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Transcrição_ Neurofisiologia Motora I

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Transcrição: Neurofisiologia Motora I - Parte 2
Nicolle Souza
Neurofisiologia Motora I
(Parte 2)
Aqui, uma parte muito importante que são os núcleos do tronco cerebral que controlam os músculos antigravitacionais. Então nós temos os núcleos reticulares pontinos (são sempre excitatórios para os músculos antigravitacionais - sempre promovem a contração) e temos os núcleos reticulares bulbares (são sempre inibitórios, então o nosso grau de manutenção da postura antigravitacional, de ficar de pé, ficar sentado, ficar mais equilibrado na cadeira ou de pé, ou seja, qualquer outro movimento que exija contração muscular contra a gravidade vai ser uma completa interação entre núcleos reticulares pontinos excitando e núcleos reticulares bulbares inibindo. Os núcleos vestibulares vai ter relação com o equilíbrio, eles vão exercer seu controle sobre os músculos antigravitacionais de acordo com estímulos dos núcleos reticulares pontinos ou núcleos reticulares bulbares, então imagina se eu to caindo pra trás, o que ocorre? Vai ocorrer estímulos para que os núcleos reticulares pontinos contraírem os músculos da frente para que eu volte para o meu centro de gravidade. Dessa forma, a partir da interação desses núcleos é possível que eu me mantenha equilibrado, todos os núcleos do tronco cerebral. Então existe, portanto, trato sreticulomedular, resticuloespinal, vestibuloespinal, que vão justamente estimular neurônios motores anteriores medulares que inervam a musculatura axial (ombro, quadril, tronco e pescoço). 
Então existe sempre esse antagonismo excitatório-inibitório entre os núcleos reticulares pontinos e bulbares, então esse papel dessa interação desse controle é que vai determinar a minha postura antigravitacional. Então veja, os neurônios anteriores mais mediais, do corno anterior da medula, é que inerva a musculatura axial. O trato reticuloespinal pontino (são da substância branca do funículo anterior) é o excitatório e o trato reticuloespinal bulbar é o inibitório (substância branca do funículo lateral). Então a linha pontilhada é a inibição desses neurônios e o pontino excita a contração desses neurônios dessa porção mais medial da substância cinzenta do corno anterior que são os neurônios que inervam o esqueleto axial, já os neurônios mais laterais estão mais relacionados com os membros superiores e inferiores.
	Há esse sinal muito forte de sinais excitatórios e inibitórios para a musculatura antigravitacional e esses sinais, por sua vez, são amplamente influenciados/”controlados” /modulados pelos núcleos vestibulares que tem haver com o equilíbrio.
Então esse sistema vestibular é o que vai determinar qual a musculatura do meu tronco que tem que contrair para que eu me mantenha em equilíbrio que acordo com o estado do sistema vestibular. Esse sistema vestibular é composto pelo labirinto membranoso dentro do labirinto ósseo.
Vão ter esses 3 canais semicirculares, cada um em um ângulo de 90° entre um e outro. Então teremos as 3 dimensões representados por esses canais semicirculares. O ducto coclear é mais ligado a audição e os canais semicirculares são mais voltados para o equilíbrio. E como funciona isso? Esses canais semicirculares eles vão ter umas áreas mais dilatadas, que são chamadas de ampolas, elas estão entre o utrículo e o sáculo. Então essas estruturas vermelhinhas são as partes sensitivas das ampolas e do trículo do sacro e nessa parte sensitiva é onde vai estar as células que têm cílios, neles existem uma substância gelatinosa e existem as estatocônias, que é como se fosse cristais de cálcio que tem peso, tem uma gravidade específica, que a medida que a gente gira a cabeça, o líquido que está presente dentro da substância gelatinosa vai para o lado oposto do movimento, a inércia do líquido vai para o lado oposto do movimento e, portanto, esses cílios eles vão ser deslocados para um lado ou para o outro de acordo com o líquido e não com o movimento do labirinto ósseo.
 Então veja, essa é uma célula ciliar, na membrana apical ela tem esses cílios (rosinha claro), eles são crescentes de um lado para outro das células, tem até 50 cílios e em uma das extremidades vai existir um cílio mais grosso, o cinocílio. Todos esses cílios são ligados por pequenos filamentos proteicos, então quando um mexe, puxa todos os outros. Existem pequenos poros ligados a base dos cílios na membrana da célula, poros/canais, então quando eles são dobrados/inclinados em relação ao cinocílio, abre esses canais iônicos, canais de cátion, íons positivos, provavelmente sódio. E o que acontece quando os canais de sódio abrem? Vai ocorrer a despolarização e, portanto, se ela despolariza, ela vai transmitir, provavelmente, o neurotransmissor glutamato, esse glutamato liberado por essas células ciliada vai estimular a célula nervosa, que o neurônio alí se junta com todos os outros das outras células ciliares, e assim, se forma o nervo vestibulococlear. Agora se o movimento for na outra direção, ou seja, os cílios forem inclinados na direção oposta a do cinocílio então os canais vão ser fechados e a célula vai hiperpolarizar, isso também vai ser entendido como um sinal. Então o sinal é sempre duplo, quando a célula é despolarizada é um sinal e quando a célula é hiperpolarizada também é um sinal e ai existe um cinocílio desse voltado para todas as dimensões de um giro de 360°, em cada ampola do sáculo e do utrículo, portanto, não importa pra qual direção minha cabeça vai girar, vai ter sempre algum grupo de células ciliada, alguns cílios para o movimento daquela direção que minha cabeça girou. Assim todo o estímulo vai ser transmitido para o encéfalo, através da fibra nervosa do nervo vestibulococlear.
Só repetindo que o utrículo e sáculo são a área sensorial com 2 mm de diâmetro, que é onde fica a parte gelatinosa com as estatocônias, que é aquele cristal de cálcio, que tem uma gravidade específica, pra que quando o líquido for para um lado ela conseguir puxar os cílios para o outro lado. E essas células ciliadas tem na superfície apical aqueles cílios e em uma extremidade um cílio mais grosso e maior, o cinocílio, quando os cílios são inclinados em direção do cinocílio despolariza a célula, quando inclina na direção oposta do cinocílio hiperpolariza a célula e cada célula é ligada ao neurônio vestibular.
Com o líquido passando nesses canais é que eu vou ter a orientação que meu cérebro vai ser indicado se eu to olhando pra um lado, pro outro lado, se eu tô girando a cabeça de acordo com a movimentação desse líquido nos canais semicirculares, lembrando que existe 1 para cada lado, tridimensional. 
Aqui um gráfico que mostra justamente essa função. Aqui um animal foi colocado para rodar, ficou rodando durante todo esse tempo. E veja no início da rotação houve uma salva de potenciais de ação, era 100 o basal, aí quando tem o início da rotação vai para 400, aumenta 4x o número de potenciais de ação. Eles caem com o passar do tempo, porque? Por que agora que eu continuo girando o líquido lá no canal semicircular está rodando na mesma velocidade que o animal está sendo rodando e quando eu paro a rotação os canais semicirculares que são ósseos pararam, mas o líquido continuou em movimento. Houve a hiperpolarização e zerou a quantidade de potenciais de ação, só voltou depois de algum tempo, 10 segundos, para aquela quantidade normal de 100 potenciais de ação. Então veja, tanto eu tenho o sinal do aumento da frequência de potenciais de ação como eu tenho o sinal da diminuição da frequência dos potenciais de ação. E o encéfalo vai entender que esse é um movimento, tanto no aumento da frequência, como na diminuição da frequência.
Então esses canais semicirculares ajudam a predizer qual o próximo passo de um possível desequilíbrio. 
EX: imaginem que eu to correndo e tem uma marca no chão que exatamente naquela marca eu tenho que virar para a direita e continuar correndo. Então no momento que eu começo a virar, o líquido e os canais semicirculares eles já mandam sinais para o córtex, para os núcleos vestibulares do tronco cerebral e o troncocerebral já manda sinais para os núcleos reticulares pontinos, por que eu preciso me antecipar da provável perda de equilíbrio por eu tá mudando de direção. Então já começa a acontecer a correção antecipatória para que eu não caia desequilibrado se eu mudar de direção. 
	Então se houver lesão desses canais vai ter uma perda muito grande do equilíbrio, por que não vai ser possível prever antecipadamente qual o provável desequilíbrio que vai ocorrer para um lado ou para outro.
Essas conexões neuronais do sistema vestibular com o sistema nervoso central são muito complexas. Então vejam, chega os sinais no nervo vestibular, que vem lá do labirinto ósseo chega no núcleo vestibular pontino vai pro núcleo rubro, substância reticular pontina, substância reticular bulbar, núcleo fastigial… Dessa interação decorre que eu tenho o trato vestibuloespinal, trato reticuloespinal, trato rubroespinal e esses tratos que vão para medula são justamente para inervar neurônios motores anteriores, que vão corrigir/contrair os músculos antigravitacionais para que eu mantenha o equilíbrio

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