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INTESTINO GROSSO, CÂNCER E METÁSTASES

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27/09/2021 10:32 OneNote
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(24/08/2020) Aula 31°-° UCX INTESTINO GROSSO -
HISTOFISIOANATOMIA - CÂNCER - METÁSTASES 
segunda-feira, 24 de agosto de 2020 13:48 
Aula 31 – UCX: Aspectos Anatômicos, Histofisiológicos do Intestino
Grosso, Câncer e Metástases  
 
Objetivo da aula: Reconhecer estruturas anatômicas estudando a
divisão anatomofuncional do intestino grosso e a sua relação com os
demais órgãos pélvicos, bem como sua histofisiologia. 
 Estudar neoplasias do ceco e colón. Objetivos específicos da aula -
Reconhecer as estruturas anatômicas do intestino grosso e suas
funções; - Compreender a relação das funções do intestino grosso e o
processo de digestão; - Estudar a irrigação venosa e sua relação com
o sistema porta e com o sistema cava inferior; - Identificar as
diferentes estruturas histológicas que compõem o intestino grosso e
suas funções; - Estudar as alterações neoplásicas do ceco e colón; -
Compreender as diferenças entre a doença local e metastática e o
estadiamento; - Estudar as possibilidades de tratamento de
neoplasias. 
 
 Check-list: Seção Anatomia  
 
 
1. Que estruturas se desenvolvem a partir do intestino anterior, do intestino
médio e do instestino posterior: 
Durante a quarta semana de desenvolvimento, as células do endoderma formam uma
cavidade, denominada intestino primitivo, que é o precursor do tubo GI . Pouco
depois, o mesoderma forma-se e divide-se em duas camadas (somática e
esplâncnica), . O mesoderma esplâncnico associa-se ao endoderma do intestino
primitivo; em consequência, o intestino primitivo tem uma parede de dupla camada. A
camada endodérmica dá origem ao revestimento epitelial e às glândulas da maior
parte do tubo GI, enquanto a camada mesodérmica produz o músculo liso, os vasos
sanguíneos e o tecido conjuntivo do tubo. 
O intestino primitivo alonga-se e diferencia-se em intestino anterior, intestino médio
e intestino posterior. Até a quinta semana de desenvolvimento, o intestino médio
abre-se no saco vitelino; depois desse período, o saco vitelino sofre constrição e
separa-se do intestino médio, que se fecha. Na região do intestino anterior, aparece
uma depressão constituída de ectoderma, o estomodeu . O estomodeu desenvolve-se
na cavidade oral. A membrana orofaríngea é uma depressão do ectoderma e
endoderma fundidos na superfície do embrião, que separa o intestino anterior do
estomodeu. A membrana sofre ruptura durante a quarta semana de desenvolvimento,
de modo que o intestino anterior fica contínuo com o exterior do embrião por meio da
cavidade oral. Outra depressão constituída de ectoderma, o proctodeu, forma-se no
intestino posterior e dá origem ao ânus. A membrana cloacal é a fusão de ectoderma
e endoderma, que separa o intestino posterior do proctodeu. Após a ruptura da
membrana cloacal durante a sétima semana, o intestino posterior forma um tubo
contínuo da boca até o ânus. 
O intestino anterior dá origem à faringe, ao esôfago, ao estômago e parte do duodeno.
O intestino médio é transformado no restante do duodeno, jejuno, íleo e partes do
intestino grosso (ceco, apêndice vermiforme, colo ascendente e a maior parte do colo
transverso). O intestino posterior dá origem ao restante do intestino grosso, exceto uma
parte do canal anal, que se origina do proctodeu. 
À medida que o desenvolvimento progride, o endoderma, em vários locais ao longo do
intestino anterior, desenvolve brotos ocos que crescem para dentro do mesoderma.
Esses brotos darão origem às glândulas salivares, ao fígado, à vesícula biliar e ao
pâncreas. Cada um desses órgãos mantém uma conexão com o tubo GI por meio de
ductos. 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527734868/cfi/6/66!/4/716/2@0:8
2.4 
TORTORA, Gerald J.; GRABOWSKI, Sandra Reynolds. Princípios de Anatomia e
Fisiologia. 9ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. 
 
2. De acordo com a representação anatômica do intestino grosso na cavidade
abdominal, cite as regiões e funções: 
O intestino grosso, que mede cerca de 1,5 m de comprimento e 6,5 cm de diâmetro
nos seres humanos vivos e cadáveres, estende-se do íleo até o ânus. O colo
ascendente e o colo descendente são retroperitoneais, enquanto as partes
remanescentes do colo e o ceco estão fixados à parede posterior do abdome pelo
mesocolo, uma dupla camada de peritônio, que conecta o peritônio parietal ao
peritônio visceral, que contém o suprimento vascular e a inervação para os órgãos. Do
ponto de vista estrutural, as quatro partes principais do intestino grosso são: o ceco, o
colo, o reto e o canal anal. A abertura do íleo no intestino grosso é protegida por uma
prega de túnica mucosa, denominada papila ileal, que possibilita a passagem de
materiais do intestino delgado para o intestino grosso. O ceco, uma pequena bolsa de
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527734868/cfi/6/66!/4/716/2@0:82.4
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cerca de 6 cm de comprimento, pende inferiormente à papila ileal. Fixado ao ceco,
existe um tubo espiralado e torcido, que mede cerca de 8 cm de comprimento,
denominado apêndice vermiforme. O mesentério do apêndice, denominado
mesoapêndice, fixa o apêndice vermiforme à parte inferior do mesentério do íleo. O
apêndice possui uma alta concentração de nódulos linfáticos, que controlam a entrada
de bactérias no intestino grosso por meio de respostas imunes. 
A extremidade aberta do ceco funde-se com o colo, um tubo longo que é dividido em
partes ascendente, transversa, descendente e sigmoide. Tanto o colo ascendente
quanto o colo descendente são retroperitoneais, enquanto o colo transverso e o colo
sigmoide não são retroperitoneais. O colo ascendente sobe pelo lado direito do
abdome, alcança a face diafragmática do fígado e curva-se abruptamente para a
esquerda para formar a flexura direita do colo. O colo continua através do abdome
até o lado esquerdo, como colo transverso. Curva-se inferiormente à face cólica do
baço, no lado esquerdo, como flexura esquerdo do colo e segue o seu trajeto
inferiormente até o nível da crista ilíaca, como colo descendente. O colo sigmoide
começa próximo à crista ilíaca esquerda, projeta-se medialmente até a linha mediana e
termina no reto, aproximadamente no nível da terceira vértebra sacral. 
O ramo da medicina que trata do diagnóstico e do tratamento dos distúrbios do reto e
do ânus é denominado proctologia. O reto, com aproximadamente 15 cm de
comprimento, situa-se anteriormente ao sacro e ao cóccix. O segmento terminal de 2 a
3 cm do intestino grosso é denominado canal anal. A túnica mucosa do canal anal é
disposta em pregas longitudinais, denominadas colunas anais, que contêm uma rede
de artérias e veias. O ânus, a abertura do canal anal para o exterior, é protegido por um
esfíncter interno do ânus de músculo liso (involuntário) e por um esfíncter externo
do ânus de músculo estriado esquelético (voluntário). Normalmente, o ânus
permanece fechado, exceto durante a eliminação de fezes. 
 
TORTORA, Gerald J.; GRABOWSKI, Sandra Reynolds. Princípios de Anatomia e
Fisiologia. 9ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. 
 
3. Observe a figura abaixo e responda: 
 
 
a) Quais partes do colo são retroperitoneais? 
 
O cólon Ascendente e o Cólon descendente . 
O colo ascendente é mais estreito do que o ceco e é secundariamente retroperitoneal
ao longo da face direita da parede posterior do abdome. O colo ascendente é coberto
por peritônio anteriormente e nas suas laterais; entretanto, tem um mesentério curto em
aproximadamente 25% das pessoas. O colo ascendente é separado da parede
anterolateral do abdome pelo omento maior. Um sulco vertical profundo revestido por
peritônio parietal, o sulco paracólico direito, situa-se entre a face lateral do colo
ascendente e a parede adjacente do abdome 
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MOORE, K.L. - ANATOMIA ORIENTADA PARA A CLÍNICA, 8ªED, 
GUANABARA KOOGAN, 2011. 
 
 b) Defina apêndice vermiforme e valva ileocecal (óstio ileal). 
Fixado ao ceco, existe um tubo espiralado e torcido, que mede cerca de 8 cm de
comprimento, denominado apêndice vermiforme. O mesentério do apêndice,
denominado mesoapêndice, fixa o apêndice vermiforme à parte inferior do mesentério
do íleo. O apêndice possui uma alta concentração de nódulos linfáticos, que controlam
a entrada de bactérias no intestino grosso por meio de respostas imunes. 
O apêndice vermiforme é um divertículo intestinal cego (6 a 10 cm de comprimento)
que contém massas de tecido linfoide. Origina-se na face posteromedial do ceco,
inferiormente à junção ileocecal. O apêndice vermiforme tem um mesentério triangular
curto, o mesoapêndice, originado da face posterior do mesentério da parte terminal do
íleo. O mesoapêndice fixa-se ao ceco e à parte proximal do apêndice vermiforme. A
posição do apêndice vermiforme é variável, mas geralmente é retrocecal . As
correlações clínicas associadas ao apêndice vermiforme são apresentadas no boxe
Anatomia Clínica, mais adiante. 
 
Na dissecção, o óstio ileal projeta-se no ceco entre os lábios ileocólico e ileocecal
(superior e inferior), pregas que se encontram lateralmente e formam a crista
denominada frênulo do óstio ileal. Acreditava-se que quando o ceco fosse distendido
ou quando se contraísse, ocorreria contração ativa do frênulo, que fecharia a válvula
para evitar refluxo do ceco para o íleo. No entanto, a observação direta por endoscopia
em pessoas vivas não confirma essa descrição. O músculo circular é mal desenvolvido
ao redor do óstio; portanto, é improvável que a válvula tenha alguma ação esfincteriana
que controle a passagem do conteúdo intestinal do íleo para o ceco. O óstio, porém,
geralmente é fechado por contração tônica, apresentando-se como uma papila ileal no
lado cecal. A papila provavelmente atua como uma válvula unidirecional relativamente
passiva, que impede o refluxo do ceco para o íleo quando houver contrações para
impulsionar o conteúdo para o colo ascendente e colo transverso 
 
 
 
 
 
 
MOORE, K.L. - ANATOMIA ORIENTADA PARA A CLÍNICA, 8ªED, 
GUANABARA KOOGAN, 2011. 
 
 
c) Comente sobre as principais relações anatômicas do reto. 
O reto é a parte terminal fixa (basicamente retroperitoneal e subperitoneal) do intestino
grosso. É contínuo com o colo sigmoide no nível da vértebra S III. A junção ocorre na
extremidade inferior do mesentério do colo sigmoide. O reto é contínuo inferiormente
com o canal anal. Essas partes do intestino grosso são descritas com a pelve no
Capítulo 6, Pelve e Períneo. 
 
 
 
 
Roteiro do Laboratório Morfofuncional 2 
 
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4. Diferencie a túnica mucosa e a túnica muscular do intestino grosso: 
A parede do intestino grosso apresenta as quatro camadas típicas encontradas no
restante do tubo GI: túnica mucosa, tela submucosa, túnica muscular e túnica serosa. A
túnica mucosa consiste em epitélio simples colunar, lâmina própria (tecido conjuntivo
frouxo) e lâmina muscular da mucosa (músculo liso). O epitélio contém principalmente
células absortivas e células caliciformes. As células absortivas atuam principalmente na
absorção de água; as células caliciformes secretam muco que lubrifica a passagem do
conteúdo do colo. Tanto as células absortivas quanto as células caliciformes estão
localizadas em glândulas intestinais longas, retas e tubulares ou criptas de
Lieberkühn, que se estendem por toda a espessura da túnica mucosa. São também
encontrados nódulos linfáticos solitários na lâmina própria da túnica mucosa, que
podem se estender através da lâmina muscular da mucosa até a tela submucosa. Em
comparação com a do intestino delgado, a túnica mucosa do intestino grosso não
possui tantas adaptações estruturais para aumentar a área de superfície. Não há
pregas circulares nem vilosidades; entretanto, existem microvilosidades nas células
absortivas. Em consequência, ocorre muito mais absorção no intestino delgado do que
no intestino grosso. 
A tela submucosa do intestino grosso é constituída de tecido conjuntivo frouxo. A
túnica muscular consiste em uma camada externa de músculo liso longitudinal e uma
camada interna de músculo liso circular. Diferentemente de outras partes do tubo GI,
partes dos músculos longitudinais são condensadas e espessas, formando três faixas
visíveis, denominadas tênias do colo, que se estendem ao longo da maior parte do
intestino grosso. As partes da parede entre as tênias do colo possuem pouco ou
nenhum músculo longitudinal. As contrações tônicas dessas faixas produzem uma
série de bolsas no colo, denominadas saculações do colo, conferindo-lhe uma
aparência enrugada. Uma única camada de músculo liso circular situa-se abaixo das
tênias do colo. A túnica serosa do intestino grosso constitui parte do peritônio visceral.
Pequenas bolsas de peritônio visceral repletas de gordura estão fixadas às tênias do
colo e são denominas apêndices omentais do colo 
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TORTORA, Gerald J.; GRABOWSKI, Sandra Reynolds. Princípios de Anatomia e
Fisiologia. 9ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. 
5. Caracterize as atividades que ocorrem no intestino grosso que mudam o seu
conteúdo para fezes: 
Existem três tipos de movimentos característicos do intestino grosso: 
1.Nas contrações haustrais, as saculações do colo permanecem relaxadas e
distendidas enquanto se enchem. Quando a distensão alcança determinado ponto, a
parede se contrai e espreme o conteúdo para a próxima saculação do colo. 
2.Ocorre também peristalse, embora em menor frequência (3 a 12 contrações por
minuto) do que em outras partes do tubo GI. 
3.Na peristalse de massa, uma onda peristáltica forte começa aproximadamente na
parte média do colo transverso e impulsiona rapidamente o conteúdo colônico para o
reto. A peristalse de massa ocorre habitualmente 3 ou 4 vezes/dia, durante ou
imediatamente após uma refeição. 
O estágio final da digestão ocorre no colo por meio da atividade das bactérias que
habitam o lúmen. As glândulas do intestino grosso secretam muco, porém não há
secreção de enzimas. O quimo é preparado para a sua eliminação pela ação das
bactérias, que fermentam os carboidratos remanescentes e liberam gases hidrogênio,
dióxido de carbono e metano. Esses gases contribuem para a ocorrência de flatos
(gases) no colo, denominados flatulência quando em excesso. As bactérias também
convergem as proteínas remanescentes em aminoácidos e decompõem os
aminoácidos em substâncias mais simples: indol, escatol, sulfeto de hidrogênio e
ácidos graxos. Parte do indol e do escatol é eliminada nas fezes e contribui para o seu
odor; o restante é absorvido e transportado até o fígado, onde esses compostos são
convertidos em substâncias menos tóxicas, que são excretadas na urina. As bactérias
também decompõem a bilirrubina em pigmentos mais simples, incluindo estercobilina,
que confere às fezes a sua coloração marrom. Diversas vitaminas necessárias para o
metabolismo normal, incluindo algumas vitaminas B e a vitamina K, são produtos
bacterianos absorvidos no colo do intestino grosso. 
Após ter permanecido no intestino grosso por 3 a 10 h, o quimo torna-se sólido ou
semissólido, em consequência da absorção de água, e passa a ser denominado fezes.
Quimicamente, as fezes consistem em água, sais inorgânicos, células epiteliais
descamadas da túnica mucosa do tubo GI, bactérias, produtos da decomposição
bacteriana, materiais digeridos não absorvidos e partes indigeríveis dos alimentos. 
Embora 90% de toda a absorção de água ocorram no intestino delgado, o intestino
grosso absorve uma quantidade suficiente para torná-lo um órgão importante na
manutenção do equilíbrio hídricodo organismo. De cada 0,5 a 1,0 ℓ de água que
alcança o intestino grosso, toda essa quantidade, com exceção de cerca de 100 a 200
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mℓ, é absorvida por osmose. O intestino grosso também absorve eletrólitos, incluindo
sódio e cloreto, e algumas vitaminas. 
Os movimentos peristálticos de massa empurram o material fecal do colo sigmoide
para o reto. A consequente distensão da parede do reto estimula os receptores de
estiramento, o que inicia a defecação, isto é, a eliminação de fezes do reto através do
ânus. 
 
TORTORA, Gerald J.; GRABOWSKI, Sandra Reynolds. Princípios de Anatomia e
Fisiologia. 9ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. 
 
 
6. Explique o que é defecação e como ela ocorre? 
 
Os movimentos peristálticos de massa empurram o material fecal do colo sigmoide
para o reto. A consequente distensão da parede do reto estimula os receptores de
estiramento, o que inicia a defecação, isto é, a eliminação de fezes do reto através do
ânus. O reflexo da defecação ocorre da seguinte maneira: em resposta à distensão da
parede do reto, os receptores enviam impulsos nervosos sensitivos para a medula
espinal sacral. Impulsos motores provenientes da medula espinal seguem o seu trajeto
ao longo de nervos parassimpáticos de volta ao colo descendente, colo sigmoide, reto
e ânus. A consequente contração dos músculos longitudinais do reto o encurta,
aumentando, assim, a pressão em seu interior. Essa pressão, juntamente com as
contrações voluntárias do diafragma e dos músculos abdominais e a estimulação
parassimpática, abre o músculo esfíncter interno do ânus. 
O músculo esfíncter externo do ânus é controlado de modo voluntário. Se for relaxado
voluntariamente, ocorre defecação, e as fezes são expelidas através do ânus; se for
contraído voluntariamente, é possível adiar a defecação. As contrações voluntárias do
diafragma e dos músculos abdominais ajudam a defecação, aumentando a pressão no
interior do abdome, o que comprime as paredes do colo sigmoide e do reto. Se não
houver defecação, as fezes retornam ao colo sigmoide até que a próxima onda de
peristalse de massa estimule de novo os receptores de estiramento, criando mais uma
vez a necessidade de defecar. Nos lactentes, o reflexo da defecação provoca
esvaziamento automático do reto, visto que ainda não houve desenvolvimento de
controle voluntário do músculo esfíncter externo do ânus. 
A Tabela 24.6 que está na questão acima fornece um resumo das atividades
digestivas do intestino grosso. 
A fibra dietética consiste em carboidratos vegetais indigeríveis – como celulose, lignina
e pectina – encontrados em frutas, vegetais, grãos e feijões. As fibras insolúveis, que
não se dissolvem em água, incluem as partes lenhosas ou estruturais das plantas,
como as cascas das frutas e vegetais, bem como o farelo que reveste os grãos de trigo
e o milho. As fibras insolúveis atravessam o tubo GI em grande parte inalteradas e
aceleram a passagem do bolo alimentar pelo tubo. As fibras solúveis dissolvem-se em
água e formam um gel, o que retarda a passagem do bolo alimentar pelo tubo; essas
fibras são encontradas em abundância no feijão, aveia, cevada, brócolis, ameixa, maçã
e frutas cítricas. 
TORTORA, Gerald J.; GRABOWSKI, Sandra Reynolds. Princípios de Anatomia e
Fisiologia. 9ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. 
 
7. Descreva a vascularizações arterial e venosa do intestino grosso: 
O colo ascendente é a segunda parte do intestino grosso. Segue para cima na
margem direita da cavidade abdominal, do ceco até o lobo hepático direito, onde vira
para a esquerda na flexura direita do colo (flexura hepática). Essa flexura situa-se
profundamente às costelas IX e X e é superposta pela parte inferior do fígado. 
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O colo ascendente é mais estreito do que o ceco e é secundariamente retroperitoneal
ao longo da face direita da parede posterior do abdome. O colo ascendente é coberto
por peritônio anteriormente e nas suas laterais; entretanto, tem um mesentério curto em
aproximadamente 25% das pessoas. O colo ascendente é separado da parede
anterolateral do abdome pelo omento maior. Um sulco vertical profundo revestido por
peritônio parietal, o sulco paracólico direito, situa-se entre a face lateral do colo
ascendente e a parede adjacente do abdome. 
A irrigação arterial do colo ascendente e da flexura direita do colo provém de ramos da
AMS, as artérias ileocólica e cólica direita. Essas artérias anastomosam-se entre si e
com o ramo direito da artéria cólica média, o primeiro de uma série de arcos
anastomóticos que é continuado pelas artérias cólica esquerda e sigmóidea para
formar um canal arterial contínuo, o arco justacólico (artéria ou arco marginal do colo).
Essa artéria é paralela ao colo e acompanha todo seu comprimento perto de sua
margem mesentérica. 
A drenagem venosa do colo ascendente segue por meio de tributárias da VMS, as
veias cólica direita e ileocólica . A drenagem linfática segue primeiro até os
linfonodos epicólicos e paracólicos, perto dos linfonodos cólicos direitos
intermediários e ileocólicos, e daí para os linfonodos mesentéricos superiores. A
inervação do colo ascendente é derivada do plexo mesentérico superior . 
O colo transverso é a terceira parte do intestino grosso, a mais longa e mais móvel .
Atravessa o abdome da flexura direita do colo até a flexura esquerda do colo, onde se
curva para baixo e dá origem ao colo descendente. A flexura esquerda do colo
(flexura esplênica) geralmente é superior, mais aguda e menos móvel do que a flexura
direita do colo. Situa-se anteriormente à parte inferior do rim esquerdo e fixa-se ao
diafragma através do ligamento frenocólico . O colo transverso e seu mesentério, o
mesocolo transverso, frequentemente descem até o nível das cristas ilíacas ). O
mesentério adere à parede posterior da bolsa omental ou se funde com ela. A raiz do
mesocolo transverso ) situa-se ao longo da margem inferior do pâncreas e é contínua
com o peritônio parietal posteriormente. Sendo livremente móvel, a posição do colo
transverso é variável, geralmente pendendo até o nível do umbigo (nível da vértebra L
III). No entanto, em pessoas magras e altas, o colo transverso pode estender-se até a
pelve . 
A irrigação arterial do colo transverso provém principalmente da artéria cólica média,
um ramo da AMS. Entretanto, o colo transverso também pode receber sangue arterial
das artérias cólicas direita e esquerda por meio de anastomoses, parte da série de
arcos anastomóticos que coletivamente formam o arco justacólico (artéria ou arco
marginal do colo). 
27/09/2021 10:32 OneNote
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Roteiro do Laboratório Morfofuncional 3  
 
 
 
Seção Histofisiologia  
 
 
 
1. O intestino grosso é formado por 4 porções ao longo de seu
comprimento. Descreva as diferentes porções, funções e
posicionamento de cada uma delas.  
 
O intestino grosso é formado pelo ceco, colos (ascendente, transverso, descendente e
sigmoide), reto e canal anal. 
Ceco 
O ceco, a primeira parte do intestino grosso que é contínua com o colo ascendente, é
uma bolsa intestinal cega no quadrante inferior direito, situando-se na fossa ilíaca,
inferiormente à junção da parte terminal do íleo com o ceco. O ceco, em geral, é quase
totalmente envolvido pelo peritônio e é levantado livremente; contudo, não tem
mesentério. O íleo entra no ceco obliquamente e se invagina parcialmente para seu
interior, formando, no cadáver, pregas superiores e inferiores ao óstio ileal. 
No fundo do ceco, encontramos o Apêndice Vermiforme. 
É no ceco que começa a absorção de água e de alguns nutrientes que ocorre no
intestino grosso. 
Apêndice Vermiforme 
O apêndice vermiforme é um divertículointestinal cego (6 a 10 cm de comprimento)
que contém massas de tecido linfoide. Origina-se na face posteromedial do ceco,
inferiormente à junção ileocecal. O apêndice vermiforme tem um mesentério triangular
curto, o mesoapêndice, originado da face posterior do mesentério da parte terminal do
íleo. O mesoapêndice fixa-se ao ceco e à parte proximal do apêndice vermiforme. A
posição do apêndice vermiforme é variável, mas geralmente é retrocecal. 
Colo 
A porção do intestino grosso localizada entre o ceco e o reto é chamada de cólon. Ela
consiste em quatro partes; ascendente, transversa, descendente e sigmoide. As
principais funções do cólon incluem reabsorção de líquidos e eletrólitos. Além disso, a
microflora gera energia através de um processo chamado fermentação 
Colo Ascendente – é a segunda parte do intestino grosso. Passa para cima do lado
direito do abdome a partir do ceco para o lobo direito do fígado, onde se curva para a
esquerda na flexura direita do colo (flexura hepática). 
Colo Transverso – é a parte mais larga e mais móvel do intestino grosso. Ele cruza o
abdome a partir da flexura direita do colo até a flexura esquerda do colo, onde curva-se
inferiormente para tornar-se colo descendente. A flexura esquerda do colo (flexura
esplênica), normalmente mais superior, mais aguda e menos móvel do que a flexura
direita do colo. 
Colo Descendente – passa retroperitonealmente a partir da flexura esquerda do colo
para a fossa ilíaca esquerda, onde ele é contínuo com o colo sigmoide. 
Colo Sigmoide – é caracterizado pela sua alça em forma de “S”, de comprimento
variável. O colo sigmoide une o colo descendente ao reto. A terminação das tênias do
colo, aproximadamente a 15 cm do ânus, indica a junção retossigmoide. 
Reto 
O reto se estende entre a junção retossigmoide e o canal anal. As características
típicas do intestino grosso (tênias cólicas, haustrações e apêndices epiplóico) mudam
ou mesmo terminam no reto. Os papéis do reto incluem armazenamento temporário de
matéria fecal e defecação. 
O reto recebe este nome por ser quase retilíneo. Este segmento do intestino grosso
termina ao perfurar o diafragma da pelve (músculos levantadores do ânus) passando a
se chamar de canal anal. 
Canal anal 
O canal anal apesar de bastante curto (3 centímetros de comprimento) é importante por
apresentar algumas formações essenciais para o funcionamento intestinal, das quais
citamos os esfíncteres anais. 
O esfíncter anal interno é o mais profundo, e resulta de um espessamento de fibras
musculares lisas circulares, sendo consequentemente involuntário. O esfíncter anal
externo é constituído por fibras musculares estriadas que se dispõem circularmente em
torno do esfíncter anal interno, sendo este voluntário. Ambos os esfíncteres devem
relaxar antes que a defecação possa ocorrer. 
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A túnica mucosa do canal anal é disposta em pregas longitudinais chamadas colunas
anais, que contêm uma rede de artérias e veias. A abertura do canal anal para o
exterior, o chamado ânus, é guardada pelo músculo esfíncter interno do ânus comporto
por músculo liso (involuntário) e pelo esfíncter externo do ânus composto por músculo
esquelético (voluntário). Normalmente, estes esfíncteres mantêm o ânus fechado,
exceto durante a eliminação das fezes. 
 
 
2. Descreva quais as funções o intestino grosso.  
 
As funções do intestino grosso são basicamente a reabsorção de água e sair minerais,
produção de algumas vitaminas, as contrações das saculações para a defecação das
fezes, porção não reaproveitada pelo corpo humano. 
As contrações das saculações do colo, a peristalse e o movimento de massa
impulsionam o conteúdo do colo para o reto. 
2.As bactérias no intestino grosso convertem proteínas em aminoácidos, decompõem
os aminoácidos e produzem algumas vitaminas B e vitamina K. 
3.Ocorre absorção de alguma água, íons e vitaminas. 
4.Ocorre formação das fezes. 
5.Ocorre defecação (esvaziamento do reto). 
 
 
 
3. O intestino grosso possui as seguintes camadas:  
a. Mucosa 
A mucosa do intestino grosso apresenta uma superfície “lisa” desprovida de pregas
circulares e de vilosidades. Ela contém numerosas glândulas intestinais tubulares retas
(criptas de Lieberkühn), que se estendem através de toda a espessura da mucosa. As
glândulas consistem em epitélio simples colunar, assim como a superfície intestinal a
partir da qual se invaginam. O exame da superfície luminal do intestino grosso ao
microscópio revela as aberturas das glândulas, que estão dispostas de acordo com um
padrão ordenado 
b. Lâmina própria 
Embora a lâmina própria do intestino grosso contenha os mesmos componentes
básicos do restante do trato gastrintestinal, ela exibe algumas características
estruturais adicionais e maior desenvolvimento que as de outros locais. Essas
características adicionais são as seguintes: 
A camada de colágeno, formada por uma camada espessa de colágeno e
proteoglicanos situada entre a lâmina basal do epitélio e a dos capilares venosos
absortivos fenestrados. No cólon humano normal, essa camada tem até 5 μm de
espessura e podem ter até três vezes essa espessura nos pólipos colônicos
hiperplásicos. A camada de colágeno participa na regulação do transporte de água e
eletrólitos do compartimento intercelular do epitélio para o compartimento vascular 
A bainha de fibroblastos pericriptais constitui uma população de fibroblastos bem
desenvolvidos. Essas células sofrem mitose imediatamente abaixo da base da glândula
intestinal, adjacente às células-tronco encontradas no epitélio (tanto no intestino grosso
quanto no delgado). Em seguida, esses fibroblastos diferenciam-se e migram em
direção à superfície acima, paralelamente e em sincronia com as células epiteliais.
Embora o destino final do fibroblasto pericriptal não seja conhecido, após alcançar o
nível da superfície luminal, essas células assumem, em sua maioria, as características
morfológicas e histoquímicas dos macrófagos. Algumas evidências sugerem que os
macrófagos do centro da lâmina própria no intestino grosso podem se originar a partir
da diferenciação terminal dos fibroblastos pericriptais 
O GALT é contínuo com o do íleo terminal e é mais desenvolvido no intestino grosso.
Grandes nódulos linfáticos se interpõem entre as glândulas intestinais e estendem-se
até a submucosa. O extenso desenvolvimento do sistema imune no cólon
provavelmente reflete o grande número e a variedade de microrganismos e de produtos
finais nocivos do metabolismo que geralmente estão presentes no lúmen desse
segmento do intestino. 
Vasos linfáticos. Em geral, não há vasos linfáticos no centro da lâmina própria, entre as
glândulas intestinais, e tampouco há vasos linfáticos que se estendam em direção à
superfície luminal do intestino grosso. Apenas recentemente, com o uso de novos
marcadores muito seletivos para o epitélio linfático, os pesquisadores identificaram
pequenos vasos linfáticos ocasionais na base das glândulas intestinais. Esses vasos
linfáticos drenam para a rede linfática existente na muscular da mucosa. A etapa
seguinte na drenagem linfática ocorre nos plexos linfáticos da submucosa e da
muscular externa, antes de a linfa deixar a parede do intestino grosso e drenar nos
linfonodos regionais. 
 
c. Muscular externa 
No ceco e no cólon (cólon ascendente, transverso, descendente e sigmoide), a camada
externa da muscular externa está parcialmente condensada em faixas longitudinais
proeminentes de músculo, denominadas tênias do cólon, que podem ser observadas
macroscopicamente. Entre essas faixas, a camada longitudinal forma um folheto
extremamente fino. No reto, no canal anal e no apêndice vermiforme, a camada
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longitudinal externa consiste em uma camada de músculo liso uniformemente espessa,
similarao observado no intestino delgado. 
Os feixes de músculo das tênias do cólon penetram na camada circular interna de
músculo a intervalos irregulares ao longo da extensão e da circunferência do cólon.
Essas descontinuidades na muscular externa possibilitam a contração independente de
segmentos do cólon, que promovem a formação das saculações do cólon na parede
colônica. 
A muscular externa do intestino grosso produz dois tipos principais de contração: a
segmentação e o peristaltismo. A segmentação ocorre localmente e, portanto, não
promove a propulsão do conteúdo. O peristaltismo promove o movimento da massa
distal do conteúdo colônico. Os movimentos peristálticos de massa ocorrem de modo
infrequente; nos indivíduos saudáveis, eles costumam ocorrer 1 vez/dia para esvaziar a
parte distal do cólon. 
 
d. Submucosa e serosa 
 A camada submucosa é formada de tecido conjuntivo e tem em sua extensão
numerosos vasos sanguíneos e linfáticos 
Quando o intestino grosso está diretamente em contato com outras estruturas (como
ocorre em grande parte de sua superfície posterior), a sua camada externa é formada
por uma adventícia; nos demais locais, no entanto, a camada externa consiste em uma
serosa típica. 
 
 
 
4. Você estava no plantão e a enfermeira relatou a chegada de um
paciente, homem, por volta dos 50 anos, com dor aguda no abdome. O
paciente relata que a dor não é bem definida, mas que parece ser na
porção inferior direita do abdome, náusea, vômito, distensão
abdominal e sangue na urina. Quadro típico de apendicite, se não
fosse o sangue na urina. Após análise, o paciente foi encaminhado
para cirurgia, durante a cirurgia foi retirada uma grande massa
tumoral localizada ao final no ceco que invadiu parte do abdome e
tomou a parede da bexiga. O exame anatomopatológico do tumor
mostrou ser adenocarcinoma do apêndice cecal. Sobre essa doença,
discuta sua epidemiologia, características e ocorrência de
metástases.  
Os adenocarcinomas são subdivididos em: mucinosos se > 50% da lesão consiste de
mucina extracelular, e os de anel de sinete se > 50% da lesão consiste de células em
anel de sinete, sendo estas de elevado grau e pior prognóstico. Entretanto, apensar de
melhor evolução em geral, os mucinosos podem ter comportamento maligno ao gerar
metástases e, em alguns casos, o pseudomixoma peritoneal. 
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Diagnóstico 
Como mencionamos acima, tomografia, tomografia multislice, ultrassonografia,
ressonância, enfim, exames de imagem com objetivo de avaliar a presença da lesão. 
Os achados seriam: 
• Dilatação cística; 
• Massa de tecido mole; 
• Apêndice com um diâmetro maior que 15 mm; 
• Além de ascite mucinosa de baixa atenuação na TC, embora áreas de alta atenuação
se desenvolvam em doenças de grande volume. 
Pode-se utilizar a PET-CT para avaliar disseminação peritoneal e a citorredução. A
dosagem do CEA e CA 19-9 devem ser realizadas, sendo útil para o acompanhamento
posterior dos casos e avaliação de prognóstico dos pacientes que realizaram cirurgia
citorredutora + HIPEC. CA 125 também pode ser dosado porém se encontra elevado
mediante envolvimento ovariano. Aspiração do material com fins diagnósticos deve ser
evitado para preservar a integridade do cisto. 
Tratamento 
O tratamento é cirúrgico, porém deve-se realizar apendicectomia ou hemicolectomia
direita? O tratamento permanece controverso. Em geral, deve-se realizar
apendicectomia com ressecção em bloco do mesentério e de qualquer fluido ou muco
ao redor. Na maioria dos casos, a cirurgia é de urgência, pelo diagnóstico prévio de
apendicite, não havendo, obviamente, estudo patológico disponível. Nesses casos a
hemicolectomia direita não deve ser realizada, uma vez que as lesões malignas
representam apenas 10-20% dos casos. Mediante ruptura inadvertida do apêndice e
visualização de mucina na cavidade, os implantes vistos macroscopicamente devem
ser retirados. 
A laparoscopia não é contra-indicada, porém é fortemente recomendada a conversão
da cirurgia para permitir melhor e mais segura manipulação da lesão. Além de haver
relatos de recidiva após cirurgia laparoscópica. 
Atenção, durante apendicectomia de urgência é importante considerar toda mucocele
como maligna, com objetivo de se ter como regra evitar perfuração iatrogênica pela
possível evolução para pseudomixoma peritoneal. 
As indicações de hemicolectomia direita podem ser relacionadas: 
• tamanho maior que 2 cm; 
• margem comprometida; 
• achados histopatológicos: alto índice mitótico, adenocarcinoma mucinoso, tumores
carcinoides; 
• invasão nodal: comprometimento de linfonodos no congelamento (há 4-8 linfonodos
no mesentério ao redor da artéria); 
• invasão da base do apêndice. 
Se os exames histológicos indicarem carcinomatose mucinosa peritoneal, cirurgia
citoredutiva e HIPEC estão indicados com prognóstico de aumentar sobremaneira a
sobrevida. Pacientes sem critérios de elegibilidade para citorredução, quimioterapia
https://pebmed.com.br/tag/apendicectomia/
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https://onedrive.live.com/redir?resid=8324C4DE991344CF%211677&page=View&wd=target%28LMF.one%7C%2F%2824%5C%2F08%5C%2… 12/13
sistêmica torna-se a melhor opção. 
Algumas autoridades no assunto ainda defendem a ooforectomia nas mulheres, tanto
para fins de estadiamento quanto para remover um local frequente de metástase. 
https://pebmed.com.br/neoplasia-de-apendice-como-diagnosticar-e-tratar-corretamente/ 
Referências: 
• Couceiro A, Capelão G, Nobre J, et al. Apendicite aguda como primeira manifestação de tumor do
apêndice. Revista Portuguesa de Coloproctologia, 2015: 41-7. 
• Henriques AC, Gomes M, Bragarollo CA. Adenocarcinoma de apêndice: relato de dois casos. Rev. Col.
Bras. Cir, 2001, 28 (5). 
• Feitosa SJ. Neoplasia mucinosa de baixo grau do apêndice cecal: Estudo clínico patológico em uma
série de casos e revisão da literatura. Universidade Federal de Sergipe. 2017. 
• Júnior AGL, Saquetti EE, Cardoso LTQ. Tumor do apêndice vermiforme. Rev Col Bras, 2000, 28 (3): 2
Vol. 28, (3): 228-9. 
• Kehagias I, Zygomalas A, Markopoulos G, et al. Diagnosis anda treatment of mucinous appendiceal
neoplasm presented as acute appendicitis. Oncological Medicine, 2016. 
• Kelly KJ. Management of Appendix Cancer. Clin Colon Rectal Surg, 2015. 28: 247-55. 
• Ramaswany V. Pathology of Mucinous Appendiceal Tumors and Pseudomyxoma Peritonei. Indian J
Surg Oncol, 2016. 7(2): 258–67. 
 
Embora quase sempre apresentando-se com quadro clínico de apendicite aguda, por
ser uma neoplasia mais agressiva e de caráter mais invasivo que o carcinóide, o
adenocarcinoma pode apresentar-se de forma incomum: como massa pélvica com
sinais urinários, hidronefrose, infiltração de bexiga, sangramento vaginal, melena e
intussuscepção É importante, na avaliação clínica dos pacientes, lembrar que as
neoplasias malignas de apêndice cecal, indiferentemente do tipo histológico,
apresentam-se, na maioria dos casos, com clínica de apendicite aguda (cerca de 68%),
provavelmente devido à obstrução maligna da luz apendicular, ocasionando infecção
sobreposta. 
O prognóstico do adenocarcinoma primário de apêndice cecal depende do grau de
diferenciação e do estadiamento de Dukes(22,25,26). No caso apresentado, o exame
histológico revelou extensão de neoplasia moderadamente diferenciada ao tecido
adiposo pericecal, comprometendo-o, mas sem metástase em linfonodos,
caracterizando um estadiamento Dukes B. Pacientes com estágio Dukes B têm
sobrevida, em cinco anos, estimada em 67%. 
Não houve perfuração do apêndice cecal no caso relatado. Na literatura, alguns
autores afirmam que ocorre perfuração em cerca de 55% dos casos de neoplasia de
apêndice cecal, sendo, portanto, o sítio mais freqüente de perfuração do trato
gastrintestinal(3,23); além de que isto poderia determinar um pior prognóstico pela
possibilidade de disseminação de células neoplásicas(27). Outros autores, no entanto,
analisandoséries mais numerosas, não demonstram diferença estatisticamente
significativa quanto à alteração do prognóstico no caso de perfuração (diferente das
outras neoplasias do trato gastrintestinal com perfuração), além de que a perfuração
possa até favorecer um diagnóstico precoce. 
 
NEOPLASIAS MALIGNAS PRIM£RIAS DE AP NDICE CECAL PRIMARY MALIGNANT
TUMOURS OF THE APPENDIX Affonso A.P. Mércio1 ; Marcos Weindorfer2 ; André L.
Weber3 & Ana C. Mano4 1Médico cirurgião; 2Médico cirurgião. Ex-residente; 3Médico
residente – Serviço de Cirurgia Geral; 4Acadêmica de Medicina da Universidade
Federal de Pelotas, doutoranda – Hospital Nossa Senhora da Conceição - HNSC
CORRESPONDÊNCIA: Dr. Marcos Weindorfer. Rua Francisco Rodolfo Simch, 680;
CEP: 91130-210 - Porto Alegre - RS; Fone (051) 340-0549 
 
 
 
 
5. Sobre métodos diagnósticos para doenças do intestino grosso,
descreva os 3 métodos a seguir, suas aplicações e principais
diferenças.  
 
 
COLONOSCOPIA: O exame de Colonoscopia visa estudar o intestino grosso,
avaliando o seu revestimento mucoso, vascularização e distensibilidade. Para que isto
seja possível, é necessário que o intestino esteja “limpo”, ou seja, sem a presença de
resíduos fecais, os quais estão presentes normalmente em sua luz. A “limpeza” do
intestino é realizada com dieta e utilização de laxantes. Para que o preparo para o
exame transcorra de forma mais confortável possível e com resultado satisfatório, é
necessário que o paciente siga corretamente a dieta de véspera e tome o laxante
recomendado. No dia do exame, o paciente deverá comparecer ao Hospital, com a
presença de um acompanhante, no horário estipulado para que a segunda etapa de
seu preparo seja iniciada. O exame é realizado sob sedação, e, portanto, é indolor e
não causa incômodo. A duração do exame é variável. Após o exame e a recuperação
da sedação, o paciente retorna ao seu quarto para que repouse e faça uma refeição
leve, que será oferecida pelo Hospital, podendo deixar o Hospital acompanhado por
alguém assim que se sentir confortável. Após o exame, o paciente pode e deve
alimentar-se normalmente, devendo ingerir grande quantidade de líquidos, exceto
bebidas alcoólicas. 
ENEMA OPACO: O enema opaco é um procedimento que avalia o intestino grosso
(cólon) e o reto. O exame é indicado para pesquisa de megacólon, constipação crônica,
sangramento nas fezes, doença inflamatória intestinal (retocolite ulcerativa e doença de
Chron). 
https://pebmed.com.br/neoplasia-de-apendice-como-diagnosticar-e-tratar-corretamente/
27/09/2021 10:32 OneNote
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O exame é realizado por meio da colocação de uma pequena sonda no reto por uma
profissional de enfermagem. O comprimento e a largura da sonda é determinada pela
idade e/ou tamanho. Uma vez inserida, será fixada uma fita para que a sonda
permaneça no local durante o estudo. A sonda será conectada a uma bolsa que
contém um agente de contraste, geralmente bário misturado com água. Enquanto o
material de contraste estiver fluindo pelo intestino, o técnico vai rodá-lo de um lado para
o outro, a fim de obter imagens essenciais para o diagnóstico. Este exame dura em
média 45 minutos. 
 
DEFECOGRAFIA POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA: A defecografia é exame de
imagem valioso no estudo da fisiologia anorretal e, portanto, com extensa aplicação na
avaliação e diagnóstico de diversas afecções coloproctológicas que cursam com
sintomas de constipação, sensação de evacuação incompleta, incontinência fecal, dor
pélvica obscura, proctalgia e tenesmo, entre outras. Além disso, em algumas situações
após cirurgia anorretocólica, pode ser utilizada como método de avaliação do resultado
e acompanhamento pós-operatório. Nas últimas décadas tem-se observado aumento
do interesse da comunidade médica pelo exame, em parte, pelo melhor entendimento
da fisiopatologia dos distúrbios colorretais. 
 
 
 
 
 
6. Segundo o INCA, no ano de 2018, ocorreram 19.603 mortes por
câncer colorretal no Brasil. A definição de tratamento para os tumores
do colón ocorre em função do estadiamento da doença, através da
utilização do sistema TNM. Sobre esse sistema, explique suas bases e
como funciona sua aplicação. Sobre o câncer de Roteiro do
Laboratório Morfofuncional 4 cólon, descreva aspectos gerais da
doença.  Ainda, como ocorre a definição de tratamento cirúrgico ou
quimioterápico?  
 
 
Qual o procedimento em caso de doença metastática?  
 
• Tratamento: Quando o tumor é muito inicial ou ainda trata-se de um pólipo,
geralmente pode ser retirado através da colonoscopia. 
Na maior parte das vezes, o tratamento é a cirurgia para remoção da parte afetada
juntamente com os gânglios linfáticos (linfonodos). Em alguns tumores de reto, de
diagnóstico precoce, é possível removê-lo através do ânus. Em outros casos, é
possível retirar parte do reto e preservar o esfíncter anal, eliminando a necessidade de
colostomia. Dependendo do grau de desenvolvimento do tumor pode ser necessário
um tratamento adicional (adjuvante) de quimioterapia e em alguns casos também de
radioterapia. Em alguns casos, este tratamento (radioquimioterapia) pode ser indicado
antes da cirurgia, reduzindo o tamanho do tumor e facilitando sua retirada. Em geral, a
cirurgia é realizada por via abdominal. Em casos selecionados, a videolaparoscopia
pode ser indicada. Dependendo do tipo de cirurgia e necessidade pode ser necessária
a colocação de um estoma (colostomia ou ileostomia), temporário ou permanente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Anatomia Patológica, Neuropatologia e Neuroimagem –
UNICAMP. Disponível em: http://anatpat.unicamp.br/. Bogliolo,
Patologia, 8ª ed, 2011. Gartner, Textbook of Histology, 4ª ed, 2017.
Girloy, Atlas de anatomia, 3ª ed, 2017. Hankin, Anatomia clínica: uma
abordagem ao estudo de caso,2015 Dugani, Anatomia Clínica, 1ª ed,
2017. Hoff, et al. Tratado de Oncologia, 2013 Holland-Frei Cancer
Medicine, 9th, 2017 Larosa, Anatomia Humana: texto e atlas, 1a ed,
2018. Manual de Oncologia de Harrisson, 2ª ed, 2015. MOL –
Microscopia on line – USP. Disponível em: http://mol.icb.usp.br Rehfeld,
Compendium of Histology, 2017. Robbins, Patologia Básica 9ª ed,
2013. Ross, Histologia Texto e Atlas, 7ª ed, 2016. Tortora, Princípios
de anatomia humana, 14a ed, 2019. Brandão e Ianez, MR Imaging of
the Pelvic Floor Defecography, Magn Reson Imaging Clin N Am 21
(2013) 427–445

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