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Endodontia em odontopediatria

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T H A I N Á N O G U E I R A ; T H A I N A R A S T E F A N E L L I , 2 0 1 9 | 1 
 
Pulpectomia 
O que é? R: Assim como dente permanente, é 
acessar a câmara pulpar até remover todo o tecido 
pulpar, tanto Bio quanto Necro. 
 Indicações: 
→Dentes decíduos com pulpite aguda cujo 
sangramento não cessa após pulpotomia- Pode ser em 
um acesso ‘’acidental’’; 
→Dentes decíduos com pulpite irreversível ou necrose 
pulpar; 
→Dentes que apresentam coroas destruidas e 
necessidade de pinos dentro dos canais- Ás vezes a 
polpa ainda está com vitalidade pulpar, mas pelo dente 
estar muito destruído não vale à pena preservar a 
polpa; 
→Dentes com hemorragias intensas- Novamente 
falando de sangramento que não cessa; 
 
Contra- indicações: 
→Reabsorção radicular ultrapassando mais de 1/3 do 
comprimento da raiz- Dente decíduo reabsorve com a 
evolução do permanente que está querendo 
erupcionar, então se o CD detectou através do RX que 
o dente permanente está evoluindo bem e o decíduo 
com menos de 2/3 de raiz reabsorvida, pode-se tentar 
fazer pulpectomia como medida conservadora, mas se 
o decíduo tem mais de 2/3 de raiz reabsorvida não 
adianta fazer pulpectomia, então é indicado exodontia 
do decíduo; 
→Falta da integridade da cripta do germe do dente 
permanente- Não tem mais tabua óssea entre 
permanente e decíduo; 
→Impossibilidade de isolamento absoluto- A 
professora disse que é relacionado com a destruição da 
coroa, muitas vezes é tanto que não tem como colocar 
um grampo. Deve-se tentar fazer o isolamento 
absoluto ou até mesmo o relativo se a criança for 
MUITO colaboradora para tentar salvar remanescente 
do dente; 
→Lesão de furca- Dificilmente consegue salvar o dente. 
 
Na endodontia em Odontopediatria também é dividido 
em Biopulpectomia e Necropulpectomia, e o 
tratamento de um dente decíduo vai mudar alguns 
detalhes em relação ao permanente. 
Biopulpectomia 
Relembrando: Bio é remoção da polpa viva. E na 
maioria das vezes o CD só sabe se é Bio ou Necro na 
hora de abrir o dente, pois alguns testes para ver a 
vitalidade não são usados em crianças. A Professora 
disse: abriu, sangrou é Bio. Abriu, não sangrou é Necro. 
Lembrando que em um mesmo dente pode ter um 
canal Bio e outro Necro, nesses casos é tratado como 
Necro, em relação à medicação. 
PROCEDIMENTO 
→Radiografia para diagnóstico e determinação do 
comprimento do dente (CD)- CD a -1mm. Sempre ver 
a idade do paciente para determinar qual filme usar e 
lembrando que muitas vezes mesmo sendo uma criança 
o filme infantil não pega o ápice do dente; 
→Anestesia- Sempre; 
→ Isolamento absoluto e antissepsia com solução de 
clorexidina 2%- É necessário fazer essa lavagem com a 
clorexidina porque muitas vezes o tecido cariado está 
tão extenso que quando o CD for acessar a câmara 
pulpar joga a sujeira/ microorganismos mais para 
dentro do canal; 
→Abertura coronária (remoção do tecido cariado e 
teto da câmara pulpar)- Não muda muito, mas temos 
algumas alterações em relação à anatomia do dente 
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decíduo em relação ao permanente. Incisivos na forma 
triangular, no molar superior por ter um formato 
diferenciado é triangular invertido com a face maior 
para a vestibular, e no molar inferior na forma 
retangular. E o CD deve lembrar que vai ver teto de 
câmara pulpar. Nessa etapa também é removido todo 
o tecido cariado e tentar sempre remover até a 
circundante, tentando preservar o máximo de dente 
sadio; 
→Remoção da polpa com cureta afiada- Essa polpa 
ainda é a polpa coronária; 
→Irrigação com Soro Fisiológico- Lavar bem após toda 
a remoção da polpa coronária. A professora gosta de 
soro fisiológico gelado, pois diminui o sangramento; 
→Visualização da entrada dos canais radiculares- Se 
não visualizou, o CD deve melhorar a abertura; 
→ Extirpação da polpa radicular- Dentro do canal 
extirpa a polpa com a lima mesmo ou extirpa nervo. 
Para isso é necessário colocar o stop de borracha no 
CRT para não ultrapassar e tirar tecido gengival 
embaixo (lembrando que embaixo tem o permanente 
e opérculo). É de extrema importância medir o 
comprimento real do dente. (?) 
→ Instrumentação dos canais radiculares - Limas tipo 
Kerr (inicial+2)- Ela disse que é lima inicial + 2 porque 
muitas vezes o dente não tem tamanho para passar uma 
terceira lima como no permanente; 
→ Irrigação e aspiração entre as limas- Limpar bem 
para não ficar nenhum remanescente; 
→Secagem do canal- Secar bem com papel absorvente, 
pois se caso ficar com bolha quando colocado a pasta 
de hidróxido de cálcio, deve refazer todos os passos 
anteriores; 
→ Obturação dos canais com pasta de hidróxido de 
cálcio- Agora sim muda bastante de permanente para 
decíduo, pois não coloca o guta percha e cone 
acessório, pois guta e cone não reabsorve junto com o 
dente, travando o dente decíduo no alvéolo. Lembrar 
de limpar bem a parte da coroa do dente; 
→Colocação da base (óxido de zinco e eugenol)- No 
livro fala que para a base é só colocar hidróxido de 
zinco e eugenol, mas atualmente é utilizado um material 
com acelerador o IRM (cimentos provisórios para 
coroa); 
→ Cimento de ionômero de vidro; 
→ Restauração fina- pode ser restaurado na mesma 
sessão. 
 
Necropulpectomia 
Relembrando: Necro é remoção da polpa morta. 
Técnica: 
→Radiografia para diagnóstico e determinação do 
comprimento do dente (CD)- CD a 1mm; 
→ Anestesia- Mesmo sendo Necro; 
→ Isolamento absoluto e antissepsia com solução de 
clorexidina 2%; 
→ Abertura coronária (remoção do tecido cariado e o 
teto da câmara pulpar); 
→ Visualização da entrada dos canais (sonda 
exploradora); 
→ Irrigação abundante com hipoclorito- Irrigações 
mais intensas por ser um canal extremamente 
contaminado; 
→Penetração desinfetante (Irrigação/Aspiração)- 
Alguns livros usam apenas hipoclorito, outros já usam 
uma solução detergente (ela falou o nome, mas não 
consegui entender); 
→ Instrumentação dos canais radiculares; 
→Irrigação entre as limas (hipoclorito)- Na Bio não é 
necessário ter tanta irrigação entre limas. Na Necro já 
é essencial; 
→ Secagem do canal; 
→Preenchimento do canal com curativo de demora 
(pasta de hidróxido de cálcio com soro fisiológico ou 
Calen)- Evitar obturar na mesma sessão, pois pode ter 
presença de fistula, mas se o curativo de demora foi um 
sucesso muitas vezes nem precisa trocar; 
→ Colocar base de IRM ou óxido de zinco e eugenol- 
O IRM é mais moderno, ou seja, pode usar qualquer 
um, não faz tanta diferença; 
→Cimento de ionômero de vidro; 
→ Após (15 a 30 dias) remoção do curativo- Tempo 
do tecido regenerar, e aí remove todo o material que 
tem no canal; 
→ Irrigação e aspiração; 
→Secagem- Lembrar que umidade pode causar um 
início de proliferação bacteriana novamente e pode dar 
bolhas no canal ao colocar a pasta na etapa de 
obturação do canal; 
→Obturação dos canais com pasta de Hidróxido de 
cálcio + Óxido de zinco (Calen + óxido de zinco)- Pode 
ser usado apenas a pasta de hidróxido de cálcio; 
→Colocação da base e cimento de ionômero de vidro; 
→ Restauração final.
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QUADRO DE RESUMO 
BIO NECRO 
Raio- X CD (-mm) Raio-X CD (-mm) 
Anestesia Anestesia 
Isolamento absoluto e antissepsia com solução de 
clorexidina 2% 
Isolamento absoluto e antissepsia com solução de 
clorexidina 2% 
Abertura coronária (remoção do tecido cariado e teto da 
câmara pulpar) 
Abertura coronária (remoção do tecido cariado e teto da 
câmara pulpar) 
Remoção da polpa coronária com cureta afiada ---- 
Irrigação com soro fisiológico ---- 
Visualização da entrada dos canais radiculares Visualização da entrada dos canais radiculares (uso da 
sonda exploradora) 
---- Irrigação abundante com hipoclorito 
Extirpação da polpa radicular Penetraçãodesinfetante (irrigação/ aspiração 
Instrumentação- Limas tipo Kerr 
 (inicial+ 2) 
Instrumentação dos canais radiculares 
Irrigação e aspiração entre as limas Irrigação entre as limas (hipoclorito) 
Secagem do canal Secagem do canal 
---- Preenchimento do canal com curativo de demora (pasta 
de hidróxido de cálcio com soro fisiológico ou Calen) 
---- Colocação da base (óxido de zinco e eugenou ou IRM(?)) 
---- Cimento de Ionômero de vidro 
---- Após 15 a 30 dias remoção do curativo 
---- Irrigação (?) e aspiração 
Secagem do canal Secagem do canal 
Obturação dos canais (pasta de hidróxido de cálcio) Obturação dos canais (pasta de hidróxido de cálcio + 
óxido de zinco) (Calen + óxido de zinco) 
Colocação da base (óxido de zinco e eugenol ou IRM (?)) Colocação da base (óxido de zinco e eugenol ou IRM (?)) 
Cimento de Ionômero de vidro Cimento de Ionômero de vidro 
Restauração final Restauração final 
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MANUAL DA ABO 
 
Terapia pulpar para dentes decíduos 
diagnosticados com pulpite irreversível ou 
necrose pulpar 
→ Tratamento Endodôntico Radical: 
procedimento realizado quando o tecido pulpar 
radicular está irreversivelmente infectado ou 
necrótico. Em todos os casos, o teto da câmara pulpar 
é totalmente removido para acesso aos canais. 
Para decíduos, a pulpectomia é realizada e os canais 
radiculares saneados, alargados, desinfectados é 
preenchido com material reabsorvível, como o 
hidróxido de cálcio, a pasta do Guedes-Pinto ou oxido 
de zinco e eugenol não reforçado. 
Ai então o dente é restaurado com um material que o 
proteja de microinfiltração. 
 
Indicações Dentes decíduos: o Tratamento 
Endodôntico Radical está indicado em dentes decíduos 
com pulpite irreversível ou necrose ou em um dente 
que inicialmente foi indicado para pulpotomia, porém o 
tecido pulpar radicular apresentou sinais clínicos que 
contra-indiquem a manutenção da polpa radicular, 
como necrose e hemorragia excessiva. Em relação aos 
sinais radiográficos, observados no exame pré-
operatório, este tratamento está indicado para dentes 
com reabsorção fisiológica, reabsorção patológica 
inicial e com lesão periapical ou interradicular que não 
tenham atingido a continuidade da lâmina dura do saco 
folicular do germe do permanente sucessor. 
 
Objetivos: o tratamento deve permitir a reabsorção 
das estruturas radiculares e do material obturador no 
período normal, contribuindo para a erupção do dente 
sucessor. Não deve haver evidência de reabsorção 
radicular patológica ou radiolucidez apical ou na região 
de furca. 
 
→ Apicificação (fechamento do ápice radicular de 
dentes permanentes) Apicificação é uma forma de 
induzir o fechamento do ápice radicular de um dente 
não vital com rizogênese incompleta, a partir da 
remoção do tecido coronário e radicular não vital junto 
ao final da raiz e preenchimento radicular com agente 
biocompatível, como hidróxido de cálcio (muitos 
tratamentos podem exigir material puro pró-analise) 
ou MTA. Uma vez o fechamento apical é obtido, ou 
uma barreira apical é estabelecida, o tratamento 
endodôntico deve ser completado. O 
acompanhamento do paciente é fundamental para o 
sucesso do tratamento e exige avaliações clínicas e 
radiográficas periódicas, tanto do dente tratado como 
dos tecidos de suporte, por um período mínimo de 
dois anos. 
Indicações: Esse procedimento está indicado para 
dentes permanentes não vitais com rizogênese 
incompleta. 
Objetivos: Este procedimento deve induzir 
fechamento do ápice radicular (apicificação) ou barreira 
apical nos ápices imaturos, evidenciados por avaliação 
radiográfica. Sinais ou sintomas clínicos como 
sensibilidade, dor, ou edema não devem ser evidentes 
após o tratamento. Não deve haver evidências 
radiográficas de reabsorção radicular externa, patologia 
radicular lateral, ou colapso dos tecidos 
perirradiculares de suporte durante ou após a terapia. 
 
 
 
LIVRO DO GUEDES-PINTO 
 
PULPECTOMIA EM DECÍDUOS 
Remoção total da polpa viva, indicada para anteriores 
e posteriores com pulpite aguda ou dentes que após a 
tentativa de pulpotomia continuam com sangramento. 
Decíduos com grande destruição coronária para 
pinos, 
A técnica de bio é a mesma da necro, com alguns 
cuidados especiais. NESSE CASO, usaram a pasta do 
Pintão, mas ela não existe mais. 
 
TRATAMENTO DE DENTES COM POLPA 
MORTIFICADA 
O tratamento de necro é baseado na utilização de 
medicamentos intra-canal. Os mais utilizados são o 
tricresol formalina, paramonoclorofenol canforado, 
formocresol, eugenol e timol. Esses medicamentos 
eram usados de forma isolada ou associada, algumas 
vezes, inclusive a antibióticos. 
A ação dos medicamentos citados era a de precipitar 
proteínas, provocando a “morte” das bactérias por 
coagulação, mas um efeito semelhante atingia o 
remanescente pulpar com a coagulação de todo o 
material 
orgânico intracanal. Assim, a coagulação limita a 
penetração do medicamento, impedindo a 
continuidade do 
efeito da volatização sobre as camadas mais profundas 
do canal, o que permite que o material necrótico 
próximo 
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do ápice radicular não sofra o efeito do fármaco. 
 Os passos técnicos são simples, pois exigem apenas 
uma única consulta. A sequência a ser adotada é a 
seguinte: 
anestesia, feita em virtude de poder haver 
sensibilidade em um dos canais radiculares, ou para 
facilitar a colocação do dique de borracha; promoção 
após o isolamento absoluto e a abertura de câmara 
coronária, do 
esvaziamento do conteúdo necrótico da câmara 
coronária, seguido de irrigação farta com tergentol-
furacin. Após a localização dos canais, leva-se à câmara 
coronária o Endo-PTC, que, a seguir, é ativado pelo 
gotejamento contínuo de líquido de Dakin, obtendo-
se a efervescência da mistura. Isso posto, inicia-se o 
preparo dos canais com limas tipo Kerr em série 
previamente organizada, conforme o caso. Assim, 
após utilizar o instrumento inicial, usam-se ainda dois 
outros de números maiores que o inicial. 
A qualquer fase do tratamento, quando se perceber a 
diminuição de efervescência, colocam-se mais gotas de 
líquido de Dakin. Da mesma forma, quando a solução 
ficar mais diluída e, praticamente, esgota-se o efeito 
de 
efervescência, coloca-se mais Endo-PTC. A propósito, 
deve-se deixar bem claro que o efeito de 
efervescência 
não pode desaparecer durante o preparo do canal 
radicular. 
O processo de limpeza chega ao fim quando, após o 
uso do último instrumento, as substâncias químicas 
colocadas na cavidade (Endo-PTC mais líquido de 
Dakin) se mostram de cor branca, isto é, sem 
qualquer 
turvação, demonstrando, claramente, que o dente está 
limpo. 
Isso posto, passa-se à irrigação final com detergente, 
tomando-se o cuidado de levar a solução na porção 
mais 
apical dos canais. Cumpre notar que, enquanto se faz 
a irrigação, realiza-se a sucção. Para isso, colocam-se a 
agulha de irrigação no canal e a de sucção, na câmara 
pulpar. Terminada a irrigação, a secagem do canal é 
feita 
por sucção com o uso de sugador e agulhas 
hipodérmicas de grosso calibre (40:15). Completa-se 
com o uso de 
cones de papel absorvente. Feita a secagem, obtura-se 
o canal com pasta constituída de partes iguais de 
iodofórmio, paramonoclorofenol canforado e rifocort. 
Esses componentes são misturados em uma placa de 
vidro 
e levados aos canais com limas tipo Kerr, apropriada 
para o tamanho do canal, não havendo qualquer 
inconveniente no extravasamento da pasta. 
Finalizando, coloca-se na câmara coronária uma base 
de guta-percha delgada e, a seguir, preenche-se a 
cavidade com cimento apropriado. A obturação 
definitiva pode ou não ser feita nessa consulta, 
dependendo do tempo gasto durante o tratamento.DENTES COM RIZOGENESE INCOMPLETA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Denomina-se dente permanente jovem aquele que se 
apresenta com formação radicular em 
desenvolvimento, 
com o ápice ainda aberto. 
Quando dentes permanentes jovens sofrem qualquer 
tipo de agressão, como lesões de cárie ou 
traumatismos físicos de pequena a grande intensidade, 
procedimentos imediatos devem ser planejados na 
premissa de 
minimizar o comprometimento da polpa. Assim, para 
que a apicigênese (mecanismo fisiológico da formação 
radicular e fechamento do ápice) se perpetue, o 
objetivo primordial do tratamento de dentes 
permanentes jovens 
é a proteção do tecido pulpar. 
 
TRATAMENTO: 
O hidróxido de cálcio, o cimento de óxido de zinco e 
eugenol e o cimento de ionômero de vidro têm sido 
amplamente utilizados como agentes protetores 
pulpares em dentes permanentes jovens, estimulando 
a 
reparação da dentina afetada. 
Nos casos de dentes com rizogênese incompleta e 
com necrose pulpar e infecção, a reparação e o 
término da formação radicular dependem do combate 
à infecção. 
Nessa situação, em decorrência da perda de vitalidade 
pulpar, torna-se necessária a indução da formação de 
uma barreira apical, que delimite o espaço 
endodôntico, viabilizando o seu tratamento. Esse 
processo é chamado apicificação. 
Essa terapêutica baseia-se no uso de fármacos que 
induzem a formação de tecido mineralizado na região 
apical, de característica osteoide ou cementoide, 
conformando e delimitando a área. 
Atualmente, os dois materiais mais aceitos 
mundialmente para esse tipo de tratamento são o 
hidróxido de cálcio e o MTA. 
O hidróxido de cálcio é usado para a apicificação 
desde o relato de Kaiser, o seu alto pH e poder 
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antimicrobiano mantêm o interior do canal 
descontaminado. A dissociação em íons cálcio e 
hidroxila induz a formação da barreira apical 
mineralizada. A velocidade de dissociação está 
diretamente relacionada com o veículo utilizado. 
Soluções aquosas aceleram a dissociação do 
medicamento, enquanto veículos viscosos ou oleosos 
postergam a sua presença no conduto radicular. Sua 
desvantagem é o tempo de tratamento, podendo 
chegar a mais de 2 anos, o que aumenta o risco de 
insucesso do tratamento e, por consequência, das 
fraturas ou contaminações do dente ou até da 
desistência por parte do paciente. 
Em contrapartida, o uso do MTA propõe um 
tratamento rápido e seguro para diminuir o custo do 
tratamento e eliminar possíveis falhas relacionadas 
com o tempo de tratamento com hidróxido de cálcio. 
O agregado de trióxido mineral (MTA) é um material 
biocompatível, com efeito antibacteriano semelhante 
ao do hidróxido de cálcio e pH também alcalino (em 
torno de 12,5). Em contato com a umidade, o pó 
produz um gel coloidal, com tempo de presa em 
torno de 4 h. Sendo um material definitivo, o MTA 
precisa ter propriedades 
satisfatórias como material obturador. Nesse sentido, 
estudos comprovaram sua boa citotoxicidade frente 
aos 
tecidos periapicais, insolubilidade frente aos líquidos 
teciduais, além de alto poder de selamento, evitando a 
infiltração apical. 
A sua aplicação baseia-se na criação de uma barreira 
artificial que delimitará o espaço endodôntico, 
viabilizando a obturação convencional. 
 
Técnica para apicificação 
→Preparo do campo operatório 
→ Primeira etapa: desinfecção do canal – restringindo 
ao mínimo o uso de instrumentos cortantes. 
→ Durante a odontometria CRT 1 a 2mm aquém. 
(quando as raízes tem tamanho diferente, vai pela mais 
fina) 
→ Hipoclorito de sódio a 1% assodicado a Endo-PTC, 
com agitação manual ou ultrassonica 
→ termina o preparo químico com edta 
→ processo de formação da barreira apical 
→ aqui pode ser imediata – com MTA; ou mediata – 
com hidróxido de cálcio. 
 
Técnica com hidróxido de cálcio 
→Com o canal preparado e sanificado, faz-se a 
secagem com aspiração e uso de cones de papel 
esterilizados. 
→ mistura o pó do hidróxido de cálcio P.A. com 
solução anestésica – pasta com aparência de iogurte 
→coloca no canal – com seringa, broca, lima, lentulo, 
macspadden 
→ preencher completamente o canal com o 
medicamento 
→ ver na radiografia 
→ sela com cimento de oxido de zinco e eugenol 
→ troca o medicamento 14 dias depois, se o paciente 
sentir alguma sintomatologia, troca 
→depois usa a inicia-se o uso da pasta veiculada ao 
polietilenoglicol 400 ou glicerina, o que resultará em 
uma dissociação mais lenta, permanecendo dentro do 
canal 
por pelo menos 21 dias. 
→ controla na radiografia 
→ ta lindo quando o ápice fecha 
→ A obturação pode ser então realizada removendo-
se todo o medicamento de dentro do canal com 
irrigação farta de hipoclorito de sódio seguida de 
EDTA-T. 
 
Técnica com MTA 
→ esse é pra diminuir o tempo de tratamento 
→ cria uma barreira apical artificial 
→ não exclui o uso do HC nos primeiros 14 dias 
→ Após o preparo químico cirúrgico e medicação 
com hidróxido de cálcio por 14 dias, o dente deve ser 
isolado e 
o endodonto, acessado, para a remoção do 
medicamento. Igualmente à outra técnica, farta 
irrigação de hipoclorito de sódio seguida de EDTA-T 
é necessária para a remoção do hidróxido de cálcio. 
→ aspira tudo, seca 
→ MTA é espatulado com água destilada até formar 
uma pasta de consistência arenosa. 
→ coloca dentro do canal com lima ou aplicadores 
específicos 
→A camada de MTA deve ter espessura entre 2 e 3 
mm e não extravasar do canal, constatados 
radiograficamente. →Veda-se provisoriamente a 
câmara pulpar, mantendo o canal umedecido com uma 
bolinha de algodão e medicamento intracanal por, no 
mínimo, 4 h, para hidratar o MTA e permitir a sua 
solidificação. 
→Na sessão seguinte, remove-se o 
medicamento e inicia-se a fase de obturação, como já 
descrita na técnica anterior.