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Traumatologia Médico Legal

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VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 
Traumatologia Médico Legal – Agentes físicos e mecânicos 
 Uma lesão “casa de botão” pode ser causado por um instrumento perfurante? Sim 
 O mecanismo de atuação dos instrumentos cortantes ocorre por... Pressão e deslizamento. 
 Coloração da equimose ao longo do tempo: Vermelho  roxo  azul  verde  amarelo  normal. 
 Orifício de saída: estrelado, borda evertida. 
 Anel de Fisher. 
 
Traumatologia Forense 
 Estuda as implicações jurídicas do traumatismo. 
 Trauma: é o resultado do acréscimo e/ou da ação vulnerante que possui energia capaz de produzir lesão  atuação 
de energia externa sobre o corpo da pessoa, com intensidade capaz de provocar o desvio da normalidade. 
 Lesão: nada mais será que o dano tecidual temporário ou permanente, resultante do trauma  alteração estrutural 
proveniente de uma agressão ao organismo. 
 Instrumento: objeto utilizado com uma finalidade  tem forma e volume definido, pode ser manuseado para 
provocar lesão. 
 Agente: aquilo que causa alguma lesão. 
 
 Avaliar: Presença ou ausência de lesão, tipo de lesão, nexo causal, nexo temporal, gravidade da lesão, agente ou 
instrumento, vitalidade da lesão (vital x pós-mortal). 
 
 Agentes vulnerante: Capazes de modificar o estado de repouso ou movimento do corpo. Podem ter repercussões 
externas ou internas. Ocorre de três maneiras: 
- Meio ativo: objeto em movimento contra corpo parado; 
- Meio passivo: objeto parado e corpo em movimento; 
- Ação mista: objeto e corpo em movimento. 
 
 
 Energias de ordem mecânica  são aquelas que, incidindo sobre um corpo, são capazes de modificar o seu 
estado de repouso ou movimento. 
 
 Paradigma médico legal: É por meio da lesão que se classifica o instrumento e não o contrário. 
- Um mesmo agente é capaz de gerar diferentes lesões. 
- Lesão que caracteriza o instrumento, e NÃO o instrumento que caracteriza a lesão  “Diga-me da lesão que lhe 
direi do instrumento.” 
 
 
VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 
 
 
 
 
 As ações simples podem ser de três espécies: contundentes, cortantes e perfurantes. As ações mistas resultam da 
combinação das primeiras, podendo ser cortocontundentes, perfurocortantes e perfurocontundentes. 
 
 
Lesão Instrumento 
(sempre termina em -nte) 
 Contusa: rubefação (mancha avermelhada e fugaz, como em casos de 
bofetada em face), escoriação (arrancamento da epiderme e 
desnudamento da derme – ex: unhas), equimose (infiltração 
hemorrágica nos tecidos, podendo ser superficial ao profunda). 
 
 
 Contundente: produzido por um corpo 
de superfície com lesões mais comuns 
em exames externos, podendo ocorrer 
repercussões na profundidade. 
 
- Mecanismo: pressão, percussão, 
explosão, flexão, distensão, 
deslizamento, compressão, 
descompressão, torção, sucção, 
contragolpe ou mista. 
 
- ex: soco, martelo, marreta, pneu de 
automóveis, bastões, cassetete. 
 
 
 
VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 
- Víbices (cassetetes, bastões e bengalas): extravazamemto 
sanguíneo para a área adjacente ao local do trauma, formando 
equimoses paralelas com um centro claro. 
- Sequência de coloração da equimose (evolução das cores da 
PERIFERIA para o CENTRO): avermelhado  arroxeado  azulado  
esverdeado  amarelado  normal. 
- No cadáver, a equimose manterá a coloração até surgirem os 
fenômenos putrefativos que lhe modificam as peculiaridades. 
 
- Diferenciar o livor hipostático (sangue não coagulado dentro do 
vaso integro acumulado no cadáver de acordo com sua posição) do 
hematoma (é palpável, pois há acúmulo de sangue). 
 
- Características da lesão contusa: sinuosa, estreada ou retilínea; 
bordas irregulares, escoriadas e equimosadas; fundo irregular; 
pontes de tecidos íntegro ligando as vertentes, retração das bordas, 
pouco sangrantes, integridade de vasos, nervos e tecidos. 
- Elas podem ter associadas fraturas, hematomas, luxações, entorses, 
rotura de vísceras internas e amputações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Punctória ou Puntiformes: abertura estreita, pouco sangramento, 
mais repercussão na profundidade, com menor diâmetro que o 
instrumento causador, trajeto é representado por um túnel estreito 
(linha escura). 
- Lesão em “casa de botão” com instrumentos de calibre maior. 
 
 
 
 Perfurante: pontiagudo, alongado, fino 
e de diâmetro transverso reduzido, 
têm maiores repercussões na 
profundidade do corpo da vítima. 
- Mecanismo: Percussão ou Pressão, 
afastando as fibras dos tecidos e 
raramente, seccionando-as. 
- ex: agulha, furador de gelo, alfinete. 
 
 
 
 Incisa: 
- Lesão “casa de botão”. 
- Linear, não muito profunda, hemorragia abundante, predomínio de 
comprimento em relação a profundidade, centro mais profundo do 
que as extremidades, cauda de escoriação voltada para o término da 
ação do instrumento. 
- Lesões incisa de defesa (geralmente em mãos, braços e pés). 
- Lesão incisa de hesitação (indivíduo ganha confiança para atingir 
plano com maior profundidade). 
- Esquartejamento; esgorjamento (região cervical anterior); degola 
(região cervical posterior); depatação (secção completa dos tecidos). 
 
 
 
 Cortante: pressão e deslizamento 
sobre os tecidos. 
- ex: bisturi, navalha e lâmina de 
barbear. 
 
 
 
 
 
 
VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 
 Pérfuroincisa: profundidade maior que a extensão, sangramento 
abundante. 
- Solução de continuidade em formato de botoeira: fenda com um 
ângulo agudo e outro arredondado, fenda com ângulos agudos e 
bordas iguais e triangular. 
 
 
 Perfurocortante: ponta e grume, ele 
perfura com a ponta e corta com as 
bordas afiadas; 
- ex: faca peixeira, canivete, espada, 
punhal, faca. 
 
 
 
 Cortocontusa: formato variável, depende da região atingida, 
inclinação, peso, gume e forma viva. 
- Mordedura (arcos dentários): possibilidade de confronto para 
identificação entre marca encontrada na pele da vítima e possível 
molde dentário gerado com a arcada dentária do próprio agressor. 
 
 
 
 Cortocontundente: gume e 
influenciam as lesões pelo peso da 
massa do instrumento/força viva do 
agressor. 
- Mecanismo: Pressão, Percussão e 
deslizamento. 
- ex: foice, peixeira, machado, 
guilhotina, motosserra, dentes e 
unhas. 
 
 
 
 Pérfurocontusa: 
 Propulsão de projéteis. 
 Atinge os planos profundos, com pequena superfície externa. 
 
 Orifício de entrada: inversão de bordas (para dentro), orifício 
proporcional ao diâmetro do projétil, regular, circular ou ovalar, 
acúmulo de resíduos ao redor do orifício. 
 
 
 Trajetória: da boca da arma até onde o projétil parou – caminho da 
bala. 
 Trajeto: do orifício de entrada ao de saída – no corpo do indivíduo. 
 
1) Orlas: borda da lesão, projétil penetra nos tecidos, atritando e 
limpando neles as impurezas  Anel de Fisch. 
2) Halo ou Zona de tatuagem: impregnação/ deposição de grãos de 
pólvora incombusta; permanecem após a lavagem da região. 
3) Zona de esfumaçamento: acúmulo de fuligem da pólvora, falsa 
tatuagem, pois sai com a lavagem da região. 
4) Zona de chamuscamento: queimadura de pelos e indícios de 
chamas devido a ação superaquecida dos gases. 
 
 
 
 Pérfurocontundente: ponta romba e 
alta energia associada. 
- Mecanismo: perfuração e contusão 
- ex: arma de fogo e ponta de guarda-
chuva. 
 
 
 
 
 
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VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 
 Longa distância (mais de 70 cm). 
 Média distância (entre 50 e 70 cm). 
 Cruta distância (entre 10 e 50 cm). 
 À queima roupa (menos de 10 cm). 
 Encostado (distância zero – o orifício de entrada é estreado/ irregular 
e sem zona de tatuagem e nem de esfumaçamento, depósito de 
fuligem nos ossos). 
 
 Orifício de saída: lesão estrelada, diâmetro maior que o projétil, 
bordas evertidas (para fora), não há zonas de contorno, pode ter 
fragmento de tecidos externos. Pode haver mais de um orifício de 
saída para um mesmo projétil, devido a fragmentação do projétil 
e/ou formação de espículas ósseas. 
 
 Há variações nos orifícios conforme muniçãoutilizada - projéteis 
múltiplos, espingarda, bagos, rosa de tiros, fuzil, este último pode ter 
grandes orifícios de entrada e saída. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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