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Gasometria - Equilíbrio acido-base - CASOS CLÍNICOS

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Vamos falar a respeito do equilíbrio ácido-base, sistema tampão e gasometria. O 
sistema tampão é importantíssimo no controle do pH plasmático. A regulação dessa 
concentração de H+ ela é muito importante para o nosso corpo, para que ocorra um 
processo de equilíbrio. É preciso controlar a concentração de H+. E essa concentração 
de H+ é essencial para quase todas as atividades enzimáticas do nosso corpo. 
Precisamos de H+ na concentração correta. Por exemplo a concentração do íon sódio 
é cerca de 3.5 milhões de vezes maior que a concentração normal de H+. A 
concentração de H+ ela é pequena quando comparada a outros íons e ela precisa estar 
numa faixa correta, para que todos os processos enzimáticos e todos os processos 
bioquímicos e fisiológicos acontecem. E para esse controle ser efetivo existem alguns 
métodos para o nosso corpo controlar na concentração especifica esse íon H+. Existem 
três sistemas primários que vão regular essa concentração de H+ nos líquidos corporais, 
para evitar tanto a acidose quanto a alcalose que vamos falar aqui hoje. 
Primeiro é o sistema tampão. Existem outros sistemas tampões, mas vamos falar agora 
do íon bicarbonato. Uma outra forma de controlar esse equilíbrio aqui para que a 
concentração de H ele fique na faixa correta, esse pH fique na faixa correta. Existe 
também o centro respiratório, eu tenho a entrada e a saída de CO2 que também vai 
controlar essas reações químicas. Além disso tem também um terceiro que é os rins, 
eles também atuar nesse controle concentração de H +. Ele vai justamente regular 
excretando, uma urina que por ventura pode ser acida ou básica. Esse processo dos 
rins vocês vão estudar lá em fisiologia. 
Então para controle do pH plasmático, controle da concentração de H+ eu tenho o 
sistema tampão, com as reações químicas ácido-base, nós temos também o centro 
respiratório que vai fornecer esse CO2 que também vai participar e por último eu tenho 
os rins que participam nesse processo. 
Quando eu tenho uma variação nesse H+, logo de início entra em ação o sistema 
tampão, para que não aconteça nenhuma alcalose e nenhuma acidose. A primeira linha 
é o sistema tampão que vai tentar resolver, em segundo também vai entrar na linha de 
defesa o sistema respiratório com a entrada e saída de CO2 e se nenhum dos dois 
resolver entra os rins na tentativa de resolver o problema. Porem os rins tem sua entrada 
um pouco mais lenta, demora um pouco mais para ocorrer. 
Vamos falar sobre o sistema de controle do pH plasmático. Então nós temos o H+ + 
HCO3- e a reação 1 formando H2CO3. Eu também na reação 2 tem a liberação de agua 
(H2O) e a liberação de CO2, e esse CO2 ele vai estar diluído no sangue nos capilares 
e com a reação 3 ele vai sair. Essa reação ocorre nos dois sentidos. E esse equilíbrio 
aqui vai manter o pH na faixa que ele deve ser mantido. Então vamos começar a verificar 
quando aumenta a concentração de H+ quando diminui, quando entra CO2 ou quando 
sai CO2. 
 
 
O pH do sangue precisa estar nessa faixa aqui entre 7,35 e 7,45. Se diminuir eu entro 
num processo de acidose e se aumentar entra no processo de alcalose. Então eu 
preciso estar nessa faixa aqui de pH. Essa é a faixa onde ocorre os processos normais. 
Alguns fatores podem levar a esse processo de variação do pH. 
 
Existem alguns processo de alcalose ou acidose que estão envolvidos com distúrbios 
respiratórios. Ou seja alguns processos respiratórios podem alterar o pH do sangue, 
saindo daquela faixa (7.35 a 7,45). Todas as vezes ocorram processos ligados a entrada 
ou saída de CO2, eu digo que tem um distúrbio respiratório. Assim como também 
existem processos de acidose ou alcalose que tem a ver com distúrbios metabólicos. 
Todas as vezes que a alteração for na mudança de HCO3 eu tenho um distúrbio 
metabólico. 
A pressão de CO2 dentro da normalidade ela deve estar entre 35 a 45 milímetros de 
mercúrio. Para que o sangue tenha o pH na faixa da normalidade o minha pressão de 
CO2 tem que estar entre 35 e 45mmHg. E para que o íon de HCO3 esteja dentro da 
faixa de normalidade ele deve estar dentro de uma faixa de variação que vai de 22 a 26 
miliequivalente por litro. Para que o sangue tenha o pH na faixa da normalidade entre 
7,35 e 7,45 a minha pressão de CO2 deve estar entre 35 e 45 mmHg e o meu íon HCO3 
deve estar entre 22 e 26 mEq/L. 
 
Se vocês perceberem aqui esse pH para estar entre 7,35 e 7,45 eu tenho essa aqui, 
com CO2 e HCO3, então a concentração de HCO3 e de CO2 precisam estar dentro de 
uma faixa especifica para que o meu sangue tenha um pH também especifico dentro 
dessa faixa. Pois se trata dentro de um sistema que tem um equilíbrio químico. 
 
 
 
O aumento de PCO2 (>45) faz cair o pH, e assim se torna mais ácido, e o indivíduo 
entre em acidose respiratória. A redução do PCO2 (<35) faz o pH elevar-se ou seja 
torna-se mais básico, e leva a um processo de alcalose respiratória. Isso ocorre por 
conta de um mecanismo de compensação. 
 
Se vocês perceberem aqui, porque que quando tem 
uma redução de CO2 o pH vai elevar? Ou seja se sai 
muito CO2 vai deslocar o equilíbrio da minha reação. 
Se CO2 está saindo, então vou precisar de mais H+ para 
se juntar com HCO3- para formar H2CO3 para formar 
CO2 e ir saindo. Então na tentativa de compensar eu 
gasto mais H+ 
 
Agora vamos falar do processo de metabolismo, que tem haver com HCO3. A redução 
do HCO3 faz diminuir o pH, deixando ele mais ácido. Na tentativa de equilibrar a 
equação desloca no sentindo de H2CO3 aumentando a concentração de H+. A redução 
de HCO3 faz cair o pH provocando uma acidose metabólica. E o aumento do HCO3 
faz elevar o pH provocando uma alcalose metabólica. 
 
 
Caso 1 pH está elevado, ou seja básico num processo de alcalose. Analisando o PCO2 
está baixo, tem um processo de alcalose. E o HCO3 está baixo, num processo de 
acidose. Agora vem o X da questão, é um processo de alcalose respiratória, pois o 
parâmetro de PCO2 está combinando com o pH sanguíneo. Tudo que for PCO2 é 
respiratório tudo que for HCO3 é metabólico. O HCO3 nesse caso também está mudado 
na tentativa de compensar. Então eu digo que é uma alcalose respiratória 
parcialmente compensada. 
Caso 2 O pH 7,30 está baixo, ou seja ácido, num processo de acidose. Analisando o 
PCO2 (27) ele está baixo, em um processo de alcalose. Vamos para o parâmetro HCO3 
(13) está baixo em um processo de acidose. Portanto é uma acidose metabólica 
parcialmente compensada. 
Caso 3 O pH 7,33 está baixo, ou seja ácido. Analisando o segundo parâmetro PCO2 
está alto, em um processo de acidose. Olhando o HCO3 31 está alto, em um processo 
de alcalose. Quem está combinando com o pH é o PCO2, então temos uma acidose 
respiratória parcialmente compensada. 
Caso 4 o pH 7,47 está alto, num processo de alcalose. E o PCO2 44 está normal. E o 
HCO3 está alto, num processo de alcalose. Ou seja um processo de alcalose 
metabólica descompensada, pois o PCO2 não mudou está na faixa da normalidade. 
Portanto temos uma parcialmente compensada quando a mudança de um parâmetro, 
então um parâmetro combina com o pH do sangue e o outro se modificou na tentativa 
de equilibrar, de compensar para o pH ficar na faixa. Ou seja ele está tentando chegar 
no equilíbrio. Agora se o parâmetro está parado como no caso 4 nós temos um processo 
descompensado, ou seja ele não está nem tentando compensar. 
Caso extra: 
 pH 7,36 
PCO2 55 
HCO3 29 
 
O pH está normal, na faixa. O PCO2 está alto, ou seja ácido. E o HCO3 está alto, ou 
seja num processo de alcalose (básico). Os dois variaram mas o pH está normal. Então 
é necessário fazer uma conta. Então o parâmetro do PCO2 55 -45=10 já o parâmetro 
do HCO3 29-26=3. Nesse caso quem variou mais foi o PCO2, que variou 10. Então 
temos uma acidose respiratória compensada. (É compensada pois o pH está na faixa 
mesmo com variação dos parâmetros) 
Caso 5 o pH está normal, na faixa. O PCO2 estánormal, dentro da faixa. E o HCO3 
(20) está baixo, num processo de acidose. É uma acidose metabólica. O PCO2 não 
variou e o pH está normal, o paciente não está descompensado. Observem o detalhe 
que o pH 7,36 está próximo do limite, ou seja está começando um processo de acidose 
metabólica, ou paciente voltando a se recuperar. Só temos como dizer que é uma 
acidose metabólica. 
 
Então existem outros fatores para analisar. 
Eu posso ver a base, posso ver o íon e outros 
fatores, que vou falar na próxima aula. 
 
Vamos falar um pouco sobre distúrbios mistos e depois vamos resolver alguns casos. 
Na Quarta feira vamos para o laboratório virtual, fazer nossa aula pratica e a gente já 
encerra esse ciclo para poder falar sobre carboidratos, glicose, glicogênese e as 
patologias associadas a esses distúrbios metabólicos. 
Então começando no caso 6 pH 7,05, Esse pH está na faixa, ácido ou básico? Esta 
ácido. Vamos então para o PCO2, está alto ou está baixo? Está alto. Quando está alto 
é um processo de alcalose ou acidose? Acidose! Vamos agora analisar o HCO3, ele 
está alto ou baixo? Está baixo portanto é uma acidose. Então eu tenho uma acidose 
respiratória e uma acidose metabólica portanto eu tenho uma acidose mista. Esse 
processo de acidose é proveniente de uma acidose metabólica e acidose respiratória. 
Vamos fazer o caso 7. O pH 7,80 está alto, o PCO2 está 20, portanto baixo, que é um 
processo de alcalose. Agora vamos para o HCO3, 30. Está alto, que é um processo de 
alcalose. Então temos nesse caso um processo de alcalose mista pois tanto o PCO2 
quanto o HCO3 estão variando num processo de alcalose. Então o pH do sangue está 
7,80 tanto em virtude de um processo metabólico quanto respiratório. Por isso temos 
um processo misto. 
Agora vamos para o caso 8 o pH está 7,42 portanto está normal. O PCO 19, está baixo, 
que é um processo de alcalose. E o HCO3 12, está baixo, num processo de acidose. 
Nesse caso vamos precisar fazer uma continha: PCO2 19-35=16 e em HCO3 22-12=10, 
então nos vemos que quem está variando mais é o PCO2. Então nós temos uma acidose 
respiratória, pois o PCO2 está variando mais. Agora é uma acidose respiratória 
totalmente compensada, porque o pH está normal. Ou seja o PCO2 está causando uma 
acidose respiratória o HCo3 está tentando compensar. 
Então quando for atender um paciente na emergência não devemos analisar apenas a 
faixa de normalidade do pH do sangue, precisamos analisar se tem algum distúrbio no 
PCO2 e HCO3 para perceber se há alguma variação, e como médico intervir, pois ele 
está compensado mas pode descompensar. É necessário olhar os parâmetros. 
Então agora vamos fazer o caso 9 o pH está normal, e o PCO2 60, está alto, é um 
processo de acidose. E o HCO3 38, está alto, num processo de alcalose. Então vamos 
ter que fazer a conta. PCO2 60-45=15 e o HCO3 38-26=12, quem variou mais foi o 
PCO2. Portanto temos um processo de acidose respiratória compensada, pois o pH está 
normal. 
 
CASO 1: 
 
 
 
 
 
pH: acidose / PCO2: acidose / BR: Está na normalidade 
BE: -1,2; Excesso de base (significa alcalose), está relacionado com a 
quantidade de íons bicarbonato. Quando maior o excesso de base, mais severo é o 
quadro de alcalose. Mostra quão severa está a alcalose do paciente. Existem valores 
negativos (-2 a +2). Para a esquerda, pouca base e para a direita, muita base. BE ajuda 
a identificar se o diagnóstico está ou não coerente. 
Diagnóstico: acidose respiratória descompensada 
BR: 23. É o bicarbonato real. Excesso de base que o rim deveria excretar. 
 
_____________________________________________________________________ 
SEGUNDA PARTE DA AULA, MINHA TRANSCRIÇÃO. AINDA SEGUE SENDO A 
PARTE 2 DO CASO 1 
_____________________________________________________________________ 
 
Torporosa: Significa que o paciente ainda está no estado de coma, mas 
responde estímulos dolorosos 
Paciente chegou na emergência e depois 24h pediram pra refazer a gasometria. 
O pH com 7,52 trata-se de uma alcalose. A PCO2 está abaixo dos parâmetros, então é 
uma alcalose. O terceiro passo é olhar o íon bicarbonato, o BR, que se encontra dentro 
dos valores de referência. 
Diagnóstico: é uma alcalose respiratória descompensada 
O valor do BE consta +1,2, aumentou a base. O pH estava 7,20 e agora está 
7,52, confirmando uma alcalose respiratória descompensada. O valor de BR está 
normal, mostrando que pode não haver uma descompensação, por não haver 
componente metabólico, nem tentativa de compensação. Porém, o problema 
relacionado com o processo, é um processo de alcalose respiratória. O BR normal 
confirma que não está havendo processo de compensação, mas descompensação 
mesmo e, além disso, prova que é um distúrbio respiratório. 
O BE deveria estar excretando, mas só confirmou que está descompensado, e 
a quantidade de base está na faixa, não está movimentando. Se fosse compensada ou 
parcialmente compensada, haveria mudança. Está de acordo com o diagnóstico. 
Houve uma mudança do BE, do pH e PCO2 também. O mecanismo mais 
provável neste caso é ventilação alveolar excessiva, que aumenta a eliminação de CO2, 
embora a diminuição da produção de CO2 pelo organismo também tenha que ser 
considerada, com uso de tranquilizantes potentes. A causa mais provável é a regulagem 
inadequada do ventilador mecânico, gerando ventilação alveolar muito elevada. 
 
RESPOSTA DA PROF: 
Na primeira situação, como o pH está menor que 7,35 trata-se de uma acidose. 
A PaCO2 maior que 45 mmHg mostra que existe um importante componente 
respiratório. O BR normal mostra que não há compensação metabólica. Portanto, o 
distúrbio ácido-básico é acidose respiratória aguda. O mecanismo do distúrbio nesta 
paciente é a diminuição da eliminação de CO2 por redução da ventilação alveolar; 
insuficiência respiratória aguda, tipo hipoventilação. A causa provável, em função da 
história, é depressão do centro respiratório por excesso de tranquilizantes. 
Após 24hrs: Como o pH está maior que 7,45, trata-se de uma alcalose. A PaCO2 
está menor que 35 mmHg, sugerindo um componente respiratório. O BR normal mostra 
não haver componente metabólico, nem tentativa de compensação. Em função disto o 
distúrbio ácido-básico é alcalose respiratória aguda. O mecanismo mais provável neste 
caso é ventilação alveolar excessiva, que aumenta a eliminação de CO2, embora a 
diminuição da produção de CO2 pelo organismo também tenha que ser considerada, 
com uso de tranquilizantes potentes. A causa mais provável é a regulagem inadequada 
do ventilador mecânico, gerando ventilação alveolar muito elevada. 
 
 
CASO 2: 
 
PCO2: alcalose, valor baixo; BE: está baixíssimo, com -18, é uma acidose. 
Diagnóstico: acidose metabólica parcialmente compensada, pois para ser compensada, 
o pH deveria estar com um valor na faixa. 
PCO2 refere alcalose, mas BR e BE apontam para baixa concentração de 
bicarbonato (acidose). O PCO2 está tentando compensar, mas ainda sem alcançar o 
pH normal, por isso, parcialmente compensada. 
O valor de BE confirma o diagnóstico, pois há pouquíssimo excesso de base, 
portanto acidose, confirmando também a origem metabólica 
Esse padrão está extremamente alterado. Por que isso aconteceu? A questão 
desse paciente -18 de BE, com hálito cetônico, indica que ele possui diabetes. Quando 
a glicose não entra na célula, o corpo pega lipídeos e quebra em ácido graxo (sofre um 
processo de metabolização) e glicerol, só que também produz uma quantidade grande 
de cetoácidos, que são também usados como fonte de energia, porque a glicose não 
está presente, ou seja, o caso é de acidose, produzindo esse hálito cetônico. 
Tratamento para esse paciente é a aplicação de insulina 
 
RESPOSTA DA PROF: 
A análise do pH muito menor que 7,35 sugere acidose importante. A PaCO2 
menor que 35 mmHg exclui causa respiratória, sugerindo ao contrário, ser uma 
compensação. O BR muito baixo confirma ser de origem metabólica. O distúrbio é uma 
acidose metabólicacom tentativa de compensação respiratória. Este padrão 
gasométrico e o exame clínico são típicos de pacientes diabéticos descompensados 
com cetoacidose. Nestes casos há uma grande produção de ácidos fixos - cetoácidos - 
responsáveis pelo enorme consumo de bicarbonato e pelo hálito cetônico. A acidose é 
primariamente metabólica e ativa o centro respiratório bulbar que, tentando normalizar 
o pH, aumenta a ventilação alveolar eliminando CO2 em excesso, mas sem conseguir 
compensar o distúrbio. Se não houvesse a participação respiratória, o pH estaria muito 
mais baixo. 
O tratamento visa a correção da causa, ou seja, reduzir a produção de 
cetoácidos através da utilização da glicose pelo metabolismo, fornecendo-se insulina ao 
paciente. Paralelamente e igualmente importante é a reidratação do paciente com 
volumes generosos de soro fisiológico com potássio e fosfato. Este é um dos casos de 
acidose metabólica em que o bicarbonato de sódio somente é necessário quando o 
baixo nível de pH coloca a vida do paciente em risco (abaixo de 7,00). 
 
 
CASO 3: 
 
 
pH: acidose; PCO2: está alta, então, acidose; BR: está baixo, então, processo 
de acidose; 
Diagnóstico: um processo de acidose mista 
O BE está -3,5, ou seja, confirmando o diagnóstico de acidose 
O paciente tem 20 anos, é atleta, está em repouso, fez um exame e relatou um 
processo de acidose mista. Pode ter acontecido uma demora no processamento da 
amostra de sangue, talvez possa não ter sido bem condicionada para levar para outro 
laboratório, no transporte. Pode ter permitido a produção de CO2 no sangue com essa 
demora de transição do laboratório. A demora do transporte gerou uma massificação 
dessa amostra, ela não serve mais para dar diagnóstico. 
 
RESPOSTA DA PROF: 
O distúrbio ácido-básico é acidose mista (respiratória e metabólica). Por se tratar 
e pessoa assintomática, com bom preparo físico e em repouso não se espera nenhuma 
alteração ácido-básica. A história sugere demora no processamento da amostra, o que 
pode ter permitido a produção de CO2 e de ácidos fixos pelas células do sangue, 
principalmente pelos leucócitos, alterando o resultado do exame. 
Nos casos em que a amostra não puder ser rapidamente analisada, sugere-se 
guardá-la e transportá-la em recipiente térmico com gelo, para reduzir a atividade 
metabólica do sangue. 
 
 
CASO4: 
 
 
pH: alcalose, alto; PCO2: está na normalidade, no limite baixo; BR: alto, alcalose. 
Resultado: alcalose metabólica descompensada; BE: está muito alto, alcalose, 
concordando com o diagnóstico, pois o pH está alto e se o BR está alto, significa que 
não está excretando a quantidade ideal de bicarbonato, está retendo muito o íon. 
O fato de terem aplicado bicarbonato de sódio nele influencia no BR alto 
 
RESPOSTA DA PROF: 
O pH está maior que 7,45 configurando alcalose. A PaCO2 está normal, 
mostrando não haver componente respiratório. O BR está aumentado, indicando 
componente metabólico. O distúrbio ácido-básico é alcalose metabólica pura. 
Nos casos de choque hipovolêmico a alteração ácido-básica esperada é acidose 
metabólica com compensação respiratória devida à hipoperfusão sistêmica levando a 
metabolismo celular anaeróbico. Quando se restaura a perfusão com reposição 
volêmica adequada, ocorre rápida normalização ácido-básica. Neste caso houve 
desnecessária administração de bicarbonato de sódio, o que acarretou excesso de 
bicarbonato circulante que, enquanto não for eliminado pelos rins leva à alcalose 
metabólica. Neste distúrbio normalmente não há compensação respiratória. Não há 
necessidade de nenhuma conduta terapêutica, a não ser manter perfusão renal 
adequada para permitir a eliminação do excesso de base. 
 
Choque hipovolêmico: é uma situação onde ocorre uma grande perda de líquidos 
do sangue. O coração tem dificuldade de bombear o sangue, de levar O2. Sobre o 
choque que ocorreu, não seria interessante administrar o bicarbonato. Não foi 
administrado corretamente, pois o sistema cardiorrespiratório não conseguirá distribuir 
para o corpo 
O paciente sofreu um traumatismo abdominal, perdendo grande quantidade de 
líquido e sangue. O coração para de bombear o sangue, O2. Não foi interessante 
administrar a solução fisiológica com bicarbonato de sódio ao paciente. O paciente, 
então, quase entrou num quadro de alcalose respiratória por conta do valor no limite de 
35 mmHg por causa do excesso de bicarbonato de sódio que comprometeu o 
metabolismo. 
Nesse caso de choque hipovolêmico, a alteração era pra acontecer uma 
alteração ácido/básico. Era pra acontecer uma acidose metabólica com compensação 
respiratória, porque quando o indivíduo tem uma perda de sangue, ocorre uma 
hiperfusão sistêmica, levando a um metabolismo celular anaeróbico. Só que nesse caso, 
aconteceu que se administrou o bicarbonato no soro fisiológico, o que acarretou um 
excesso de bicarbonato de sódio no corpo e os rins não eliminaram essa quantidade 
excessiva de bicarbonato, por isso levou a esse processo. 
 
 
CASO 5: 
 
pH: baixo, acidose; PCO2: alto, acidose; BR: baixo, processo de acidose; 
acidose mista; BE: está de acordo com o diagnóstico 
Quando a acidose é mista já se pressupõe que é descompensada porque não 
tem nenhum dos dois fatores variando a favor da compensação 
 
 
RESPOSTA DA PROF: 
O pH menor que 7,35 indica acidose. A PaCO2 maior que 45 mmHg sugere 
componente respiratório. O BR menor que 22 mM/L sugere componente metabólico. O 
distúrbio ácido-básico é acidose mista (respiratória e metabólica). Nos casos de choque 
circulatório, as células do organismo não recebem a quantidade de oxigênio necessária 
ao seu metabolismo, transformando-o em anaeróbico, o que causa acúmulo de ácido 
láctico (ácido fixo). Este é o mecanismo do componente metabólico desta acidose. Na 
SARA só costuma ser observada retenção de CO2, responsável pelo componente 
respiratório nas fases mais avançadas, quando a complacência pulmonar está muito 
diminuída ou quando se usa a técnica de hipercapnia permissiva. Esta é uma técnica 
ventilatória em que se empregam pequenos volumes correntes (3-5 mL/kg) para evitar 
lesão pulmonar pelo ventilador, comum nesta síndrome. 
 
 
CASO 6: 
 
pH: baixo, acidose; PCO2: baixa, alcalose; BR: baixo, acidose; Diagnóstico: 
acidose metabólica parcialmente compensada. O BE confirma o diagnóstico. 
 
RESPOSTA DA PROF: 
O pH menor que 7,35 indica acidose. A PaCO2 menor que 35 mmHg, sugere 
que a causa da acidose não seja respiratória e que haja tentativa de compensação. O 
BR diminuído sugere que a causa seja metabólica. O distúrbio é acidose metabólica 
com compensação respiratória parcial. 
Neste caso há dificuldade de eliminação pelos rins de ácidos fixos produzidos 
pelo metabolismo. A redução de pH estimula o centro respiratório, aumenta a ventilação 
alveolar e reduz a PaCO2, tentando normalizar o pH. A causa da alteração nesta criança 
é insuficiência renal aguda, secundária a provável glomerulonefrite aguda de etiologia 
bacteriana. 
 
 
CASO 7: 
 
pH: tá na normalidade; PCO2: alto, acidose; BR: alto, alcalose. Precisa fazer a 
conta. 58-45: 13; diferença 8 no BE. Quem variou mais foi o PCO2, então, há um 
processo de acidose respiratória compensada 
O BE está alto, concordando com o diagnóstico, pois apresenta alcalose, mas o 
diagnóstico é acidose. Ele está alto para compensar. Apesar de estar alto, ele concorda 
com o diagnóstico. 
Sistema renal está entrando nesse processo para controlar nesse processo 
 
RESPOSTA DA PROF: 
O pH é normal. A PaCO2 está elevada indicando acidose respiratória. O BR 
também está elevado indicando alcalose metabólica. Em função da história e do exame 
físico o diagnóstico é acidose respiratória com compensação metabólica completa. 
Neste caso o distúrbio inicial foi a retenção de CO2 pela doença pulmonar. Face 
à sua cronicidade, os rins baixaram seu limiar de reabsorção de bicarbonato a fim de 
normalizar o pH, conseguindo com uma alteração secundária compensar totalmente a 
primária.A causa dos distúrbios é a doença pulmonar obstrutiva crônica que inclui 
enfisema e bronquite crônica, levando a alterações de trocas gasosas pelos pulmões 
que ativam alterações renais, hematológicas, cardíacas, ósseas etc. A conduta, neste 
caso, é dirigida à causa e não ao distúrbio ácido-básico.

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