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Audição Estende-se do pavilhão auditivo à membrana timpânica, sendo responsável basicamente pela captação do som. É formada por dois componentes: ▪ Pavilhão auditivo (aurícula) – parte visível; atua na identificação da fonte sonora no plano vertical ▪ Conduto auditivo/meato acústico externo – canal de aproximadamente 2,5 cm que estabelece a comunicação entre o meio externo e a orelha média, conduzindo o som até a membrana timpânica. Atua também como câmara de ressonância, ampliando algumas frequências sonoras. É revestido internamente por pelos e glândulas sebáceas, que produzem uma secreção protetora denominada cerúmen. Cavidade localizada no osso temporal que se estende da membrana timpânica ao promontório coclear (eminência marcada pela espira basal da cóclea). É separada da orelha interna pelas janelas oval e redonda. Atua na amplificação do som (força exercida = 20x). Comunica-se com a nasofaringe através da tuba auditiva (de Eustáquio), cujo óstio permite a equalização da pressão dos dois meios. Seus componentes são: ▪ Membrana timpânica (tímpano) – membrana elástica, semitransparente e cônica que permanece tensionada pelo músculo tensor do tímpano. Apresenta capacidade de vibração que desloca os ossículos da orelha média. *vibra na mesma frequência da onda sonora Os sons são variações audíveis na pressão do ar (vibrações) captados e interpretados pelo organismo através do sistema auditivo. O órgão responsável pela audição é a orelha, que divide-se em externa, média e interna. ORELHA EXTERNA ORELHA MÉDIA ▪ Ossículos – (1) martelo, que se liga à membrana timpânica; (2) bigorna e (3) estribo, que está acoplado à janela oval. Todos permanecem suspensos na orelha média através de ligamentos. Sua função é converter mecanicamente as vibrações do tímpano em ondas de pressão na cóclea. Isso se dá através de dois mecanismos: a) Mecanismo de alavanca – a vibração da membrana timpânica promove a vibração do martelo, que repercute na bigorna e depois no estribo = aumento de 1,4x b) Mecanismo que relaciona a área da membrana timpânica à área da base do estribo – uma força aplicada na membrana timpânica é transmitida integralmente para o estribo, que provoca uma pressão muito maior na janela oval por conta da diminuição da área de contato = aumento de 17x Atenção! → correlação clínica: Também chamada de labirinto, é formada por um esqueleto ósseo, o labirinto ósseo, dentro do qual se encontra o labirinto membranoso. Entre estes circula um líquido denominado perilinfa, enquanto que no interior do labirinto membranoso tem-se a endolinfa. A orelha interna é composta por uma parte anterior, relacionada com a audição (cóclea), e uma parte posterior relacionada com o equilíbrio (aparelho vestibular = canais semicirculares, utrículo e sáculo). Dessas estruturas nascem os segmentos aferentes que formam o nervo vestíbulo-coclear [VIII par craniano]. CÓCLEA Órgão encaracolado responsável pela audição, uma vez que acomoda as estruturas encarregadas de gerar os impulsos auditivos → realiza a transdução do estímulo, ou seja, traduz a informação mecânica (pressão) em elétrica. É formada por três espaços [escalas]: As ondas sonoras movem a membrana timpânica, a qual desloca os ossículos, que por sua vez, movem a membrana da janela oval. Por que as ondas sonoras não colidem diretamente com a janela oval? Porque a cóclea está preenchida com fluido (e não com ar), de modo que a energia sonora seria quase que totalmente refletida devido à inércia do líquido coclear. Otosclerose Doença hereditária do ouvido médio que resulta em surdez (de condução) progressiva. É causada pela formação anormal de tecido ósseo que imobiliza progressivamente o estribo, impedindo que as vibrações sonoras passem dos ossículos para o ouvido interno ORELHA INTERNA 1. Escala vestibular (mais superior) – comunica-se com a orelha média através da janela oval 2. Escala timpânica (mais inferior) – comunica-se com a orelha média através da janela redonda *As escalas vestibular e timpânica são preenchidas pela perilinfa – líquido rico em Na+ - e comunicam-se entre si através do helicotrema, orifício situado no ápice da cóclea. 3. Escala média – situada entre as escalas vestibular e timpânica. É delimitada superiormente pela membrana de Reissner (separa-a da escala vestibular) e inferiormente pela membrana basilar (separa-a da escala timpânica). Nela está contida a endolinfa – líquido rico em K+ – e o órgão de Corti. Observação: bomba de sódio e potássio invertida ÓRGÃO DE CORTI Estrutura que contém os receptores auditivos (é responsável pela transdução), estando apoiado sobre a membrana basilar. É formado pelas seguintes estruturas: • Bastões de Corti – sustentam a lâmina reticular • Lâmina reticular – fina camada de tecido que separa a endolinfa da perilinfa • Células de sustentação – sustentam as células ciliadas • Células ciliadas = receptores auditivos - são células dotadas de estereocílios que atuam na amplificação do som e estão fixadas entre a lâmina reticular e a membrana basilar. Dividem- se em células ciliadas internas (dispõem-se em uma única fileira; em média 3500; discriminação de diferentes sons) e externas (dispõem-se em três fileiras; entre 15 e 20 mil; amplificação do som). Essas células fazem sinapses com neurônios cujos corpos celulares estão no gânglio espiral. • Membrana tectorial – membrana acelular e gelatinosa responsável pela deflexão e hiperflexão dos estereocílios (está situada acima destes, os quais a penetram). *O movimento dos cílios gera o potencial de ação Atenção: Todas essas estruturas estão rigidamente conectadas entre si e movem-se como uma unidade Recapitulando: O deslocamento da membrana basilar excita as terminações dos cílios: • A vibração da membrana basilar agita as células ciliadas, ocasionando a deflexão dos estereocílios nos pontos de contato com a membrana tectórica • O movimento dos cílios induz a abertura de canais iônicos dependentes de estiramento, ocasionando a despolarização da célula (potencial receptor) através de um influxo de íons K+ provenientes da endolinfa • A despolarização é transmitida para o polo inferior da célula, resultando na abertura dos canais voltagem dependentes de Ca+2. O influxo de íons cálcio leva à liberação de um neurotransmissor (normalmente glutamato = excitatório) pelas vesículas sinápticas • O NT ativa os axônios do gânglio espiral, gerando um PA que será levado ao córtex MECANISMO DE TRANSDUÇÃO → As ondas sonoras são captadas pelo pavilhão auditivo e conduzidas pelo meato acústico → Vibração da membrana timpânica → Transmissão da vibração para os ossículos pelo sistema de alavanca (martelo-bigorna-estribo) → Base do estribo pressiona a janela oval e induz a movimentação da perilinfa → A membrana basilar é empurrada 1. Uma vez que o estímulo mecânico é convertido em um sinal elétrico, esse impulso chega aos neurônios de 1ª ordem localizados no gânglio espiral 2. As aferências do gânglio espiral chegam nos núcleos cocleares do bulbo através do nervo vestíbulo-coclear 3. A informação sonora segue por uma via que passa, sequencialmente, pelos seguintes núcleos:oliva superior (ponte), colículo inferior (mesencéfalo), geniculado medial (tálamo) → *ordem núcleos: C – Os – Ci - Gm 4. Após chegar ao núcleo geniculado medial, a informação sonora é encaminhada para o córtex auditivo Classificação: Via binaural – termina de forma simétrica nos dois hemisférios Via binaural intermediária – cerca de 70% das fibras vão para o hemisfério contralateral Via monoaural - 100% das fibras terminam no lado contralateral *Córtex auditivo (área auditiva primária) → Está localizado no lobo temporal, mais precisamente no giro temporal superior (áreas 41 e 42 de Brodmann). Sua função é identificar e decodificar o estímulo auditivo, associando-o com outras regiões corticais. Cada região da cóclea – e sua corresponde área acústica no córtex - é mais sensível a uma determinada frequência [em razão do aumento da espessura da membrana basilar à medida que ela se estende da base para o ápice → ressonância] *parte anterior = frequências menores (sons graves) = ápice da cóclea *parte posterior = frequências maiores (sons agudos) = base da cóclea VIAS AFERENTES DA AUDIÇÃO + Modulam a atividade das células ciliadas externas, inibindo sua contração, e, consequentemente diminuindo as otoemissões acústicas + Melhoria da discriminação sonora: promove a diminuição do PA do nervo auditivo em ambientes silenciosos e aumento do PA em ambientes ruidosos, contribuindo para a percepção sonora seletiva → ex: conversa em um local barulhento = a voz da pessoa se sobressai ao barulho TONOTOPIA COCLEAR VIAS EFERENTES DA AUDIÇÃO
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