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1 Exigência financeira do Estado ao particular para o uso potencial ou efetivo de serviços públicos, ou pelo exercício do poder de polícia (atividades da administração pública voltadas para o disciplinamento ou limitação de direitos, interesses ou liberdades privadas em respeito ao interesse público - arts. 77, 78, 79 CTN). Assim, as taxas de serviços são instituídas e cobradas em função da utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ou postos a disposição do contribuinte . deve ser diversa daquela determinada aos impostos, diante da vedação expressa CF, sob pena de se configurar a “bi-tributação”. deve ter correlação ao custo da atividade prestada pelo Estado, sob pena de enriquecimento sem causa, fato não permitido pelo Direito. Retributividade – retribui atividade pública potencial ou efetiva; Proporcionalidade – valor proporcional àquilo que o contribuinte está recebendo ou tem a sua disposição. Tarifa identifica-se como a quantia que o usuário de determinado serviço público paga pela utilização concreta de tal serviço, prestado por um particular, na forma do art. 175 da CF. Assim, a tarifa tem por fundamento a prestação efetiva de um serviço público específico e mensurável, através de particular por concessão ou autorização estatal. Exemplo: art. 21 CF, incisos XI e XII – telecomunicações, radiodifusão, energia elétrica, navegação aérea e aeroespacial, transporte rodoviário de passageiros – interestadual e internacional, portos. 2 Tributo contraprestacional cuja exigibilidade tem por fato gerador uma situação que representa um benefício especial auferido pelo contribuinte em face de uma obra pública efetivamente realizada e concluída pelo Poder Público (art. 145, III CF; art. 81 CTN). Fundamento: a) a valorização imobiliária ou melhoria; b) o benefício decorrente da obra pública. Limites: global – valor da obra pública; individual – valorização específica do imóvel objeto da contribuição. Tributo que só pode ser criado por LC e de natureza restituível (art. 148 CF); obedece aos princípios da anterioridade anual e nonagesimal (caso de guerra sem anterioridade); vinculação com a despesa específica para a qual foi criado. Fundamentos: I – guerra externa ou sua iminência; II – calamidade pública; III – investimento público urgente e de relevante interesse nacional. Fundamento Constitucional - art. 149 e art. 195 CF. Tributos com destinação vinculada a uma despesa específica, cujo fato gerador não é vinculado a nenhuma atividade estatal prestada diretamente ao contribuinte (semelhante ao imposto, diferenciando-se apenas pela destinação). Podem ser: 1- Contribuição de interesse de categorias profissionais - competência da União, art. 149 CF; capacidade tributária ativa delegada às entidades que regulam e controlam o exercício das atividades das categorias profissionais (OAB, CFM, CONFEA, etc.); fato gerador - exercício, pelo contribuinte, da atividade profissional ou econômica sob controle da entidade; 2- Contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública (COSIP) - competência da municipal, art. 149-A CF (EC 39/2002); capacidade tributária ativa pode ser delegada às concessionárias de energia elétrica (cobrança na fatura do consumidor); fato gerador – consumo urbano de energia elétrica; 3- Contribuições de intervenção no domínio econômico (CIDE) - competência da União, art. 149; fórmula de controle ou incentivo de setores do domínio econômico; fato gerador – diversos (vinculação do produto da arrecadação à atuação da União da área econômica específica objeto da contribuição) e cobrança das empresas que atuam ou que, de alguma forma, estejam ligadas às áreas de atividade econômica incentivadas ou controladas; fundamento indireto art. 170 e 174 CF; Exp.: CIDE CINEMA, CIDE ENERGIA, FUST, CIDE COMBUSTÍVEIS (art. 177, §4º CF); 3 4- Contribuições Sociais – voltadas ao financiamento complementar da Seguridade Social. Fundamento constitucional: art. 195 CF; §6º - anterioridade nonagesimal; §7º - imunidade das entidades de assistência social. Seguridade Social – conjunto de políticas sociais com 3 pilares: - Previdência Social; - Assistência Social; e - Saúde Pública. Sujeitos Passivos – I) Empregador – incidências: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício - INSS; (EC 20/98) b) a receita ou o faturamento – PIS e COFINS; (EC 20/98) c) o lucro - CSSL. (EC 20/98) Sujeitos Passivos – II - trabalhador e demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; (EC 20/98) III - sobre a receita de concursos de prognósticos. IV - importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. (EC 42/2003) Principais Incidências Pessoa Jurídica – Contribuição Social Sobre Lucro Líquido (CSLL) – alíquota 9%, base de cálculo = lucro (real ou presumido), recolhimento trimestral; Contribuição p/ Financiamento da Seguridade Social (COFINS) – alíquota 3%, base de cálculo = faturamento, recolhimento mensal; Programa de Integração Social do Trabalhador (PIS) – alíquota 0,65%, base de cálculo = faturamento, recolhimento mensal. Tributos cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica (art. 16 CTN); não é contraprestacional - sua exigência independe de qualquer contraprestação do ente tributante; hipóteses de incidências têm relação, apenas, com fatos da vida do contribuinte, suas ações, suas atividades econômicas e sua capacidade contributiva; não-vinculado a uma despesa específica; impostos se distinguem entre si pelos respectivos fatos geradores. Finalidade: custear o Estado para a realização de suas funções constitucionais (arts. 1 a 4 CF), atendimento do bem comum (investimentos e custeio de bens públicos, serviços públicos como saúde, segurança e educação). Características: não-vinculados; contributivos e privativos (federais, estaduais ou municipais); natureza fiscal (excepcionalmente extrafiscal). Podem ser: a) diretos - pagos e conhecidos diretamente pelo contribuinte (Imposto de Renda); b) indiretos – com o valor embutido no valor da transação (ICMS). 4 Da União (art. 153 CF): 1- Imposto de Importação (II) – fato gerador, entrada de produtos estrangeiros no território nacional (via Zona Aduaneira e por meio de Despacho Aduaneiro); contrabando = entrada de produto ilegal; descaminho = entrada sem pagamento do tributo; alíquotas (art. 20 CTN) ad valorem ou por quantidade do produto; contribuinte (art. 22 CTN) importador ou equiparado; natureza extrafiscal. Da União (art. 153 CF): 2- Imposto de Exportação (IE) – fato gerador, saída de produtos nacionais ou nacionalizados do território nacional (via Zona Aduaneira); alíquotas (art. 26 CTN) ad valorem ou por quantidade do produto; contribuinte (art. 27 CTN) exportador ou equiparado; natureza extrafiscal. Da União (art. 153 CF): 3- Imposto de Renda (IR) – hipótese de incidência: rendas ou proventos de qualquer natureza; § 2º - informado pela Universalidade (todas as espécies de renda), Generalidade (quaisquer pessoas) e Progressividade (aumento em função da capacidade contributiva); - Código Tributário Nacional, art. 43 a 45; - Legislação Esparsa; - Decreto nº. 3.000/1999 (RIR). Renda - relação direta com o retorno do capital aplicado ou do trabalho realizado (CTN – art. 43, I). Proventos – um ganho que não necessariamente decorre diretamente da aplicação do capital ou trabalho (aposentadoria, prêmio, doação - CTN – art. 43, I). Lucro O conceito de que a renda da pessoa jurídica é o LUCRO advémda interpretação do art. 43, inciso I, do CTN, ou seja, que o Lucro da Pessoa Jurídica é o resultado da aplicação do capital. 5 O critério quantitativo é a representação econômica do objeto da incidência, devendo ser dividido em duas partes para obtenção do “quantum debeatur”: - Alíquota – percentual do tributo incidente sobre a Base de Cálculo; - Base de Cálculo – valor da renda auferida (na PJ: receita – despesas dedutíveis + adições legais). Sérgio Augusto G. Pereira de Souza prof.sergio_souza@ig.com.br Blog: http://sagps.blogspot.com Twitter: @sergiopsouza
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