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Transcrição de GabrielaEHF – MAFRA – 17.11- SISTEMA URINÁRIO A anatomia do sistema urinário é simples. O importante no sistema urinário é compreensão da sua fisiologia, não estou dizendo que anatomia não seja importante, é importante saber a localização dos rins, as relações anatômicas etc O sistema urinário se origina a partir da 4ª semana de vida intrauterina a partir do mesoderma intermédio que forma 3 polos celulares: um mais cefálico, um mais caudal e outro numa posição média. O mais cefálico é o pronefro. Esse pronefro é extinto rapidamente, ele forma pouquíssimas células secretoras e desaparece rapidamente. O mesonefro persiste e ainda consegue formar alguns glomérulos. Os glomerulos são tufos de capilares sanguíneos que participam da filtração sanguínea, vai subsistir como algumas estruturas do sistema reprodutor masculino. Já metanefro, a partir da quinta semana de vida intra-uterina, começa a formar glomérulos, as estruturas periféricas aos glomérulos, os néfrons e esses vão persistir, participar do sistema urinário, da formação do rim diretamente. Então são três polos: pronefro, mesonefro e metanefro. Deles todos somente o metanefreto vai originar o sistema urinário. Estão desenvolvendo nesse momento urogenital também. O sistema urinário tem como função a filtragem sanguínea, mas tem envolvimento também em estimulações. Por exemplo, estimula a: produção de eritropoietina, eritrócitos, formação da vitamina D, cacitriol, então não tem apenas a função de filtragem. Nós temos atividades orgânicas, a ingesta de alimentos (carboidrato, proteína, lipídio), água, medicações (produtos xenobióticos = compostos químicos estranhos ao organismo humano) e tudo isso sofrerá decomposição. Aquilo que não for utilizado ou que for prejudicial ao nosso sistema será excretado através de uma via sólida - não é uma via sólida pura, quando falarmos de sistema digestório veremos isso - e uma via líquida (urina) Estruturas do sistema urinário: dois rins (sistema formador da urina), dois ureteres (condutores), uma bexiga (armazenadora) e uma uretra (via de excreção). Nós estamos vendo aqui uma técnica anatômica que é uma injeção de acrílico colorido para indicar árvore vascular do rim, O rim é pequeno, varia de tamanho de indivíduo para indivíduo. Tem literatura que diz são nove centímetros, mas a anatomia é tão variável... O que mais existe na anatomia é variação e é por isso que eu digo sempre que anatomia estatística. O que é predominante? Mede entre 9cm e 10cm. A variação é tanta que tem indivíduo que muitas vezes nasce, vive e um dia vai a um profissional médico que percebe que os rins dele estavam fora do lugar, estavam na pelve, é o famoso rim pélvico - porque no processo de decência das gônadas, o rim pode acompanhar, porque durante a formação das gônadas o rim está se formando paralelamente através de um tubo chamado paramesonefrico. Então os rins têm capacidade de filtrar o sangue. Se o coração bombeia 5 litros ele vai filtrar por minuto 1200 ml. O rim tem unidades morfofuncionais chamadas glomérulos - em torno de um milhão e pouco em cada rim - e são elas que estão filtrando. Então as funções do sistema urinário são essas aí: · formação da urina através da filtração sanguínea; · se ele forma tem que conduzir para o meio externo; · como não pode lançar a urina ao meio externo a todo momento - não é uma sudorese - então ele tem que armazenar na bexiga; · por fim, através de reflexos - que vocês verão com o professor Márcio - há a eliminação da urina; · tem a função também de regular a composição iônica do sangue. Por exemplo, ele absorve sempre cloreto potássio e outros íons como o bicarbonato que é muito importante na manutenção do PH sanguíneo, íons de hidrogênio etc · a regulação do volume sanguíneo através da retenção e eliminação da água · e excreção dos resíduos, substâncias estranhas como antibiótico por exemplo. É muito comum a pessoa fazer uso de medicação como penicilina e durante a micção perceber um odor clássico da penicilina sendo eliminado. Estamos vendo aqui a manutenção do meio interno: · Regulação de água e íons inorgânicos: sódio, cloreto, hidrogênio, bicarbonato, cálcio, magnésio etc · Manutenção do equilíbrio hidrossalino da pressão arterial, reabsorção de sal · Manutenção do equilíbrio ácido-básico (PH sanguíneo). Observe que o hidrogênio está sendo regulado e o bicarbonato também, aumentando ou diminuindo a acidez · Secreção de hormônios · calcitriol (vitamina D). Tem relação da formação da vitamina D, apesar da vitamina D necessitar da incidência de ultra violeta para conversão desse calcitriol em colecalciferol. · Produção de renina que é uma enzima que será convertida em angiotensinas. Somente ali é que se produz renina? Não, há outras células que produzem reninas também. · eritropoetina na indução da formação das células sanguíneas · Excreção de catabólitos e xenobióticos que são as drogas · E também tem função de, em jejum prolongado, participar da gliconeogênese que nós não podemos ficar sem essa substância. É necessária energeticamente. Temos aqui o ciclo renina-angiotensina-aldosterona. (Não entendi como essa listagem pode ser um ciclo, mas foi dado assim) · Quando ocorre alguma alteração na pressão sanguínea, células renais captam essa queda ou aumento da pressão e aí pode estimular a liberação ou não de renina (enzima). No fígado essa renina será convertida em angiotensina 1. Quando passa por exemplo no pulmão, existe uma enzima conversora de angiotensina 1 em angiotensina 2 que é a parte ativa que vai ter ação na musculatura lisa permitindo a vaso constrição. Então a angiotensina é fundamental na regulação da pressão arterial, pois age como potente vasoconstrictor e com isso aumenta a pressão sanguínea. · Facilita a síntese e a liberação de aldosterona e teremos como resultado a reabsorção de sódio e cloreto pela via filtrativa nos tubulos contorcidos distais. · Facilita a liberação do hormônio antidiurético que evita a perda de água. Se eu evito a perda de água, vou fazer a manutenção da minha pressão arterial. · Age no hipotálamo estimulando a sede ; · lnibe a liberação de renina, ou seja, inibe uma retroalimentação; · Facilita a liberação de prostaglandina que está relacionada com a vasodilatação e a pressão arterial; Visto isso, perceba como essa enzima é importante na homeostase corpórea. Anatomicamente o rim é um órgão par, situado no abdômen, é retroperitoneal - ou seja situa-se por trás do peritônio. O abdômen é envolvido por peritônio. Peritônio é uma serosa que sustenta vasos e vísceras. O rim pode estar localizado suspenso - então dizemos que são órgãos peritoneais - ou pode estar localizado mais estavelmente - então eles são órgãos retroperitoneais. Os rins possuem muita sensibilidade, então não podem ficar balançando. Situa-se também à direita e esquerda da coluna vertebral em relação aos grandes vasos abdominais (veia cava inferior e aorta abdominal) Tem aquela clássica forma de feijão, com duas faces (uma anterior e outra posterior), duas margens (medial e lateral) e duas extremidades chamadas polos (superior e inferior). A superior se relaciona com a glândula supra-renal. Nós estamos vendo aqui os rins. A disposição da veia cava tá ok; aqui (indicou com a mãozinha) nós estamos vendo a artéria mesentérica superior; a aorta está na posição correta; entretanto a disposição dos rins está incorreta - eu não falei existe variação anatômica? Aqui há uma grande variação. A altura do polo superior renal direito está mais alto do que o padrão. Estatisticamente o rim direito está sempre mais abaixo do que o rim esquerdo devido à presença da maior parte do fígado (lobo direito). Nessa imagem o rim direito já está na posição adequada. O polo direito em relação ao esquerdo está mais baixo. Essa é a posição correta. Observe existe uma lâmina (peritônio) recobrindo ele. As estruturas que estão por trás dessa lâmina delgada - duodeno, pâncreas, grandes vasos – são estruturas retroperitoneais e estão sendo sustentadas pelo peritônio. As estruturas nãopodem ser dobradas. Observe que se uma artéria ou uma veia dessa dobra, não flui o sangue, então tem que estar na posição certinha. Observe que o polo superior acomoda a suprarrenal que tende a medializar, como se estivesse inclinado medialmente parecendo um chapeuzinho (prof indica com a mãozinha). Observe que o rim se relaciona com várias estruturas. No rim direito, por exemplo, nós temos uma área suprarrenal, uma área hepática, uma área duodenal, uma área cólica - ou seja uma área que se relaciona com intestino grosso do lado direito. Tem uma área no rim esquerdo que é esplênica, que se relaciona com o baço; uma área gástrica, do fundo do estômago; área suprarrenal; área jejunal - observe que o rim direito tem área duodenal e o esquerdo tem área jejunal -; área cólica; e área pancreática que se relaciona com a cauda do pâncreas. São essas as áreas que nós estamos vendo pela face anterior. Pela face posterior os rins vão se relacionar com músculos. Músculo psoa Músculo quadrado do lombo essa camada muscular mais profunda é o músculo transverso do abdome. Também tem as costelas que que não estão diretamente relacionados com os rins, mas estão próximas. Áreas verdes dos rins são as áreas diafragmáticas. O diafragma se relaciona com essa área. Muitas vezes solicitamos que o indivíduo inspire para que direcione o rim para baixo, para pelo menos indiretamente, através da anatomia palpatória, observar o polo inferior do rim, mas é dificultosa essa manobra se o paciente tiver depósito de gordura aí ou for obesa. A área lilás é a área do músculo psoa. Em amarelo é a área do músculo quadrado do lombo. Em vermelho é a área do transverso do abdome. Observe que estou apontando para o rim esquerdo, o mais alto. Não houve confusão não, porque estou vendo pela a face posterior, por trás. Se eu rodasse a imagem, veria pela frente, mas estou vendo ele dorsalmente para fazer uma inspeção. O rim esquerdo se relaciona com as duas últimas costelas torácicas (11ª e 12ª) e o direito se relaciona com a 12ª costela lembrando que o rim direito está mais baixo por causa do lobo direito hepático. Então são essas as relações musculares e costais. Anatomia externa. Os rins são cobertos por uma cápsula fibrosa abundante em tecido adiposo chamada cápsula adiposa perirenal (periférica). A borda medial apresenta uma reentrância como acontece no pulmão. Lembre-se que o pulmão tem o hilo que é a passagem da raiz pulmonar, ou seja, do brônquio, artérias, veias. A mesma coisa contém os rins: o hilo renal, porém nele vão passar artérias, veias, linfáticos, ureteres, isto forma o pedículo renal. O hilo é uma passagem e o pedículo são os elementos estão transitando pelo hilo. Estamos vendo aqui a cápsula adiposa perirrenal. Existe mais outra cápsula adiposa mais extensa, mais periférica ainda, então veja que os rins estão muito bem protegidos. Estamos vendo o rim em um corte coronal. Ele tem uma capsula fibrosa renal, sobre ela está a capsula adiposa renal. Lembre-se que ele se relaciona com músculo e os músculo contém fáscias os envolvendo. Então existe uma cápsula que é a fáscia renal, sobre ela temos a capsula adiposa pararrenal. São duas cápsulas adiposas: uma perirrenal (sobre a cápsula fibrosa) e uma pararrenal (sobre a fáscia renal). Os rins estão protegidos por todas essas estruturas: cápsula fibrosa, cápsulas adiposas, fáscias, músculos... Estamos vendo na primeira figura a cápsula fibrosa. E nela se percebe resíduos da cápsula adiposa perirrenal. margem lateral margem medial com a passagem (hilo) vaso ureter Aqui é a topografia interna, tem um texto para vocês lerem. Vamos pular log para a imagem que é o importante. O rim, durante o desenvolvimento embriológico, ele forma duas áreas distintas e uma área denominada seio renal que será ocupado por essas estruturassem branco. A mais externa é subdividida em cortex renal que é a área representada em marrom - na realidade ela é clara em um rim fresco - e uma área bem vermelha que é a medula renal. O seio renal, que é um espaço virtual, está ocupado por essa estrutura branca que é denominada de pelve renal é um grande pelo coletor de urina. Repetindo: córtex, medula e o seio ocupado pela pelve renal. O córtex, durante o desenvolvimento renal, aprofunda-se e vai dividindo a medula renal em pequenos segmentos em pequenos segmentos que estamos vendo nessa imagem: O córtex renal vai invadindo a medula e separando a medula em pequenas porções denominadas de pirâmide renal, porque tem um aspecto piramidal (com ápice, base e corpo). A parte do córtex renal que separou a medula em pirâmide passa a se chamar coluna renal. Somente este segmento é denominado de coluna renal, a parte periférica continua sendo denominada de córtex renal. Então as pirâmides renais são circundadas lateralmente pelas colunas renais e externamente pelo córtex renal. Observe que o ápice renal está envolvido por um conjuntivo em forma de cálice, chamado cálice menor. Esse ápice é todo crivado, ou seja cribiforme, é perfurado porque é ali que está saindo os ductos coletores reunidos que passam se chamados de ducto de Belini, aonde vai gotejar a urina e os cálices se menores recolhem essa urina e direcionam para os cálices maiores. Os cálices maiores direcionam essa urina para a pelve renal que será direcionada para o ureter. Então essa é a via urinária. A vascularização é dada pela artéria e veia renal que vão seguindo com os mesmos nomes. Por exemplo, se eu tenho artéria renal ântero-superior, também tenho uma veia renal ântero-superior; se tenho artéria renal anterior-inferior e anterior-posterior, também vou ter as veias com esses mesmos nomes. Aqui elas passam a se chamar artérias lobaris, porque estão entre lobos. Essa artéria é responsável pelo lobo em amarelo. Essa outra é responsável pelo lobo em verde. A artéria antero-inferior é responsável pelo lobo azul A artéria renal inferior é responsável pela segmentação em rosa. Essa aqui que corre posteriormente é responsável pelo segmento em vermelho na vista posterior. Então o rim possui a seguinte segmentação: superior (amarelo), anterior-superior (verde), anterior-inferior (azul), inferior (rosa) e, pela face dorsal, segmentação posterior (vermelho). Votando aos vasos, nós temos artérias e veias. A artéria antero-superior forma as artérias e veias interlobares, entre as pirâmides, e elas deitam sobre a base da pirâmide formando as artérias arqueadas. Dessas artérias arqueadas saem as chamadas de artérias interlobulares. Cuidado para não confundir interlobar com interlobular. Aqui nós estamos vendo já a presença dos nefrons (circulado em vermelho). Temos um milhão deles em cada rim. Existem nefrons longos e curtos permeando a pirâmide renal e o córtex renal. Nós estamos vendo a unidade morfofuncional. Nós temos aqui o glomérulo com sua cápsula de Bauman ou cápsula pariental. Internamente estamos vendo o glomérulo com a cápsula visceral, que são células chamadas podócitos. A artéria entra no glomérulo, faz esse novelado e depois do sangue filtrado sai. Então eu tenho a artéria aferente (a ponta de baixo) e a artéria eferente (a ponta de cima). Quanto à saída, nós temos dois polos no glomérulo: um polo arterial e um polo urinário. O polo urinário são túbulos contorcidos (ou convolutos proximais) que estreitam em sua extremidade (alça de Henle) e depois tem uma trajetória ascendente formando os túbulos contorcidos (ou convolutos distais). Os convolutos se diferenciam histologicamente porque o distal está muito mais envolvido na reabsorção de íons, principalmente cloreto e potássio, já os proximais estão envolvidos na reabsorção de água. Por fim a excreta sairá da pelo ducto coletor. Vários deles se reúnem formando o ducto de bellini e vão se abrir na papila renal que o ápice da pirâmide renal. Estamos vendo aqui todas as estruturas de um néfron. Estamos vendo aqui uma fotografia eletrônica, uma microscopia eletrônica. AA = arteríola aferente e EA = arteríola eferente. Elas vão lançando diversos ramos, váriasalças, que estão sendo sustentadas por células mesangiais. Que células são essas? Elas têm poder fagocitário (essa área enrolada é um filtro o qual pode estar obstruído, então as células fagocitárias vêm e fagocitam os elementos que estão obstruindo o filtro), elas também dão sustentação e regulam o diâmetro da luz dos capilares sanguíneos porque sofrem contração. Glomérulo = corpúsculo renal = corpúsculo de malpighi Aqui nós estamos vendo vários glomérulos: Nós temos aqui (aponta para uma das bolinhas pequenas) uma cápsula, lâmina parietal. Aqui (aponta para a bolota rosa maior no centro da imagem) a lâmina visceral que não está muito bem detalhada, formada por células denominadas podócitos que participam realmente da filtração. Aqui é um espaçozinho chamado de espaço de bowman aonde o filtrado - que ainda não é urina – cairá. Numa imagem maior estamos vendo aqui os capilares sanguíneos (aonde? Oo) sendo sustentados/protegidos pelas células mesangiais, depois os podocitos como esse aqui (mãozinha da imagem) por exemplo e o espaço de bowman. Em síntese, eis aqui um nefron. O sangue penetra sob pressão é filtrado, o líquido cai no espaço de bowman e se dirige àqueles túbulos contorcidos proximal, distal, alça de henle e daí irá ser conduzido o ducto coletor até chegar papila renal onde fará gotejamento que é a urina propriamente dita Então nós temos: filtração, reabsorção, secreção e excreção. Isso aqui nós já falamos: arteriola aferente, eferente e o glomérulo. Nós temos aqui a cápsula de bowman que é a lâmina parietal, o espaço e a lâmina visceral. Essa lâmina visceral é representada pelos podócitos. Aí é um capilar sanguíneo. Nós estamos vendo que ele contém poros, mas os elementos figurados não passam por eles, nem moléculas grandes - como a albumina por exemplo – então eles são seletivos Essa com a mãozinha e a aferente. Por que? Porque existe esse grupo de células que está diretamente regulando a pressão sanguínea. Essas células são chamadas de justaglomerulares e são responsáveis pela liberação da renina. Aqui são células mesangiais que são intraglomerulares (esquerda) e extraglomerulares (direita) também. Aqui é o túbulo contorcido proximal. Ele fica próximo às duas arteríolas. Observe que tem células aqui bastante densas por isso é denominado de mácula densa que são sensíveis a alteração do filtrado e da pressão. Elas podem sinalizar células justaglomerulares a produzir renina para que aumente essa pressão. Se eu aumentar a pressão, também aumento a capacidade de filtração. Nessa imagem vemos a capsula de bowman, o espaço de bowman e aqui (mãozinha) já se observa os podócitos com seus prolongamentos. Se não me engano, quando falei de vasos falei de perícitos que são vasos e consertam vasos. Salvo engano também falei de pericítos quando falei de osso, dizendo que têm o poder de transformar em osteoblasto. Então parece mas não. A função dessa célula é filtração, participar do ultrafiltrado. (Achei confusa essa parte.) Aqui (mãozinha) estão as células justaglomerulares que têm a função de liberar. Elas estão sempre relacionadas com a arteríola Aferente. Os podócitos lançam prolongamentos e esses prolongamentos lançam mais prolongamentos chamados pedicelos. Aqui nós estamos vendo conjunto de tudo. Células mesangiais em azul. Em amarelo as células endoteliais dos capilares fenestrados = cheio de buraquinhos como uma peneira para fazer a primeira filtragem, não é a ultrafiltragem, porque esse filtrado vai sofrer ainda outra filtragem. Nós temos a membrana basal e o tecido endotelial. As células endoteliais são as que formam a luz de um vaso sanguíneo, sustentado pela membrana basal e essa membrana basal está se relacionando com os pedicelos, com os podocitos. Células justaglomerulares em roxo e a mácula densa (rosa claro) no túbulo contorcido distal que fica entre as arteríolas. Estamos vendo os podócitos que são células epiteliais diferenciadas. Elas contém um corpo em forma de dedo, digitiformes, que vão lançando mais prolongamento secundários chamados pedicelos. Esses pedicelos é que vão participar do ultrafiltrado, vão participar da formação do diafragma da fenda. Fenda é o espaço entre os pedicelos e ali tem um diafragma que é a última barreira do rim contra a perda de proteínas. Essa estrutura azul com seus prolongamentos é o podócito. Em branco vemos a membrana basal do vaso e o endotélio. Já se percebe que o endotélio é perfurado, todo fenestrado. Nessa visão magnífica se observa os pedicelos cada vez menores. Eles vão formar um sistema de filtragem a nível micrométricos. Entre cada prolongamento de pedicelos, entre um e outro, nesse pequeno espaço tem um diafragma. Diafragma da fenda. Aqui a vista interna de um vaso capilar, demonstrando a presença dos poros. Pela pressão sanguínea, elementos contidos no sangue são expulsos em direção ao espaço de bowman, mas isso é seletivo, os elementos do tecido sanguíneo não passam. Aí estamos vendo o pedicelo. Aqui se percebe a membrana basal e nela os pedicelos. A membrana basal é formada por 3 lâminas: a) lâmina rara interna; b) lâmina densa; c) lâmina rara externa. Sobre essa lâmina rara externa nós teremos o diafragma da sela. Os elementos que passam por aí são ultrafiltrados. Essa imagem mostra todos os elementos. A parte branca na parte de baixo da figura é a luz do capilar, o interior do capilar. A primeira camada de baio para cima são as células endoteliais que formam a parede do capilar. Observe que na parede do capilar tem uma fenestra. A segunda camada de baixo para cima é a lâmina basal, cuja composição é de podocitos e células endoteliais. Os montinhos são os pedicelos. Observe que entre um pedicelo e outro existe um pequeno diafragma. Aqui é que ocorrerá a ultrafiltragem até cair no espaço de bowman que o espaço urinário. O infográfico demonstra células endoteliais em vermelho e o espaço entre elas é o poro. Competência de filtração: de 70 a 100 nanômetros. Em roxo temos a lâmina basal (lâmina rara interna é a de baixo, a lâmina densa no meio e a rara externa sobre elas) Pedicelos são as ondinhas em azul e o diafragma da sela nos vales entre elas. O que passou cai no espaço de bowman e através de processo seletivo - pode ter uns tampões regulatórios - haverá reabsorção de vários elementos indispensáveis à homeostase. O excedente será excretado Na imagem roxa estamos vendo os túbulos proximais (mãozinha). Eles são mais densos porque eles contêm muita microvilosidade. Os túbulos proximais têm grande capacidade de absorção de água. É epitélio cuboide simples como do distal também. O digital entre na região da mácula densa, ele já é mais colunar. (Não entendi direito esse pedaço: 49:09) Nós observamos melhor a diferença entre um e outro nessa outra imagem: A diferença histológica básica é a densidade. A parte mais densa é do proximal, está em rosa claro (mãozinha) representando as microvilosidades, tem alta capacidade diária de absorção. Em branco o digital, essa área é menos densa, está voltada para a luz, essas células raramente apresentam microvilosidades. Aqui é o túbulo coletor. Ele vai recebendo vários outros túbulos coletores até formar o ducto de Bellini que vai se abrir na papila renal. Aí vai gotejar os elementos no cálice menor. Aqui tem o filtrado glomerular, ainda não é urina concentrada. O Ph está em torno de 7, é praticamente água contendo glicose, ureia, sódio, bicarbonato, potássio, cloro. Prof Márcio vai chamar atenção sobre isso. Observe que o principal sal inorgânico na composição da urina é o cloreto de sódio. Antidiurético diminui a micção, diminui filtração, retorna mais água. A urina é concentrada. Saindo da histologia vamos voltar à anatomia. Ureter são dois tubos de musculatura lisa retroperitonial que vai unir o rim à bexiga. Tem uma parte abdominal e uma parte pélvica. Trajeto abdominal Trajeto pélvico Lateralmente penetra na bexiga. Observe que a bexiga feminina se relaciona antero-inferiormente ao útero, anteriormente ao tubo vaginal. É separada do úteroatravés de um espaço que é uma escavação denominada escavação uterovesical. Por que é separado? Porque tem peritônio revestindo isolando um do outro. A bexiga masculina e feminina tem um ápice que se relaciona com a sínfise publica, a face superior propriamente dita, duas faces laterais e o fundo vesical. No homem o fundo vesical se relaciona com vesículas seminais, próstata e a uretra. Na feminina se relaciona com a uretra. Observe que a uretra feminina é de curto trajeto comparada à masculina devido à presença do pênis. A feminina tem em torno de 3,5 e 4 cm de comprimento. A masculina varia de indivíduo para indivíduo dependendo do tamanho peniano. A uretra masculina tem um comprimento total variando em torno de 15 a 25 cm, varia muito. Na mulher a uretra se abre entre os pequenos lábios no vestíbulo da vagina em uma posição entre o ostio vaginal e o clitóris. Aqui existe uma elevação, a papila uretral. A musculatura é lisa. A primeira imagem é uma bexiga masculina. A uretra masculina tem uma parte prostática, uma parte membranosa e uma parte esponjosa contendo duas dilatações: uma intrabulbar e outra chamada navicular na extremidade do pênis, na glande. São duas dilatações. O músculo da bexiga é chamado músculo detrusor que é estimulado por fibras parassimpáticas. Dentro da bexiga masculina e feminina tem uma área que não é contrátil, chamado trígono vesical, situada entre os dois óstios uretrais. Observe que existe uma prega unindo é a crista vesical. Os dois ostios uretais e o ostio interno da uretral formam o trigone. Esta região contém um esfíncter interno, não tem controle voluntário - nós vamos ter controle voluntário no esfíncter e externo porque aqui passa um músculo que chama-se levantador do ânus e nós temos controle sobre ele. A medida que a bexiga vai enchendo de urina, vai se desentendendo e com isso envia sinalizações que tem respostas parassimpáticas que induz a contração e expulsão da urina depois imediatamente relaxa os esfíncters interno e externo. A composição histológica é formada por um epitélio de transição. Por que transição? Porque elas formam células achatadas quando estão distendidas/cheias (figura da direita) ou em forma de gomos/globosas quando estão vazias (figura da esquerda). Elas contêm cerebrosídeos que é uma substância vamos dizer assim hidrofóbica, impedindo a absorção de líquidos do conteúdo urinário para camadas mais profundas que podem lesar a parede vesical. Quando a bexiga está vazia pode existir até 8 camadas de células e quando ela está cheia, células distendidas reduzem para três camadas de células As células superficiais globosas são responsáveis pela barreira osmótica entre a urina, a camada basal e os fluidos intersticiais. Na mulher a uretra vai terminar entre os lábios menores, o chamado vestíbulo da vagina. No homem estamos vendo: Corpo Cavernoso Corpo esponjoso uretra Corpo Cavernoso e esponjoso são órgãos eréteis. Observe que na parte esponjosa tenho duas dilatações: intrabulbar (mãozinha) - porque a parte esponjosa aqui chama bulbo - e a fossa navicular que está na glande. A figura da direita é feminina e a uretra está indicada pela seta vermelha. Obs: Assunto da semana que vem: digestório