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Experimento 4 CALORIMETRIA Calebe de Sousa Oliveira - 202021130 -(22A) Dayane Saturnino de Santana 201520343 -(22A) Igor Soldam Raimundo- 202021054 -(22A) RESUMO: Na calorimetria, a energia térmica está associada ao movimento das partículas microscópicas no interior de um corpo, e que essa energia é transferida de um corpo para outro por conta da diferença de temperatura entre eles. Decorrente dessa energia transferida, chamada de quantidade de calor (Q), um sistema ou substância pode sofrer variações em sua temperatura, ou ainda mudar de estado, sem variar sua temperatura. Quando uma quantidade de calor transferido Q produz uma transformação de fase, a substância pode passar por três “estágios” distintos: Variação de temperatura até a substância atingir a temperatura da transformação de fase; Transformação de fase propriamente dita; Variação de temperatura sofrida pela substância na nova fase. Diante disso, é necessário saber que o calor é positivo, quando a energia transferida é ABSORVIDA ou RECEBIDA pelo corpo, negativo, quando a energia é CEDIDA ou PERDIDA pelo corpo. Além disso, em um sistema isolado, por conservação de energia, a quantidade de energia recebida por um corpo é igual a quantidade de energia cedida por outro corpo: ΔQrec + ΔQced = 0 ΔQrec = – ΔQced ou |ΔQrec| = |ΔQced|. Palavras chaves: Calorimetria, energia térmica, temperatura. INTRODUÇÃO O calor específico é a quantidade de calor necessária para que cada grama de uma substância sofra uma variação de temperatura. Essa grandeza é uma característica, ou propriedade, de cada tipo de substância e indica o comportamento do material quando exposto a uma fonte de calor. No estudo da Calorimetria, o calor específico está presen te na definição matemática do calor sensível e da capacidade térmica de um material. Alguns fenômenos cotidianos podem ser mais bem compreendidos a partir da definição de calor específico [1]. Quando um corpo absorve uma quantidade de calor podemos observar como consequência uma variação na temperatura. O calor absorvido pelo corpo é dado pela equação fundamental da calorimetria, que é dada por: [1] São definidos por: m = massa (dado em g); c = calor específ ico (dado em cal/gºC); Δθ = variação de temperatura (dado em ºC). A capacidade térmica de um corpo tem a ver com a quantidade de energia que este recebe e a variação de temperatura que esta causa no corpo. Suponhamos que um corpo receba ou perca uma quantidade de energia Q sem alterar seu estado de agregação. Nesse caso, podemos observar que o corpo sofrerá uma variação de temperatura ΔT [2]. [2] São definidos por: C = capacidade térmica; Q = quantidade de calor; ΔT = variação de temperatura. Em um sistema composto por corpos de materiais diferentes, termicamente isolados do meio externo, a soma algébrica dos calores trocados é igual a zero. Como podemos observar a seguir [3]. [3] Em razão de o calorímetro ser construído com paredes adiabáticas e com capacidade térmica nula para não interferir nas trocas de calor entre os corpos colocados em seu interior, o calor cedido pelos corpos com maior temperatura será igual ao calor ganho pelos corpos com menor temperatura, e o fluxo de calor só será interrompido quando todos os corpos atingirem o equilíbrio térmico. Portanto, objetivou- se nesse estudo identificar a capacidade térmica de um calorímetro onde realizou- se transferências de calor entre corpos e líquidos com diferentes temperaturas para posterior equilíbrio térmico de um primeiro sistema. Bem como a identificação do calor específico de um corpo de prova que transferiu calor a um segundo sistema até seu equilíbrio. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL O experimento constituiu- se por duas partes. A primeira parte utilizou- se um calorímetro, água fria e água quente. Sendo o sistema isolado e unindo 2 corpos com temperaturas diferentes haverá transferência de calor, e essa transferência vai do corpo mais quente para o corpo mais frio (um corpo cede calor, enquanto outro absorve). No primeiro caso ao inserir as duas misturas no calorímetro a água fria absorve calor e a água quente cede calor até o sistema, como um todo, chegue a uma temperatura de equilíbrio. A quantidade de calor que é cedida e absorvida pode ser calculada, através da massa do sistema, calor específico do sistema e da variação de temperatura (Temperatura de equilíbrio subtraída da temperatura inicial). Primeiro determinou- se a massa do calorímetro com uma balança digital, em seguida a massa do calorímetro com a água fria. Assim, teve- se acesso ao valor da massa de água fria. E também aferiu- se a temperatura inicial do sistema com um termômetro analógico. A água quente que foi inserida ao calorímetro, foi retirada do ebulidor com a temperatura de ebulição conhecida. Essa água ao ser inserida no calorímetro, após algum tempo aferiu- se novamente a temperatura de equilíbrio do sistema, ou temperatura final. Na segunda parte do experimento novamente colocou- se água fria num segundo calorímetro, e com o peso do calorímetro junto com o da água foi obtido também com o auxílio de uma balança digital, e em seguida identificou- se a massa da água fria por saber a massa desse segundo calorímetro. Para que houvesse transferência de calor inseriu - se um bloco de massa conhecida, cuja temperatura foi elevada dentro do ebulidor até o ponto de ebulição da água. Com isso igualou- se a temperatura do bloco a temperatura da água em ebulição. O bloco aquecido foi inserido no sistema calorímetro mais água fria, de modo a ceder calor ao sistema até atingir uma temperatura de equilíbrio do sistema, como um todo- bloco aquecido, mais água fria, mais calorímetro. RESULTADOS ANÁLISE E DISCUSSÃO Observando os dados encontrados para a capacidade térmica, bem como a propagação de erros da incerteza da balança digital utilizada (+/- 0,01) g e do termômetro analógico (+/- 0,5), que influenciaram como medidas diretas para o cálculo indireto de grandezas como quantidade de calor absorvido e cedido, como para o cálculo do calor específico do corpo de prova. A obtenção da capacidade térmica do calorímetro, que possibilitou a obtenção de posteriores dados para o segundo sistema estudado, pode ser obtida num primeiro sistema, cujo calor absorvido pela água fria juntamente ao calorímetro foi de (48,80 +/- 23,75) x 10^3 cal e o calor cedido pela água quente foi de (-25,02 +/- 13,10) x 10^2 cal. Logo, a capacidade térmica do calorímetro foi de (18,52 +/- 12,38) x 10^2 cal/°C. Deste modo obteve- se para o calor específico do corpo de prova o valor de 1,44 cal/g°C. Para isso, no segundo experimento, obteve- se que a quantidade de calor absorvido pela água fria juntamente ao calorímetro foi de (9819,7) cal e para o calor cedido pelo bloquinho aquecido de (1064558,292) cal. CONCLUSÃO Em virtude dos fatos supracitados, podemos concluir que através de um equilíbrio de temperatura entre materiais ou líquidos distintos, os elementos de temperatura mais elevada tanto no primeiro sistema, quanto no segundo, respectivamente com água quente e bloco aquecido, são responsáveis por ceder calor. Quanto os materiais do calorímetro, juntamente a água fria, em ambos os sistemas são os que absorvem esse calor. Podemos observar que ao entrar em equilíbrio, a somatória dos calores envolvidos, tanto o cedido quanto o absorvido, iguala- se a zero. Possibilitando dessa forma a obtenção da característica de capacidade térmica do calorímetro, cuja composição é constituída por mais de um material (primeiro sistema). Ao utilizar- se também um calorímetro no segundo sistema do experimentocomposto pelos mesmos materiais que o calorímetro do primeiro, podemos obter a característica do calor específico do corpo de prova de material puro não identificado, que transferiu calor. Para termos de comparação, o material do segundo experimento possui um calor específico maior que o da água. Logo é um bom condutor térmico. REERÊNCIAS [1] JÚNIOR, Joab Silas da Silva. "O que é calor específico?"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-calor-especifico.htm. Acesso em 20 de setembro de 2021. [2] GASPAR, A. Física. São Paulo, v.2, Ática, 2002. [3] FERREIRA, Nathan Augusto. "Calorímetro e as Trocas de Calor"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/calorimetro-as-trocas-calor.htm. Acesso em 20 de setembro de 2021. TIPLER, P. A.; Física para cientistas e engenheiros. Volume 1.6ªedição. Página 600.
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