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Nathalya Karen Anemias Anemia Aplástica Pancitopenia É a diminuição no hemograma das três linhagens celulares: eritrócitos, leucócitos e plaquetas, em decorrência de diversas causas, que podem ser divididas em: diminuição de produção da medula óssea ou aumento da destruição periférica. CONCEITO A anemia aplásica, hipoplástica ou aplasia de medula óssea é uma doença rara caracterizada por pancitopenia no sangue periférico e hipocelularidade acentuada na medula óssea, e sem evidência de infiltração neoplásica, mieloproliferativa ou fibrose. A biópsia de medula será intensamente hipocelular, substituída por gordura, portanto, não há formação adequada das células sanguíneas normais, o que reflete nos achados do mielograma, na qual serão vistos escassos linfócitos, plasmócitos e fibroblastos. EPIDEMIOLOGIA Sua incidência varia de 1,5-6 casos/10.000.000 habitantes por ano; Maior prevalência no sudeste asiático, provavelmente associada à exposição exacerbada de toxinas e vírus; No Brasil, apresenta indicie de 2,1 casos por ano; Nathalya Karen Anemias Há uma leve predominância no sexo masculino, com distribuição bifásica da faixa etária, com picos entre 15 a 25 anos, e acima de 60 anos de idade. CLASSIFICAÇÃO E ETIOLOGIA Em relação a sua etiologia, pode ser dividida em: 1. Primária ou constitucional (congênita):. Anemia da Fanconi, disceratose congênita, Síndrome de Schwachman-Diamond, trombocitopenia amegacariocítica. 2. Secundária ou adquirida: ocorre quando não há qualquer fator predisponente para o seu desenvolvimento e constitucional quando há associação a determinadas doenças congênitas, genéticas ou familiares: Drogas, radiação, substâncias químicas, vírus, doenças do tecido conjuntivo, gravidez, idiopática. Mais comum, correspondendo a pelo menos 2/3 dos casos. Em relação a sua gravidade, pode ser dividida em: Moderada Severa (AAS): há a presença de pelo menor dois desses achados no sangue periférico: - neutrófilos < 500/µL; - contagem de plaquetas < 20.000/µL; - contagem de reticulócitos < 20.000/µl; Sempre associados à celularidade de medula óssea inferior a 30% (moderadamente hipocelular) ou 20% (intensamente hipocelular). Muito severa (MS): - Apresenta neutrófilos < 200/µL. Nathalya Karen Anemias FISIOPATOLOGIA Os mecanismos responsáveis pelo desenvolvimento da anemia aplástica adquirida não são totalmente conhecidos, e incluem: a. Lesão intrínseca da célula progenitora hematopoiética b. Participação imune no desencadeamento e manutenção das citopenias Ocorre diminuição substancial do número de células-tronco hematopoiéticas pluripotentes e uma falha das remanescentes ou uma reação imunológica contra elas, o que as torna incapazes de se dividir e de se diferenciar suficientemente para povoar a medula óssea. Células mononucleares do sangue ou da medula óssea de pacientes com anemia aplástica inibem a formação de colônias hematopoiéticas de células obtidas de uma medula normal, e a remoção das células T das amostras dos pacientes aumentava a formação das colônias. Essas células T citotóxicas produzem mais γ-interferon e Fator de Necrose Tumoral (TNF), ambos reconhecidamente inibidores da formação de colônias hematopoéticas in vitro, logo causam dano autoimune a essas células. Também o sangue e a medula óssea de pacientes contêm um número aumentado de linfócitos citotóxicos ativados, e tanto o número quanto a atividade dessas células diminuem após a terapia com globulina antitimocítica. O γ-interferon e o fator de necrose tumoral suprimem a hematopoese pelo seu efeito no ciclo mitótico, determinando a morte celular. A apoptose é iniciada pela indução da expressão do receptor Fas nas células CD34 (expressadas pelas células desses pacientes), bem como a ativação deste receptor por seus ligantes, o que reflete um numera aumentado de células apoptóticas nesses pacientes. A participação do sistema imune na fisiopatologia da anemia é confirmada pelo fato de que após tratamento imunossupressor e após transplantes alogênicos ocorre melhora da função hematopoiética, ou por diminuição da sua atividade ou pela interrupção do processo autoimune induzido pelo condicionamento. c. Perturbações do microambiente da medula óssea; d. Mutações no gene da telomerase e encurtamento telomérico O complexo do gene da telomerase é fundamental para compensar o desgaste constante dos telômeros (extremidades dos cromossomos) a cada divisão celular, cujo encurtamento leva à senescência replicativa e à morte celular. As mutações nos genes da telomerase (TERT e TERC) estão associadas a formas congênitas, como a disceratose congênita. Cerca de 1/3 dos pacientes com a forma adquirida têm telômeros mais curtos e 10% têm mutações. Nathalya KarenAnemias Em relação a sua etiologia: Uso de medicamentos: Agranulocitose e anemia aplástica são os distúrbios hematológicos secundários a medicamentos mais frequentes. Cloranfenicol é uma das drogas mais implicadas na etiologia da anemia aplástica (o risco estimado é de 1/20.000 a 1/60.000). O bezeno e seus derivados são os agentes químicos que mais comumente induzem a pancitopenia. Essas substâncias são transformadas em epóxido de benzeno, reagindo com ácidos nucleicos e proteínas, levando à lesão celular. Exposição a agentes químicos: Em especial, pacientes expostos a esses agentes químicos, possuem células tronco pluripontentes mais vulneráveis a alterações genéticas e a agentes externos. Apresenta um período de latência de seis a oito semanas entre o “evento” inicial e o início da pancitopenia. Infecção viral: O vírus infecta as células da M.O, e induzem ao dano, seja por lesão celular direta, ou indiretamente por mecanismo imune. Apresenta um período de latência de seis a oito semanas entre o “evento” inicial e o início da pancitopenia. Gestação: A associação da anemia aplástica com a gestação parece ser circunstancial, desconhecendo-se qualquer relação etiológica Defeito na medula óssea: Também foi sugerido um defeito primária no microambiente da M.O, mas essa situação é rara, pois o sucesso no transplante de células-tronco (TCT), mostra que as células normais do doador são capazes de se desenvolver na cavidade medular do receptor. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS A maioria dos pacientes procura auxílio médico devido aos sintomas resultantes da queda dos valores hemantimétricos. As três séries podem estar diminuídas (eritrócitos, neutrófilos e plaquetas), porém a intensidade delas pode diferir e, por isso, a sintomatologia relacionada a uma linhagem hematopoiética pode ser mais expressiva. Nathalya Karen Anemias As manifestações secundárias a trombocitopenia são alarmantes e geralmente são os primeiros sintomas a serem observados: Petéquias; Sangramento gengival; Epistaxes; Metrorragia; Além de: Dispneia; Infecções de boca e garganta; Astenia; Fadiga; Cefaleia; • Anemia de Fanconi - Possui herança autossômica recessiva e quase sempre se associa a retardo de crescimento e defeitos congênitos do esqueleto (microcefalia, ausência do radio ou de polegares), do trato renal (rim pélvico ou em ferradura) e da pele (áreas de hipo e hiperpigmentação), além de às vezes ocorrer retardo mental. - Células de pacientes com essa anemia mostram uma frequência anormalmente elevada de quebras cromossômicas espontâneas, devido à alteração da FANCD2, que protege células contra dano genético. - Idade de aparecimento: 5-10 anos; - Tratamento: andrógenos e/ ou TCT • Síndrome de Schwachman- Diamond - Distúrbio genético autossômico recessivo raro, com insuficiência da M.O, na qual há defeitos na biossíntese e na função dos ribossomos. - Caracterizado por grau variável de citopenias, especialmente neutropenia, com propensão a evoluir para mielodisplasia ou leucemia mieloide aguda. - Caracterizado também por disfunção exócrina do pâncreas, anomalias esqueléticas, doença hepática e baixa estatura. • Disceratose Congênita - Raro distúrbio com herança ligada ao sexo; - É associado a mutações nos genes DKC (discernia) ou TERC (transcriptase reversa telomerase do molde de RNA), ambos envolvidos na manutenção do comprimento do telômero. - Ocorre atrofia das unhas e da pele, anemia aplástica e alto risco de desenvolvimento de câncer. DIAGNÓSTICO A doença deve ser diferenciada de outras causas de pancitopenia. Histórico familiar Clínico Exames laboratoriais - Pancitopenia; - Hemácias normo e macrocíticas; Nathalya Karen Anemias - Reticulocitopenia; - Leucopenia; - Neutropenia absoluta: é de importância prognóstica, pois quando a contagem é menor que 200 neutrófilos/µL, é alto o risco de complicações infecciosas graves. - Megacariócitos: diminuídos ou ausentes; - Plaquetopenia: porém qualitativamente normais; - Ferritina e eritopoetina elevadas: Ferritina plasmática estará aumentada no início, devido à baixa utilização do ferro, e os pacientes maciçamente transfundidos terão níveis de ferritina muito elevados. A produção de eritropoetina também estará aumentada, resultante do estímulo induzido pela anemia persistente. OBS: Todos os pacientes portadores de anemia aplástica abaixo de trinta anos de idade devem ser submetidos a estudo citogenético sensibilizado com agentes clastogênicos como o Diepoxibutano (DEB), a mitomicina ou a cisplatina, para excluir a presença da anemia de Fanconi em pacientes sem defeitos somáticos evidentes. Punção de medula óssea e biópsia: - Revela espículas ósseas substituídas por material gorduroso e poucas células hematopoéticas; - A celularidade se concentra apenas em células do estroma, macrófagos contendo pigmento férrico, linfócitos, plasmócitos e raríssimos elementos das linhagens granulocítica, eritroide e megacariocítica. Mielograma - M.O mostra hipoplasia, com perda de tecido hematopoético e substituição por gordura (em cerca de 75% dos espaços medulares); Estudo citogenético: usualmente normal. - A avaliação de quebras cromossômicas, após a exposição a substâncias clastogênicas (diepoxibutano, mitomicina, cisplatina) deverá ser realizada em todos os pacientes com menos de trinta anos ou nos casos suspeitos, para se afastar a anemia de Fanconi. - Para afastar a hipótese de hemoglobinúria paroxística noturna deve-se realizar a citometria de fluxo, testando-se os eritrócitos para CD55 e CD59, na qual a sua baixa expressão ou ausência é observada na HPN. DIAGNÓSTICO DIFERENCIALNathalya Karen Anemias Hemoglobinúria Paroxística Noturna (HPN): é uma doença clonal da Célula-Tronco Hematopoética (CTH), que resulta na produção de células sanguíneas exibindo alterações características. É uma doença hematológica adquirida rara, que apresenta três características clínicas básicas, com expressão variada: hemólise intravascular, tendência à trombose e insuficiência da medula óssea. TRATAMENTO O tratamento específico deve ser estabelecido conforme a gravidade da doença, idade do paciente e a disponibilidade de irmãos doadores potenciais de células- tronco. A gravidade é avaliada pelas contagens de reticulócitos, neutrófilos e plaquetas, e pelo grau de hipoplasia da M.O. Visa: I. Regeneração da hematopoese deficiente Remoção de agentes causadores A causa se conhecida, deve ser eliminada (p. ex., suspensão da radiação ou de uso de fármacos). Tratamento da doença de base Terapia imunossupressora* Imunossupressores comprovadamente eficazes são: Globulina Antilinfocítica (GAL) ou antitimocítica (utilizada associada a corticosteroides, para prevenir a doença do soror induzida por esse medicamento e seus efeitos colaterais); Ciclosporina A (CSA) Corticosteroides (usados em conjunto, pois isoladamente aumentam o risco de infecção). Alemtuzumabe (anti- CD52, Campath): eficaz em cerca de 50% dos pacientes. Usado em caso de falta de resposta á ALG. Melhor resultado: GAL + CSA OBS: há grandes taxas de recaída após o tratamento imunossupressor ocorre em 20 a 45%, e nessas circunstâncias se aconselha um segundo ciclo de imunossupressão com possibilidade de resposta em 30 a 40% dos casos. Transplante de medula óssea* Aplicado nos pacientes com anemia aplástica severa, com menos de 50 anos e que possua doadores aparentados HLA-idênticos; O numero de transfusões previas ao transplante e o intervalo entre o diagnóstico e o procedimento interferem no resultado. Pacientes submetidos a menos de 15 transfusões e cuja doença tem duração inferior a dois meses têm os melhores resultados, alcançando cura definitiva em mais de 90% dos casos. Logo, quanto menor o n° de transfusões e a duração da doença, melhor o resultado. Nathalya Karen Anemias No Brasil os resultados deste último grupo de pacientes têm melhorado com a combinação de bussulfano e ciclofosfamida como regime de condicionamento para o transplante; Complicações: infecções prévias ao transplante, rejeição e doença do enxerto contra o hospedeiro. Regeneração hematopoética definitiva e completa Mortalidade secundária ao tratamento Desenvolviem ento da doença clonal hematológica Terapia imunossupressora Menos comum baixa Significativo Transplante de medula óssea Mais comum Alta Não ocorre Terapia imunossupressora Pacientes mais velhos com contagem de granulócitos > 500ul Transplante de medula óssea Pacientes jovens com contagem de granulócitos < 500/ ul II. Reduzir os riscos determinados pelas citopenias Medidas de suporte Tratamento inicial; Baseia-se na reposição de plaquetas e hemácias e na prevenção e controle das infecções; Reposição de hemácias: realizada em caso de Hb < 6,0 g/dl; Reposição de plaquetas: em caso de situações de sangramento ativo ou quando a contagem tiver < 10.000 ul. Aconselha-se que os componentes sanguíneos a serem transfundidos sejam previamente irradiados e filtrados no momento da infusão com o objetivo de reduzir o índice de rejeição nos pacientes transplantados; OBS: neutropenia < 500/ul ocorre aumento do risco de infecções bacterianas e fungicas, sendo mais preocupante quando atinge < 200/ ul. OBS: Em caso de trombocitopenia severa prolongada, pode ser usado um agente antifibrinolítico (p. ex., ácido tranexâmico). PROGNÓSTICO • Cura completa ou parcial > 70% dos casos • Intensidade • A intensidade da neutropenia, a refratariedade ás transfusões plaquetárias, o retardo no diagnóstico e no início da terapêutica específica, e o tratamento de suporte inadequado são fatores prognósticos desfavoráveis. Nathalya Karen Anemias Transplante de medula CONCEITO É a enxertia de células- tronco hematopoéticas com objetivo de corrigir um defeito qualitativo ou quantitativo na medula óssea. INDICAÇÕES Doenças hematológicas malignas e não malignas. Por ex.: Anemia aplástica grave Imunodeficiências; Erros inatos do metabolismo; Tumores sólidos; Doenças autoimunes. FORMAS DE REALIZAR Tipos: SINGÊNICO: Doador = gêmeo univitelínico (clone, alta compatibilidade devido à expressão genética ser muito semelhante). ALOGÊNICO: Doador aparentado ou não; Houve sucesso no transplante quando: há proliferação no receptor permanentemente (as cél. fazem uma nova M.O nesse receptor) e há um novo sistema imune que tolere os tecidos do receptor; Escolha do doador: Primeiramente tipifica o antígeno leucocitário humano (HLA); Preferencia por doador familiar (maior chance de compatibilidade do HLA); Se não existir, busca nos registros de doadores voluntários. Regime preparativo (condicionamento):Nathalya Karen Anemias Serve para reduzir ou erradicar uma doença maligna existente; Induzir a imunossupressão no receptor para este aceitar o enxerto. Tipos: Mieloablativos: faz a combinação de agentes quimioterápicos e irradiação parcial ou corporal total, com doses maciças de habitualmente letais sem a infusão posterior de CTH. É tão forte que ele nunca mais produz nenhuma célula sanguínea; Não mieloablativos e de intensidade reduzida: utiliza agentes imunossupressores ou quimioterápicos em doses reduzidas, que permitem a enxertia das CTH, so que com menos efeitos tóxicos. Recuperação medular: Ocorre gradualmente após a pega do enxerto. Em até 3 meses, ocorre recuperação dos granulócitos, plaquetas e eritrócitos. Posteriormente há restauração da imunidade humoral e celular. OBS: processo lento, pode não ser completa mesmo após 2 anos. Toxicidade: Tubo digestivo – mucosite (inflamação das mucosas, desde a boca até o anus, devido ao uso da quimioterapia e da radiação) - Ocorre desnudamento das mucosas; - perda da barreira contra microrganismos. Hepática – síndrome de obstrução sinusoidal - Ascite, aumento de peso e icterícia; - Principal causa de óbito precoce juntamente com infecções em pacientes que fizeram transplante alogênico. AUTÓLOGO: “Doador” = próprio paciente; Uso da própria M.O ou do sangue periférico do paciente; Usado nas doenças na qual pode-se infundir as CTH sem contaminação com células malignas; Princípios: Faz altas doses de quimioterapia para eliminar a doença de base e posteriormente regata a função medular através da “reinserção” das CTH. Complicações: Relacionadas apenas á toxicidade do condicionamento, pois já que é a própria M.O do paciente, não vai ocorrer problemas de incompatibilidade; Maior potencial de recaída, pois não há efeito do sistema imunológico novo, logo não há efeito do enxerto contra a neoplasia. Nathalya Karen Anemias FONTES DE CTH Medula óssea Paciente anestesiado no centro cirúrgico, realiza múltiplas punções nas cristas ilíacas para coletar essas células; Objetivo: coleta de no mínimo 200.000.000 ml/Kg de células nucleadas; Volume: 10 ml/Kg do doador. Sangue periférico O numero de células tronco é bem menor, logo adm fatores de crescimento, que irão mobilizar essas células para a periferia e realizar quimioterapia em caso de presença de doença residual (princ.. no transplante autólogo); Vantagens: técnica mais rápida e menor chance de recaída; Desvantagens: maior frequência de doença do enxerto contra o hospedeiro e mortalidade tardia. Sangue do cordão umbilical Nele há altas concentrações de CTH; Porem o volume é muito baixo, suficiente apensas para pacientes abaixo de 30 kg; Logo, faz o uso de duplo cordão (em caso de banco publico, junta o cordão de varias pessoas). Além disso estão desenvolvendo técnicas de ampliação do numero de células. COMPATIBILIDADE É feito pela tipificação dos antígenos do complexo de histocompatibilidade classes I e II, loci A, B, C, DR, e DQ (logo temos 10 no total: IA, IB, IC, IDR, IDQ e IIA...) Doador 100% compatível: 10/10; Cada incompatibilidade reduz a sobrevida em cerca de 10%. Nathalya Karen Anemias RISCOS Infecções prévias ao transplante - Bacterianas (devido a quebra da barreira mucosa ou por uso de cateter central, por citopenias (queda do estado imunológico) – Deve-se fazer o uso de antibióticos profiláticos. - Neutropenia prolongada: maior risco de infecção fungica; - Herpes simples é comum, logo faz se uso profilático de aciclovir; - Comum tbm a infecção pelo vírus sincicial respiratório. Mucosite - Relaciona com a intensidade do condicionamento; - Clínica: dor na boca e esôfago, vômitos, diarreia e dificuldade de se alimentar. Doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH) - Ocorre apenas no transplante alogênico; - Acontece pelas células T infundidas junto com as CTH, que reagem contra alguns tecidos do receptor; - Nos estágios mais graves é pouco frequente (+- 10%), provavelmente pelo fato de o regime preparativo ser menos intenso; DECH aguda: Afeta a - Pele: eritema maculopapular, princ.. em palma das mãos e planta dos pés; - Trato digestivo: vômitos, dor abdominal; - Fígado: alteração de bilirrubinas e enzimas hepáticas. Estádios avançados tem alta mortalidade; Imunoprofilaxia com ciclosporina, metotrexato, tacrolimus, corticoesteroides, etc. OBS: se impedir totalmente o aparecimento da DECH aumenta o risco de recaída da doença original e rejeição! DECH crônica Fisiopatologia não é bem definida; Forma limitada: manifestações leves em apenas um tecido ou órgão; Forma extensa: intensa e em múltiplos órgãos, e mortalidade que pode chegar a 80%. Rejeição do enxerto - ocorre em 10% dos casos; - Depende da compatibilidade e do n° de células infundidas; - Em casos ideais o índice é <5%; - Pode ocorrer precocemente (falha primária de pega) ou tardiamente após total recuperação hematopoética.Nathalya Karen Anemias - A rejeição tardia pode ser revertida pela reintrodução da imunossupressão ou pelo retransplante, diferente da precoce. Recaída da doença - Princ. em doenças em estádio mais avançado, em caso de depleção das células T e em caso de resistência prévia aos agentes citotóxicos (p. ex. em caso de quimioterapia que não houve resultado); - Pode-se fazer uma infusão de linfócitos do doador. Isso pode induzir a remissão e até mesmo a cura quando detectada recaída, dependendo da doença de base. Infecção por citomegalovírus - Latente em 90% da população; - Manifesta-se devido à imunodeficiência em formas graves; - Clínica: pneumonite intersticial, gastroenterite, hepatite e encefalite. Referências: Tratado de hematologia de Zago; Fundamentos em Hematologia de A.V Hoffbrand, 6° edição; Diretrizes: Anemia Aplástica grave: tratamento, da Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, 2008; Cartilha do Hemorio: Anemia Aplástica – orientações básicas aos pacientes e familiares, 2014. Manual Transplantes de Medula óssea no Brasil: dimensão bioética de Marcelo Moreira e colaboradores, 2012. Nathalya Karen Anemias Nathalya Karen Anemias Nathalya Karen Anemias
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