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Bases morfofuncionais 2 Irrigação e drenagem cardíaca Vascularização do coração: Vasos sanguíneos do coração: artérias coronárias e veias cardíacas. Conduzem o sangue que entra e sai da maior parte do miocárdio; Vasos sanguíneos com inervação simpática e parassimpática; Artérias coronárias: localizadas na superfície cardíaca (epicárdio). Primeiros ramos da aorta, se originam dos seios da aorta e seguem por lados opostos do tronco pulmonar; Irrigam o miocárdio e epicárdio; Suprem os átrios e os ventrículos, porém, o suprimento ventricular não é bem delimitado; Suprimento sanguíneo aumenta/diminui em determinadas circunstâncias (ex: atividade física). O seio não permite que ocorra o refluxo de sangue (funciona como um bolso). Durante a contração/sístole, ocorre a obstrução da coronária, não permitindo a passagem de sangue. Ela recebe o sangue em diástole/relaxamento, como uma forma de proteção contra a pressão do sangue que sai da aorta. OBS: refluxo de sangue causado pela retração elástica da aorta (fecha a valva e causa enchimento das artérias coronárias quando o miocárdio está relaxado). Artérias coronárias: Artéria coronária direita: A artéria coronária direita (ACD) origina-se do seio da aorta direito da parte ascendente da aorta e passa para o lado direito do tronco pulmonar, seguindo no sulco coronário. Próximo de sua origem, a ACD geralmente emite um ramo do nó sinoatrial ascendente, que irriga o nó SA. A ACD então desce no sulco coronário e emite o ramo marginal direito, que irriga a margem direita do coração enquanto segue em direção ao ápice do coração. Após emitir esse ramo, a ACD vira para a esquerda e continua no sulco coronário até a face posterior do coração. Na face anterior da cruz do coração — a junção dos septos interatrial e interventricular entre as quatro câmaras cardíacas — a ACD dá origem ao ramo do nó atrioventricular, que irriga o nó AV. OBS: Os nós SA e AV são parte do complexo estimulante do coração. Geralmente a ACD supre: O átrio direito; A maior parte do ventrículo direito; Parte do ventrículo esquerdo (a face diafragmática); Parte do septo IV, geralmente o terço posterior; O nó SA (em cerca de 60% das pessoas); O nó AV (em cerca de 80% das pessoas). Ramos: Ramo do cone arterial; Ramo atrial; Ramo do nó SA; Ramo artéria marginal direita; Ramo do nó AV; Ramo interventricular posterior. Artéria coronária esquerda: Origina-se à esquerda, no seio da aorta (Aorta ascendente) percorrendo a superfície epicárdica na região do sulco coronário esquerdo e segue para face cardíaca posterior; Ramos: Ramo interventricular anterior (artéria descendente anterior, nome clínico), irriga quase todo o septo interventricular e parte anterior. Ela emite vários ramos paralelos e penetrantes (septo interventricular). Ramo IV anterior segue ao longo do sulco IV até o ápice do coração (pode dar origem ao ramo lateral). Ramo IV anterior supre partes adjacentes de ambos os ventrículos e, através de ramos IV septais, os dois terços anteriores do SIV. Ramo lateral/diagonal do ramo IV anterior: é emitido acima do ventrículo esquerdo, desce sobre a face anterior do coração. Ramo circunflexo. Emite um ramo que percorre a parte lateral do coração: artéria/ramo marginal esquerda, até a face posterior do coração. Ramo (artéria) marginal esquerdo: acompanha a margem esquerda do coração e supre o ventrículo esquerdo. A parte lateral fica abaixo da aurícula esquerda, passando a ser chamada de ramo circunflexa, passando por toda a lateral esquerda do coração, até a face diafragmática. A ACE supre: O átrio esquerdo; A maior parte do ventrículo esquerdo; Parte do ventrículo direito; A maior parte do SIV (geralmente seus dois terços anteriores), inclusive o feixe AV do complexo estimulante do coração, através de seus ramos IV septais perfurantes; O nó SA (em cerca de 40% das pessoas). Drenagem cardíaca: É mista. Sulco do seio coronário/sulco coronário, localizado na cruz do coração. Recebe de todas as veias que estão drenando o coração. Seio coronário desemboca no átrio direito (75% do fluxo coronário total). 25% do fluxo chega por veias cardíacas mínimas que vão diretamente para o átrio direito. Drenagem direita: Posteriormente: Veia cardíaca parva: acompanha a artéria coronária direita. Vem da região anterior do VD, abraçando o coração e tributa no seio coronário. Origina a veia cardíaca marginal direita. Veia interventricular posterior (veia cardíaca média): ápice cardíaco na região posterior, tributando diretamente no seio coronário. Acompanha a artéria ventricular posterior. Anteriormente Veia marginal direita: recebe sangue tanto da marginal quanto das outras. Percorre a face anterior do coração. Drenagem esquerda: Posteriormente Veia ventricular esquerda posterior: tributa diretamente no seio coronário. Veia oblíqua do átrio esquerdo: tem disposição oblíqua. Desce da porção posterior do átrio para o seio coronário. Veia marginal esquerda: desemboca diretamente no seio coronário. Veia cardíaca magna: ápice do coração, seguindo a região interventricular anterior e abraça lateralmente à esquerda do coração OBS: a magna e a parva são as únicas veias com nomes diferentes das artérias. Anteriormente: Veia marginal esquerda. Veia cardíaca magna. Dominância coronária: Pode ser direita, esquerda ou balanceada, (quando ambas artérias coronárias emitem um ramo àquela região). Domínio do sistema arterial Artéria que dá origem ao ramo interventricular posterior (artéria descendente posterior, em linguagem clínica). Domínio da ACD: mais comum (67%). Dá origem ao grande ramo interventricular posterior, que desce no sulco IV posterior em direção ao ápice do coração. Tal ramo irriga áreas adjacentes de ambos os ventrículos e envia ramos interventriculares septais perfurantes para o septo IV. A dominância coronária é uma relação entre os ramos das artérias coronárias na região de confluência dos sulcos atriais, ventricular e atrioventricular (crux cordis). É determinada pela artéria que emite o ramo interventricular posterior (ramo da artéria coronária direita). Aumento da probabilidade de infarto agudo do miocárdio, pois há uma maior área irrigada por uma artéria (coronária esquerda). OBS: a bifurcação da artéria pode gerar um problema. SANGUE entra e flui naturalmente pela direita, mas na esquerda há maior resistência em função da bifurcação. Evento pressórico na bifurcação pode causar um certo processo inflamatório no endotélio; com o tempo, pode criar uma aterosclerose. DOMINÂNCIA CORONÁRIA ESQUERDA: MAIOR PROPENSÃO À SOFRER UM EVENTO E EVOLUIR PARA UM INFARTO. Variações das artérias coronárias Diferença entre a área irrigada pela artéria coronária direita e esquerda. Variações nos padrões de ramificação e distribuição das artérias coronárias. Padrão dominante direito: ACD e ACE compartilham quase igualmente o suprimento sanguíneo do coração. Parte irrigada pela artéria coronária direita: porção anterior do VE e lateral, toda a região posterior, 1/3 do septo interventricular e uma porção pequena posterior do VE. Parte irrigada pela artéria coronária esquerda: pequena porção anterior do VD e 2/3 do septo interventricular. Padrão dominante esquerdo: ramo IV posterior é um ramo da artéria circunflexa.
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