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Aula 03 Isolamento absoluto - recurso intrabucal que pode isolar um ou mais dentes, com o objetivo de conter saliva, sangue e fluidos orais. É utilizado na dentística e na endo (obrigatório na endo) Vantagens: - diminui a fadiga e otimiza o desempenho do profissional, melhora também a visualização. - mantém o campo de trabalho asséptico - reduz a contaminação adicional (caso de lesões emergentes) - auxilia no atendimento pediátrico - auxilia o controle de infecções - evita a ingestão acidental de instrumentos - impede o contato da mucosa com substâncias químicas - afastamento da língua e da bochecha Desvantagens: - pacientes respiradores bucais: utilizar arco dobrável - alérgicos ao látex: utilizar luva sem látex para isolar - rejeição psicológica: conversa com o paciente - possível dano a gengiva causando dor no pós operatório: possibilidade de isolar sem grampo Cuidados em relação ao isolamento: - estética: isolamento de dentes anteriores, para evitar alguma dilaceração evitar o uso de grampos para não comprometer a estética - reabsorção cervical externa: nos dentes anteriores há um “GAP” onde o grampo toca, na JCE, fazendo com que ele toque apenas na dentina podendo traumatizar a região, causando uma reabsorção cervical externa. Instrumentos: 1) Lençol de borracha: - látex natural - fino e liso, - tamanho 15x15 ou 13x13 - espessura variada e adaptação - cores e aromas diversos - cores mais escuras oferecem maior contraste 2) Perfurador de Ainsworth: - perfura o dique para que os dentes possam ultrapassar a borracha - possui uma plataforma giratória com diversos furos, com tamanhos variados contendo uma pequena lança perfuradora. - não estereliza 3) Arco ou porta-lençol: - deve manter o dique de borracha esticado e armado, confere estabilidade - tipo: arco de Young metálico ou plástico, arco dobrável, arco de Ostby - nunca usar metálico 4) Grampos: - função: manter o dique de borracha em posição estável junto aos dentes - partes: a) Asas: - projeções laterais e anteriores presente em alguns grampos - localizam-se junto as garras e tem função de prender o dique durante sua inserção na cavidade bucal b) Alças: - presentes em todos os grampos - alguns possuem duas alças - tem a função de impedir que o dique escape do dente - responsável pela “memória elástica" do grampo - efeito do grampo de voltar à posição original c) Garras: - presente em todos os grampos - tem a funçao de “agarrar” o grampo ao dente e ajudar a impedir que o dique escape do dente Escolha do grampo: - deve levar em consideração: - formato do dente - dimensões do dente - grau de erupção do dente - posição do dente e dentes vizinhos - tipo de cavidade e acesso Tipos de grampos: - divididos conforme presença ou ausência de asas - 200 a 209: possuem uma alça; 210 e 211 possuem duas alças I) 200 a 205: molares II) 206 a 209: pré-molares e caninos III) 210 e 211: anteriores * Molares especiais: W8A, 12A e 14 Obs: Amarrilhos: - podem substituir o grampo no isolamento absoluto - valor alto e descartável - pode ser substituído pelo afastador ortodôntico Obs2: Grampos invisíveis - não aparecem na radiografia - descartáveis - autoclavável - evita retrabalho - gera ergonomia - sem bordas cortantes - anatômico - resistente 5) Pinça porta-grampo - função de levar o grampo ao dente - partes constituintes: cabo, intermediário e garras 6) Amarrias: - tem a função complementar de manter o dique de borracha junto ao colo do dente - no momento de sua colocação, faz a inversão da borracha para o interior do sulco gengival - são confeccionadas com fio dental, formando um laço em torno do dente Passo a passo: dobrar o fio dental em dois, faz o nó no meio, passa um nó por dentro do outro e ajusta. Técnicas de colocação do isolamento absoluto: 1) experimenta o grampo para ver se cabe no dente 2) coloca o lençol acoplado no arco, faz a demarcação e no furinho acopla o grampo 3) leva na boca do paciente o conjunto completo 4) pega a cureta e coloca o lençol por baixo do grampo 5) passa o fio dental entre as laterais do dente 6) completa com cola super bonder Obs: colocar o lençol de borracha preso novamente, criando uma espécie de casinha para cair o hipoclorito de sódio 1) coloca primeiro o grampo 2) depois leva arco+lençol a boca do paciente 3) passa o orifício do conjunto pelo grampo 4) passa fio dental nas laterais Obs: mais fácil para dentes sem asa, caso seja necessário passar vaselina no furo para deslizar mais fácil 1) coloca-se primeiro o lençol, com o arco já acoplado e segura 2) com a outra mão, traz o grampo com a pinça palmer e coloca no dente Situações atípicas: isolamento em fenda ou em bloco: - quando há situações de restos radiculares - colocar grampos há distância e vedar com top dam Obs: pode cortar um pedaço do lençol e colocar para estabilizar o lençol ao invés do grampo em um dos lados Obs: dente com resto radicular: três furos juntos no lençol. Acopla nos dois dentes vizinhos, passa o fio dental nas laterais dos vizinhos, coloca pedaço do lençol para estabilizar e completa com resina top dam isolamento em paciente com aparelho: - mesma técnica, vedando o espaço que restou com top dam (barreira gengival) ou resina flow Obs: pode misturar resina normal + sistema adesivo, caso não tenha top dam Aplicação da barreira gengival: - secar a região antes - aplicar o top dam - fotopolimerizar Observações do lençol de borracha: - não é esterilizável - desinfecção deve ser feita com uma gaze embebida com hipoclorito de sódio a 2,5% - descontaminação progressiva, se tiver sujo no meio do procedimento limpa novamente Aula 04- Tratamento de dentes com rizogênese incompleta Introdução - para que o tratamento endodôntico tenha sucesso é necessário que o diagnóstico seja feito de maneira correta, para cada diagnóstico/condição o manejo clínico será diferente - conhecimento da anatomia, para que todos os canais sejam feitos de maneira adequada. - saber os protocolos de instrumentação é de extrema importância, não adianta ter todos os recursos se não sabe usá-la Rizogênese: Definição: - processo de formação da raiz, bastante complexo, formado por uma série de fenômenos que se inicia com a formação do osso alveolar e das fibras de Sharpey e termina com a união do epitélio, como mostra a imagem Obs: a depender do estágio de desenvolvimento em que esse trauma/ cárie atingiu a raiz, o tratamento muda. Um tratamento de uma raiz que tá quase formada é diferente de um em que a raiz está começando a se formar. Etapas: - Formação do osso alveolar e das fibras de Sharpey - Formação do ligamento periodontal - desenvolvimento da matriz organica e inorganica do cemento - surgimento dos restos epiteliais de Malassez - diferenciação das células ectomesenquimais em odontoblastos para formação da dentina radicular - formação do diafragma epitelial e da bainha epitelial de Hertwing - união do epitélio interno e externo Etiologia: - cárie - traumatismos - restaurações inadequadas (o ataque ácido, inflama a polpa) Polpa viva X polpa necrosada: Polpa viva: - em casos de polpa viva, manter aquela polpa para a raiz terminar de se formar (pulpotomia) Polpa necrosada: - em casos de polpa necrosada, sanificar todo aquele canal, dando condições para que aquele tecido se repare e em seguida, criar um mecanismo que dê condições para que aquele material restaurador fique no canal OBS: todo tratamento com rizogênese incompleta visa permitir condições técnicas para a obturação Tratamento: 1) polpa viva: apicigênese (dar condições para que a raiz se forme) 2) polpa necrosada: apicificação (manobras para "construir o ápice, construir uma barreira calcificada para que o cimento obturador fique alojado) e revascularização/revitalização (devolver a vitalidade do dente com células semelhantes a odontoblastos que vão se encarregar de formar aquela raiz) Conhecimento: - área e técnicas de trabalho para intervenção - análise radiográfica - estado patológicoda polpa - estabelecimento de um diagnóstico e tratamento adequado OBS: em algumas situações a polpa pode sofrer a revascularização adequada de maneira espontânea, mas não podemos contar com isso) Decisão de tratamento: - diagnóstico de vitalidade - estágio de formação da raiz - grau de colaboração da criança - possibilidade restauradora - materiais disponíveis + destreza profissional Dificuldades: - amplitude das raízes - paredes delgadas - formato da raiz (divergente) - falta de batente apical - fidelidade dos testes de vitalidade pulpar (pacientes infantis) Tratamentos em polpa viva Apicigênese: - tratamento conservador que visa evitar intervenções no canal radicular (procura manter a polpa radicular viva, removendo somente a polpa inflamada da coroa, para que a raiz termine sua formação) - muito realizado em paciente infantis - visa evitar intervenções na polpa radicular - se a polpa radicular for mantida, a raiz formada será mais organizada e bem estruturada - mantém o comprimento radicular e permite o fechamento natural do ápice (para a formação do batente apical) - pode ser feita com polpa viva ou com remanescentes pulpares vivos no ápice (muito difícil de se executar pois o paciente sente dor) Pulpotomia: - tratamento conservador, sendo seu objetivo a remoção total da polpa coronária via, sã ou inflamada, mantendo-se a porção radicular vital, pois esta que vai atuar na complementação apical Características clínicas favoráveis a pulpotomia: - hemorragia abundante, quando remover a porção coronária - sangue com uma coloração vermelho-rutilante - tecido pulpar (remanescente pulpar) com consistência firme e coloração rosa- avermelhada Pulpotomía com hidróxido de calcio: - defendido em virtude do seu potencial reparador, com formação de ponte dentinária pela formação de dentina e cemento - causa necrose de coagulação superficial- não suficiente para causar danos a essa polpa radicular como um todo , com ligeira irritação da polpa adjacente - promove ação extremamente local (citotoxicidade baixa) - material biocompatível - não causa alteração de cor - propriedades antibacterianas - atividade anti-inflamatória - custo acessível Técnica: 1) profilaxia, anestesia e isolamento absoluto (sanificação da cavidade pulpar) 2) remoção do tecido cariado e do teto da câmara pulpar 3) remoção da polpa coronária (com cureta de dentina) 4) irrigação com soro fisiológico + algodão para hemostasia 5) colocação de otosporin: 1 sessão: 5 a 10 minutos, 2 sessões: 48-72 horas (na unifacisa: 48-72 horas) 6) colocação de uma pasta de HCA puro ou PA 7) cimento de HCA 8) restauração final com CIV (para crianças: que tenha carga- boa resistência mecânica) Pulpotomia com MTA: - possui presa tardia (3-4 horas) e PH variando de 10,2 até 12,5 (alta atividade antimicrobiana) - estimula a neoformação dentinária, com atividade antibacteriana satisfatória - defendido em virtude da sua biocompatibilidade, bioestimulação, capacidade seladora, possibilidade de utilização em meios úmidos (vantagem enorme), sendo essa uma vantagem sobre pastas e cimentos à base de hidróxido de cálcio, além de boa adaptação marginal e radiopacidade. - não tem potencial carcinogênico - custo elevado (muito, sendo a logística do hidróxido de cálcio bem melhor) OBS: alguns profissionais (controverso) preconizam a realização do tratamento endodôntico convencional após constatada a complementação da rizogênese de um dente submetido a pulpotomia. Na clínica, se a raiz se formou, não há fístula, dor, sensibilidade: não mexe mais. Tecido pulpar vivo no segmento apical: É dividido em: 1) técnica mediata 2) técnica imediata - algumas correntes defendem que nos dentes em desenvolvimento em que ocorre trauma ou processo carioso antigo, com exposição pulpar, a necrose da polpa poderá limitar-se as partes coronária e média do canal radicular, permanecendo sua porção apical inflamada, porém com vitalidade. - A maior dificuldade está em delimitar isso clinicamente, ou seja até onde retirar a polpa, por isso não se pode anestesiar e o paciente acaba sentindo dor. OBS: comunicar antes ao paciente e familiares, PLANEJAR. “tudo que você fala antes do procedimento é planejamento, tudo que você fala depois é desculpa” - procura-se preservar o remanescente do tecido apical com vitalidade e, principalmente, a bainha epitelial de Herting, com objetivo de se alcançar o desenvolvimento radicular - sendo os elementos de diagnóstico imprecisos, não se deve anestesiar o paciente de imediato, até que clinicamente se possa ter certeza da presença do tecido pulpar vivo. Assim procedendo, evita-se danificar este tecido ou mesmo retirá-lo da região apical, o que prejudicaria o desenvolvimento radicular. 1) Técnica mediata: - antissepsia da cavidade oral e preparo do dente - isolamento absoluto e antissepsia do campo operatório - abertura coronária e neutralização do conteúdo (PQM convencional) - exploração do canal radicular e odontometria (delimitando até onde a polpa está viva) - anestesia - preparo químico mecânico (até o ponto que não há sensibilidade, está necrosado) - colocação e renovação da pasta de hidróxido de cálcio (tem vários tipos no mercado, podendo ser aquoso- rápida absorção, necessita de tempo menor entre as consultas; ou oleoso- absorção mais lenta, podendo demorar mais entre uma consulta e outra. Aplicar e renovar até visualizar que a raiz está se formando) - selamento (ionômero de vidro) - controle (radiográfico, realizado nas consultas de troca de medicamento que precisa fazer) Técnica mediata- pasta de hidróxido de cálcio: - tem como objetivo causar uma zona de desnaturação proteica superficial no tecido em contato com ele, o que é caracterizado por uma necrose de coagulação, com espessura variável entre 0,3 e 0,7 mm. Esse efeito parece ser responsável pela indução do reparo por deposição de tecido calcificado (na pulpotomia forma uma ponte de dentina entre a câmara pulpar e a raiz, nessa técnica ao invés dessa ponte de dentina se formar na entrada da câmara pulpar, ela se forma na transição entre o que estava necrosado e o que está vital), além de limitar a invaginação de tecido remanescente apical para o interior do canal radicular, a operação de preenchimento é acompanhada com auxílio de exame radiográfico. OBS: se na radiografia identificar essa linha bem tênue, essa ponte entre as paredes internas da raiz, significa que essa ponte já se formou. - a lima não vai adentrar o canal todo, sanifica somente até a região de interesse e coloca a medicação. Nesse remanescente, o ápice vai se formar E se não der certo? Se o ápice não se formar? - não ocorrendo a complementação apical, devemos repetir a técnica descrita. Sendo possível, durante novo PQM, remover restos necróticos teciduais. OU partir para revascularização. - completada a formação apical, procedemos à remoção da pasta do interior do canal radicular até o limite da barreira de tecido duro e realiza-se, dentro da sequência de técnica, a obturação do canal (nesse trecho que foi preenchido com a pasta) OBS: quando passa muito tempo com a pasta, pode trazer danos a estrutura da raiz Ponte na parede interna das raízes 2) Técnica imediata: - nesta técnica, imediatamente após o preparo do canal radicular, ou após o uso de um curativo intracanal (hidróxido de cálcio), procedemos à obturação, aproximadamente 2 mm aquém (antes) do comprimento de trabalho - o material permanente utilizado no segmento apical do canal radicular (tampão apical) pode ser uma pasta à base de hidróxido de cálcio ou o MTA. Esse tampão apical, além de servir como barreira mecânica, estimula o fechamento apical. OBS: recomenda-se que nessa técnica (imediata) utilize o MTA, você vai construir uma barreira. Já na mediata que você vai trocando trocando até a formação da raiz, utiliza o hidróxido de cálcio. - técnica indicada nos casos em que o segmento apical apresenta paredes paralelas ou ligeiramente convergentes - RECOMENDAÇÃO: o professor nao gostadessa técnica imediata, se ele opta por construir uma barreira apical, ele já considera que o dente está necrosado. Só traz a título de curiosidade. Não é muito utilizada clinicamente, pois não há muita previsibilidade, o prognóstico é um pouco menor então não recomenda. FORMAS DE ZONA APICAL APÓS A COMPLEMENTAÇÃO OU O FECHAMENTO DO ÁPICE: 1) Polpa viva - pode se manifestar clinicamente como a) vai fechar tanto no ápice quanto na barreira da ponte de dentina b) somente na ponte de dentina mesmo c) até o remanescente apical Tratamentos em polpa necrosada: - dentes com necrose pulpar total 1) Apicificação: - vai atuar construindo uma barreira para permitir a obturação, a raiz tanto em altura quanto largura vai permanecer a mesma coisa. Se for uma raiz mais frágil ela vai continuar frágil, tendo maior risco de fratura - nos casos de rizogênese incompleta de dentes com necrose pulpar e infectados, com ou sem reação perirradicular, a reparação da raiz (tanto na colocação dessa barreira, quanto na revascularização) está na dependência do combate a infecção (o PQM tem que ser muito bem realizado 2) Revascularização (revitalização) - quando executar o procedimento, as células que vão infiltrar naquele canal, elas vão se encarregar de induzir a neoformação daquela raiz. 1) Apicificação - modalidade de tratamento onde estimula-se a formação de uma barreira calcificada no ápice de um dente que apresenta necrose pulpar e ainda não teve sua raiz completamente formada Essa apicificação pode ser feita com: - hidróxido de cálcio (após sucessivas trocas vai se formar a barreira, a diferença é que na necrosada não é no segmento vivo e sim no ápice mesmo) - MTA - biocerâmicos Hidróxido de cálcio Técnica: - Automatização da cavidade oral (remoção da cárie, remoção da parte contaminada) - neutralização do conteúdo séptico - odontometria - PQM (não é somente até o segmento apical- não tem segmento apical- e sim no dente todo - Medicação intracanal - controle radiográfico (identificar a formação da barreira) - obtida a calcificação, remoção da medicação (caso a escolha seja o hidroxido de calcio) - obturação Porque o hidróxido de cálcio é defendido? - pó branco, alcalino - pouco solúvel em água - suas propriedades derivam de sua dissociação iônica - associado a diferentes veículos: inertes ou ativos (preferimos veículos inertes) - possui ação biológica, física - efeito anti-inflamatório na neutralização de endotoxinas - induz ao reparo por tecido mineralizado - essa pasta de hidróxido de cálcio pode ser associada a um veículo ativo, o mais comum é o iodofórmio, podendo ser associado também ao PMCC. Ambos vão atuar complementando o efeito anti-microbiano e o veículo vai ser a glicerina. - uma pasta de hidróxido de cálcio e iodofórmio (proporção de 3:1 em volume) tem como líquido 1 gota de paramonoclorofenol canforado (PMCC) e uma de glicerina. A mistura obtida deve apresentar aspecto homogêneo e consistência cremosa. - o hidróxido de cálcio reage com o PMCC formando o paramonoclofenolato de cálcio, que é um sal fraco e que libera, progressivamente, o paramonoclorofenol e o hidróxido de cálcio. Assim, o PMCC aumenta o espectro da atividade antimicrobiana do hidróxido de cálcio. - a pasta deve ter a consistência de um creme e preencher todo o canal radicular. A pasta de hidróxido de cálcio é renovada 7 dias após a colocação inicial. Isso permite que o hidróxido de cálcio entre em contato com um tecido conjuntivo desenvolvido, que poderá favorecer o processo de reparo - a utilização de um veículo oleoso ou aquoso, não visa aumentar o efeito e sim fazer com que aquela medicação permaneça na cavidade. Se for aquoso só muda que ela vai ser reabsorvida e o oleoso não, mas perde parte do seu efeito. - persistindo a tumefação apical e/ou exsudato, renovamos o PQM e o medicamento (esse tipo de medicamento vai ser utilizado tanto para a formação da barreira gengival, com sucessivas trocas, quanto para revascularização. O medicamento intracanal não é para formação da barreira e sim para o controle da infecção.) - mesmo se você resolver fazer a barreira com o MTA, antes você coloca o hidróxido de cálcio para controlar aquela infecção. Com o MTA barreira se forma mais rápido, em uma sessão, com o hidróxido de cálcio tem que esperar sucessivas trocas até ela se formar. OBS: sempre ponderar tempo gasto com remuneração. Na pulpotomia com ambos materiais você chega no resultado desejado em sessão única. Já aqui opta-se pelo MTA, por resolver em 2 sessões, quando o hidróxido levaria 10 sessões. Controle radiográfico: - cada 30 dias por 6 a 18 meses e essa renovação vai depender de: composição da pasta, proporção pó/líquido, natureza do veículo, abertura do forame, selamento coronário Obturação: obs: maior dificuldade: não vai ter cone de primeira série suficientemente amplo para adaptar no novo batente apical - guta percha moldada (aquecer os cones e juntar formando um cone mais calibroso) - cone invertido (parte mais ampla do cone no ápice e completa o resto com cones acessórios) - cone pré fabricado - termoplastificação (condensadores de McSpadden) - condensação lateral (a que fizemos no laboratório) - a melhor técnica, frente às alternativas, é a de ondas alternativas (aquecido corta e frio condensa, vai construindo mm por mm) MTA - pó cinza ou branco composto de trióxidos combinados com outras partículas minerais hidrofílicas e que se cristalizam na presença de umidade - apresenta PH alcalino (12,5) depois de manipulado (o que garante efeito antimicrobiano) - possui excelente biocompatibilidade - possui boa adaptação marginal e atividade antibacteriana - deve ser preparado imediatamente antes da sua manipulação - possui excelente capacidade seladora e estabilidade dimensional - vai ser feito uma pastinha com o agregado e vai adaptar no ápice e vai condensando bem direitinho, como seu tempo de presa é tardio, tem que esperar esse tempo para então obturar Biocerâmicos - material baseado em cálcio e silicato e tem sido considerada favorável como material reparador de perfurações e reabsorções em razão da sua bioatividade e biocompatibilidade - quando comparados ao MTA, suas características são bem semelhantes, só sendo melhor esteticamente, por se branco não mancha o dente - apresenta comportamento bioativo, funcionando como substituto dentinário - desvantagem: muito caro, a logística é muito ruim, muito inacessivel Tampão apical: Porque eu vou construir? - menor número de consultas - maior previsibilidade quanto a formação de barreira apical - favorece a não contaminação do canal radicular - restabelecimento rápido da função mastigatória e estética - não altera as propriedades físicas da dentina Técnica tampão com MTA/ BIOCERAMICO: - o material será inserido na região apical com o emprego de instrumentos especiais (seringas) ou mesmo levado com auxílio de instrumentos endodônticos de ponta truncada (compactadores). O material deve ser colocado numa extensão de até 3mm e seu limite apical comprovado por exame radiográfico - em casos de forames muito abertos, para evitar a sobreobturação, é estimulada a criação de uma barreira apical de hidróxido ou sulfato de cálcio junto aos tecidos perirradiculares antes da colocação do MTA. Técnica: - automatização da cavidade oral - neutralização do conteúdo séptico - odontometria - PQM - medicação intracanal - tampão apical com MTA /bioceramico - obturação 2) Revascularização - conjunto de procedimentos de base biológica destinado a substituir fisiologicamente estruturas dentárias danificadas, incluindo dentina e estruturas radiculares, assim como células do complexo dentino pulpar - mecanismo de formação da raiz não completamente elucidado (não se sabe exatamente as células responsáveis por isso) Para que aconteça são necessários 4 pilares: - possibilita o desenvolvimento radicular e a deposição de dentina nas paredes do canal e no ápice radicular de um dente necrosado - a descontaminação do canalé feita de maneira passiva utilizando soluções irrigadoras e uma pasta antibiótica ou H. de cálcio - não existe ainda um protocolo definido quanto à técnica da revascularização pulpar - a associação americana de endodontia recomenda que ela permaneça no interior do canal por um período de 3-4 semanas - após o tempo da medicação, o sangramento apical é estimulado para que o coágulo preencha o dente e o desenvolvimento radicular aconteça (cutucar o periodonto 3mm a mais, o periodonto sangra e esse sangue é responsável pela formação do coágulo) Tratamento: - não há um protocolo padronizado mas geralmente é realizado em 2 sessões Medicação intracanal - pasta tripla antibiótica (metronidazol + minociclina + ciprofloxacina)- só quando o H. de cálcio não resolve. Desvantagem: mancha o dente. - hidroxido de calcio (preferível) Técnica: primeira sessão: - automatização da cavidade oral - neutralização do conteúdo séptico: descontaminação passiva com hipoclorito de sódio a 2,5% - medicação intracanal: pasta tripla antibiótica ou H. de cálcio + curativo (cimento de ionômero de vidro) segunda sessão: somente em caso de ausência de sintomatologia, se houver sintomas repete a primeira - estímulo do sangramento apical e formação de coágulo apical - tampão cervical com MTA + restaurações com CIV + resina composta - preservação por pelo menos 3 meses FORMAS DA ZONA APICAL APÓS A COMPLEMENTAÇÃO OU FECHAMENTO DO ÁPICE: 2) polpa necrosada
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