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A2-LegislacaoTrabalhista

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA 
ADMINISTRAÇÃO 
TÓP ESP LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E PREVIDÊNCIA 
 
 
 
 
 
 
LILIANE GOMES PANDOLPHO 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE DE AVALIAÇÃO INDIVIDUAL - AVA2 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2020 
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LILIANE GOMES PANDOLPHO 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE DE AVALIAÇÃO INDIVIDUAL – AVA2 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho avaliativo apresentado ao curso de 
Administração, da Instituição Veiga de 
Almeida, como requisito para aprovação na 
disciplina Tóp Esp Legislação Trabalhista e 
Previdência do 2º semestre. 
 
Professor: Celso Luís Salgado Ferreira 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2020 
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1- A empresa me propôs acordo, para rescisão de meu contrato de trabalho; se eu 
o aceitar, perco algum direito além da multa de 40% do FGTS, que terei de 
devolver? 
 
Resposta: Não. De acordo com o Artigo 484-A da Reforma Trabalhista de 2017, 
descrita na Lei 13.467 do ano de 2017, o acordo entre empregador e empregado 
para rescisão contratual passou a ser legal de forma em que o empregador 
passa a dever as seguintes verbas trabalhistas: metade do aviso prévio, isto é, 
prazo de 15 dias, caso seja indenizado e as demais verbas trabalhistas devem 
ser pagas em sua integralidade (salário, férias, 13º salário, etc) bem como o 
saque de 80% do saldo do FGTS. O empregado perde apenas seu direito ao 
benefício do seguro-desemprego. 
 
2- Se eu não cumprir o aviso prévio, a empresa pode me cobrar? 
 
Resposta: Sim. Como descrito no Artigo 7º, inciso XXI da Constituição Federal, 
asseguram o direito aviso prévio ao empregado, não havendo qualquer menção 
ao empregador. Entretanto o Artigo 487, inciso 2°, da CLT passa o direito à 
empresa. 
Como o comando maior é da Constituição, entende-se que este direito não se 
estende ao empregador, porém, a Justiça do Trabalho analisa em uma 
interpretação diferente e entende que o empregador também faz jus deste 
direito. Desta forma, levando-se em conta o CF/88 como comando maior, não se 
deveria poder cobrar, contudo, ao considerar o Artigo 487 da CLT, o empregador 
poderá cobrar. 
 
3- Fui demitido (a) e a empresa me disse que vai parcelar o pagamento do meu 
acerto. Ela pode fazer isto? 
 
Resposta: Não. As verbas rescisórias devidas ao trabalhador, em todos os casos 
de rescisão de contrato, devem obrigatoriamente ser-lhes pagas no ato da 
rescisão contratual, como descrito no Artigo 477, inciso 6º, da CLT, ocorrendo o 
cumprimento do aviso prévio até o primeiro dia útil; após o seu término, se assim 
não houve, até dez dias depois de seu afastamento. 
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Registra-se que, nas demissões sem justa causa, o depósito da multa é de 40% 
do total do FGTS tem que ser efetuado antes das datas legais para o pagamento 
de acerto rescisório, descritas no parágrafo anterior. 
 
4- A empresa em que trabalho não paga os salários em dia, não registra a carteira 
de trabalho, não deposita o FGTS, não paga férias nem 13° salário; o que posso 
fazer? 
 
Resposta: As situações citadas no enunciado infligem os direitos do empregado, 
tão logo, o empregado fica autorizado da autorização direta à Justiça do 
Trabalho uma demissão de Justa Causa perante o empregador, comprovando 
que as irregularidades vindas realmente acontecem, podendo obter como provas 
gravações telefônicas, testemunhas, documentos e mensagens eletrônicas. 
 
Outra forma é o empregado caso quiser pedir rescisão indireta deve trabalhar 
até o dia imediatamente anterior ao ajuizamento da ação, para não ser acusado 
de abandonar o emprego, não ocasionando a necessidade de informação à 
empresa, bastando apenas que se informe a Justiça do Trabalho, como 
especifica o Artigo 483, inciso 3, da CLT. 
 
5- Quando falto ao trabalho, tenho de providenciar substituto por minha conta? 
 
Resposta: Não. Como estabelece o Artigo 2º da CLT, o responsável por arrumar 
substituto e remunerá-lo é o empregador. No caso de licença médica superior a 
15 dias, os primeiros 15 são pagos pela empresa, no valor integral da 
remuneração; e os demais pela Previdência Social, correspondente a 91% do 
salário de benefício, não podendo ser inferior a R$ 724,00 nem superior a R$ 
3.995,15. 
 
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6- Estou em fase de experiência, o meu contrato terá a duração de três meses, 
descobri que estou grávida; e agora? 
 
Resposta: Descrito pelo Artigo 10, inciso II, é proibido a demissão de funcionária 
grávida sem justa causa a partir do reconhecimento de confirmação de gravidez 
da mesma. Neste caso, mesmo vencido, o contrato fica suspenso, podendo ser 
rescindido normalmente após o término do referido período de estabilidade, nem 
um dia a menos. 
Outrora, a Súmula N.244 do TST estende esta garantia constitucional à gestante 
com contrato por prazo determinado, sendo o de experiência uma de suas 
modalidades. 
 
7- Estou grávida e a empresa propôs-me a rescisão do meu contrato, pagando-me 
os salários até o fim da minha estabilidade. Posso aceitar a demissão? 
 
Resposta: Não. O Artigo 10, inciso II da Ato das Disposições Constitucionais 
Transitórias (ADCT) proíbe a demissão, sem justa causa, da empregada 
gestante, não havendo autorização para indenização do período. 
Em casos excepcionalíssimos, de absoluta incompatibilidade entre empregada 
e a empresa, com eminentes riscos para saúda daquela e/ou do seu filho em 
gestação, a Justiça do Trabalho admite tal conduta. 
Nos demais casos, a demissão é nula e a empresa é condenada por Dano Moral, 
por atentar contra a maior garantia social de todas quantas beneficiam as 
mulheres. Vale ressaltar que o aviso prévio não pode ser dado ao empregado 
antes do término do seu período de estabilidade, como estipula a Súmula N.348 
do TST. 
 
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8- Fui demitida há uma semana. Porém, hoje, descobri que estou grávida. E agora? 
 
Resposta: De acordo com o Artigo 391-A da CLT, a colaboradora deve ser 
readmitida na empresa, com garantia de estabilidade, mesmo que a referida 
comunicação deu-se após a expedição do aviso prévio, a demissão, por ele 
comunicada, é anulada. 
Ressaltando que o aviso prévio integra o tempo de serviço, para todos os fins 
legais, ainda que seja indenizado, conforme dispõe o Artigo 487, inciso 6º, da 
CLT e a Orientação Jurisprudencial (OJ) N. 82 do TST. 
Desta forma, mesmo se a confirmação da gravidez se der após a assinatura do 
termo de rescisão contratual, mas, no período de projeção do aviso prévio, a 
demissão é nula de plena direito; cabendo à empresa a obrigação de sua 
reintegração.

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