Buscar

Sistema Vestibular e suas Funções

Prévia do material em texto

á -
 
E considerado um dos sentidos, tem o SNC, 
que tem informações que chegam 
aferências (somestesia, visão, olfato, 
paladar e audição, equilíbrio), e 
informações que saem que são eferências 
(motricidade) 
Doença: vertigem posicional paroxística 
benigna. Os olhos começam a ter um 
movimento descontrolado, que é chamado 
de nistagma, o olho começa a tremer 
quando o médico gira a cabeça da paciente, 
gera uma sensação rotatória, chamada 
vertigem. 
O sistema vestibular controla o movimento 
da cabeça e dos olhos, e o equilíbrio. O 
sistema vestibular manda informação de 
como está o ambiente, que vai para a 
medula espinal, que controla músculo 
antigravitacionais que faz com que nos 
fiquemos estáveis. 
Permite que eu ande na corda bamba, 
esteja dentro do carro em movimento e veja 
um alvo imóvel, eu consigo fixar os olhos 
devido ao sistema vestibular. 
A cabeça está submetida a dois tipos de 
movimento a aceleração linear e a 
aceleração angular (movimento de sim ou 
não), esse movimento da cabeça promove 
movimentos oculares compensatórios para 
manter seus olhos fixos. 
Essa informação de aceleração linear ou 
angular vai ser captada pelo sistema 
vestibular, que manda informação para os 
núcleos vestibulares que estão no tronco 
encefálico, então essa informação vai fazer 
o movimento dos olhos contrários ao 
movimento da cabeça para que ele fique 
fixo em um ponto, a imagem é projetada 
sempre no mesmo ponto da retina, e por 
isso o sistema vestibular tem que deixar os 
olhos fixos. 
Podem ter movimentos rotacionais com 
aceleração angular (cristas ampolares), e a 
linear (mácula do sáculo e utrículo) é para 
frente para trás, direita, esquerda. 
O sistema vestibular fica dentro do labirinto 
ósseo, a perilinfa preenche o labirinto 
ósseo (composição parecida com o liquor) é 
rica em sódio e pobre em potássio, (é um 
liquor e flui do labirinto ósseo para o liquor 
por meio do aqueduto coclear). 
Labirinto membranoso, tem outro líquido 
que é endolinfa rico em potássio e pobre 
em sódio, essa diferença de composição é 
devida a algumas bombas de íons. É 
formado por 3 estruturas diferentes, 
utrículo, sáculo e canais semicirculares. 
 
O sistema vestibular vai comunicar-se na 
cóclea, o vestíbulo e a cóclea estimulam 
neurônios, que se dirige ao SNC pelo 8° 
nervo craniano (vestibulococlear). 
No labirinto membranoso tem o sáculo e 
utrículos (as tubas do utrículo são os canais 
semicirculares), e os canais semicirculares 3 
(anterior, posterior e horizontal). O utrículo 
se comunica com os canais semicirculares, a 
endolinfa é a mesma para o utrículo e para 
os canais semicirculares. 
Existe uma estrutura que fica dentro do 
sáculo e do utrículo, que é a mácula, que 
tem essas células ciliares, que contêm 
cílios, que vão se mexer lateralmente e vão 
estimular o nervos que forma o 8° par 
craniano. Ela tem uma camada gelatinosa 
que é chamada de membrana otolítica, 
com cristais chamados otólitos são cristais 
de carbonato de cálcio, e esses cristais 
fazem um peso na membrana, isso porque, 
esse peso vai permitir que esses cílios só se 
mexam quando o movimento for na 
horizontal, na vertical eles não se 
movimentam. 
 
Dentro dos canais semicirculares temos as 
ampolas que é uma dilatação, que tem uma 
cúpula que estão as células ciliares, a cúpula 
não tem otólitos. A cúpula é a camada 
 
 á -
gelatinosa, o movimento do canal 
semicircular é um movimento giratório, vai 
empurrar os cílios das células ciliadas 
estimulando os nervos. 
O líquido mexe dentro dos canais 
semicirculares, esse movimento rotacional 
gira o líquido dentro desse anel, que vai 
empurrar as partes gelatinosas, vai tombar 
os cílios, que vão transmitir o impulso 
nervoso. 
 
 
Na mácula as células ciliadas estão na base 
do utrículo, então se eu fizer uma 
aceleração na horizontal eu estimulo as 
células do utrículo HU. 
E se eu fizer uma aceleração na vertical, eu 
vou estimular as células do sáculo VS. 
• Se eu estiver em um elevador eu 
vou estimular as células do sáculo. 
• Se eu estiver em uma esteira eu vou 
estimular as células do utrículo. 
• Se eu estiver em uma escada 
rolante eu vou estimular as células 
do utrículo e do sáculo. 
Doença de Meniére, hipertensão 
endolinfática, a endolinfa com o aumento 
da pressão, atrapalha o funcionamento dos 
órgãos, o paciente vai ter sintomas 
vestibulares (vertigem) e na parte auditiva 
temos a diminuição da audição (hipoacusia) 
e do zumbido. 
 
Outro nome dos otólitos os estatocônios, 
que estão dentro do sáculo e do utrículo. 
 
As células ciliadas, são os estereocílios, são 
estimuladas primeiramente, são 
estimulados quando movimenta a camada 
gelatinosa (membrana gelatinosa) estimula 
a despolarização da célula e estimula o 
nervo na membrana basal da célula, e 
transmite essa informação até o 8° nervo 
craniano (vestibulococlear). 
Cinocílio é um cílio maior, fica no ápice, e os 
estereocílios tem proteínas que os reúne 
para ficar organizado, os cinocílios são os 
maiores, quando o cinocílio é 
movimentado por último eu tenho 
despolarização da célula (passa o potencial 
de ação), se o cinocílio é movimentado 
primeiro (não passa o potencial de ação) eu 
tenho hiperpolarização da célula. 
Quando eu excito a célula ciliada eu 
aumento o número de disparos, quando eu 
inibo a célula ciliada eu diminuo o 
frequência de disparos. 
Despolarização: 
Movimento na direção do cinocílio a célula 
despolariza com a abertura de canais de 
potássio e cálcio, e o potássio é rico na 
endolinfa, isso vai despolarizar a célula. 
Então o potássio serve para despolarizar e 
o cálcio vai fundir a membrana da vesícula 
sináptica com a membrana basal, o 
neurotransmissor é o glutamato dentro de 
uma vesícula, o cálcio faz o glutamato ser 
liberado para a realização de uma sinapse 
excitatória com o neurônio aferente 
sensorial, depolarizo o nervo que vai levar a 
informação 8° par craniano. 
 
 á -
 
 
 
 
Hiperpolarização: 
Tombou o cinocílio primeiro, fecha os canais 
de potássio e cálcio, a célula fica 
hiperpolarizada. O cálcio não entra, não 
libera o neurotransmissor na fenda 
sináptica não tem despolarização do nervo, 
não tem estímulo. 
 
Além do glutamato o neurotransmissor 
pode ser o aspartato. 
Movimento horizontal utrículo, vertical 
sáculo, movimento angular canais 
semicirculares. 
Dentro do canal semicircular tem uma 
inclinação, e essa inclinação é útil para 
entender que alguns movimentos 
estimulam mais as cúpulas. 
A gelatina que tem na cúpula é o muco 
polissacarídeo, o movimento rotacional faz 
a endolinfa mexer a cúpula, movimento 
ampulopodal, os estereocílios vão se 
movimentar, cinocílio por último causa 
despolarização, cinocílio primeiro causa 
hiperpolarização. 
 
Quando eu movimento a cabeça para a 
direita (deito a cabeça no ombro), eu 
estimulo os canais semicirculares da 
esquerda, e inibo os canais semicirculares 
da direita. Se eu estimulo o 8°nervo para um 
lado, eu estimulo meus olhos para o outro 
lado, é o reflexo oculocefálico, eu movo a 
cabeça para a direita os olhos vão para a 
esquerda, com a mesma intensidade do 
movimento da cabeça. 
Temos os canais semicirculares, utrículo e 
sáculo. Se eu mexi a cabeça, estimulei o 
nervo vestibulococlear (8° par craniano), 
esse nervo tem um gânglio vestibular, o seu 
prolongamento vai se dirigir até os núcleos 
vestibulares na transição do bulbo com a 
ponte. 
Na situação é um movimento horizontal 
estimula o núcleo vestibular medial, faço 
uma sinapse dentro do núcleo vestibular 
medial. Do núcleo vestibular que fica no 
tronco encefálico, parte uma via que vai até 
o núcleo do 6 ° (abducente) contralateral, o 
6° cuida do músculo reto lateral, vai 
abduzir o olho, aproximar a pupila da 
orelha. Se eu mexo o olho esquerdo para a 
esquerda, o olho direito tem que ir para a 
esquerda também, e com isso eu tenho que 
estimular o músculo reto medial do olho 
direito, que é inervado pelo oculomotor 
(3°par), que está no mesencéfalo, e o 
núcleodo 6° precisa estimular o reto medial 
no complexo do oculomotor. Estimula o 
sistema vestibular direito, meus olhos vão 
para a esquerda. 
Movimento da cabeça para a esquerda, 
estimulo o sistema vestibular direito, que 
estimula o 6° par esquerdo, e abducente 
estimula o subnúcleo do reto medial direito, 
o 3°par direito. 
 
Temos a aceleração linear, quem recebe a 
informação é o sáculo e o utrículo. A 
 
 á -
aceleração angular são os canais 
semicirculares. 
Tenho informação do sáculo, utrículo e 
canais semicirculares, que mandam 
informação para os núcleos vestibulares, 
que vão até o tronco. 
Mas os núcleos vestibulares também fazem 
conexão com o cerebelo, que é chamado 
vestibulocerebelo que faz conexão com os 
núcleos vestibulares. 
O cerebelo ajuda com que o movimento dos 
olhos e da cabeça seja perfeito, seja um 
movimento harmônico. 
Também existe conexões com a medula 
espinal, se minha cabeça mexe para a 
direita eu faço força nas pernas para a 
esquerda para não cair, são músculos 
antigravitacionais com maior tônus, mais 
ativados. É o sistema vestibuloespinal que 
auxilia o corticoespinal na hora de realizar 
movimentos, principalmente da 
musculatura extensoras. 
No tronco encefálico, vamos ter conexão 
com os 3° e 6° nervos no reflexo 
oculocefálico, mas também há conexão com 
4° (parte mais complexa). 
E também há conexão com o tálamo, que é 
para eu entender o que está acontecendo, 
do tálamo vai até o córtex para 
interpretação. 
São 4 alvos do sistema vestibular (tronco, 
tálamo, cerebelo, medula espinal). 
 
Ativei a informação vestibular, vai até o 
gânglio vestibular, até os núcleos 
vestibulares, se eu quiser mexer os olhos, 
sai do núcleo vestibular, vai até a ponte 
(núcleo do 6°) do núcleo do 6° ativa o núcleo 
do terceiro 3°. 
Temos: núcleo vestibular -> tálamo -> 
córtex. 
Núcleo vestibular -> medula espinal 
Núcleo vestibular -> cerebelo 
Núcleo vestibular -> núcleos da motricidade 
visual extrínseca. 
Para eu mexer os olhos na vertical, eu ativo 
o núcleo do 4° (obliquo superior) e do 3° 
(resto). Quem ativa primeiro é o 4°, o 4° tem 
uma eferência até o núcleo do 3°, e ativa o 
núcleo do 3°. 
O movimento horizontal, que é o reflexo 
oculocefálico, é a ativação do núcleo do 
terceiro e sexto (3° e 6°). 
 
Temos um fluxo de endolinfa em direção a 
cúpula dos canais semicirculares. 
É um fluxo excitatório para os canis 
horizontais. E inibitório para os canais 
anterior e posterior (sensíveis a rotação 
vertical). 
O canal opera aos pares. 
Quando eu mexo para a esquerda eu 
estimulo o canal horizontal esquerdo e inibo 
o canal horizontal direito. 
E quando eu estimulo o canal anterior do 
lado esquerdo, eu inibo o anterior direito, e 
estimulo o posterior direito. 
O canal semicircular horizontal: estimula o 
movimento dos olhos pelos músculos reto 
medial e o reto lateral. 
É um movimento que causa um padrão de 
estimulação complexo, pode ser que em um 
movimento eu tenha a estimulação do 
utrículo, do sáculo e dos canais 
semicirculares. 
O reflexo vestíbulocular ou oculocefálico: a 
informação estimula o 8° nervo craniano, eu 
vou até os núcleos vestibulares (tronco 
encefálico), e ou até os centros superiores. 
Serve como compensação do movimento 
da cabeça para deixar a imagem na retina 
estável. 
O reflexo vestibuloespinal: faz a 
compensação do sistema esquelético pelo 
movimento da cabeça, promove equilíbrio. 
Existe um reflexo rotacional, que compensa 
a rotação da cabeça, e tem uma fase lenta 
(involuntária), que é a rotação 
compensatória do olho, e a fase rápida 
(voluntária) é procurar um novo ponto de 
fixação quando esgota o limite de 
amplitude no movimento do olho. 
 
 á -
Nistagma é a rotação prolongada, quando 
roda a cabeça para a direita estimula o canal 
semicircular direito e inibe o esquerdo, 
então meus olhos vão virar para a esquerda. 
Mas as vezes mexe demais, e eu preciso 
fazer uma correção rápida, que é chamada 
de nistagma. 
Existe situações de nistagma patológico, a 
fase lenta vai ocorrer excessivamente, e a 
pessoa corrige. É uma fase lenta (reflexo) 
involuntária patológica e tinha correção 
voluntária rápida, mas então a fase lenta 
acontecia de novo e ela tinha que ficar 
corrigindo. Fase rápida é correção 
voluntária. 
Mexi a cabeça para a esquerda, e os olhos 
vão virar no sentido contrário. 
Existem reflexos chamados reflexos 
otolíticos. 
Que pode ser o translacional, que são 
movimentos laterais na cabeça a imagem 
do objeto próximo se move pela retina mais 
rapidamente que o objeto distante. Ex: 
estou na estrada, vejo um poste e uma 
vaquinha distante, a vaquinha parece que 
se movimenta devagar, o poste parece que 
se movimenta muito rápido. Para focalizar o 
que está próximo realiza um movimento 
ocular rápido. Para focalizar o que está 
distante eu realizo um movimento mais 
lento. 
E tem o reflexo de contrarrotação, quando 
eu inclino a cabeça para um lado, eu realizo 
ciclotorção, ou seja, meus olhos vão para o 
outro lado. O movimento de aproximar os 
olhos do nariz chama-se introção (oblíquo 
superior 4° nervo craniano) e o de afastar os 
olhos do nariz é chamado de extorsão 
(obliquo inferior 3° nervo craniano) e 
devem atuar ao mesmo tempo. 
 
é
O nistagmo optocinético serve para um 
alvo grande, que ocupa o campo visual 
inteiro. Serve para perceber uma mudança 
brusca do movimento, é bem incontrolável. 
Serve para identificar cegueira psicológica, 
involuntária. Se eu tenho uma cegueira 
verdadeira eu não tenho nistagma 
optocinético. 
Tenho o segmento lento para alvos 
pequenos, é quando ficamos olhando 
fixamente para algo, que o segmento lento 
que vai fazer olhar. 
Quando eu estou com a cabeça em repouso, 
eu vou ter uma descarga tônica e igual em 
ambos os lados. 
Podemos ter uma rotação lateral da 
cabeça, excitação do canal semicircular 
horizontal ipsilateral e inibição do canal 
semicircular horizontal contralateral. 
Vai até o gânglio do escarpa, que vai para o 
bulbo, nos 4 núcleos. 
 
Situação: 
Mexi a cabeça para a esquerda, ativei o 
sistema vestibular da esquerda (ipsilateral). 
Vai até o núcleo do sexto contralateral 
(direita), que vai ativar o músculo reto 
lateral que mexe o olho para a direita. O 
núcleo do sexto ativa o núcleo do terceiro, 
que inerva o reto medial, que trás o olho 
para a direita perto do nariz. 
Mexi a cabeça para a direita, vou ativar o 
sistema vestibular direito, vou até o núcleo 
do 6° contralateral, ou seja, na esquerda, 
que vai ativar o músculo reto lateral que vai 
trazer o olho para a esquerda, que vai ativar 
o 3°par, que inerva o músculo reto medial, 
que também trás o olho para a esquerda 
próximo do nariz. 
Eu estimulo o núcleo de um lado, os olhos 
desviam para o outro lado. 
 
 
 
Disfunção vestibular unilateral 
Só um lado não está funcionando. Realizo 
rotação da cabeça, quando o cinocílio é 
estimulado por último despolarização, 
quando o cinocílio é estimulado primeiro 
hiperpolarização. 
Doença do labirinto ou do nervo 
vestibular: lesionei o lado direito, o lado 
esquerdo continua funcionando, mesmo 
em repouso o lado que está funcionando vai 
ser um pouco ativado. Só que eu tento fazer 
ele não desviar, e ele vai para a esquerda, 
mas volta para a direita novamente, e fica 
esse vai e volta, esse vai e volta vai permitir 
a sensação de vertigem, a visão das coisas 
rodando (oscilopsia). Vertigem é a sensação 
 
 á -
das coisas rodando, oscilopsia são as coisas 
rodando com os olhos abertos. 
Fase lenta: para o sentido oposto ao lado 
intacto (no lado da lesão), o movimento é 
do lado da lesão. 
Fase rápida: é o nistagma no sentido do 
lado saudável. O nistagma bate para o lado 
saudável, isso quando tem uma lesão. 
 
Disfunção vestibular esquerda: 
Os olhos vão para a esquerda, no sentido 
contralateral. 
Fase lenta: sentido oposto do lado intacto. 
Fase rápida: é para a direita, o nistagmo vai 
bater para a direita. 
 
Existe o nistagmo fisiológico que estabiliza 
os olhos. 
O nistagmopatológico permite a sensação 
rotatória visual. (oscilopsia). Várias vezes. 
 
Se eu tiver uma lesão neurológica aguda, 
vamos ter vertigem e nistagma, só que 
depois de alguns dias, os órgãos do ouvido 
saudável recebem estímulos para não 
compensar o outro lado. São movimentos 
compensatórios centrais. 
Teste de Halmagyi é virar a cabeça muito 
rápido de uma vez só. 
 
Lesão vestibular bilateral 
Antibiótico gentamicina: lesa nervo. 
Não vai ter nistagmo. 
Quando estou em repouso com a cabeça 
estabilizada não tem nenhum sintoma. 
Quando eu mexo a cabeça e ler alguma 
coisa fixa, porque eu não tenho os reflexos 
funcionando. 
 
Vertigem posicional paroxística benigna 
 
Os otólitos estão presos na membrana 
otolítica. Eles podem se soltar, a endolinfa 
que circula, vai levar o otólito que vai 
nadando na endolinfa e cai no canal 
semicircular (que não tem otólito). Se eu 
tenho um cristal dentro do canal 
semicircular, a endolinfa vai girar por mais 
tempo, por inércia. O líquido mexe por mais 
tempo, eu mexo a cabeça para um lado, os 
olhos vão para o sentido contrário, mas o 
líquido continua estimulando o sistema 
vestibular. É um hiperestímulo, não é lesão, 
ou seja, eu vou ter um lado hiperestimulado 
e um normal. 
Eu mexi o lado direito da cabeça e 
hiperestimulei o sistema vestibular direito e 
o olho foi para a esquerda, e o olho vai 
muito para a esquerda (fase lenta), eu 
voluntariamente corrijo para a direita (fase 
rápida). Mas então como meu labirinto esta 
hiperestimulado ele continua colocando 
meu olho para a esquerda, e eu vou corrigir 
para a direita novamente. 
Isso dura cerca de 45 segundos e passa, a 
pessoa acha que vai cair, fala que está tudo 
rodando e vomita. 
O canal semicircular horizontal é o mais 
comum da VPPB, eu tenho que examinar a 
pessoa com a cabeça deitada e um pouco 
para trás, vou virar a cabeça para os lados, 
chama manobra de Dix-Halpike. 
Faço vários movimentos na cabeça com a 
pessoa deitada, para tirar os otólitos do 
canal semicircular, é a cura com as mãos, é 
a manobra de Epley, colocar o otólito fora 
do canal semicircular, ele pode ficar em 
outros lugares só não pode ficar no canal 
semicircular. 
É uma situação muito comum após lesões 
de crânio. 
Paroxística significa que vem do nada, 
começa abruptamente. Posicional porque 
depende da posição da cabeça, benigna 
porque não é uma lesão grave.

Continue navegando