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NOÇÕES INTRODUTÓRIAS - (Direito das Sucessões)

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DIREITO DAS SUCESSÕES 
 
NOÇÕES INICIAIS EM DIREITO DE SUCESSÕES 
Conceito 
Suceder: é o mesmo que substituir, tomar o lugar de outro. 
 
Sucessão: é a substituição do titular de um direito, em relação a 
coisas, bens, direitos ou encargos (Sebastião Luiz Amorim). 
É a substituição do sujeito ou do objeto de uma relação jurídica, 
o que é chamado de sub-rogação pessoal ou sub-rogação real, 
respectivamente (Farias e Rosenvald). 
 A sucessão pode ocorrer por ato inter vivos ou causa mortis 
(sentido amplo). 
 
Sucessão causa mortis: é a que teve como causa geradora da 
transmissão a morte. Nesse sentido estrito está o objeto de estudo do 
Direito das Sucessões. 
Paulo Nader observa que na sucessão transfere-se a titularidade 
das relações jurídicas de natureza econômica em que o falecido 
figurava no polo ativo ou passivo, pois também são transmissíveis as 
dívidas. Ou seja, os herdeiros recebem o patrimônio e a dívida. 
 As relações personalíssimas serão extintas: direitos de 
personalidade (imagem, integridade física), estado familiar, direitos 
políticos. 
Pressupostos: Falecimento de alguém, titular de um patrimônio; 
Sobrevida de outras pessoas, chamadas para recolher o patrimônio, 
chamado de herança. 
 
Herança: É o conjunto de relações jurídicas patrimoniais que eram 
titularizadas pelo falecido e que se transmite aos seus sucessores 
(Chaves e Rosenvald). É o objeto do Direito de Sucessões. 
 
Direito das sucessões: Regulamenta a substituição do sujeito (ativo 
ou passivo) de uma relação jurídica em razão do óbito do seu titular 
(Chaves e Rosenvald). 
Paulo Nader diz que Direito das Sucessões é a parte do Direito 
Civil que estabelece normas sobre a transmissão causa mortis do 
acervo patrimonial. 
Maria Helena Diniz diz que é o direito por meio do qual alguém 
recolhe os bens da herança. 
Para Carlos Maximiliano: Sentido objetivo – é o conjunto de 
normas que regula a transmissão de bens em consequência da morte; 
Sentido subjetivo – é o direito de suceder, isto é, o direito de receber 
o acervo hereditário. 
 
RESUMO 
A palavra sucessão significa um ato pelo qual uma pessoa assume o 
lugar de outra, substituindo-a na titularidade de determinados bens e 
direitos. No Direito Civil, o vocábulo sucessões é utilizado para designar 
a sucessão causa mortis, ou seja, a transmissão do patrimônio do de 
cujus a seus sucessores. 
Ressalta-se que o direito de herança é um direito e garantia 
fundamental, pois está disciplinado no art. 5º, XXX, da CF. 
Art. 5º, XXX – é garantido o direito de herança; 
 
Dessa forma, podemos definir o direito das sucessões como o 
conjunto de princípios jurídicos que disciplinam a transmissão do 
patrimônio de uma pessoa que morreu aos seus sucessores. 
O Código Civil trata do assunto dividindo-o em quatro partes: 
• sucessão em geral; 
• sucessão legítima; 
• sucessão testamentária; e 
• inventário e partilha. 
 
Tipos de sucessões 
• Sucessão Legítima – é a que resulta da lei; 
• Sucessão Testamentária – é a transmissão da herança por 
meio do testamento; 
• Sucessão Mista – é a transmissão de parte dos bens segundo 
a lei e de parte segundo o testamento. 
 
Sujeitos da sucessão 
Sujeito ativo: A pessoa que morre, deixando o patrimônio, o de 
cujos ou o autor da herança. 
Sujeito passivo: As pessoas que sucedem ao autor da herança 
ou sucessores. 
 
Espécies de sucessores 
Herdeiros legítimos: Quando os sucessores recebem o 
patrimônio por integrarem o rol determinado na lei. Entre os herdeiros 
legítimos, há os que possuem presença obrigatória na sucessão e, por 
isso, são chamados herdeiros necessários. 
Quando os sucessores recebem o patrimônio em razão da 
instituição em testamento eles são chamados: 
• herdeiros testamentários, quando recebem uma quota-parte 
ideal da herança; ou 
• legatários, quando recebem um bem ou direito específico. 
 
Modalidade de sucessão 
• A título universal: os sucessores participam da sucessão 
mediante quotas, não necessariamente iguais. O herdeiro é chamado 
a suceder na totalidade da herança, fraça ou porcentagem. 
Pode ocorrer na sucessão legítima como na testamentária. 
• A título singular: os sucessores participam da sucessão de 
bens determinados, especificados pelo autor da herança. Quando a 
transferência é de bens determinados a pessoas determinadas. 
Ocorre apenas na sucessão testamentária. 
 
Abertura da sucessão 
Ocorre pelo evento morte, que pode ser real ou presumida, sendo 
essa última pode ser de dois tipos: 
• Morte presumida sem declaração de ausência 
• Morte presumida com declaração de ausência 
 
Na morte presumida sem declaração de ausência, o juiz fixará a 
data provável do falecimento. 
Ocorre quando: 
For extremamente provável a morte que se encontrava em 
perigo de vida; 
A pessoa, em campanha ou prisioneiro, não for encontrado até 2 
anos após o fim da guerra. 
 
Na morte presumida com declaração de ausência, o juiz decreta 
a ausência de quem desapareceu e nomeia curador responsável pela 
arrecadação dos bens. 
Um ano após a arrecadação (ou 3 anos se deixou procurador), 
abre-se a sucessão provisória. Depois de 10 anos do trânsito em 
julgado (ou 5 anos se ausente completar 80 anos), podem os 
interessados requererem a abertura da sucessão definitiva. 
Antes da sucessão definitiva, caso o autor da herança retorne, os 
herdeiros lhe devolverão os bens. Os frutos e rendimentos não serão 
devolvidos caso se prove que a ausência foi voluntária e injustificada. 
Neste caso, os frutos e rendimentos ficam para o herdeiro. 
Se o autor voltar nos 10 seguintes anos a abertura da sucessão 
definitiva, receberá os bens no estado em que se encontram ou os sub-
rogados. 
 
Comoriência 
Quando pessoas de uma mesma família morrem em um mesmo 
evento ou em eventos distintos na mesma data, verificar-se-á se é 
possível determinar o momento da morte de cada uma das pessoas. 
Caso não seja possível, ocorrerá a comoriência, ou seja, a morte 
simultânea. 
 
Lugar da sucessão 
O lugar da sucessão é o último domicílio do falecido. 
Sem domicílio certo, é o lugar em que os bens se encontrarem. 
Em caso de duplo domicílio, usa-se a regra da prevenção. 
Fixa a competência para processar e julgar o inventário do 
falecido. 
 
Lugar da sucessão domiciliado no exterior 
Caso o inventário de uma pessoa domiciliada no exterior precise 
ser processado no Brasil, o lugar da sucessão será último domicílio no 
Brasil antes de ter domicílio no exterior. 
Sem nunca ter tido domicílio no Brasil, o lugar em que os bens 
se encontram. 
 
CPC x LINDB 
Art. 23. CPC. Compete à autoridade judiciária brasileira, com 
exclusão de qualquer outra: 
II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à 
confirmação de testamento particular e ao inventário e à 
partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da 
herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio 
fora do território nacional. 
 
O inventário será processado no Brasil quando houver bens 
imóveis situados no país. 
 
 
Art. 10. LINDB. A sucessão por morte ou por ausência 
obedece à lei do país em que domiciliado o defunto ou o 
desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos 
bens. 
§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, 
será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou 
dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que 
não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus. 
 
O Direito Material a ser aplicado é Lei do domicílio do falecido, 
com uma exceção prevista na CF. Isto significa que o juiz brasileiro 
pode ter que aplicar a lei de país estrangeiro. 
 
Conflito de leis sucessórias no tempo 
As regras aplicáveis à sucessão são as vigentes à época em que 
se verificou a morte do titular. 
No testamento, há aplicação da lei do tempo da feitura quanto 
aos aspectos formais, mas a capacidade para suceder corresponderáà 
lei ao tempo da abertura da sucessão. 
 
Pacto sucessório 
É o contrato que tem por objeto disposições a respeito da 
herança de pessoa viva. 
Também é chamado de pacto corvina. 
É expressamente proibido pelo Código Civil: “Não pode ser objeto 
de contrato a herança de pessoa viva”

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