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Isolamento absoluto docx

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Aula 03 Isolamento absoluto
- recurso intrabucal que pode isolar um
ou mais dentes, com o objetivo de conter
saliva, sangue e fluidos orais. É utilizado
na dentística e na endo (obrigatório na
endo)
Vantagens:
- diminui a fadiga e otimiza o
desempenho do profissional, melhora
também a visualização.
- mantém o campo de trabalho asséptico
- reduz a contaminação adicional (caso
de lesões emergentes)
- auxilia no atendimento pediátrico
- auxilia o controle de infecções
- evita a ingestão acidental de
instrumentos
- impede o contato da mucosa com
substâncias químicas
- afastamento da língua e da bochecha
Desvantagens:
- pacientes respiradores bucais: utilizar
arco dobrável
- alérgicos ao látex: utilizar luva sem látex
para isolar
- rejeição psicológica: conversa com o
paciente
- possível dano a gengiva causando dor
no pós operatório: possibilidade de isolar
sem grampo
Cuidados em relação ao isolamento:
- estética: isolamento de dentes
anteriores, para evitar alguma
dilaceração evitar o uso de grampos para
não comprometer a estética
- reabsorção cervical externa: nos dentes
anteriores há um “GAP” onde o grampo
toca, na JCE, fazendo com que ele toque
apenas na dentina podendo traumatizar
a região, causando uma reabsorção
cervical externa.
Instrumentos:
1) Lençol de borracha:
- látex natural
- fino e liso,
- tamanho 15x15 ou 13x13
- espessura variada e adaptação
- cores e aromas diversos
- cores mais escuras oferecem
maior contraste
2) Perfurador de Ainsworth:
- perfura o dique para que os
dentes possam ultrapassar a
borracha
- possui uma plataforma giratória
com diversos furos, com
tamanhos variados contendo uma
pequena lança perfuradora.
- não estereliza
3) Arco ou porta-lençol:
- deve manter o dique de borracha
esticado e armado, confere
estabilidade
- tipo: arco de Young metálico ou
plástico, arco dobrável, arco de
Ostby
- nunca usar metálico
4) Grampos:
- função: manter o dique de
borracha em posição estável
junto aos dentes
- partes:
a) Asas:
- projeções laterais e anteriores
presente em alguns grampos
- localizam-se junto as garras e tem
função de prender o dique
durante sua inserção na cavidade
bucal
b) Alças:
- presentes em todos os grampos
- alguns possuem duas alças
- tem a função de impedir que o
dique escape do dente
- responsável pela “memória
elástica" do grampo - efeito do
grampo de voltar à posição
original
c) Garras:
- presente em todos os grampos
- tem a funçao de “agarrar” o
grampo ao dente e ajudar a
impedir que o dique escape do
dente
Escolha do grampo:
- deve levar em consideração:
- formato do dente
- dimensões do dente
- grau de erupção do dente
- posição do dente e dentes
vizinhos
- tipo de cavidade e acesso
Tipos de grampos:
- divididos conforme presença ou
ausência de asas
- 200 a 209: possuem uma alça;
210 e 211 possuem duas alças
I) 200 a 205: molares
II) 206 a 209: pré-molares e caninos
III) 210 e 211: anteriores
* Molares especiais: W8A, 12A e 14
Obs: Amarrilhos:
- podem substituir o grampo no
isolamento absoluto
- valor alto e descartável
- pode ser substituído pelo
afastador ortodôntico
Obs2: Grampos invisíveis
- não aparecem na radiografia
- descartáveis
- autoclavável
- evita retrabalho
- gera ergonomia
- sem bordas cortantes
- anatômico
- resistente
5) Pinça porta-grampo
- função de levar o grampo ao
dente
- partes constituintes: cabo,
intermediário e garras
6) Amarrias:
- tem a função complementar de
manter o dique de borracha junto
ao colo do dente
- no momento de sua colocação, faz
a inversão da borracha para o
interior do sulco gengival
- são confeccionadas com fio
dental, formando um laço em
torno do dente
Passo a passo: dobrar o fio dental em
dois, faz o nó no meio, passa um nó por
dentro do outro e ajusta.
Técnicas de colocação do isolamento absoluto:
1) experimenta o grampo para ver
se cabe no dente
2) coloca o lençol acoplado no arco,
faz a demarcação e no furinho
acopla o grampo
3) leva na boca do paciente o
conjunto completo
4) pega a cureta e coloca o lençol
por baixo do grampo
5) passa o fio dental entre as laterais
do dente
6) completa com cola super bonder
Obs: colocar o lençol de borracha preso
novamente, criando uma espécie de
casinha para cair o hipoclorito de sódio
1) coloca primeiro o grampo
2) depois leva arco+lençol a boca do
paciente
3) passa o orifício do conjunto pelo
grampo
4) passa fio dental nas laterais
Obs: mais fácil para dentes sem asa, caso
seja necessário passar vaselina no furo
para deslizar mais fácil
1) coloca-se primeiro o lençol, com o
arco já acoplado e segura
2) com a outra mão, traz o grampo
com a pinça palmer e coloca no
dente
Situações atípicas:
isolamento em fenda ou em bloco:
- quando há situações de restos
radiculares
- colocar grampos há distância e
vedar com top dam
Obs: pode cortar um pedaço do lençol e
colocar para estabilizar o lençol ao invés
do grampo em um dos lados
Obs: dente com resto radicular: três
furos juntos no lençol. Acopla nos dois
dentes vizinhos, passa o fio dental nas
laterais dos vizinhos, coloca pedaço do
lençol para estabilizar e completa com
resina top dam
isolamento em paciente com aparelho:
- mesma técnica, vedando o espaço
que restou com top dam (barreira
gengival) ou resina flow
Obs: pode misturar resina normal +
sistema adesivo, caso não tenha top dam
Aplicação da barreira gengival:
- secar a região antes
- aplicar o top dam
- fotopolimerizar
Observações do lençol de borracha:
- não é esterilizável
- desinfecção deve ser feita com
uma gaze embebida com
hipoclorito de sódio a 2,5%
- descontaminação progressiva, se
tiver sujo no meio do
procedimento limpa novamente
Aula 04- Tratamento de dentes com
rizogênese incompleta
Introdução
- para que o tratamento endodôntico
tenha sucesso é necessário que o
diagnóstico seja feito de maneira correta,
para cada diagnóstico/condição o manejo
clínico será diferente
- conhecimento da anatomia, para que
todos os canais sejam feitos de maneira
adequada.
- saber os protocolos de instrumentação
é de extrema importância, não adianta
ter todos os recursos se não sabe usá-la
Rizogênese:
Definição:
- processo de formação da raiz,
bastante complexo, formado por
uma série de fenômenos que se
inicia com a formação do osso
alveolar e das fibras de Sharpey e
termina com a união do epitélio,
como mostra a imagem
Obs: a depender do estágio de
desenvolvimento em que esse trauma/
cárie atingiu a raiz, o tratamento muda.
Um tratamento de uma raiz que tá quase
formada é diferente de um em que a raiz
está começando a se formar.
Etapas:
- Formação do osso alveolar e das fibras
de Sharpey
- Formação do ligamento periodontal
- desenvolvimento da matriz organica e
inorganica do cemento
- surgimento dos restos epiteliais de
Malassez
- diferenciação das células
ectomesenquimais em odontoblastos
para formação da dentina radicular
- formação do diafragma epitelial e da
bainha epitelial de Hertwing
- união do epitélio interno e externo
Etiologia:
- cárie
- traumatismos
- restaurações inadequadas (o ataque
ácido, inflama a polpa)
Polpa viva X polpa necrosada:
Polpa viva:
- em casos de polpa viva, manter aquela
polpa para a raiz terminar de se formar
(pulpotomia)
Polpa necrosada:
- em casos de polpa necrosada, sanificar
todo aquele canal, dando condições para
que aquele tecido se repare e em seguida,
criar um mecanismo que dê condições
para que aquele material restaurador
fique no canal
OBS: todo tratamento com rizogênese
incompleta visa permitir condições
técnicas para a obturação
Tratamento:
1) polpa viva: apicigênese (dar
condições para que a raiz se
forme)
2) polpa necrosada: apicificação
(manobras para "construir o
ápice, construir uma barreira
calcificada para que o cimento
obturador fique alojado) e
revascularização/revitalização
(devolver a vitalidade do dente
com células semelhantes a
odontoblastos que vão se
encarregar de formar aquela raiz)
Conhecimento:
- área e técnicas de trabalho para
intervenção
- análise radiográfica
- estado patológicoda polpa
- estabelecimento de um diagnóstico e
tratamento adequado
OBS: em algumas situações a polpa pode
sofrer a revascularização adequada de
maneira espontânea, mas não podemos
contar com isso)
Decisão de tratamento:
- diagnóstico de vitalidade
- estágio de formação da raiz
- grau de colaboração da criança
- possibilidade restauradora
- materiais disponíveis + destreza
profissional
Dificuldades:
- amplitude das raízes
- paredes delgadas
- formato da raiz (divergente)
- falta de batente apical
- fidelidade dos testes de vitalidade
pulpar (pacientes infantis)
Tratamentos em polpa viva
Apicigênese:
- tratamento conservador que visa evitar
intervenções no canal radicular (procura
manter a polpa radicular viva,
removendo somente a polpa inflamada
da coroa, para que a raiz termine sua
formação)
- muito realizado em paciente infantis
- visa evitar intervenções na polpa
radicular
- se a polpa radicular for mantida, a raiz
formada será mais organizada e bem
estruturada
- mantém o comprimento radicular e
permite o fechamento natural do ápice
(para a formação do batente apical)
- pode ser feita com polpa viva ou com
remanescentes pulpares vivos no ápice
(muito difícil de se executar pois o
paciente sente dor)
Pulpotomia:
- tratamento conservador, sendo seu
objetivo a remoção total da polpa
coronária via, sã ou inflamada,
mantendo-se a porção radicular vital,
pois esta que vai atuar na
complementação apical
Características clínicas favoráveis a
pulpotomia:
- hemorragia abundante, quando
remover a porção coronária
- sangue com uma coloração
vermelho-rutilante
- tecido pulpar (remanescente
pulpar) com consistência firme e
coloração rosa- avermelhada
Pulpotomía com hidróxido de calcio:
- defendido em virtude do seu potencial
reparador, com formação de ponte
dentinária pela formação de dentina e
cemento
- causa necrose de coagulação
superficial- não suficiente para causar
danos a essa polpa radicular como um
todo , com ligeira irritação da polpa
adjacente
- promove ação extremamente local
(citotoxicidade baixa)
- material biocompatível
- não causa alteração de cor
- propriedades antibacterianas
- atividade anti-inflamatória
- custo acessível
Técnica:
1) profilaxia, anestesia e isolamento
absoluto (sanificação da cavidade
pulpar)
2) remoção do tecido cariado e do
teto da câmara pulpar
3) remoção da polpa coronária (com
cureta de dentina)
4) irrigação com soro fisiológico +
algodão para hemostasia
5) colocação de otosporin: 1 sessão:
5 a 10 minutos, 2 sessões: 48-72
horas (na unifacisa: 48-72 horas)
6) colocação de uma pasta de HCA
puro ou PA
7) cimento de HCA
8) restauração final com CIV (para
crianças: que tenha carga- boa
resistência mecânica)
Pulpotomia com MTA:
- possui presa tardia (3-4 horas) e PH
variando de 10,2 até 12,5 (alta atividade
antimicrobiana)
- estimula a neoformação dentinária, com
atividade antibacteriana satisfatória
- defendido em virtude da sua
biocompatibilidade, bioestimulação,
capacidade seladora, possibilidade de
utilização em meios úmidos (vantagem
enorme), sendo essa uma vantagem
sobre pastas e cimentos à base de
hidróxido de cálcio, além de boa
adaptação marginal e radiopacidade.
- não tem potencial carcinogênico
- custo elevado (muito, sendo a logística
do hidróxido de cálcio bem melhor)
OBS: alguns profissionais (controverso)
preconizam a realização do tratamento
endodôntico convencional após
constatada a complementação da
rizogênese de um dente submetido a
pulpotomia. Na clínica, se a raiz se
formou, não há fístula, dor, sensibilidade:
não mexe mais.
Tecido pulpar vivo no segmento
apical:
É dividido em:
1) técnica mediata
2) técnica imediata
- algumas correntes defendem que nos
dentes em desenvolvimento em que
ocorre trauma ou processo carioso
antigo, com exposição pulpar, a necrose
da polpa poderá limitar-se as partes
coronária e média do canal radicular,
permanecendo sua porção apical
inflamada, porém com vitalidade.
- A maior dificuldade está em delimitar
isso clinicamente, ou seja até onde retirar
a polpa, por isso não se pode anestesiar e
o paciente acaba sentindo dor.
OBS: comunicar antes ao paciente e
familiares, PLANEJAR. “tudo que você fala
antes do procedimento é planejamento,
tudo que você fala depois é desculpa”
- procura-se preservar o remanescente
do tecido apical com vitalidade e,
principalmente, a bainha epitelial de
Herting, com objetivo de se alcançar o
desenvolvimento radicular
- sendo os elementos de diagnóstico
imprecisos, não se deve anestesiar o
paciente de imediato, até que
clinicamente se possa ter certeza da
presença do tecido pulpar vivo. Assim
procedendo, evita-se danificar este tecido
ou mesmo retirá-lo da região apical, o
que prejudicaria o desenvolvimento
radicular.
1) Técnica mediata:
- antissepsia da cavidade oral e preparo
do dente
- isolamento absoluto e antissepsia do
campo operatório
- abertura coronária e neutralização do
conteúdo (PQM convencional)
- exploração do canal radicular e
odontometria (delimitando até onde a
polpa está viva)
- anestesia
- preparo químico mecânico (até o ponto
que não há sensibilidade, está necrosado)
- colocação e renovação da pasta de
hidróxido de cálcio (tem vários tipos no
mercado, podendo ser aquoso- rápida
absorção, necessita de tempo menor
entre as consultas; ou oleoso- absorção
mais lenta, podendo demorar mais entre
uma consulta e outra. Aplicar e renovar
até visualizar que a raiz está se
formando)
- selamento (ionômero de vidro)
- controle (radiográfico, realizado nas
consultas de troca de medicamento que
precisa fazer)
Técnica mediata- pasta de hidróxido de
cálcio:
- tem como objetivo causar uma zona de
desnaturação proteica superficial no
tecido em contato com ele, o que é
caracterizado por uma necrose de
coagulação, com espessura variável entre
0,3 e 0,7 mm. Esse efeito parece ser
responsável pela indução do reparo por
deposição de tecido calcificado (na
pulpotomia forma uma ponte de dentina
entre a câmara pulpar e a raiz, nessa
técnica ao invés dessa ponte de dentina
se formar na entrada da câmara pulpar,
ela se forma na transição entre o que
estava necrosado e o que está vital), além
de limitar a invaginação de tecido
remanescente apical para o interior do
canal radicular, a operação de
preenchimento é acompanhada com
auxílio de exame radiográfico.
OBS: se na radiografia identificar essa
linha bem tênue, essa ponte entre as
paredes internas da raiz, significa que
essa ponte já se formou.
- a lima não vai adentrar o canal todo,
sanifica somente até a região de interesse
e coloca a medicação. Nesse
remanescente, o ápice vai se formar
E se não der certo? Se o ápice não se
formar?
- não ocorrendo a complementação
apical, devemos repetir a técnica descrita.
Sendo possível, durante novo PQM,
remover restos necróticos teciduais. OU
partir para revascularização.
- completada a formação apical,
procedemos à remoção da pasta do
interior do canal radicular até o limite da
barreira de tecido duro e realiza-se,
dentro da sequência de técnica, a
obturação do canal (nesse trecho que foi
preenchido com a pasta)
OBS: quando passa muito tempo com a
pasta, pode trazer danos a estrutura da
raiz
Ponte na parede interna das raízes
2) Técnica imediata:
- nesta técnica, imediatamente após o
preparo do canal radicular, ou após o uso
de um curativo intracanal (hidróxido de
cálcio), procedemos à obturação,
aproximadamente 2 mm aquém (antes)
do comprimento de trabalho
- o material permanente utilizado no
segmento apical do canal radicular
(tampão apical) pode ser uma pasta à
base de hidróxido de cálcio ou o MTA.
Esse tampão apical, além de servir como
barreira mecânica, estimula o
fechamento apical.
OBS: recomenda-se que nessa técnica
(imediata) utilize o MTA, você vai
construir uma barreira. Já na mediata
que você vai trocando trocando até a
formação da raiz, utiliza o hidróxido de
cálcio.
- técnica indicada nos casos em que o
segmento apical apresenta paredes
paralelas ou ligeiramente convergentes
- RECOMENDAÇÃO: o professor nao gostadessa técnica imediata, se ele opta por
construir uma barreira apical, ele já
considera que o dente está necrosado. Só
traz a título de curiosidade. Não é muito
utilizada clinicamente, pois não há muita
previsibilidade, o prognóstico é um
pouco menor então não recomenda.
FORMAS DE ZONA APICAL APÓS A
COMPLEMENTAÇÃO OU O FECHAMENTO
DO ÁPICE:
1) Polpa viva
- pode se manifestar clinicamente como
a) vai fechar tanto no ápice quanto
na barreira da ponte de dentina
b) somente na ponte de dentina
mesmo
c) até o remanescente apical
Tratamentos em polpa necrosada:
- dentes com necrose pulpar total
1) Apicificação:
- vai atuar construindo uma barreira para
permitir a obturação, a raiz tanto em
altura quanto largura vai permanecer a
mesma coisa. Se for uma raiz mais frágil
ela vai continuar frágil, tendo maior risco
de fratura
- nos casos de rizogênese incompleta de
dentes com necrose pulpar e infectados,
com ou sem reação perirradicular, a
reparação da raiz (tanto na colocação
dessa barreira, quanto na
revascularização) está na dependência do
combate a infecção (o PQM tem que ser
muito bem realizado
2) Revascularização (revitalização)
- quando executar o procedimento, as
células que vão infiltrar naquele canal,
elas vão se encarregar de induzir a
neoformação daquela raiz.
1) Apicificação
- modalidade de tratamento onde
estimula-se a formação de uma barreira
calcificada no ápice de um dente que
apresenta necrose pulpar e ainda não
teve sua raiz completamente formada
Essa apicificação pode ser feita com:
- hidróxido de cálcio (após sucessivas
trocas vai se formar a barreira, a
diferença é que na necrosada não é no
segmento vivo e sim no ápice mesmo)
- MTA
- biocerâmicos
Hidróxido de cálcio
Técnica:
- Automatização da cavidade oral
(remoção da cárie, remoção da parte
contaminada)
- neutralização do conteúdo séptico
- odontometria
- PQM (não é somente até o segmento
apical- não tem segmento apical- e sim
no dente todo
- Medicação intracanal
- controle radiográfico (identificar a
formação da barreira)
- obtida a calcificação, remoção da
medicação (caso a escolha seja o
hidroxido de calcio)
- obturação
Porque o hidróxido de cálcio é
defendido?
- pó branco, alcalino
- pouco solúvel em água
- suas propriedades derivam de sua
dissociação iônica
- associado a diferentes veículos: inertes
ou ativos (preferimos veículos inertes)
- possui ação biológica, física
- efeito anti-inflamatório na neutralização
de endotoxinas
- induz ao reparo por tecido mineralizado
- essa pasta de hidróxido de cálcio pode
ser associada a um veículo ativo, o mais
comum é o iodofórmio, podendo ser
associado também ao PMCC. Ambos vão
atuar complementando o efeito
anti-microbiano e o veículo vai ser a
glicerina.
- uma pasta de hidróxido de cálcio e
iodofórmio (proporção de 3:1 em
volume) tem como líquido 1 gota de
paramonoclorofenol canforado (PMCC) e
uma de glicerina. A mistura obtida deve
apresentar aspecto homogêneo e
consistência cremosa.
- o hidróxido de cálcio reage com o PMCC
formando o paramonoclofenolato de
cálcio, que é um sal fraco e que libera,
progressivamente, o paramonoclorofenol
e o hidróxido de cálcio. Assim, o PMCC
aumenta o espectro da atividade
antimicrobiana do hidróxido de cálcio.
- a pasta deve ter a consistência de um
creme e preencher todo o canal
radicular. A pasta de hidróxido de cálcio
é renovada 7 dias após a colocação
inicial. Isso permite que o hidróxido de
cálcio entre em contato com um tecido
conjuntivo desenvolvido, que poderá
favorecer o processo de reparo
- a utilização de um veículo oleoso ou
aquoso, não visa aumentar o efeito e sim
fazer com que aquela medicação
permaneça na cavidade. Se for aquoso só
muda que ela vai ser reabsorvida e o
oleoso não, mas perde parte do seu
efeito.
- persistindo a tumefação apical e/ou
exsudato, renovamos o PQM e o
medicamento (esse tipo de medicamento
vai ser utilizado tanto para a formação da
barreira gengival, com sucessivas trocas,
quanto para revascularização. O
medicamento intracanal não é para
formação da barreira e sim para o
controle da infecção.)
- mesmo se você resolver fazer a barreira
com o MTA, antes você coloca o hidróxido
de cálcio para controlar aquela infecção.
Com o MTA barreira se forma mais
rápido, em uma sessão, com o hidróxido
de cálcio tem que esperar sucessivas
trocas até ela se formar.
OBS: sempre ponderar tempo gasto com
remuneração. Na pulpotomia com ambos
materiais você chega no resultado
desejado em sessão única. Já aqui opta-se
pelo MTA, por resolver em 2 sessões,
quando o hidróxido levaria 10 sessões.
Controle radiográfico:
- cada 30 dias por 6 a 18 meses e essa
renovação vai depender de: composição
da pasta, proporção pó/líquido, natureza
do veículo, abertura do forame,
selamento coronário
Obturação:
obs: maior dificuldade: não vai ter cone
de primeira série suficientemente amplo
para adaptar no novo batente apical
- guta percha moldada (aquecer os
cones e juntar formando um cone
mais calibroso)
- cone invertido (parte mais ampla
do cone no ápice e completa o
resto com cones acessórios)
- cone pré fabricado
- termoplastificação
(condensadores de McSpadden)
- condensação lateral (a que
fizemos no laboratório)
- a melhor técnica, frente às alternativas,
é a de ondas alternativas (aquecido corta
e frio condensa, vai construindo mm por
mm)
MTA
- pó cinza ou branco composto de
trióxidos combinados com outras
partículas minerais hidrofílicas e que se
cristalizam na presença de umidade
- apresenta PH alcalino (12,5) depois de
manipulado (o que garante efeito
antimicrobiano)
- possui excelente biocompatibilidade
- possui boa adaptação marginal e
atividade antibacteriana
- deve ser preparado imediatamente
antes da sua manipulação
- possui excelente capacidade seladora e
estabilidade dimensional
- vai ser feito uma pastinha com o
agregado e vai adaptar no ápice e vai
condensando bem direitinho, como seu
tempo de presa é tardio, tem que esperar
esse tempo para então obturar
Biocerâmicos
- material baseado em cálcio e silicato e
tem sido considerada favorável como
material reparador de perfurações e
reabsorções em razão da sua
bioatividade e biocompatibilidade
- quando comparados ao MTA, suas
características são bem semelhantes, só
sendo melhor esteticamente, por se
branco não mancha o dente
- apresenta comportamento bioativo,
funcionando como substituto dentinário
- desvantagem: muito caro, a logística é
muito ruim, muito inacessivel
Tampão apical:
Porque eu vou construir?
- menor número de consultas
- maior previsibilidade quanto a
formação de barreira apical
- favorece a não contaminação do canal
radicular
- restabelecimento rápido da função
mastigatória e estética
- não altera as propriedades físicas da
dentina
Técnica tampão com MTA/
BIOCERAMICO:
- o material será inserido na região apical
com o emprego de instrumentos
especiais (seringas) ou mesmo levado
com auxílio de instrumentos
endodônticos de ponta truncada
(compactadores). O material deve ser
colocado numa extensão de até 3mm e
seu limite apical comprovado por exame
radiográfico
- em casos de forames muito abertos,
para evitar a sobreobturação, é
estimulada a criação de uma barreira
apical de hidróxido ou sulfato de cálcio
junto aos tecidos perirradiculares antes
da colocação do MTA.
Técnica:
- automatização da cavidade oral
- neutralização do conteúdo
séptico
- odontometria
- PQM
- medicação intracanal
- tampão apical com MTA
/bioceramico
- obturação
2) Revascularização
- conjunto de procedimentos de base
biológica destinado a substituir
fisiologicamente estruturas dentárias
danificadas, incluindo dentina e
estruturas radiculares, assim como
células do complexo dentino pulpar
- mecanismo de formação da raiz não
completamente elucidado (não se sabe
exatamente as células responsáveis por
isso)
Para que aconteça são necessários 4
pilares:
- possibilita o desenvolvimento radicular
e a deposição de dentina nas paredes do
canal e no ápice radicular de um dente
necrosado
- a descontaminação do canalé feita de
maneira passiva utilizando soluções
irrigadoras e uma pasta antibiótica ou H.
de cálcio
- não existe ainda um protocolo definido
quanto à técnica da revascularização
pulpar
- a associação americana de endodontia
recomenda que ela permaneça no
interior do canal por um período de 3-4
semanas
- após o tempo da medicação, o
sangramento apical é estimulado para
que o coágulo preencha o dente e o
desenvolvimento radicular aconteça
(cutucar o periodonto 3mm a mais, o
periodonto sangra e esse sangue é
responsável pela formação do coágulo)
Tratamento:
- não há um protocolo padronizado mas
geralmente é realizado em 2 sessões
Medicação intracanal
- pasta tripla antibiótica
(metronidazol + minociclina +
ciprofloxacina)- só quando o H.
de cálcio não resolve.
Desvantagem: mancha o dente.
- hidroxido de calcio (preferível)
Técnica:
primeira sessão:
- automatização da cavidade oral
- neutralização do conteúdo
séptico: descontaminação passiva
com hipoclorito de sódio a 2,5%
- medicação intracanal: pasta tripla
antibiótica ou H. de cálcio +
curativo (cimento de ionômero de
vidro)
segunda sessão: somente em caso de
ausência de sintomatologia, se houver
sintomas repete a primeira
- estímulo do sangramento apical e
formação de coágulo apical
- tampão cervical com MTA +
restaurações com CIV + resina
composta
- preservação por pelo menos 3
meses
FORMAS DA ZONA APICAL APÓS A
COMPLEMENTAÇÃO OU FECHAMENTO
DO ÁPICE:
2) polpa necrosada

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