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Vamos falar a respeito do equilíbrio ácido-base, sistema tampão e gasometria. O sistema tampão é importantíssimo no controle do pH plasmático. A regulação dessa concentração de H+ ela é muito importante para o nosso corpo, para que ocorra um processo de equilíbrio. É preciso controlar a concentração de H+. E essa concentração de H+ é essencial para quase todas as atividades enzimáticas do nosso corpo. Precisamos de H+ na concentração correta. Por exemplo a concentração do íon sódio é cerca de 3.5 milhões de vezes maior que a concentração normal de H+. A concentração de H+ ela é pequena quando comparada a outros íons e ela precisa estar numa faixa correta, para que todos os processos enzimáticos e todos os processos bioquímicos e fisiológicos acontecem. E para esse controle ser efetivo existem alguns métodos para o nosso corpo controlar na concentração especifica esse íon H+. Existem três sistemas primários que vão regular essa concentração de H+ nos líquidos corporais, para evitar tanto a acidose quanto a alcalose que vamos falar aqui hoje. Primeiro é o sistema tampão. Existem outros sistemas tampões, mas vamos falar agora do íon bicarbonato. Uma outra forma de controlar esse equilíbrio aqui para que a concentração de H ele fique na faixa correta, esse pH fique na faixa correta. Existe também o centro respiratório, eu tenho a entrada e a saída de CO2 que também vai controlar essas reações químicas. Além disso tem também um terceiro que é os rins, eles também atuar nesse controle concentração de H +. Ele vai justamente regular excretando, uma urina que por ventura pode ser acida ou básica. Esse processo dos rins vocês vão estudar lá em fisiologia. Então para controle do pH plasmático, controle da concentração de H+ eu tenho o sistema tampão, com as reações químicas ácido-base, nós temos também o centro respiratório que vai fornecer esse CO2 que também vai participar e por último eu tenho os rins que participam nesse processo. Quando eu tenho uma variação nesse H+, logo de início entra em ação o sistema tampão, para que não aconteça nenhuma alcalose e nenhuma acidose. A primeira linha é o sistema tampão que vai tentar resolver, em segundo também vai entrar na linha de defesa o sistema respiratório com a entrada e saída de CO2 e se nenhum dos dois resolver entra os rins na tentativa de resolver o problema. Porem os rins tem sua entrada um pouco mais lenta, demora um pouco mais para ocorrer. Vamos falar sobre o sistema de controle do pH plasmático. Então nós temos o H+ + HCO3- e a reação 1 formando H2CO3. Eu também na reação 2 tem a liberação de agua (H2O) e a liberação de CO2, e esse CO2 ele vai estar diluído no sangue nos capilares e com a reação 3 ele vai sair. Essa reação ocorre nos dois sentidos. E esse equilíbrio aqui vai manter o pH na faixa que ele deve ser mantido. Então vamos começar a verificar quando aumenta a concentração de H+ quando diminui, quando entra CO2 ou quando sai CO2. O pH do sangue precisa estar nessa faixa aqui entre 7,35 e 7,45. Se diminuir eu entro num processo de acidose e se aumentar entra no processo de alcalose. Então eu preciso estar nessa faixa aqui de pH. Essa é a faixa onde ocorre os processos normais. Alguns fatores podem levar a esse processo de variação do pH. Existem alguns processo de alcalose ou acidose que estão envolvidos com distúrbios respiratórios. Ou seja alguns processos respiratórios podem alterar o pH do sangue, saindo daquela faixa (7.35 a 7,45). Todas as vezes ocorram processos ligados a entrada ou saída de CO2, eu digo que tem um distúrbio respiratório. Assim como também existem processos de acidose ou alcalose que tem a ver com distúrbios metabólicos. Todas as vezes que a alteração for na mudança de HCO3 eu tenho um distúrbio metabólico. A pressão de CO2 dentro da normalidade ela deve estar entre 35 a 45 milímetros de mercúrio. Para que o sangue tenha o pH na faixa da normalidade o minha pressão de CO2 tem que estar entre 35 e 45mmHg. E para que o íon de HCO3 esteja dentro da faixa de normalidade ele deve estar dentro de uma faixa de variação que vai de 22 a 26 miliequivalente por litro. Para que o sangue tenha o pH na faixa da normalidade entre 7,35 e 7,45 a minha pressão de CO2 deve estar entre 35 e 45 mmHg e o meu íon HCO3 deve estar entre 22 e 26 mEq/L. Se vocês perceberem aqui esse pH para estar entre 7,35 e 7,45 eu tenho essa aqui, com CO2 e HCO3, então a concentração de HCO3 e de CO2 precisam estar dentro de uma faixa especifica para que o meu sangue tenha um pH também especifico dentro dessa faixa. Pois se trata dentro de um sistema que tem um equilíbrio químico. O aumento de PCO2 (>45) faz cair o pH, e assim se torna mais ácido, e o indivíduo entre em acidose respiratória. A redução do PCO2 (<35) faz o pH elevar-se ou seja torna-se mais básico, e leva a um processo de alcalose respiratória. Isso ocorre por conta de um mecanismo de compensação. Se vocês perceberem aqui, porque que quando tem uma redução de CO2 o pH vai elevar? Ou seja se sai muito CO2 vai deslocar o equilíbrio da minha reação. Se CO2 está saindo, então vou precisar de mais H+ para se juntar com HCO3- para formar H2CO3 para formar CO2 e ir saindo. Então na tentativa de compensar eu gasto mais H+ Agora vamos falar do processo de metabolismo, que tem haver com HCO3. A redução do HCO3 faz diminuir o pH, deixando ele mais ácido. Na tentativa de equilibrar a equação desloca no sentindo de H2CO3 aumentando a concentração de H+. A redução de HCO3 faz cair o pH provocando uma acidose metabólica. E o aumento do HCO3 faz elevar o pH provocando uma alcalose metabólica. Caso 1 pH está elevado, ou seja básico num processo de alcalose. Analisando o PCO2 está baixo, tem um processo de alcalose. E o HCO3 está baixo, num processo de acidose. Agora vem o X da questão, é um processo de alcalose respiratória, pois o parâmetro de PCO2 está combinando com o pH sanguíneo. Tudo que for PCO2 é respiratório tudo que for HCO3 é metabólico. O HCO3 nesse caso também está mudado na tentativa de compensar. Então eu digo que é uma alcalose respiratória parcialmente compensada. Caso 2 O pH 7,30 está baixo, ou seja ácido, num processo de acidose. Analisando o PCO2 (27) ele está baixo, em um processo de alcalose. Vamos para o parâmetro HCO3 (13) está baixo em um processo de acidose. Portanto é uma acidose metabólica parcialmente compensada. Caso 3 O pH 7,33 está baixo, ou seja ácido. Analisando o segundo parâmetro PCO2 está alto, em um processo de acidose. Olhando o HCO3 31 está alto, em um processo de alcalose. Quem está combinando com o pH é o PCO2, então temos uma acidose respiratória parcialmente compensada. Caso 4 o pH 7,47 está alto, num processo de alcalose. E o PCO2 44 está normal. E o HCO3 está alto, num processo de alcalose. Ou seja um processo de alcalose metabólica descompensada, pois o PCO2 não mudou está na faixa da normalidade. Portanto temos uma parcialmente compensada quando a mudança de um parâmetro, então um parâmetro combina com o pH do sangue e o outro se modificou na tentativa de equilibrar, de compensar para o pH ficar na faixa. Ou seja ele está tentando chegar no equilíbrio. Agora se o parâmetro está parado como no caso 4 nós temos um processo descompensado, ou seja ele não está nem tentando compensar. Caso extra: pH 7,36 PCO2 55 HCO3 29 O pH está normal, na faixa. O PCO2 está alto, ou seja ácido. E o HCO3 está alto, ou seja num processo de alcalose (básico). Os dois variaram mas o pH está normal. Então é necessário fazer uma conta. Então o parâmetro do PCO2 55 -45=10 já o parâmetro do HCO3 29-26=3. Nesse caso quem variou mais foi o PCO2, que variou 10. Então temos uma acidose respiratória compensada. (É compensada pois o pH está na faixa mesmo com variação dos parâmetros) Caso 5 o pH está normal, na faixa. O PCO2 estánormal, dentro da faixa. E o HCO3 (20) está baixo, num processo de acidose. É uma acidose metabólica. O PCO2 não variou e o pH está normal, o paciente não está descompensado. Observem o detalhe que o pH 7,36 está próximo do limite, ou seja está começando um processo de acidose metabólica, ou paciente voltando a se recuperar. Só temos como dizer que é uma acidose metabólica. Então existem outros fatores para analisar. Eu posso ver a base, posso ver o íon e outros fatores, que vou falar na próxima aula. Vamos falar um pouco sobre distúrbios mistos e depois vamos resolver alguns casos. Na Quarta feira vamos para o laboratório virtual, fazer nossa aula pratica e a gente já encerra esse ciclo para poder falar sobre carboidratos, glicose, glicogênese e as patologias associadas a esses distúrbios metabólicos. Então começando no caso 6 pH 7,05, Esse pH está na faixa, ácido ou básico? Esta ácido. Vamos então para o PCO2, está alto ou está baixo? Está alto. Quando está alto é um processo de alcalose ou acidose? Acidose! Vamos agora analisar o HCO3, ele está alto ou baixo? Está baixo portanto é uma acidose. Então eu tenho uma acidose respiratória e uma acidose metabólica portanto eu tenho uma acidose mista. Esse processo de acidose é proveniente de uma acidose metabólica e acidose respiratória. Vamos fazer o caso 7. O pH 7,80 está alto, o PCO2 está 20, portanto baixo, que é um processo de alcalose. Agora vamos para o HCO3, 30. Está alto, que é um processo de alcalose. Então temos nesse caso um processo de alcalose mista pois tanto o PCO2 quanto o HCO3 estão variando num processo de alcalose. Então o pH do sangue está 7,80 tanto em virtude de um processo metabólico quanto respiratório. Por isso temos um processo misto. Agora vamos para o caso 8 o pH está 7,42 portanto está normal. O PCO 19, está baixo, que é um processo de alcalose. E o HCO3 12, está baixo, num processo de acidose. Nesse caso vamos precisar fazer uma continha: PCO2 19-35=16 e em HCO3 22-12=10, então nos vemos que quem está variando mais é o PCO2. Então nós temos uma acidose respiratória, pois o PCO2 está variando mais. Agora é uma acidose respiratória totalmente compensada, porque o pH está normal. Ou seja o PCO2 está causando uma acidose respiratória o HCo3 está tentando compensar. Então quando for atender um paciente na emergência não devemos analisar apenas a faixa de normalidade do pH do sangue, precisamos analisar se tem algum distúrbio no PCO2 e HCO3 para perceber se há alguma variação, e como médico intervir, pois ele está compensado mas pode descompensar. É necessário olhar os parâmetros. Então agora vamos fazer o caso 9 o pH está normal, e o PCO2 60, está alto, é um processo de acidose. E o HCO3 38, está alto, num processo de alcalose. Então vamos ter que fazer a conta. PCO2 60-45=15 e o HCO3 38-26=12, quem variou mais foi o PCO2. Portanto temos um processo de acidose respiratória compensada, pois o pH está normal. CASO 1: pH: acidose / PCO2: acidose / BR: Está na normalidade BE: -1,2; Excesso de base (significa alcalose), está relacionado com a quantidade de íons bicarbonato. Quando maior o excesso de base, mais severo é o quadro de alcalose. Mostra quão severa está a alcalose do paciente. Existem valores negativos (-2 a +2). Para a esquerda, pouca base e para a direita, muita base. BE ajuda a identificar se o diagnóstico está ou não coerente. Diagnóstico: acidose respiratória descompensada BR: 23. É o bicarbonato real. Excesso de base que o rim deveria excretar. _____________________________________________________________________ SEGUNDA PARTE DA AULA, MINHA TRANSCRIÇÃO. AINDA SEGUE SENDO A PARTE 2 DO CASO 1 _____________________________________________________________________ Torporosa: Significa que o paciente ainda está no estado de coma, mas responde estímulos dolorosos Paciente chegou na emergência e depois 24h pediram pra refazer a gasometria. O pH com 7,52 trata-se de uma alcalose. A PCO2 está abaixo dos parâmetros, então é uma alcalose. O terceiro passo é olhar o íon bicarbonato, o BR, que se encontra dentro dos valores de referência. Diagnóstico: é uma alcalose respiratória descompensada O valor do BE consta +1,2, aumentou a base. O pH estava 7,20 e agora está 7,52, confirmando uma alcalose respiratória descompensada. O valor de BR está normal, mostrando que pode não haver uma descompensação, por não haver componente metabólico, nem tentativa de compensação. Porém, o problema relacionado com o processo, é um processo de alcalose respiratória. O BR normal confirma que não está havendo processo de compensação, mas descompensação mesmo e, além disso, prova que é um distúrbio respiratório. O BE deveria estar excretando, mas só confirmou que está descompensado, e a quantidade de base está na faixa, não está movimentando. Se fosse compensada ou parcialmente compensada, haveria mudança. Está de acordo com o diagnóstico. Houve uma mudança do BE, do pH e PCO2 também. O mecanismo mais provável neste caso é ventilação alveolar excessiva, que aumenta a eliminação de CO2, embora a diminuição da produção de CO2 pelo organismo também tenha que ser considerada, com uso de tranquilizantes potentes. A causa mais provável é a regulagem inadequada do ventilador mecânico, gerando ventilação alveolar muito elevada. RESPOSTA DA PROF: Na primeira situação, como o pH está menor que 7,35 trata-se de uma acidose. A PaCO2 maior que 45 mmHg mostra que existe um importante componente respiratório. O BR normal mostra que não há compensação metabólica. Portanto, o distúrbio ácido-básico é acidose respiratória aguda. O mecanismo do distúrbio nesta paciente é a diminuição da eliminação de CO2 por redução da ventilação alveolar; insuficiência respiratória aguda, tipo hipoventilação. A causa provável, em função da história, é depressão do centro respiratório por excesso de tranquilizantes. Após 24hrs: Como o pH está maior que 7,45, trata-se de uma alcalose. A PaCO2 está menor que 35 mmHg, sugerindo um componente respiratório. O BR normal mostra não haver componente metabólico, nem tentativa de compensação. Em função disto o distúrbio ácido-básico é alcalose respiratória aguda. O mecanismo mais provável neste caso é ventilação alveolar excessiva, que aumenta a eliminação de CO2, embora a diminuição da produção de CO2 pelo organismo também tenha que ser considerada, com uso de tranquilizantes potentes. A causa mais provável é a regulagem inadequada do ventilador mecânico, gerando ventilação alveolar muito elevada. CASO 2: PCO2: alcalose, valor baixo; BE: está baixíssimo, com -18, é uma acidose. Diagnóstico: acidose metabólica parcialmente compensada, pois para ser compensada, o pH deveria estar com um valor na faixa. PCO2 refere alcalose, mas BR e BE apontam para baixa concentração de bicarbonato (acidose). O PCO2 está tentando compensar, mas ainda sem alcançar o pH normal, por isso, parcialmente compensada. O valor de BE confirma o diagnóstico, pois há pouquíssimo excesso de base, portanto acidose, confirmando também a origem metabólica Esse padrão está extremamente alterado. Por que isso aconteceu? A questão desse paciente -18 de BE, com hálito cetônico, indica que ele possui diabetes. Quando a glicose não entra na célula, o corpo pega lipídeos e quebra em ácido graxo (sofre um processo de metabolização) e glicerol, só que também produz uma quantidade grande de cetoácidos, que são também usados como fonte de energia, porque a glicose não está presente, ou seja, o caso é de acidose, produzindo esse hálito cetônico. Tratamento para esse paciente é a aplicação de insulina RESPOSTA DA PROF: A análise do pH muito menor que 7,35 sugere acidose importante. A PaCO2 menor que 35 mmHg exclui causa respiratória, sugerindo ao contrário, ser uma compensação. O BR muito baixo confirma ser de origem metabólica. O distúrbio é uma acidose metabólicacom tentativa de compensação respiratória. Este padrão gasométrico e o exame clínico são típicos de pacientes diabéticos descompensados com cetoacidose. Nestes casos há uma grande produção de ácidos fixos - cetoácidos - responsáveis pelo enorme consumo de bicarbonato e pelo hálito cetônico. A acidose é primariamente metabólica e ativa o centro respiratório bulbar que, tentando normalizar o pH, aumenta a ventilação alveolar eliminando CO2 em excesso, mas sem conseguir compensar o distúrbio. Se não houvesse a participação respiratória, o pH estaria muito mais baixo. O tratamento visa a correção da causa, ou seja, reduzir a produção de cetoácidos através da utilização da glicose pelo metabolismo, fornecendo-se insulina ao paciente. Paralelamente e igualmente importante é a reidratação do paciente com volumes generosos de soro fisiológico com potássio e fosfato. Este é um dos casos de acidose metabólica em que o bicarbonato de sódio somente é necessário quando o baixo nível de pH coloca a vida do paciente em risco (abaixo de 7,00). CASO 3: pH: acidose; PCO2: está alta, então, acidose; BR: está baixo, então, processo de acidose; Diagnóstico: um processo de acidose mista O BE está -3,5, ou seja, confirmando o diagnóstico de acidose O paciente tem 20 anos, é atleta, está em repouso, fez um exame e relatou um processo de acidose mista. Pode ter acontecido uma demora no processamento da amostra de sangue, talvez possa não ter sido bem condicionada para levar para outro laboratório, no transporte. Pode ter permitido a produção de CO2 no sangue com essa demora de transição do laboratório. A demora do transporte gerou uma massificação dessa amostra, ela não serve mais para dar diagnóstico. RESPOSTA DA PROF: O distúrbio ácido-básico é acidose mista (respiratória e metabólica). Por se tratar e pessoa assintomática, com bom preparo físico e em repouso não se espera nenhuma alteração ácido-básica. A história sugere demora no processamento da amostra, o que pode ter permitido a produção de CO2 e de ácidos fixos pelas células do sangue, principalmente pelos leucócitos, alterando o resultado do exame. Nos casos em que a amostra não puder ser rapidamente analisada, sugere-se guardá-la e transportá-la em recipiente térmico com gelo, para reduzir a atividade metabólica do sangue. CASO4: pH: alcalose, alto; PCO2: está na normalidade, no limite baixo; BR: alto, alcalose. Resultado: alcalose metabólica descompensada; BE: está muito alto, alcalose, concordando com o diagnóstico, pois o pH está alto e se o BR está alto, significa que não está excretando a quantidade ideal de bicarbonato, está retendo muito o íon. O fato de terem aplicado bicarbonato de sódio nele influencia no BR alto RESPOSTA DA PROF: O pH está maior que 7,45 configurando alcalose. A PaCO2 está normal, mostrando não haver componente respiratório. O BR está aumentado, indicando componente metabólico. O distúrbio ácido-básico é alcalose metabólica pura. Nos casos de choque hipovolêmico a alteração ácido-básica esperada é acidose metabólica com compensação respiratória devida à hipoperfusão sistêmica levando a metabolismo celular anaeróbico. Quando se restaura a perfusão com reposição volêmica adequada, ocorre rápida normalização ácido-básica. Neste caso houve desnecessária administração de bicarbonato de sódio, o que acarretou excesso de bicarbonato circulante que, enquanto não for eliminado pelos rins leva à alcalose metabólica. Neste distúrbio normalmente não há compensação respiratória. Não há necessidade de nenhuma conduta terapêutica, a não ser manter perfusão renal adequada para permitir a eliminação do excesso de base. Choque hipovolêmico: é uma situação onde ocorre uma grande perda de líquidos do sangue. O coração tem dificuldade de bombear o sangue, de levar O2. Sobre o choque que ocorreu, não seria interessante administrar o bicarbonato. Não foi administrado corretamente, pois o sistema cardiorrespiratório não conseguirá distribuir para o corpo O paciente sofreu um traumatismo abdominal, perdendo grande quantidade de líquido e sangue. O coração para de bombear o sangue, O2. Não foi interessante administrar a solução fisiológica com bicarbonato de sódio ao paciente. O paciente, então, quase entrou num quadro de alcalose respiratória por conta do valor no limite de 35 mmHg por causa do excesso de bicarbonato de sódio que comprometeu o metabolismo. Nesse caso de choque hipovolêmico, a alteração era pra acontecer uma alteração ácido/básico. Era pra acontecer uma acidose metabólica com compensação respiratória, porque quando o indivíduo tem uma perda de sangue, ocorre uma hiperfusão sistêmica, levando a um metabolismo celular anaeróbico. Só que nesse caso, aconteceu que se administrou o bicarbonato no soro fisiológico, o que acarretou um excesso de bicarbonato de sódio no corpo e os rins não eliminaram essa quantidade excessiva de bicarbonato, por isso levou a esse processo. CASO 5: pH: baixo, acidose; PCO2: alto, acidose; BR: baixo, processo de acidose; acidose mista; BE: está de acordo com o diagnóstico Quando a acidose é mista já se pressupõe que é descompensada porque não tem nenhum dos dois fatores variando a favor da compensação RESPOSTA DA PROF: O pH menor que 7,35 indica acidose. A PaCO2 maior que 45 mmHg sugere componente respiratório. O BR menor que 22 mM/L sugere componente metabólico. O distúrbio ácido-básico é acidose mista (respiratória e metabólica). Nos casos de choque circulatório, as células do organismo não recebem a quantidade de oxigênio necessária ao seu metabolismo, transformando-o em anaeróbico, o que causa acúmulo de ácido láctico (ácido fixo). Este é o mecanismo do componente metabólico desta acidose. Na SARA só costuma ser observada retenção de CO2, responsável pelo componente respiratório nas fases mais avançadas, quando a complacência pulmonar está muito diminuída ou quando se usa a técnica de hipercapnia permissiva. Esta é uma técnica ventilatória em que se empregam pequenos volumes correntes (3-5 mL/kg) para evitar lesão pulmonar pelo ventilador, comum nesta síndrome. CASO 6: pH: baixo, acidose; PCO2: baixa, alcalose; BR: baixo, acidose; Diagnóstico: acidose metabólica parcialmente compensada. O BE confirma o diagnóstico. RESPOSTA DA PROF: O pH menor que 7,35 indica acidose. A PaCO2 menor que 35 mmHg, sugere que a causa da acidose não seja respiratória e que haja tentativa de compensação. O BR diminuído sugere que a causa seja metabólica. O distúrbio é acidose metabólica com compensação respiratória parcial. Neste caso há dificuldade de eliminação pelos rins de ácidos fixos produzidos pelo metabolismo. A redução de pH estimula o centro respiratório, aumenta a ventilação alveolar e reduz a PaCO2, tentando normalizar o pH. A causa da alteração nesta criança é insuficiência renal aguda, secundária a provável glomerulonefrite aguda de etiologia bacteriana. CASO 7: pH: tá na normalidade; PCO2: alto, acidose; BR: alto, alcalose. Precisa fazer a conta. 58-45: 13; diferença 8 no BE. Quem variou mais foi o PCO2, então, há um processo de acidose respiratória compensada O BE está alto, concordando com o diagnóstico, pois apresenta alcalose, mas o diagnóstico é acidose. Ele está alto para compensar. Apesar de estar alto, ele concorda com o diagnóstico. Sistema renal está entrando nesse processo para controlar nesse processo RESPOSTA DA PROF: O pH é normal. A PaCO2 está elevada indicando acidose respiratória. O BR também está elevado indicando alcalose metabólica. Em função da história e do exame físico o diagnóstico é acidose respiratória com compensação metabólica completa. Neste caso o distúrbio inicial foi a retenção de CO2 pela doença pulmonar. Face à sua cronicidade, os rins baixaram seu limiar de reabsorção de bicarbonato a fim de normalizar o pH, conseguindo com uma alteração secundária compensar totalmente a primária.A causa dos distúrbios é a doença pulmonar obstrutiva crônica que inclui enfisema e bronquite crônica, levando a alterações de trocas gasosas pelos pulmões que ativam alterações renais, hematológicas, cardíacas, ósseas etc. A conduta, neste caso, é dirigida à causa e não ao distúrbio ácido-básico.
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