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RESUMO ÉTICA PROFISSIONAL - OAB

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RESUMO PARA PROVA – ÉTICA
REQUISITOS PARA INSCRIÇÃO NOS QUADROS DA OAB (ART. 8º EAOAB E ART. 20 A 26 DO REG. GERAL)
Para se inscrever nos quadros da OAB é preciso que a pessoa tenha os seguintes requisitos: 
1. Capacidade civil (plena e presumida, basta ter mais de 18 anos. A falta de capacidade civil é que deve ser arguida e provada, sendo este o caso pertinente); 
2. Diploma ou certidão de graduação em direito acompanhada de cópia autenticada do histórico escolar, obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada pelo MEC; (O diploma expedido por outro país precisa ser revalidado no Brasil para poder servir como prova de graduação em direito, seja ele de estrangeiro ou brasileiro)
3. Título de eleitor (dispensado para os estrangeiros) e quitação do serviço militar (dispensado para mulheres e para estrangeiros);
4. Aprovação em Exame de Ordem (Serve para averiguar o conhecimento sobre o direito brasileiro e sobre a língua portuguesa); 
5. Não exercer atividade incompatível com a advocacia; 
6. Idoneidade moral (atualmente comprovada através de certidões negativas dos cartórios cíveis e criminais, podendo ser suscitada por qualquer pessoa, mas só pode ser declarada por 2/3 dos votos de todos os membros do Conselho competente, em processo disciplinar);
7. Prestar compromisso perante o Conselho (Ato indelegável e imprescindível);
DOS TIPOS DE INSCRIÇÃO
1. Principal: Inscrição onde o advogado pretende estabelecer o seu domicílio profissional, realizando os atos privativos de forma ilimitada e independente de comunicação à OAB.
2. Suplementar: quando o advogado passa a exercer a profissão de forma habitual em outra Seccional que não a de sua inscrição principal, cabe a ele informar a esta Seccional e solicitar uma inscrição suplementar. O exercício habitual é formalizado quando o advogado realizar intervenção judicial em mais de cinco causar por ano. A advocacia extrajudicial, a impetração de Habeas Corpus, Recursos e a autuação nos Tribunais Federais com jurisdição Nacional ou em mais de um Estado não estão incluídas neste limite de cinco causas. 
3. Transferência: quando o advogado resolve mudar seu local de trabalho profissional de forma efetiva, solicita-se a transferência da inscrição principal. Neste caso o número de inscrição principal passa a ser o do novo domicílio, cancelando-se o número anterior. 
ESTAGIÁRIO: (Art. 3º, §2º do EAOAB, Art. 27 e seguintes do Regulamento Geral)
O Estagiário para se inscrever nos quadros da OAB, precisa de todos os requisitos acima (Art. 8º EAOAB), excetuando-se apenas o II (Diploma) e o IV (Aprovação em Exame de Ordem), além de ter sido admitido em estágio profissional de advocacia. 
O estágio profissional da advocacia é essencial para o estudante graduado que deseje ser inscrito no quatro de estagiários da OAB. Não é condição essencial para poder vir a se tornar advogado futuramente. Pode ser oferecido pela Instituição de Ensino Superior através de convênio com a OAB, e deve constar de atividades práticas típicas de advogado e de estudo do Estatuto e do Código de Ética e Disciplina, tendo carga horária mínima de 300 horas, distribuídas em dois ou mais anos. O estagiário pode realizar sua atividade prática em algum escritório de advocacia, defensoria pública, no núcleo de prática jurídica da Instituição Superior de Ensino ou em setores jurídicos públicos ou privados, credenciados e fiscalizados pela OAB.
O estagiário pode subscrever os atos privativos de advogado, em conjunto com o advogado ou defensor público que seja seu responsável. Sem a necessidade de assinatura conjunta, o estagiário pode realizar sozinho os seguintes atos (que continuam sendo de responsabilidade do advogado):
1. Retirar e devolver os autos em cartório, assinando a respectiva carga;
2. Obter junto aos escrivães e chefes de secretarias certidões de peças ou autos de processos em curso ou findos; 
3. Assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais ou administrativos. 
Para realizar atos extrajudiciais, o estagiário pode comparecer sozinho, desde que seja substabelecido ou autorizado pelo advogado. O estagiário realizado integralmente fora da Instituição de Ensino deverá seguir os termos de convênio entre o escritório de advocacia ou entidade que receba o estagiário e a OAB. Portanto, para um escritório receber estagiários deverá ter um convênio com a OAB. 
ADVOGADO ESTRANGEIRO 
A partir do Provimento 91/2000 do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, ficou definido que o advogado estrangeiro somente poderá atuar no Brasil como “consultor em direito estrangeiro”, devendo estar autorizado pela OAB através da respectiva Seccional, sendo-lhe vedado “o exercício do procuratório judicial” e “a consultoria ou assessoria em direito brasileiro”. 
O principio da legalidade se instala neste momento, pois “onde o legislador quis ele prescreveu, onde não quis silenciou”. 
Ressalta-se que, tanto os advogados estrangeiros, agindo ou não como consultores em direito estrangeiro, bem como os advogados brasileiros que àqueles se associarem, estão sujeitos aos ditames das normas que regem a advocacia no Brasil. É a inteligência do artigo 34, incisos primeiro e segundo do Estatuto da Advocacia, quando ocorrerem tais tipos de associações. 
Habilitação de advogado estrangeiro para atuação no Brasil 
O art. 8º, §2º da Lei 8.906/94 (Estatuto da Advocacia) prevê que o estrangeiro não graduado no Brasil que pretende aqui, atuar, deverá preencher os seguintes requisitos: 
1. Revalidar o título de bacharel em direito obtido em instituição estrangeira; 
2. Possuir capacidade civil;
3. Aprovação em Exame de Ordem; 
4. Não exercer atividade incompatível com a advocacia; 
5. Idoneidade moral
6. Prestar compromisso perante o Conselho.
Quando à validação do título de bacharel Sérgio Ferraz em parecer sobre o Exercício da Advocacia no Brasil por profissional estrangeiro, esclarece: 
“Nossa Lei básica não foi omissa no particular: o estrangeiro, e mesmo o brasileiro, graduados em Direito fora do Brasil, podem inscrever-se na OAB (e, pois, podem ter livre acesso ao exercício da profissão em nosso país), após revalidarem seu diploma (Estatuto, art. 8º, § 2º).A revalidação é um procedimento administrativo, que não é realizado pela OAB: as universidades, a tanto autorizadas pelo Ministério da Educação, examinam o conteúdo do curso jurídico concluído no exterior, confrontam-no com as exigências mínimas legalmente postas aos cursos jurídicos no Brasil, detectam equivalências e, se cabível e/ou necessário, determinam ao requerente a complementação reputada imprescindível (ou, pelo contrário, reconhecem o diploma, sem mais exigências), com a subsequente prestação de provas. Conquanto esse processo de revalidação seja razoavelmente objetivo, em seu desenrolar as peculiaridades das grades curriculares universitárias e a delonga normal das tramitações, inseridas no conceito autonomia universitária, frequentemente lhe imprimem uma duração excessiva, até de anos, mesmo. De toda sorte, não há fechamento, na lei brasileira, a que advogado, diplomado no exterior, aqui venha a exercer a profissão."
Ademais, caso seja constatada divergência entre a grade curricular da instituição estrangeira e a universidade brasileira, poderá ser solicitado ao estrangeiro que curse as disciplinas que se mostrem necessárias, possibilitando a equivalência do bacharelado, ou ainda, caso restem dúvidas quando à similaridade do curso poderão aplicar exames e provas, em língua portuguesa com o objetivo de caracterizar a equivalência. 
Conforme art. 3º da Resolução nº 1/02 do MEC: “São competentes para processar e conceder as revalidações de diplomas de graduação as universidades públicas que ministrem curso de graduação reconhecido na mesma área de conhecimento ou em área afim”. 
Requisitos para cadastro como consultor em direito estrangeiro
Frente à morosidade do procedimento para revalidação do diploma de advogado estrangeiro, e por tratar-se de procedimento que foge da alçada da OAB, os advogados estrangeirostêm optado por se cadastrarem como consultores em direito estrangeiro de seu país de origem, já que este procedimento tem se mostrado relativamente mais célere.
O Provimento nº 91/2000 da OAB regulamenta e estabelece os requisitos para a obtenção de autorização por advogado estrangeiro, para prestar serviço de consultoria em direito estrangeiro. Esta autorização é concedida a título precário.
São requisitos para autorização ao exercício da consultoria em direito estrangeiro:
1. Capacidade civil; 
2. Não exercer atividade incompatível com a advocacia; 
3. Idoneidade Moral;
4. Prestar compromisso perante o Conselho; 
5. A inscrição deve ser feita no conselho seccional em cujos territórios;
6. Prova de ser portador de visto de residência no Brasil; 
7. Prova de estar habilitado a exercer a advocacia e/ou de estar inscrito nos quadros da Ordem dos Advogados ou Órgão equivalente do país ou estado de origem;
8. Prova de não ter sofrido punição disciplinar, mediante certidão negativa de infrações disciplinares emitida pela Ordem os Advogados ou Órgão equivalente do país ou estado em que estiver admitido a exercer a advocacia ou, na sua falta, mediante declaração de que jamais foi punido por infração disciplinar; 
9. Prova de que não foi condenado por sentença transitada em julgado em processo criminal, no local de origem do exterior e na cidade onde pretende prestar consultoria em direito estrangeiro no Brasil;
10. Prova de reciprocidade no tratamento dos advogados brasileiros no país ou estado de origem do candidato, ou seja, no país do estrangeiro que pretende inscrever-se/cadastrar-se como consultor em direito estrangeiro está condicionado a comprovação que seu país ou estado presta igual tratamento ao advogado brasileiro (art. 2º, VI do Provimento da OAB nº 91/00).
Pode a OAB, ainda, requerer a apresentação de documentos complementares que considerar pertinente.
O mesmo provimento (91/00 da OAB) prevê que a perda a qualquer tempo, dos requisitos mencionados acima importará na cassação da autorização. Ainda, importante ressaltar que todos os documentos em língua estrangeira devem ser traduzidos para a língua pátria por tradutor público juramentado.
Vedações impostas ao consultor em direito estrangeiro 
Ainda, o provimento prevê em seu art. 1º, § 1 as seguintes vedações ao consultor em direito estrangeiro:
1. Exercício do procuratório judicial; 
2. Consultoria ou assessoria em direito brasileiro;
O consultor em direito estrangeiro devidamente autorizado, deverá observar e respeitar as regras de conduta e os preceitos éticos aplicáveis aos advogados brasileiros. A autorização para exercício de consultoria em direito estrangeiro, deverá ser renovada a cada três anos, com a atualização da documentação pertinente.
Condições especiais para inscrição de advogados de nacionalidade portuguesa na Ordem dos Advogados do Brasil 
Advogados de nacionalidade portuguesa que desejem atuar no Brasil poderão requerer o seu cadastro na Ordem dos Advogados do Brasil, desde que possua situação regular na Ordem dos Advogados Portugueses.
Não é necessário a realização de prova de Exame de Ordem por advogado de nacionalidade portuguesa, bem como é dispensada a revalidação do seu diploma de bacharel em direito, conforme prevê o art. 1º do provimento OAB 129/2008.
Apesar das dispensas supramencionadas deve o advogado estrangeiro português observar os seguintes requisitos:
1. Possuir capacidade civil; 
2. Não exercer atividade incompatível com a advocacia; 
3. Idoneidade moral; 
4. Prestar compromisso perante o Conselho; 
Prova de reciprocidade no tratamento dos advogados brasileiros no país ou estado de origem do candidato, ou seja, no país do estrangeiro que pretende inscrever-se/cadastrar-se como consultor em direito estrangeiro está condicionado a comprovação que seu país ou estado presta igual tratamento ao advogado brasileiro (art. 2º, VI do Provimento da OAB nº 91/00).
A possibilidade de inscrição simplificada para o advogado estrangeiro português, em nada obsta caso este deseje exercer a profissão somente como consultor em direito português, vide art. 2º do provimento OAB nº 129/2008.
O art. 5º do provimento OAB nº 129/2008 elenca os documentos a serem apresentados no ato de requerimento da inscrição do advogado português nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil, abaixo segue na integra o art. 5º da referida instrução:
“Art. 5º Sem prejuízo do cumprimento de diligências que venham a ser consideradas necessárias, em observância à reciprocidade de tratamento prevista no art. 3º, o requerimento de inscrição será preenchido com a observação do formulário próprio disponibilizado pelo Conselho Seccional, bem como a apresentação dos seguintes documentos:I. Fotocópia do processo completo da inscrição principal como advogado na Ordem dos Advogados Portugueses;II. Certidão emitida pela Ordem dos Advogados Portugueses comprovativa da inscrição em vigor, da situação contributiva e do registro disciplinar do requerente;III. Fotocópia de diploma em Direito, emitido por instituição de ensino oficialmente credenciada em Portugal, acompanhada do histórico escolar;IV. Fotocópia do inteiro teor da certidão de nascimento;V. Certidão de antecedentes criminais emitida em Portugal e, também, no Brasil, se o requerente residir no território brasileiro;VI. Prova de residência, na hipótese do requerente residir no território brasileiro, e, se residir no exterior, indicação e comprovação de domicílio profissional no Brasil, para onde lhe serão dirigidas as correspondências endereçadas pela OAB;VII. Fotocópia do passaporte;VIII. Fotocópia do Cartão de Inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas brasileiro;IX. Autorização do requerente para o tratamento dos seus dados pessoais e profissionais;X. Declaração, datada e assinada pelo requerente, de não estar em situação de impedimento ou incompatibilidade com o exercício da advocacia no Brasil e em Portugal;XI. Fotocópia da carteira ou do cartão de identidade de advogado português;XII. Fotocópia do contrato de trabalho, de associação ou similar ou, ainda, fotocópia do comprovante da nomeação, caso o requerente declare que esteja empregado, associado ou tenha sido nomeado para cargo público no Brasil;XIII. Fotocópia do documento comprobatório dos requisitos necessários à inscrição dos advogados brasileiros na Ordem dos Advogados Portugueses. Parágrafo único. Todos os documentos emitidos em Portugal devem ser apresentados em sua via original ou em fotocópia autenticada, devendo ter a firma reconhecida e a legalização feita pelo Consulado do Brasil em Portugal.”
ATOS PRIVATIVOS DE ADVOGADO 
Os atos privativos estão previstos no art. 1º do EOAB, o inciso I trata da postulação a órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais. Essa regra comporta exceções, sendo eles: 
· Não se inclui na atividade privativa de advocacia a impetração de habeas corpus em qualquer instância ou tribunal. 
· Nos Juizados Especiais Cíveis, até o limite de 20 salários mínimos. Não se aplica na fase recursal. 
· Nos Juizados Federais e da Fazenda Pública é facultativa a assistência de advogado (Lei nº 10.259/2001, art. 10, e Lei nº 12.153/2009, por interpretação analógica à Lei do JEF).
· Na Justiça do Trabalho, tanto nas Varas do Trabalho quanto nos TRTs. Não alcança a ação rescisória, ação cautelar, mandado de segurança e recursos para o TST, vide Súmula 425 do TST. 
· Justiça de Paz, pois o juiz de paz não exerce função jurisdicional. 
· Propositura de ação de alimentos de acordo com o art. 2º da Lei . 5.478/68, que possibilita ao credor de alimentos demandar judicialmente contra o devedor.
· Na revisão penal, nos termos do CPP, art. 623, a revisão poderá ser pedida pelo próprio réu ou por procurador legalmente habilitado ou, no caso de morte do réu, pelo conjugue, ascendente, descendente ou irmão.
Atos privativos extrajudiciais: II – as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas.
Além da consultoria, assessoria e direção jurídica são também atividades privativas de advogado pela via extrajudicial as separações,divórcios, inventários extrajudiciais e, mais recentemente, a usucapião extrajudicial. 
Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade, só podem ser admitidos a registro, nos órgãos competentes, quando visados por advogado. 
Exceção: microempresas e empresas de pequeno porte – Lei complementar n. 123/2006.
Fica dispensado o visto de advogado no contrato social da sociedade que, juntamente com o ato de constituição, apresentar declaração de enquadramento como microempresa ou empresa de pequeno porte, nos termos do art. 9º, §2º, da Lei Complementar n. 123/2006, como no caso da EIRELI. 
SUSPENSÃO, CANCELAMENTO E LICENÇA 
O cancelamento da inscrição pode ser voluntário, coercitivo, de ofício ou decorrente de fato natural, no caso da morte, conforme se observa do art. 11 do EOAB. Com o cancelamento da inscrição ocorrerá o desligamento do advogado dos quadros da OAB, deixando, portanto, de ser advogado e perdendo, inclusive, o número de inscrição. 
O cancelamento poderá ocorrer em cinco hipóteses: 
1. por ato de vontade do inscrito; (não é necessário sequer uma justificativa)
2. por morte; (o comunicado de óbito é suficiente para cancelar a inscrição, cessar a cobrança de anuidades e preservar a documentação e a imagem do profissional falecido, pode ser feito de ofício)
3. no caso de sanção de exclusão; (a pena é a de exclusão, a execução da pena importa no cancelamento da inscrição, pode ser feito de ofício)
4. o advogado que passar a exercer atividade incompatível em caráter definitivo; (o significado de definitivo é bem amplo, podendo ser a POSSE de um cargo público incompatível ou a assinatura da CTPS em atividade incompatível, como funcionário de cartório, por exemplo. Até a formalização e efetivação da atividade incompatível definitiva, não há necessidade de cancelamento ou licença, pode ser feito de ofício)
5. se o advogado perder qualquer dos requisitos para inscrição (art. 11 e incisos do EOAB).
· Aquele que foi excluído, quando fizer um novo pedido de inscrição, não precisará ser aprovado em um novo Exame de Ordem. 
· Atente para os casos de incompatibilidade em caráter definitivo, tais como passar em concurso de juiz, promotor, policial, de qualquer natureza, fiscal da Receita Federal, escrevente do Judiciário, gerente de banco, forças armadas, que geram o cancelamento da inscrição do advogado. 
Sempre haverá a possibilidade de um novo pedido de inscrição, que não restaurará o número anterior. No caso daquele que teve sua inscrição cancelada coercitivamente por ter sofrido a sanção de exclusão, o novo pedido de inscrição deverá ser acompanhado de reabilitação administrativa ou judicial, se for o caso, conforme o art. 41 do EOAB. 
Com relação ao licenciamento (art. 12 do EOAB), ou seja, o afastamento temporário dos quadros da OAB, acontece em três hipóteses distintas: 
I. requerimento devidamente motivado; 
(Como suspende-se não só o exercício da advocacia para o requisitante mas também a cobrança de anualidades e taxas, é fundamental que a OAB concorde com os motivos. Ato discricionário do Conselho Seccional)
II. passar a exercer em caráter temporário atividade incompatível; 
(Quando é notório que a função incompatível é apenas temporária, cabe o pedido de licença. É o que acontece, por exemplo, com um advogado eleito para ser Governador de um Estado. O mandato termina em 4 anos e, portanto, é temporário, mesmo que depois ele seja reeleito, ainda permanece a temporariedade da situação. Também é ato discricionário, mas não é pacífico este entendimento.)
III. sofrer de doença mental curável. (Se a doença mental é curável, existe o entendimento de que é temporária, e basta um tratamento de saúde para que o advogado volte às suas atividades. OBS: Esta mesma situação é prevista no caso de cancelamento, pois a doença mental que não tem cura (incurável) é fator que elimina a capacidade civil, um dos requisitos do Art. 8º do EAOAB, e, portanto, ensejaria o cancelamento conforme o item 5 do tema CANCELAMENTO)
No caso de requerimento motivado, este poderá ou não ser deferido pela OAB; no caso de doença mental curável, vale observar que a atividade do advogado é uma atividade intelectual, razão pela qual justifica seu afastamento quando isso interferir em seu discernimento; por fim, no caso de exercício de atividade incompatível temporária, por exemplo, o Presidente da República, Governador, Prefeito ou membros da mesa do Poder Legislativo, o licenciamento se impõe, pois são atividades incompatíveis (art. 28, I, do EOAB) exercidas em caráter temporário, ou seja, enquanto durar o mandato. 
INCOMPATIBILIDADE 
A incompatibilidade é uma proibição TOTAL para o exercício da advocacia. Lembrando que todos os atos praticados por advogado em situação de incompatibilidade são NULOS e o efeito dessa nulidade é “ex tunc”. Tem relação direta com a profissão da pessoa, onde sua atividade profissional, de alguma forma, é considerada incompatível com a advocacia, seja por sua natureza econômica, seja por sugerir algum tipo vantagem perante outros advogados ou perante a sociedade em si. Os casos estão elencados no artigo 28 do EAOAB:
a) Chefes do Poder Executivo (Presidente, Governador, Prefeito) e seus substitutos legais (Vice-Presidente, Vice-Governador e Vice-Prefeito), membros das Mesas Diretoras do Poder Legislativo (Do Presidente ao último cargo, pois é possível que qualquer desses cargos exerça, mesmo que temporariamente, a presidência da Casa Legislativa). Todos estes são ordenadores de despesas, contratantes de pessoas e suas atividades podem sugerir vantagens para a advocacia, portanto são incompatíveis, apesar da característica de serem temporários;
b) Membros de Órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas (A incompatibilidade neste caso é extensiva a todos os funcionários dos órgãos mencionados), bem como de todos que exerçam função de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da administração pública direta ou indireta (Tribunais administrativos);
c) Ocupantes de cargos ou funções de direção em órgãos da Administração Pública direta ou indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas ou concessionárias de serviço público (Prezar pela verdade REAL, o cargo ou função tem que ter liberdade de ordenação de despesas e contratação de pessoal);
d) Nação de despesas e contratação de pessoal); d) Ocupantes de cargos ou funções de vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de registro (estende a incompatibilidade a todos os funcionários de cartórios e de outros serviços ligados ao Poder Judiciário);
e) Ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente à atividade policial de qualquer natureza (De acordo com o Provimento 62/88 estende-se a incompatibilidade a todos os cargos, celetistas ou estatutários, ligados à atividade policial, tais como Peritos, Agentes Penitenciários, Guardas municipais, etc.);
f) Militares de qualquer natureza, na ativa (engloba todas as forças armadas e todos os cargos, sem exceção, enquanto na ativa.);
g) Ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento, arrecadação ou fiscalização de tributos e contribuições parafiscais (atividade de importância para a construção de receitas do Poder Público, o que pode trazer vantagens para a prática da advocacia, portanto, incompatível com a mesma);
h) Ocupantes de função de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive privadas (incluem bancos públicos e privados, financeiras em geral. Por interferirem diretamente no cenário econômico, podem se beneficiar para a advocacia, portanto, incompatíveis com a mesma)
Mesmo que o ocupante do cargo/função deixe de exercê-la temporariamente (férias, licença, etc) a incompatibilidade permanece. Não está no rol de incompatibilidades a administração acadêmica diretamente ligada ao magistério jurídico (Coordenação de curso jurídico, por exemplo).
Atenção parao Art. 29 EAOAB, que afirma que os Diretores/Chefes dos órgãos Jurídicos da Administração Pública direta, indireta e fundacional, além dos Procuradores Gerais, Advogados Gerais e Defensores Gerais, são legitimados para a advocacia apenas nas funções que exercem, durante o período em que forem investidos do cargo. Ou seja, só poderão advogar nos casos e da forma prevista em lei para a sua função, não se confundindo com incompatibilidade. Isso acontece pela importância dada em lei para estes agentes, que só irão a juízo e realizarão atos privativos de advogado nos casos previstos em lei, a fim de proteger a função judicial e a importância do cargo público que ocupam.
IMPEDIMENTOS
Os impedimentos são proibições parciais ao exercício da advocacia. Neste caso os advogados que se encontram impedidos podem advogar, mas com restrições a algumas causas ou clientes específicos.
a) Os servidores da administração direta, indireta ou fundacional, contra a Fazenda Pública que os remunere ou à qual esteja vinculada a entidade empregadora. (Os servidores públicos em geral são impedidos de advogar contra a Unidade Federativa que o remunera, seja União, Estado ou Município conforme o caso. Se a entidade empregadora é vinculada a um determinado Ente Federativo, o impedimento recai sobre o mesmo. A única exceção é o professor de cursos jurídicos, que podem advogar livremente, até contra a Fazenda que os remunera.);
b) Os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público. (Se o membro do Poder Legislativo, seja Vereador, Deputado Estadual/Distrital, Deputado Federal ou Senador, não fizer parte da Mesa Diretora, ele pode advogar com o impedimento descrito neste item. Ou seja, não poderá advogar contra ou a favor de qualquer ente público, empresa pública ou que tenha qualquer ligação com verbas públicas.)
INCOMPATIBILIDADE E IMPEDIMENTO 
A incompatibilidade determina a proibição total, e o impedimento, a proibição parcial do exercício da advocacia. 
De acordo com o EOAB, art. 28, as atividades incompatíveis são: chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais; membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos Tribunais e conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, bem como de todos os que exerçam função de julgamento em órgão de deliberação coletiva da administração pública direta ou indireta; ocupantes de cargos ou funções de direção em órgãos da Administração Pública direta ou indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas ou concessionárias de serviço público; ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de registro; ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a atividade policial de qualquer natureza; militares de qualquer natureza, na ativa; ocupantes de cargos ou funções que tenham competência para lançamento, arrecadação ou fiscalização de tributos e contribuições parafiscais; ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive privadas. 
· A incompatibilidade permanece mesmo que o ocupante do cargo ou função deixe de exerce-lo temporariamente, por exemplo, escrevente técnico judiciário gozando de licença-prêmio ou licença não remunerada. 
Muito embora o art. 8º do Regulamento Geral preveja que não se aplica aos advogados que participem em órgãos de deliberação coletiva da administração pública direta ou indireta funções de julgamento, na qualidade de titulares ou suplentes, como representantes dos advogados, ficando apenas impedidos dee exercer a advocacia perante tais órgãos, enquanto durar a investidura, o Conselho Federal da OAB, em 2015 nos autos da Consulta n. 49.0000.2015.004193-7/COP, por meio de seus conselheiros federais, por maioria, tomou o entendimento do art. 28 do Estatuto da Advocacia (Lei Federal n. 8.096/94), que afirma que a advocacia é incompatível “a todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de delibireção coletiva da administração pública direta e indireta”. Sendo assim, consideraram que o exercício da função de Conselheiro do CARF é incompatível com a advocacia. 
Há, ainda, a Súmula 5 do Órgão Especial do Conselho Federal, que determina que os casos de incompatibilidade dispostos no art. 28 do EOAB ensejam a perda do cargo de Conselheiro ou Diretor em todos os órgãos da OAB, nos termos do inciso I do art. 66 do referido diploma. 
Como exceção à regra prevista no art. 28, III, do EOAB, poderão advogar todos aqueles que exercem o cargo de direção vinculado a administração acadêmica diretamente relacionada ao magistério jurídico, nos termos §2º do art. 28 do EOAB. 
· Os Procuradores-Gerais, Advogados-Gerais e dirigentes de órgãos jurídicos de administração Pública direta, indireta e fundacional são exclusivamente legitimados para o exercício da advocacia vinculada à função que exerçam, durante o período da investidura. 
Diferentemente da incompatibilidade, o impedimento é a proibição PARCIAL, para o exercício da advocacia, ou seja, pode-se exercer a advocacia, porém com a restrição prevista no art. 30 e incisos do EOAB, sob pena de nulidade. 
Duas são as hipóteses de impedimento previstas no EOAB; são elas: os servidores da administração direta, indireta e fundacional, contra a Fazenda Pública que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora; os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público. 
Há uma terceira hipótese de impedimento, essa prevista no Regulamente Geral, no art. 2º, referente ao visto do advogado em atos constitutivos de pessoas jurídicas, considerando impedidos de exercer tal ato (o visto em atos constitutivos de PJ) os advogados que prestem serviços a órgãos ou entidades da Administração Pública direta ou indireta da unidade federativa a que se vincule a Junta Comercial, ou a quaisquer repartições administrativas competentes para o respectivo registro. 
Também há uma quarta hipótese, que diz respeito aos advogados que exercem cargos de conciliador nos Juizados Especiais Cíveis e da Fazenda Pública, a partir da qual chegamos à conclusão, com base no art. 7º da Lei n. 9.099/95, no Enunciado 40 do FONAJE e no art. 14, §2º, da Lei n. 12.153/2009, que há o impedimento para atuar perante tais juizados, ou seja, daquela circunscrição, e, no caso dos Juizados da Fazenda Pública a extensão é para todos os Juizados da Fazenda Pública, em todo o território nacional enquanto desempenharem essa função. 
O legislador também previu outra exceção no caso de impedimento, ou seja, os docentes dos cursos jurídicos poderão advogar contra a Fazenda que os remunera, nos termos do parágrafo único do art. 30 do EOAB. Portanto, por exemplo o professor de Direito do Trabalho concursado da USP parra lecionar na faculdade de Direito poderá advogar contra a Fazenda que o remunera. Todavia, se esse professor de Direito do Trabalho for concursado da USP para lecionar somente na faculdade de Contabilidade, Economia e Administração, estará impedido de advogar contra a Fazenda que o remunera. 
Incompatibilidade – proibição total – cargos ou funções que possibilitem
· Captação de clientela
· Concorrência desleal 
· Facilidade de acesso
· Influência indevida 
Impedimento – proibição parcial 
· Servidor contra a Fazenda que o remunera
· Conciliadores
· Vide art. 2º, parágrafo único, do Regulamento Geral 
· Membros do Legislativo contra ou a favor

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