 
 
BLONDE D’AQUITAINE 
 
Origem: França, raça natural bastante antiga, 
descendendo do Bos aquitanicus; 
Descrição: Grande porte (F 800kg e M 1200kg), 
comprido, com ossatura leve e grande 
desenvolvimento muscular, principalmente no 
posterior; 
Precoce, rústico, com excelente ganho de peso e 
rendimento de carcaça e habilidade materna; 
Produz carne com pouca cobertura de gordura; 
Geralmente é mocho mas pode ter chifre. 
SUÍÇAS 
BRAUNVIEH 
 
Origem: Raça antiga, natural dos Alpes Suíços; 
Originalmente era um animal de dupla aptidão, 
depois passou a ser selecionado nos EUA para 
leite – passando a ser chamado de Pardo Suíço e 
posteriormente passou a ser selecionado nos EUA, 
Brasil e México também para corte; 
Na Suíça continuou sendo criado para dupla 
aptidão; 
Aqui no Brasil era uma raça muito expressiva mas 
começou a ser usado sêmen de Pardo Suíço 
americano, e voltou mais para leite. Mas alguns 
criadores direcionaram a seleção para corte. 
Descrição: Porte médio, compacto, musculoso, 
com machos pesando até 1000kg e F 600kg; 
Pelagem varia, podendo ser cinza escura, cinza 
clara, parda clara e parda escura, com pele bem 
pigmentada e mucosas e cascos escuros; 
Adapta-se relativamente bem aos trópicos, 
produzindo carne abundante e de boa qualidade, 
com algo grau de marmorização; 
BOVINOCULTURA – 2021.1 | LARISSA GOMES SANTOS 
 
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SIMENTAL 
 
Origem: Suíça. 
Descrição: Médio a grande (F 600-700kg e M 900-
1100kg); 
Pelagem amarela clara ao vermelho, com cabeça, 
ventre e extremidade inferior dos membros 
brancos; 
Em alguns animais são encontradas manchas 
brancas pelo corpo; 
A pele e as mucosas são róseas e os cascos são 
brancos; 
Originalmente é uma raça de dupla aptidão, mas 
nos EUA e em boa parte dos planteis brasileiros 
vem sendo selecionada para corte. 
TAURINAS ADAPTADAS 
RAÇA CARACU (Nativa) 
 
Origem: Descende das raças Ibéricas (Minhoto e 
Alentejana) trazidas pelos Portugueses no início da 
colonização. 
Foi a raça mais importante do Brasil por algumas 
décadas, chegando a quase desaparecer nos anos 
70 e voltando nos anos 80. Hoje, é cobiçada até 
fora do país. 
Principais centros de criação: PR, MG e SP. 
Características: 
o Porte mediano (F 600kg, M 900-1000kg), 
pelagem amarelo claro, amarelo 
alaranjado e avermelhada, os pelos são 
curtos e sedosos e mucosas claras 
o Cabeça forte, larga, sem ser pesada. 
Fronte larga, com ligeira depressão entre 
os olhos. Perfil subconvexo 
o Chifres ligeiramente compridos, leves, de 
cor clara com as pontas avermelhadas, 
saindo para trás, para os lados, para a 
frente, terminando com as pontas voltadas 
para cima – amochamento é permitido 
o Rústico, adapta-se perfeitamente às 
condições climáticas tropicais 
o Excelente habilidade materna 
o Precocidade intermediária entre as raças 
britânicas e zebuínas 
o Produz carne macia 
o Raça dócil e tranquila 
Aptidão: produção de carne. 
Ideal para ambientes úmidos pois toleram muito 
bem a umidade, conseguindo pastejar em áreas 
alagadas. 
CURRALEIRO PÉ DURO e PANTANEIRO 
(Nativas) 
 
Curraleiro pé duro: Ocupa um espaço muito 
importante no bioma Caatinga, sendo os principais 
núcleos de criação o Piauí, mas tem também na 
Bahia, em Tocantins (Serrado) e em Goiás. São 
muito rústicos e bem adaptados ao climasemi-
árido, pouca disponibilidade de comida, entre 
outros. 
Características: 
o Apresentam uma carne muito macia e 
saborosa 
o São animais pequenos, M até 600kg e F até 
350kg 
o Com pouca alimentação produzem bem e 
elevados índices de fertilidade 
o Algumas F estão sendo exploradas para 
produção leiteira, mas o foco é produção de 
carne 
Pantaneiro: É um pouco maior, M 800kg F 400kg. 
Rebanho muito pequeno, com aptidão leiteira muito 
melhor podendo ser considerado de dupla aptidão. 
SENEPOL 
 
BOVINOCULTURA – 2021.1 | LARISSA GOMES SANTOS 
 
8 
 
Origem: formada na Ilha Caribenha de Saint Croix 
através do cruzamento de Red Pool (raça britânica 
de dupla aptidão) com um taurino natural do 
Senegal, o N’Damma. 
Características: 
o Porte médio (F até 600kg e M até 1000kg) 
o Pelos curtos de coloração vermelho 
uniforme, pele, mucosas e cascos 
acinzentados 
o Cabeça pequena, mocho 
o Corpo musculoso 
o Fértil, precoce e com boa habilidade 
materna 
o Produz carne macia e com boa cobertura de 
gordura 
o Promove 100% de heterose em cruzamento 
com zebuínos e 0 perda de rusticidade 
Entrou a pouco tempo no Brasil e hoje possui o 
maior e melhor rebanho Senepol do mundo. É uma 
das raças em maior expansão no Brasil. 
Permite o cruzamento com zebuínos em monta 
natural, plenamente adaptada em todas as regiões 
do Brasil. 
Vende-se muito sêmen. 
TAURINAS EXÓTICAS LEITEIRAS 
HOLANDESA 
 
Origem: Holanda 
Características: 
o Grandes (F 500-600kg, M 900-1000kg), 
conformação clássica de animal leiteiro 
o Existem duas variedades no Brasil, a Frísia 
(preta e branca) e a Mosa, Reno e Yessel 
(vermelha e branca) 
o Em ambas a pele é clara nas áreas de pelos 
brancos e pigmentada nas áreas coloridas 
o É uma raça altamente especializada, sendo 
a mais importante entre as raças leiteiras do 
mundo 
o Raça cosmopolita 
 
 
JERSEY 
 
Origem: Ilha de Jersey, no canal da Mancha 
(Inglaterra) 
Características: 
o Pequena (F até 450kg, M até 800kg) 
o A pelagem é amarela podendo ser 
cinza/parda ao pardo escuro, com mucosas 
e cascos escuros e pele amarela 
o A cabeça é pequena, com perfil côncavo 
o Produtor de leite com altos teores de sólidos 
o Tolera bem melhor o calor do que o 
Holandês, mas não é adaptado ao trópico 
o É pequeno, por isso é precoce, a fêmea 
entram em reprodução em 13-14 meses 
(Holandês – 16-18 meses) então produzem 
mais cedo 
o São dóceis e férteis e produzem leite com 
qualidade diferenciada, com alto teor de 
sólidos, e hoje há uma tendência a se pagar 
mais caro por esse leite 
Nos EUA, Argentina e até mesmo no Brasil, muitos 
criadores cruzam Jersey com Holandês ou 
produzem leite com a maior parte de Holandês e 
uma pequena parte do Jersey para misturá-los e 
aumentar o teor de sólidos. 
Holandês podem chegar a produzir mais de 60kg 
de leite/dia, enquanto os Jersey, 18-20kg mas com 
teor de sólidos alto – proporcional ao peso. 
Para sistemas a pasto é interessante, por serem 
menores e mais leves dá para colocar mais animais 
por ha, alcançando uma produção de leite bem 
interessante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
BOVINOCULTURA – 2021.1 | LARISSA GOMES SANTOS 
 
9 
 
GUERNSEY 
 
Origem: Ilha de Guernsey, Inglaterra 
Características: 
o F adultas 400-700kg e M 700-900kg, 
variando o peso ao nascer entre 25-27kg 
o Pelagem varia do amarelo ao vermelho, 
com grande frequência de malhas brancas 
no corpo 
o Rústica, precoce e longeva, a produção de 
lente fica entre 4000-7000kg por lactação 
de 305 dias com 4,5-5,5% de gordura 
Raça pouco conhecida no Brasil, mas na Argentina 
ainda tem criatórios, e pode voltar pois é um pouco 
maior que o Jersey. 
Se diferencia do Jersey, além do porte, pelo perfil 
convexo (Jersey = côncavo). 
TAURINAS EXÓTICAS 
PARDO SUÍÇO LEITEIRO 
 
Origem: Suíça, sendo aprimorada para leite nos 
EUA a partir de 1907. 
Era de dupla aptidão, mas mudou a sua função. 
É mais importante nos EUA, sendo o maior das 
raças leiteiras. 
Características: 
o Os touros adultos pesam 800-1300kg; 
vacas em lactação pesam 550-750kg 
o Pelagem idêntica ao Pardo Suíço Original 
o Animais com tipo leiteiro bem definido, 
sendo maiores e com formas mais 
angulosas que o original 
o Especializada na produção de leite 
 
 
 
NORMANDA 
 
Origem: França 
Características: 
o Médio porte (650kg e M 1000kg) 
o Pelagem malhada de araçá (tigrada) ou 
araçá malhada, entremeado de branco. A 
pele e as mucosas são róseas, sendo os 
cascos amarelos ou vermelhos 
o Animal de dupla aptidão com as vacas 
produzindo acima de 6000kg com 4,18% de 
gordura e machos abatidos com 15 meses, 
pesando 550kg 
o Bastante precoce, produz carne de 
excelente qualidade 
É bastante criada na região da Normandia 
(França), região famosa pela qualidade do seu 
queijo. 
Está voltando a ser utilizada no Brasil, sendo 
interessante tanto pra carne de leite quanto de 
corte. 
RAÇAS SINTÉTICAS 
Raças resultantes de cruzamentos programados 
de duas ou mais raças, com a finalidade de 
aproveitar as características delas e fixa-las e 
transformá-las em raças padrão. 
Maioria resultantes de Taurinos x Zebuínos, mas 
não necessariamente. Taurinos entram devido a 
sua rusticidade e adaptabilidade. 
 RAÇAS SINTÉTICAS DE CORTE 
Brangus 
 
Origem: Louisiana, EUA. 5/8 de Angus e 3/8 de 
Brahman 
Características: 
o Animais de tamanho médio (F 600kg e M 
900kg) 
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o Mochos, com pelagem uniforme (preta ou 
vermelha), com mucosas pigmentadas e 
pelos curtos. Conformação típica de corte 
das raças Britânicas 
o Herdou do Angus a precocidade e 
fertilidade e a qualidade da carne, 
apresentando no entanto, melhor 
adaptação ao clima tropical 
Já está terminado, é apenas aprimorado. É mais 
rústico. 
Braford 
 
Origem: formada nos EUA pelo cruzamento de 
Hereford (5/8) com Brahnman (3/8), sendo 
reconhecida no Brasil em 1993 
Características: 
o 800kg a 1200kg nos M e 500 a 600kg nas F 
o As F entram em reprodução aos 18 meses, 
com 450kg a pasto, desmamando bezerros 
com 50% do seu peso 
o Os novilhos podem ser abatidos a campo 
com 18 a 24 meses pesando entre 400 e 
500kg, apresentando um rendimento de 
carcaça entre 55 e 58% 
Santa Gertrudis 
 
Origem: Texas 5/8 Europeu (Hereford e Shorthorn) 
+ 3/8 Brahman 
Características: 
o Grande porte (F 700kg, M 1000kg) 
o Pelagem vermelha com pelos curtos, pele 
pigmentada e abundante, formando barbela 
o Cascos e chifres claros 
o Boa adaptação, porém, exigente quanto a 
alimentação 
o Precoce, produz novilhos pesados, 
produzindo carne de boa qualidade 
Há muito tempo não se houve falar de Santa 
Gertrudis na Bahia. 
Também tem animais mochos. 
Canchim 
 
Origem: Formado e fixado no Brasil desde os anos 
40. 5/8 Charolês + 3/8 Zebu. 
Raça já fixada. Há vários criatórios na BA, mas é 
mais criado em SP e PR. 
Características: 
o Porte médio a grande (F 500-600kg, M 900-
1000kg) 
o Pelagem branca amarelada ou baia, com 
pelos curtos e sedosos 
o A pele e mucosas são pigmentadas 
o Boa conformação para corte, apresentando 
bom desempenho em boas pastagens 
Não é muito popular, apesar de ser brasileiro. 
Simbrasil (Simbrah) 
 
Origem: Brasil e EUA, 5/8 Simental + 3/8 Zebu 
Características: 
o Grande porte (F 700kg, M 1100kg) 
o Pelagem amarela ou vermelha com 
marcações brancas na face, ventre e 
membros 
o Pelos curtos, pele grossa e pigmentada 
o Produz novilhos de corte pesados e 
precoces 
o As matrizes apresentam boa habilidade 
materna 
Existe o Simbrasil leiteiro, já que é uma raça de 
dupla aptidão, razão de Joseph 650kg e produção 
acima de 20kg. 
 
 
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Bonsmara 
 
Não tem sangue zebu! Já estava domesticado na 
África quando os europeus chegaram. 
5/8 Afrikaner + 3/16 Herefor + 3/16 Shorthorn – 
sangue taurino adaptado.Origem: formada na África do Sul há 50 anos pelo 
Zootecnista Sul Africano, Jan Bonsma 
Características: 
o Porte médio (F 500kg, M 900kg) 
o Pelagem vermelha uniforme, pelos curtos 
com pele e mucosas pigmentadas 
o Rústico, sendo totalmente adaptado ao 
clima tropical 
o Precoce, fértil, excelente habilidade 
materna e produtora de carne de boa 
qualidade 
 
 RAÇAS SINTÉTICAS DE DUPLA 
APTIDÃO 
Pitangueiras 
 
Origem: formado na Fazenda Três Barras, no 
município Pitangueiras (SP), através do 
cruzamento do Red Poll com Guzerá (5/8 Red Poll 
+ 3/8 Guzerá 
Características: 
o Porte médio (F 500kg, M 900kg) 
o Pelagem vermelha, com pelos curtos e 
pele, mucosas e cascos escuros 
o Mocha por natureza 
o Machos produzem novilhos precoces com 
carne de boa qualidade, sendo as fêmeas 
boas leiteiras, produzindo em torno de 7kg 
a pasto 
Caiu em desuso e está praticamente extinta. 
 
 
Guzolando 
 
Origem: Brasil 
Cruzamento do Holandês com Guzerá. Grau de 
sangue variado (1/2 Holandês + ½ Guzerá; ¼ 
Holandês + ¾ Guzerá; ¾ Holandês + ¼ Guzerá; 5/8 
Holandês + 3/8 Guzerá) 
Características: 
o Porte médio a grande, com peso médio de 
500kg F e 900kg M 
o Pelagem preta ou preta e branca, com 
predominância do preto 
o Raça de dupla aptidão com fêmea 
apresentando aptidão leiteira e machos 
com adequada conformação para corte, 
com bom ganho de peso 
Está crescendo na bahia. 
 RAÇAS SINTÉTICAS LEITEIRAS 
Girolanda 
 
Origem: Brasil (5/8 Holandês + 3/8 Gir) 
Características: 
o Médio porte (F 500kg, M 900kg) 
o Conformação tendendo ao tipo leiteiro 
o Pelagem preta ou vermelha predominante, 
com manchas brancas ou chitados 
o As fêmeas iniciam a lactação aos 30 meses, 
produzindo média de 3600kg em uma 
lactação de 280 dias 
o Os machos são aproveitados para desejar 
a produção de carne, embora o 
desempenho deixe a desejar 
Inicialmente se pensava em uma raça de dupla 
aptidão, mas atualmente é leiteiro, já que animais 
leiteiros não servem para corte. Ainda não é fixado.

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