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Dado, informação, conhecimento e inteligência Dado Dado pode ser entendido como um elemento da informação (um conjunto de letras ou dígitos) que, tomado isoladamente, não transmite nenhum conhecimento, ou seja, não contém um significado intrínseco (BIO, 1991). Gerenciamento dos dados Como os dados são processados em diversas etapas e até locais diferentes, estes se tornam difíceis de gerenciar. Segundo Turban, Rainer Jr e Potter (2007) algums dessas razões são: • Quantidade de dados aumentando exponencialmente com o tempo; • Os dados ficam dispersos nas organizações e são coletados por muitos indivíduos que utilizam vários métodos e dispositivos; • Os dados podem vir de fontes internas, externas e pessoais; Informação Conforme afirma Choo (2003) “a informação é fabricada por indivíduos a partir de sua experiência passada e de acordo com as exigências de determinada situação na qual a informação deve ser usada”. A informação precisa possuir algumas características como, por exemplo: responder a uma questão, solucionar um problema, subsidiar uma decisão, auxiliar em uma negociação ou dar sentido a uma situação. Características da Informação Quando uma informação não é suficientemente precisa ou completa, um profissional pode tomar decisões equivocadas, podendo gerar grandes prejuízos sociais e/ou econômicos. Por esse motivo, a importância da informação pode apresentar diferenças dependendo do valor que é atribuído para cada uma de suas características de qualidade. Dentre as características de valor que podemos atribuir a informação podemos destacar: Precisão: A informação não contém erro. Uma informação imprecisa normalmente é originada por dados imprecisos que alimentam o processo; Completa: A informação contém todos os fatos importantes; Confiável: A confiabilidade da informação depende do método de coleta dos dados (fonte dos dados). Quanto mais precisa essa fonte, mais confiável a informação; Relevante: Uma informação relevante é essencial na tomada de decisões; Verificável: A informação pode ser conferida para assegurar que está correta; Acessível: A informação deve ser facilmente acessível aos usuários autorizados, que podem obtê-la na forma correta e no tempo certo; Segura: A informação deve ser segura para possibilitar o seu acesso apenas pelos usuários autorizados. Conhecimento Conhecimento é uma informação contextual, relevante e acionável. Dito de forma simples, conhecimento é a informação em ação. Capital intelectual (ou recursos intelectuais) é outro termo frequentemente usado como sinônimo de conhecimento (TURBAN; Rainer Jr; Kelly; Potter, 2007) . Conhecimento é uma informação valiosa de mente, inclui reflexão, síntese e contexto. É difícil de estruturar, difícil de capturar em computadores, normalmente é tácito (não explícito) e sua transparência é complexa (AUDY; ANDRADE; CIDRAL, 2005). Gestão do Conhecimento (KM - Knowledge Management) Para Bukowitz e Williams (2002) “A gestão do conhecimento é o processo pelo qual a organização gera riqueza, a partir do seu conhecimento ou capital intelectual”. Conforme Woida e Valentim (2006) a gestão do conhecimento é compreendida como um novo processo necessariamente social e organizacional provido de estratégias, objetivos e etapas simultâneas, que visa num primeiro momento, desenvolver nas pessoas a capacidade de percepção, de criação de significado e de construção de conhecimento e, num segundo momento, visa desenvolver nas pessoas a capacidade de transformar o conhecimento em informação, compartilhar informação e conhecimento e usar informação e conhecimento. Com o crescimento da importância da Gestão do Conhecimento, as empresas passam a se preocupar com o que sabem, o que precisam saber e, não menos importante, com o que a concorrência sabe. Torna-se cada vez mais importante identificar o impacto e a consistência do conhecimento no setor específico da empresa. É, assim, fundamental criar condições e apoiar o desenvolvimento e a comunicação desse conhecimento. A empresa começa a perceber a importância de transformar seu conhecimento realmente em um ativo a serviço da organização, e não apenas em propriedade de indivíduos ou grupos internos (TEIXEIRA FILHO, 2000, p.41). Conhecimento Tácito e Explícito Conhecimento tácito é aquele que o indivíduo adquiriu ao longo da vida, que está na cabeça das pessoas. Geralmente é difícil de ser formalizado ou explicado a outra pessoa, pois é subjetivo e inerente as habilidades de uma pessoa, como "know-how". A palavra tácito vem do latim tacitus que significa "não expresso por palavras". Este tipo de conhecimento parece ser mais valioso devido a sua difícil captura, registro e divulgação, exatamente por ele estar ligado as pessoas. É o que algumas pessoas chamam de verdadeiro conhecimento. Podemos dizer que todos nós possuímos este conhecimento, mas é difícil de explicá-lo e isto se deve a nossa experiência de vida, dos conhecimentos que adquirimos com o passar dos anos, ou seja, é um conhecimento que está lá dentro de nós Conhecimento explicito é aquele formal, claro, regrado, fácil de ser comunicado. Pode ser formalizado em textos, desenhos, diagramas, etc. assim como guardado em bases de dados ou publicações. A palavra explicito vem do latim explicitus que significa "formal, explicado, declarado". Geralmente está registrado em artigos, revistas, livros e documentos. Alguns dizem que este tipo de conhecimento é confundido com a própria informação, na sua forma mais simples. Inteligência Competitiva Segundo vários autores, a Inteligência Competitiva pode ser definida como um processo de coleta, análise e disseminação de informações dos ambientes interno e externo, das quais farão uso todos os níveis da organização, interagindo estrategicamente no processo de tomada de decisões de acordo com suas necessidades. O processo de inteligência competitiva (IC) é aplicado em ambientes organizacionais, com o propósito de descobrir oportunidades e reduzir riscos, além de conhecer o ambiente interno e externo à organização, visando o estabelecimento de estratégias de ação a curto, médio e longo prazo. (Valentim, 2003) Além de verificar as condições de mercado e de seus concorrentes, a Inteligência Competitiva também busca avaliar o desempenho dos seus concorrentes dentro deste ambiente e obter informações que façam com que sua empresa supere seus concorrentes mesmo que as condições de mercado sejam as mesmas para ambos. Para se iniciar um projeto de Inteligência Competitiva em uma organização, conforme Teixeira (2000), existem alguns passos que devem ser seguidos: • Definir os temas de interesse; • Mapear o ambiente competitivo; • Identificar as fontes de informação pertinentes; • Efetuar uma pesquisa preparatória de material básico a respeito de cada tema, para estabelecer um contexto de análise; • Definir a estratégia de coleta de informações; • Implantar a atividade de pesquisa, coleta e registro das informações; • Identificar especialistas para darem apoio técnico à análise; • Definir os métodos de análise que serão empregados; • Criar as bases de dados de referência para cada tema. Teixeira (2000) afirma que a aplicação do conceito de Inteligência Competitiva nas organizações não é recente e esse conceito já foi aplicado em muitas empresas. O fato é que se há troca comercial, então há fluxo de informação, e esse fluxo é a base dos processos de Inteligência Competitiva. Isso é diferente de “espionagem”, pois são respeitados os aspectos éticos e legais da atividade. Através da inteligência competitiva organizacional é possível estabelecer uma cultura organizacional baseada em informação e conhecimento, visando maior flexibilidade de atuação no mercado,assim como maior capacidade de criação e geração de tecnologias, ou seja, maior competitividade (Valentim,2002). Segundo Miller (2002), existem diferenças entre a Gestão do Conhecimento e a Inteligência Competitiva. A princípio, ambas têm como objetivo proporcionar conhecimento e informação para as pessoas certas no momento certo. Em muitos casos, a diferença pode ser pouco mais do que de perspectiva e uma questão de como satisfazer da melhor maneira um objetivo ou necessidade imediatos da empresa. Referencias Bibliográficas: Da Silva, Heide Miranda.GESTÃO DO CONHECIMENTO E INTELIGÊNCIA COMPETITIVA EM ORGANIZAÇÕES: UMA ABORDAGEM CONCEITUAL <http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/ric/article/view/157/144> acessador em 27 de set. De 2010. BIO, S. R. Sistemas de informação: um enfoque gerencial. São Paulo: Atlas. TURBAN, Efraim; Rainer Jr., R. Kelly & Potter, Richard E.; tradução Daniel Vieira. Introdução a Sistemas de informação. Rio de Janeiro: Elseier, 2007 Pinheiro. José Mauricio Santos. Por que estudar Sistemas de Informação? <http://www.projetoderedes.com.br/artigos/artigo_porque_estudar_sistemas_de_informac ao.php> acessado em 27 de set. De 2010. STAIR, R. M.; REYNOLDS, G. W. Princípios de sistemas de informação: uma abor- dagem gerencial. 4. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 2002. Mendes. Alexandre Conhecimento tácito e explicito <http://imasters.uol.com.br/artigo/3599/gerencia/conhecimento_tacito_e_explicito> acessado em 27 de set. De 2010. Crescêncio, Tatiane; Dalfovo, Oscar; de Azambuja Ricardo Alencar; Dias, Paulo Roberto. Gestão do Conhecimento e Inteligência Competitiva <http://www.arquivar.com.br/espaco_profissional/sala_leitura/artigos/Gestao_do_Conheci mento_e_Inteligencia_Competitiva..pdf/at_download/file> acessado em 27 de set. De 2010. TEIXEIRA, Filho Jayme. Gerenciando Conhecimento.: como a empresa pode usar a memória organizacional e a inteligência competitiva no desenvolvimento de negócios. Rio de Janeiro. SENAC. 2000 MILLER, Jerry P.. O milênio da Inteligência Competitiva. Porto Alegre. Bookman. 2002 BUKOWITZ, W. R.; WILLIAMS, R. L. Manual de gestão do conhecimento: ferramentas e técnicas que criam valor para a empresa. Porto Alegre: Bookman, 2002. CHOO, C. W. A organização do conhecimento: como as organizações usam a informação para criar significado, construir conhecimento e tomar decisões. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2003.
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