Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Esteffane Seitz- TXVI Traumatologia forense Energias: de ordem mecânica, física e físico-química Energias de ordem mecânica Desde armas (de fogo, cortantes, punhais) até armas eventuais (faca, foice, machado) e naturais (dentes, pés) Podem ter danos externos e internos Impacto de um objeto em movimento contra o corpo humano parado (meio ativo) Instrumento encontrar-se imóvel e o corpo humano em movimento (meio passivo) Os dois se acharem em movimento, indo um contra o outro (ação mista) Atuam por pressão, percussão, tração, torção, compressão, descompressão, explosão, deslizamento e contrachoque Mordedura animal: perfurocontundente Mordedura humana: cortocontundente CLASSIFICAÇÃO FERIDAS Perfurantes Puntiformes Cortantes Cortantes Contundentes Contusas Perfurocortantes perfurocortantes Perfurocontundentes Perfurocontusas Cortocontundentes Cortocontusas LESÕES POR AÇÃO PERFURANTE Aspecto pontiagudo, alongado e fino Estilete, sovela, agulha, florete, furador de gelo Produz lesão punctória de forma cilíndrica- crônica Geralmente são vistas em homicídios e suicídios Sempre atuam por percussão ou pressão Abertura estreita Raro sangramento, de pouca nocividade na superfície, quase sempre de menor diâmetro que o instrumento Trajeto: túnel estreito que se continua pelo tecido lesado, representado no cadáver por uma linha escura Ferimento de saída: em geral mais irregular e de menor diâmetro que o de entrada 1° lei de filhos: o orifício de entrada parece ter sido produzido por instrumentos de dois gumes ou tem aspecto de casa de botão 2° lei de filhos: em mesma região, o maior eixo tem sempre o mesmo sentido Lei de langer: a extremidade da lesão toma aspecto de ponta de seta. LESÕES CORTANTES Lesão incisa de forma linear e margens nítidas Instrumento tem presença de gume afiado Ocorre a cauda de escoriação Forma linear e bordas regulares Atuam com deslizamento Sinal de chavigni: quando duas feridas cortadas se cruzam, tem coaptação de uma das feridas (a mais antiga) Exemplos: lâmina, navalha, bisturi Feridas promovidas por bisturi: feridas incisas, porque a profundidade nos centros é igual a dos ângulos Feridas cortantes: maior profundidade no centro Esgorjamento Lesões cortantes em direção antero-posterior do pescoço Degolamento Direção póstero-anterior do pescoço Esteffane Seitz- TXVI Decapitação Corte total, cabeça pra fora AÇÃO CONTUNDENTE Produz lesão contusa Pode ser por pressão ou deslizamento Causado por instrumento rígido Exemplo: pau, pedra, barra de ferro Forma ativa: quando o instrumento é projetado contra a vítima Passivo: quando a vítima vai ao encontro do objeto, p.ex., em uma queda Mista: ambas TIPOS DE LESÃO Escoriação: quando o atrito do deslizamento lesa a superfície da pele Equimose: quando há rompimento de vasos e derrame sangüíneo infiltrando os tecidos Hematomas: quando o derrame sangüíneo não encontra condições de se difundir e forma coleções localizadas ESCORIAÇÃO Comum em quedas Formação de crosta que pode ser serosa ou hemática Perda de epiderme Não deixa cicatriz Recuperação se dá em prazo curto EQUIMOSES Mais frequente Equimose típica desaparece em 20 dias Tecido externo íntegro Ocorre derrame sanguíneo e com isso produção de mancha de tamanho variável Material extravasado vai ser reabsorvido e ocorre a variação cromática Diferença de equimose e hematoma: gravidade da lesão Equimose figurada: imprime a marca do objeto (caso do celular que ele mostrou) Rompimento de vasos mais superficiais Espostejamento: redução do corpo, cursa com o atropelamento ferroviário por ex. Esteffane Seitz- TXVI HEMATOMA Parece com a equimose, mas se trata do rompimento de um vaso maior Ocorre em locais de tecido froxo O organismo absorve o sangue com o tempo Sem elevação de área Bossa sanguínea: tem elevação de área Rompe vasos de maior calibre LESÃO POR PROJÉTIL Bordas irregulares Pérfurocontusas Orifícios de entrada ORLA DE CONTUSÃO: a pele se invagina e se rompe devido à diferença de elasticidade de derme e epiderme ORLA EQUIMÓTICA: zona da hemorragia oriunda da ruptura de pequenos vasos ORLA DE ENXUGO: zona de cor escura que se adaptou às faces do projétil, limpando-os dos resíduos da pólvora Zonas ZONA DE TATUAGEM: é resultante da impregnação de partículas de pólvora incombusta que alcançam o corpo ZONA DE ESFUMAÇAMENTO: é produzida pelo depósito de fuligem da pólvora ao redor do orifício de entrada ZONA DE CHAMUSCAMENTO: tem como responsável a ação superaquecida dos gases que atingem e queimam o alvo Anel de fish: lesão do orifício de entrada por projétil TIRO ENCOSTADO Forma irregular (estrelado) Sem zona de tatuagem Diâmetro de ferimento maior que o projétil Sinal de werkgaertner: impressão do cano da arma Sinal de benassi: orifício de entrada no osso (crânio, costelas, escápulas) Sinal de Schusskanol: esfumaçamento das paredes do conduto produzido pelo projétil entre as lâminas interna e externa de um osso chato Câmara de mina de Hoffman: quando tem ferimento com plano ósseo adjacente CURTA DISTÂNCIA Lesão de entrada + manifestações pela combustão de pólvora Esteffane Seitz- TXVI Forma arredondada ou elíptica, orla de escoriação, bordas invertidas, halo de enxugo, halo ou zona de tatuagem, orla ou zona de esfumaçamento, zona de queimadura, aréola equimótica e zona de compressão de gases TIRO A DISTANCIA Diâmetro menor que o do projétil, forma arredondada ou elíptica, orla de escoriação Halo de enxugo, aréola equimótica e bordas reviradas para dentro TRAJETO X TRAJETÓRIA Trajeto é o caminho percorrido pelo projétil no interior do corpo Trajetória: percurso total dentro e fora do corpo ROSA DE TIRO: Tem aspecto de grãos de areia espalhado. É produzida por projéteis múltiplos disparados por espingardas de chumbo. EM CASOS DE MUNIÇÃO COM PROJÉTEIS MULTIPLOS- são lançados juntos e se separam dando uma área de projeção maior
Compartilhar