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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO- UFMA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS – CCAA COORDENAÇÃO DE AGRONOMIA BIOLOGIA E CONTROLE DE PLANTAS INVASORAS Discente: Savana da silva figueiras Disciplina: biologia e controle de plantas invasoras Características físico químicas de herbicidas 1-) Com base na palestra, quais são as principais características físico-químicas de herbicidas a serem consideradas pelo Engenheiro Agrônomo na tomada de decisões quanto à recomendação? Para essa tomada de decisões deve-se conhecer o regime hídrico da região/ localidade, as características físico-químicas dos herbicidas, conscientizar-se sobre seu uso correto de forma responsável e segura desses produtos como método de controle de plantas daninhas. Como ingredientes equivos possuem suas características físico-químicas na qual se apresenta em todos os defensivos agrícolas, como a constante de ionização de ácido/ base, o coeficiente de distribuição octanol-água, a solubilidade em água, pressão de vapor + constante da lei de Henry, potencial de meia vida do herbicida no solo, o coeficiente de sorção/ carbono orgânico. Todas essas moléculas coordenam o comportamento do herbicida, coordenam como essa molécula irá se comportar no solo, de que forma ela será degradada, sua capacidade de se movimentar na estrutura do solo, sua capacidade de se movimentar até a rizosfera, determinam o grau de fitotoxidade que esse ativo pode ou não apresentar na planta, sua persistência de tempo de degradação no solo, todos esses fatores implicam em seu poder residual, em segurança ambiental. Deve- se tomar atenção com a utilização de herbicidas, para serem efetivos em suas dosagens como ativos que serão recomendados de acordo com as características analisadas para o controle e manejo de plantas daninhas. 2-) Como o sistema de plantio direto alterou a dinâmica de herbicidas pré- emergentes no sistema de produção? O sistema de plantio direto alterou a dinâmica de herbicida através da inviabilização do contato do herbicida no solo, se tornando uma barreira física, deve-se ter atenção a época da aplicação, e sobre o regime hídrico para definir as implicações climáticas de solo seco ou úmido, alterando a dinâmica do herbicida pré-emergente em sistema de produção usando o sistema de plantio direto. 3-) Qual a diferença entre fotodegradação e volatilização de herbicidas? A fotodegradação acontece como reação química na presença de luz solar, na radiação solar na faixa do ultravioleta, onde pode ficar exposto a perdas por foto degradação, quando este se encontra na superfície da planta desejada antes da absorção na superfície do solo, antes da distribuição na cama superficial e será maior ou menor dependendo da sensibilidade das moléculas do defensivo a maioria dos herbicidas gera esse tipo de degradação com perdas, mas outras serão mais sensíveis. A volatização na aplicação das moléculas também pode ser perdida por esse processo, pelo método do herbicida passar para a forma de vapor, mas em sua propriedade toxica é preservada, onde apenas uma mudança de estado físico da matéria 4-) Quais os riscos da aplicação de herbicidas pré-emergentes voláteis e/ou fotodregradáveis sobre a palha? Pode-se ter riscos ambientais, níveis de fitotoxidade e de risco a vida humana, visto que as moléculas que estavam na superfície da palhada começa a se volatizar, fotodegradar e como se encontra seco o vapor quente leva as gotas a longas distâncias trazendo problemas ambientais pois a aplicação foi feita de forma efetiva, não deu certo. Devido a climatologia da região, pode acontecer de não estar em clima ideal e as concentrações da molécula causa problemas por não conseguir se deslocar a longa distância. É necessário então entender qual é a condição climática ideal para aplicação, não importando com a volatização das moléculas 5-) Como a solubilidade de um herbicida pré-emergente pode influenciar positivamente e negativamente no controle de plantas daninhas, em sistemas com e sem palhada? A solubilidade permite que a molécula do herbicida fique mais disponível na solução ou não irá depender da alta disponibilidade hídrica, uma vez que a situação possa ser adversa em clima, assim essa molécula fica disponível no período em que irá precisar de moléculas com baixa solubilidade, onde irá precisar de pouca água disponível para entrar na solução. 6-) O que a deriva de um herbicida, como pode ser ocasionada? A deriva ocorre pela volatização dos ingredientes ativos ou pelo deslocamento físico de gotas á deriva física, é o movimento das goras para fora da área de aplicação desejada, enquanto a deriva de vapor é o movimento do produto após os ingredientes ativos serem convertidos de sua forma gasosa, a deriva pode ocasionar danos nas áreas suscetíveis no entorno das aplicações e a redução da dose aplicada, logo diminuindo a eficácia e induzindo a pressão de seleção de espécies resistentes, além de que a deriva pode gerar contaminação do ambiente e contaminar lavouras vizinhas 7-) Em que consistem os índices Kow e Koc? O coeficiente de partição octanol-água, Kow, é outro importante coeficiente para a mobilidade do BAP. Kow é definido como a relação da concentração em equilíbrio de um contaminante orgânico na fase octanol em relação à concentração do contaminante na fase aquosa. O valor de Kow pode ser usado para estimar o comportamento de compostos orgânicos hidrofóbicos que não interagem eletricamente com a superfície do solo. O Kow é um coeficiente muito útil para previsão de outros parâmetros como Koc, quando este não se encontra disponível na literatura5. Kow é uma medida que define a hidrofobicidade de um composto orgânico e é um parâmetro comumente utilizado na área ambiental. Koc está fortemente correlacionado com Kow, em uma relação linear expressa pela Equação 4 Equação 4: Onde a e b são coeficientes relacionados com os compostos e tipo de matéria orgânica sobre o solo. Koc é o coeficiente de partição do contaminante na fração orgânica do solo normalizado pelo carbono orgânico, Koc é, portanto, o coeficiente de partição do contaminante entre solo-água corrigido pela matéria orgânica do solo. A força de sorção entre BAP e o solo é medida pelo coeficiente de partição Koc, que depende das propriedades físico-químicas deste contaminante e da porcentagem de carbono orgânico do solo. Koc= kd100/%co determina se a molécula vai ficar retida ou não nos colóides do solo. Os valores de Koc são normalmente determinados com base nos valores de Kd e corrigidos pela fração orgânica do solo. No manual de valores de Koc para solo ("Soil Screening Guindance", EPA) são apresentadas amplas faixas de valores de Koc para um grande número de compostos orgânicos, que foram obtidas, em sua maioria, por isotermas de sorção. Já em um relatório holandês4, a relação entre Kow e Koc é freqüentemente utilizada para estabelecerem-se os valores de Koc. Esta forma simplificada aparentemente representa bem a sorção de contaminantes orgânicos ao solo.
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