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GASOMETRIA ARTERIAL

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1 Marcela Oliveira - Medicina UNIFG 2022 
Distúrbios do equilíbrio ácido-base 
São várias as condições patológicas capazes de alterar o equilíbrio acidobásico. Na célula, o principal 
mecanismo que modifica este equilíbrio é a isquemia tecidual. 
Uma queda acentuada da perfusão tecidual impede a chegada de O2 e nutrientes para as células, assim 
como a retirada de CO2 e toxinas provenientes do metabolismo. O acumulo de CO2, ácido láctico e outras 
substâncias acidas leva a redução progressiva do pH. A consequência final caso o processo isquêmico seja 
grave e prolongado é a autólise e morte celular. 
O fenômeno isquêmico pode ser localizado em um determinado órgão, levando a um distúrbio acidobásico 
tecidual local ou ser um processo generalizado, como acontece no estado de choque prolongado e na 
sepse, levando a disfunção orgânica múltipla e a queda do pH plasmático. 
 Os distúrbios acidobásicos que levam à redução do pH plasmático (acidemia) são chamados de 
acidoses. 
 Os distúrbios acidobásicos que levam ao aumento do pH plasmático (alcalemia) são chamados de 
alcaloses. 
Os distúrbios acidobásicos podem ser de dois tipos: metabólico e respiratório. Os distúrbios acidobásicos 
metabólicos são definidos pela alteração primária dos níveis de bicarbonato, enquanto os distúrbios 
acidobásicos respiratórios são definidos pela alteração primária dos níveis de CO2. 
SISTEMA TAMPÃO 
O principal sistema tampão do compartimento extracelular e do plasma é o sistema bicarbonato-dióxido 
de carbono. O HCO3 funciona como base; e o CO2, como ácido. Esta é a reação química do 
tamponamento extracelular: 
 
PCO2 ALTO: HIPOVENTILAÇÃO 
PCO2 BAIXO: HIPERVENTILAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GASOMETRIA ARTERIAL 
Para avaliarmos os principais distúrbios ácido-base devemos olhar para o valor de pH, Pco2 e HCO3. 
O valor do BEecf(basic excel) mostra a variação que é permitida do valor de BBecf. Pois, caso o valor do 
BBecf varie dentro dessa faixa de normalidade, consideramos o distúrbio como agudo. Já se esse valor 
ultrapassar essa faixa de normalidade, temos um distúrbio crônico, pois quem mexe com as bases é o rim, e 
ele demora de fazer isso, então essa variação só é possível em um evento crônico. 
 
 
2 Marcela Oliveira - Medicina UNIFG 2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando o pH é baixo, temos uma acidose. Essa 
acidose é causada por que temos muito ácido ou 
pouca base. 
Se tiver muito ácido, teremos uma acidose 
respiratória. 
Se tiver muita base é uma acidose metabólica. 
 
Quando o pH é alto temos uma alcalose. Essa alcalose 
pode ser causada porque temos muita base ou pouco 
ácido. 
Se tiver muita base é uma alcalose metabólica. 
Se tiver pouco ácido é uma alcalose respiratória. 
Obs: apesar do ácido estar aumentado, nesse caso é 
uma tentativa de compensação. O aumento dele 
não justifica a alcalose. 
 
Podemos ter uma situação na qual a alcalose é 
explicada tanto pelo aumento da base quanto pela 
diminuição do ácido. Nesses casos, vamos ter uma 
alcalose mista. 
 
Quando o pH está dentro da normalidade, porém os 
valores de pco2 e hco3 estiverem alterados, devemos 
analisar. O aumento da base significa uma alcalose 
metabólica e um aumento do ácido significa uma 
acidose respiratória. Portanto, temos um distúrbio 
misto, que se manifesta com um pH normal pois eles 
tentam se compensar. 
 
 
3 Marcela Oliveira - Medicina UNIFG 2022 
RESPOSTA COMPENSATÓRIA 
Em uma situação na qual temos uma acidose metabólica, isso significa que o rim (que controla a base) não 
está trabalhando corretamente com o bicarbonato. Nesse caso, o pulmão tem que tentar resolver esse 
distúrbio. Dessa forma, a acidose metabólica é explicada porque temos pouca base ou muito ácido. Então, 
para tentar compensar, temos que eliminar esse ácido, através da hiperventilação. 
Portanto, todo paciente em acidose metabólica vai ter uma resposta fisiológica (eliminar ácido pelo 
pulmão). 
No entanto, existe um limite para essa resposta compensatória. 
 
Inicialmente, identificamos que o paciente possui uma 
acidose metabólica. Nesse caso, vamos jogar na 
fórmula para observar qual a pco2 esperada para ele. 
Se o valor encontrado estiver dentro da faixa esperada, 
dizemos que o paciente está compensado. 
 
 
 
 
 
Caso esse valor seja diferente, vamos analisar qual o 
valor que ele possui de pco2 em relação ao esperado 
e observar o distúrbio associado. Em muitos casos, 
temos um distúrbio de base e um distúrbio de 
compensação. 
Nesse exemplo. O pco2 está abaixo do esperado. 
Portanto, pouco pco2 significa uma alcalose 
respiratória. 
 
 
 
4 Marcela Oliveira - Medicina UNIFG 2022 
MACETES 
1º Passo: 
 Olhe o pH. 
 É acidemia ou alcalemia? 
2º passo: 
 Olhe o CO2 (está acima ou abaixo do valor 
normal?) 
 Se deu match (seta mesmo sentindo do ph) = 
metabólico; 
 Se não der match a culpa é do CO2 = respiratória. 
3º passo: 
 O distúrbio está compensado? 
Sempre que tiver uma acidose ou alcalose metabólica, temos que ver se o pco2 está compensado. 
 No lugar da formula, vamos pegar o valor depois da virgula do pH e somar +-4. O valor do 
CO2 tem que está entre essa variação; 
 
 
 
 
Se for um distúrbio respiratório, vamos ter que olhar na tabela: 
 
Depois de saber que é um 
distúrbio respiratório, vamos 
analisar para ver se está 
compensado. 
 
 
 
 
 
Ex: Para cada aumento de 
10 no valor de CO2 acima 
de 40, aumentamos 1 no 
bicarbonato. Dessa forma, 
estabelecemos uma nova 
faixa de valores para o 
bicarbonato. Se este não 
estiver dentro dessa faixa, 
dizemos que esse paciente 
terá também uma acidose 
ou alcalose metabólica 
associada. 
 
5 Marcela Oliveira - Medicina UNIFG 2022 
4º passo: Calcular o ânion gap 
Só calcula nas acidoses metabólicas. 
Hipoalbuminemia = <4 
5º passo: Se o ânion gap for alto, calcule o delta.

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