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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS – CCAA COORDENAÇÃO DE AGRONOMIA BIOLOGIA E CONTROLE DE PLANTAS INVASORAS Discente: Savana da silva figueiras Disciplina: biologia e controle de plantas invasoras 1-) O que são plantas daninhas, qual ciência estuda-as e qual a importância em estudá-las? - Plantas daninhas são plantas indesejadas que se encontram em campos agrícolas, que não são a cultura de interesse econômico, não são desejadas no local, estas precisam ser controladas através de medidas de manejo/ controle correto e em momento certo para que não haja danos ao produtor agrícola, levando em conta a finalidade da produção, uma vez que a planta indesejada possa competir pelos recursos energéticos estando nas mesmas condições da cultura de interesse. A ciência que estuda essas plantas daninhas ainda não tem um nome definido, algumas denominações são usadas dependendo de suas circunstancias e finalidades, geralmente se denomina por fatores ecológicos e /ou interesse econômico, algumas denominações podem estar certas ou erradas, sendo usadas de acordo com as circunstâncias que se encontram, envolve vários conhecimentos de diferentes campos científicos. Essas plantas daninhas desempenham importância tanto econômica quanto social, e é importante estudar seus potenciais negativos e positivos, para evitar prejuízos, e danos econômicos e sanitários nos sistemas de produção, já que afetam as atividades de produção agrícola que podem impactar de formas negativas em perdas econômicas para o agricultor, sendo denominada de planta daninha por alguns autores como uma planta que é indesejada e só causará danos no sistema de produção e nas relações sociais. Algumas plantas daninhas são de potencial benéfico para o ser humano, algumas com potencial medicinal, alimentício, fibras, de forma extrativista para beneficiamento de suas partes e de forma ecológica e em certos sistemas de produção tem benefícios econômicos e conservacionistas quando se é usado como cobertura de solo em beneficio do controle das plantas daninhas. 2-) Qual a diferença entre plantas daninhas, plantas espontâneas, plantas invasoras, plantas pioneiras e ervas daninhas? As plantas daninhas diferem dos outros termos de acordo com as suas circunstâncias e finalidades, o quanto serão indesejadas, são plantas pioneiras também de sucessão secundária., são daninhas quando estão no mesmo ambiente que as culturas de interesse comercial. O termo plantas espontâneas, termo de interesse ecológico, usado por exemplo na ciência Agroecologia. É uma Planta que nasceu sem ser plantada, tem maior possibilidade de colonização geralmente em ambientes degradados, são plantas pioneiras que nascem e crescem naturalmente, sem a influência do ser humano e tida com vários benefícios ao homem, disseminadas através do mecanismo natural de dispersão de sementes ou partes vegetativas propagativas das plantas para estabelecimento e conservação da espécie. Denominada de planta invasora, é aquela planta estabelecida em determinado Bioma, de interesse ecológico, denominada de espécie exótica ou nativa que existe de forma não intencional ou intencional inserida pelo homem, que habitam no ecossistema de forma indesejada. As plantas pioneiras são importantes no papel ecológico, são as primeiras plantas a colonizar ambientes degradados, darão as condições para que possam surgir as outras comunidades de organismos vegetais mais complexos pela sucessão natural para atingir o clímax, equilíbrio do ecossistema, são plantas de área de sucessão secundária, em locais onde já ocorreu algum desiquilíbrio ambiental, de degradação da vegetação existente. As ervas daninhas são o equivalente a 80% da população de plantas daninhas, são espécies herbáceas, porem nem toda planta daninha é herbácea, mesmo sendo a maioria, as plantas daninhas correspondentes aos 20% restantes das espécies, são arbóreas, arbustivas entre outras. 2-) Qual os critérios de classificação das plantas daninhas? Como esta classificação interfere no manejo a campo? Exemplifique com uma situação prática. As plantas daninhas podem ser classificadas de diversas maneiras, sendo a classificação taxonômica a mais importante, onde as espécies são estudadas através dos conhecimentos de botânica, sistema vegetal e também de filogenética. Podem ser classificadas de acordo ao seu ciclo de vida, sendo anuais, bianuais e perenes. Quanto ao seu habitat são terrestres, aquáticas, indiferente, quanto a seu habito de crescimento são herbáceas, arbustivas e subarbustivas, arbóreas, trepadeiras, epífitas e hemiepífitas, parasitas. Essa classificação interfere no manejo a partir do momento em que elas possuem características morfológicas semelhantes ou não, onde o que pode ser eficiente para o manejo de uma planta herbácea de ciclo de vida curto, pode não ser a uma planta daninha que possui um caule lenhoso (entre outras estruturas) que fazem com que ela seja mais resistente. 3-) Por que se deve adotar a nomenclatura botânica em substituição à popular? A nomenclatura botânica deve ser adotada pelo fato de que plantas possuem diferentes nomes populares de acordo com suas regiões, uma planta de um determinado local pode ter nome diferente em outra localidade distante, mesmo sendo a mesma planta, a classificação taxonômica envolve muito trabalho de classificação botânica para validar e dar como única em um único nome uma planta existente em qualquer lugar do mundo que tenham exatamente a mesma classificação taxonômica. 4-) O que é a mimetização agrícola de plantas daninhas? Dê exemplos de situações a campo. A mimetização agrícola acontece quando a planta indesejada, a planta daninha que está na mesma área de produção da cultura de interesse, são semelhantes, sendo as duas de mesmo gênero e espécie, morfologicamente correspondentes. Um exemplo de mimetização é a do joio no meio campo de trigo e do arroz vermelho na produção de arroz branco, plantas bastantes semelhantes. 5-) O que você entende pela expressão: “Planta daninha agressiva”? Existe uma planta daninha agressiva absoluta? Justifique sua resposta com cinco elementos que credenciem esta agressividade em campo. Entendo como agressividade em plantas daninhas como a capacidade adaptação as diversas condições edafoclimáticas, de colonização e disseminação da espécie em determinado local, a agressividade leva em consideração os aspectos de competição com outras plantas pelos recursos energéticos para sua sobrevivência, reprodução e dispersão de sementes para propagação da espécie, possuem inúmeros aspectos de agressividade que ajudam nessa adaptação, reprodução, dispersão, como mecanismo de dormência, resistência a diferentes condições, são plantas pioneiras, as primeiras a colonizar áreas degradadas, grande numero de sementes para dispersão, sementes com adaptações para dispersão a curtas e longas distâncias, rápido crescimento vegetativo e florescimento. Acredito que uma planta daninha é absoluta quando deve-se ter todas as características de agressividade que ajude no seu estabelecimento na área, quanto mais agressiva mais difícil será o seu controle. 6-) O que é multiplicidade propagativa? O que esta característica pode impactar no manejo de plantas daninhas em campo? Dê exemplos de espécies com esta característica. A multiplicidade propagativa se refere as variadas formas de propagação das plantas daninhas, seja por sementes em banco de sementes no solo, grande número de sementes e dispersão a longa distância, tubérculos, estolões, rizomas, bulbos e outros. O que pode influenciar diretamente na infestação de plantas daninhas na área de cultivo, pois as várias formas de propagação facilitam a fixação dessas plantas daninhas no campo, dificultando o seu controle. Ex: Tiririca (Cyperus haspan)Características: Planta perene, herbácea, de 10-65 cm de altura. Uma característica marcante dessa espécie é sua inflorescência avermelhada ou vermelho- acastanhada. Propagação: Propaga-se por sementes, rizomas, bulbos e, principalmente, por tubérculos. 7-) Existe um cenário perfeito sem infestação de plantas daninhas em condições de cultivo em campo aberto? Justifique sua resposta. Existe diferentes práticas de manejo, e que se forem bem adotadas e no momento certo, podem conseguir um cenário em equilíbrio de acordo com a manutenção do sistema, em cultivos de campo aberto onde são adotadas praticas de manejo de solo como a cobertura de solo como no sistema de plantio direto, tem efeitos positivos e efetivos no controle de plantas daninhas pela supressão de emergência das plantas daninhas, logo não recebem fonte luz, existe uma cobertura vegetal que ao decompor libera compostos orgânicos que impedem a germinação e emergência, entre outras qualidades, o cenário onde não se cresce nenhuma planta, nem mesmo as tidas como daninhas, as plantas pioneiras seria bastante preocupante, assim pode servir de indicativo das condições daquele clima/solo. O cenário perfeito sem grande infestação de plantas daninhas pode ocorrer com diferentes técnicas de controle e manejo adotadas ao sistema.
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