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ORGANELAS ENVOLTAS POR MEMBRANAS, APOPTOSE, REPLICAÇÃO DNA-1

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MEDICINA UNIFTC - TURMA XXXI - 2020.1
ANNA CAROLINA D’ONOFRIO
Biologia Molecular e Celular 
C O M PA R T I M E N T O S I N T R A C E L U L A R E S E 
TRANSPORTE 
As célula eucariótico são subdivididas por membranas 
internas, que criam compartimentos fechados onde 
diversas enzimas operam sem a interferência de outras 
reações.
- As organelas envoltas por membranas são 
circundados pelo citosol, que é envolvido pela 
membrana plasmática.
- A invaginação da membrana plasmática forma o 
sistema de endomembranas (membrana nuclear, RER, 
aparelho de Golgi, endossomos, lisossomos) 
- Sistema de endomembranas: membranas e organelas 
de membranas, que em seu interior se comunicam 
por meio de pequenas vesículas 
	 
 DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS 
Antes que a célula se reproduza ao dividir-se, ela tem 
que duplicar suas organelas envoltas por membranas e 
depois se dividem. Para o crescimento das organelas é 
necessário um suprimento de lipídeos e proteínas. Na 
divisão celular, as organelas se distribuem entre as 
células filhas. 
Logo, o direcionamento de novas proteínas é necessário para a célula exercer funções vitais. 
Para as mitocôndrias, cloroplastos e o interior do núcleo, as proteínas são entregues diretamente a partir do 
citosol.
O aparelho de Golgi, os lisossomos, os endossomos e as membranas nucleares recebem proteínas e 
lipídeos do RER (sítio de síntese). As proteínas entram no RER a partir do citosol, mas a maioria é 
transportada por vesículas ao aparelho de Golgi e então distribuídas para a membrana plasmática ou outras 
organelas. 
A síntese de todas as proteínas da célula se inicia nos ribossomos no citosol, exceto as mitocôndrias e os 
cloroplastos que suas proteínas são sintetizadas nos ribossomos dentro dessas organelas, a maior parte das 
proteínas mitocondriais e cloroplásticas é feita no citosol, e posteriormente importada para essas organelas.
- do citosol para o núcleo = transporte ativo pelos poros nucleares 
- do citosol para o RE, mitocôndrias ou cloroplastos = translocadores proteicos 
- do RER adiante = vesículas de transporte 
 SEQUÊNCIAS-SINAL 
Sinal de distribuição de proteínas, é uma porção da sequência de aa, com 15-60 aa de comprimento. A 
remoção de uma sequência-sinal de uma proteína do RE a converte em uma proteína citosólica, e a 
introdução de uma nova sequência-sinal numa proteína citosólica a redireciona para uma proteína do RE.
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EVOLUÇÃO: a invaginação da membrana plasmática
EVOLUÇÃO: fagocitose de bactérias 
- TRANSPORTE PELOS POROS NUCLEARES 
As proteínas provenientes do citosol entram no núcleo pelos poros nucleares; 
e moléculas de RNA, sintetizadas no núcleo, junto com subunidades ribossomais 
são exportadas. Cada poro contém canais de água por onde pequenas moléculas 
solúveis em água passam livremente. As proteínas que revestem o poro nuclear 
preenchem o centro do canal, evitando a passagem de grandes moléculas. 
Grandes moléculas carregam um sinal de distribuição para passar pelo poro (sinal 
de localização nuclear que consiste em sequências curtas de lisina ou argininas 
carregadas positivamente). As proteínas citosólicas, ou receptores de transporte 
nuclear, ligam-se ao sinal de localização nuclear das proteínas recém 
sintetizadas. Após o transporte da proteína, o receptor de transporte nuclear 
retorna ao citosol pelo poro nuclear para ser reutilizado. A energia utilizada para 
importar proteínas para o núcleo é da hidrólise do GTP, que direciona o transporte 
nuclear. Os poros nucleares transportam proteínas ativas e enoveladas.
- TRANSPORTE PELAS MEMBRANAS 
• Mitocôndrias 
 Organela especializada na síntese de ATP. Grande parte de suas proteínas é codificada por genes do núcleo 
e são importadas a partir do citosol. Essas proteínas possuem uma sequência-sinal, na região N-terminal, 
que permitem sua entrada na organela. As proteínas destinadas a ela são translocadas através das 
membranas em sítios especializados. Cada proteína é desenovelada a medida que é transportada, e sua 
sequência-sinal é removida após a translocacão ser completada. As proteínas chaperonas ajudam a puxar as 
proteínas pelas membranas e a restituir suas conformações. As chaperonas, ou damas de companhia, têm a 
missão de evitar interações prejudiciais, como a agregação, e favorecer as produtivas, como o enovelamento 
correto das proteínas, e encaminham as proteínas a destruição caso não seja possível atingirem a 
configuração correta. 
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• Através do RE 
As proteínas, vindas do citosol, que irão para o complexo de Golgi, endossomos, lisossomos e superfície 
celular, entram primeiramente no RE. Essas proteínas serão carregadas de uma organela para outra por 
vesículas de transporte, para a membrana plasmática ou para o exterior celular. 
Proteínas hidrossolúveis são translocadas pela membrana do RE e liberadas no lúmen do RE, se destinam a 
secreção (liberação na superfície celular) ou para o lúmen de uma organela. 
Proteínas transmembranas são parcialmente translocadas pela membrana do RE e se tornam embebidas, 
tem como destino a membrana do RE, na membrana de outra organela ou na membrana plasmática. 
** Essas proteínas são inicialmente direcionadas ao RE por uma sequência-sinal, um segmento de mais 8 aa 
hidrofóbicos. 
Os ribossomos que sintetizam as proteínas ficam presos a membrana do RE, criando o RER. Os ribossomos 
ligados a membrana produzem proteínas que serão translocadas ao RE. E, os ribossomos livres sintetizam 
todas as demais proteínas codificadas pelo DNA celular. Quando um ribossomo sintetiza uma proteína com 
um sinal para o RE, a sequência-sinal direciona o ribossomo a membrana do RE.
• As proteínas solúveis são liberadas no lúmen do RE; a sequência-sinal é guiada para a membrana por 
dois componentes proteicos, a SRP (partícula de reconhecimento de sinal, presente no citosol, se liga a 
sequência-sinal) e a um receptor SRP (está envolvido na membrana do RE, reconhece o SRP). A ligação 
de uma SRP a sequência-sinal determina um atraso da síntese proteica ate que ele e o SRP se liguem ao 
receptor, após a ligação, a SRP é liberada e a síntese recomeça com a cadeia polipeptídico voltada para o 
lúmen do RÉ por um canal de translocação da membrana do RE. Além de direcionar as proteínas ao RE, 
as sequências-sinal também tem a função de abrir o canal de translocação. Durante a translocação a 
sequência-sinal é clivada por uma peptidase, que é liberado e degradado.
TRANSPORTE VESICULAR
O transporte do RE para o aparelho de Golgi, e deste para outros compartimentos, envolvem vesículas de 
transporte. Grande parte dessas vesículas sofrem modificações químicas. 
Via secretória, de dentro para fora, brotam do aparelho de Golgi 
Via endocítica, de fora para dentro, brotam da membrana plasmática
As vesículas que brotam das membranas possuem uma capa 
protéica, que da forma à vesícula e ajuda a captar moléculas 
para o transporte. As vesículas revestidas de clatrina brotam 
do aparelho de Golgi, via secretória, e da membrana 
plasmática, via endocítica. Na membrana plasmática as 
moléculas de clatrina se montam em uma rede em forma de 
cesta ao redor da superfície, e é esse processo que dá forma à 
vesícula. 
A dinamina, guanosina trifosfatase, associa-se ao redor da 
vesícula. As adaptinas seguram a capa de clatrina a membrana 
da vesícula, e ajudam a selecionar as moléculas a serem 
carregadas no transporte.
As moléculas para transporte carregam sinais de transporte 
específico, que são reconhecidos por receptores de carga. 
Logo, um conjunto de moléculas ligadas a seus receptores, são 
incorporados ao lúmen de cada vesícula. 
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ANCORAMENTO DE VESÍCULAS
As proteínas Rab e SNAREs auxiliam no transporte de vesículas para suas membranas-alvo. As proteínas 
Rab fornecem o reconhecimento inicial entre uma vesículae sua membrana-alvo. Enquanto as SNAREs 
asseguram que as vesículas de transporte alcancem suas membranas-alvo apropriadas, também são 
importantes para a fusão de membranas.
VIAS SECRETORAS
Proteínas recém sintetizadas, lipídeos e carboidratos são distribuídos do RE, pelo aparelho de Golgi, para a 
superfície celular pelas vesículas de transporte que se fundem a membrana plasmática e lançam materiais 
para fora (exocitose). Grande parte das proteínas que entram no RE são quimicamente modificadas. As 
pontes dissulfídicas são formadas pela oxidação de pares de cadeias laterais de cisteína, essas pontes dão 
estabilidade para as proteínas quando encontram mudanças no pH e enzimas no exterior da célula. No RE 
ocorre a glicosilacão, formando glicoproteínas. No citosol não tem enzimas de glicosilacão.
Os oligossacarídeos nas proteínas podem proteger as proteínas da degradação, retém a proteína no RE ate 
seu enovelamento, orientam a proteína para a direção correta na organela, e formam o glicocalix na 
superfície celular.
CONTROLE DE QUALIDADE DO RE 
Algumas proteínas produzidas no RE são destinadas a funcionar na mesma, elas são retiradas por uma 
sequência C-terminal, sinal de retenção, que é reconhecido por uma proteína receptora ligada a membrana 
do RE e do aparelho de Golgi. A saída do RE é seletiva. As proteínas processadas incorretamente, que 
possuem falhas de montagem, são retidas ativamente pela ligação com as chaperonas, que retém as 
proteínas no RE ate que ocorra o processamento adequado, caso contrário, as proteínas são degradadas. 
Porém, algumas vezes esse mecanismo de controle pode ser prejudicial. Proteínas malenoveladas no lúmen 
do RE acionam a produção de chaperonas e a expansão e multiplicação do RE.
VIAS DE EXOCITOSE 
• Via Constitutiva = secreção de proteínas solúveis, 
suprimento de lipídeos e proteínas a membrana 
plasmática. As proteínas recém sintetizadas 
podem ader i r a superf íc ie celular, ficar 
incorporadas na matriz extracelular, e podem 
difundir-se no líquido extracelular para nutrição ou 
sinalização de outras células.
• Via regulada = proteínas da face trans são 
desviadas por vesículas secretórias, onde são 
armazenadas e concentradas ate que um sinal 
estimule sua secreção. 
VIAS ENDOCÍTICAS
• Fagocitose = envolve a ingestão de partículas 
grandes, como micro-organismos e fragmentos 
celulares por meio dos fagossomos.
• Pinocitose = envolve a ingestão de líquido e de 
moléculas por pequenas vesículas.
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• Endocitose do colesterol = o LDL se liga aos 
receptores na superfície da célula e é internalizado 
em vesículas revestidas de clatrina. As vesículas 
perdem suas capas e se fusionam com os 
endossomos. No ambiente ácido dos endossomos, o 
LDL acaba nos lisossomos, onde é degradado para 
liberar colesterol livre, depois os receptores de LDL 
são devolvidos a membrana plasmática pelas 
vesículas de transporte para serem utilizadas 
novamente. 
• O destino das proteínas receptoras envolvidas na 
endocitose depende do tipo de receptor.
- Reciclagem = a maioria é devolvida ao mesmo 
domínio da membrana plasmática de onde vieram.
- Degradação = se movem para os lisossomos, onde 
são degradados.
- Transcitose = prosseguem para um domínio diferente da membrana plasmática, transferido suas 
moléculas carga de um espaço extracelular para outro.
 LISOSSOMOS
São sacos membranoso contendo enzimas hidroliticas que conduzem 
a digestão intracelular. Contém uma bomba de H . As hidrolases 
ácidas são enzimas hidrolíticas que são ativas sob condições ácidas. 
O lúmen do lisossomo é mantido a um pH ácido por uma H+ ATPase 
da membrana que bombeia H+ para o lúmen. 
 PEROXISSOMOS
• Oxidases = responsáveis pela 
catálise da reação de oxidação de 
substratos, envolvendo o oxigênio 
molecular como aceptor final de 
e lé t rons , com consequente 
p r o d u ç ã o d e p e r ó x i d o d e 
hidrogênio H2O2.
• Catalases = catalisam a reação de 
decomposição do H2O2 numa 
outra, que não seja prejudicial a 
célula. No caso, a água. 2H2O2 
-> 2H20 + O2
• Degrada peróxido de hidrogênio, 
a t u a n a d e s i n t o x i c a ç ã o , 
m e t a b o l i s m o d e l i p í d e o s 
(metabolismo de ácidos graxos e 
colesterol), ciclo do ácido glioxílico 
e fotorespiracão. 
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REPLICAÇÃO DO DNA
Cada fita da dupla hélice de DNA contém uma 
sequência de nucleotídeos que é complementar a 
outra fita, cada fita pode servir de molde para a síntese 
de uma nova fita complementar. As fitas molde e as 
fitas novas são quimicamente idênticas. A capacidade 
de cada fita servir como mole para a produção de uma 
fita complementar permite que a célula copie ou 
replique seus genes antes de passá-los a seus 
descendentes. 
Gene é um segmento do DNA composto por uma sequência específica de DNA, que contém um código para 
produzir uma proteína que desempenha uma função específica no corpo. 
Na replicação SEMICONSERVATIVA cada uma das hélices-filhas de DNA é formada por uma fita original 
existente e outra complementarmente nova.
A dupla hélice do DNA é muito estável, e são mantidas ligadas por 
pontes de hidrogênio entre as bases nitrogenadas. 
O processo de replicação do DNA começa com proteínas iniciadoras que 
se ligam ao DNA e provocam a abertura dessas fitas, quebrando as 
pontes de hidrogênio. O primer ou iniciador é uma enzima iniciadora da 
síntese de DNA, ela produz segmentos de RNA utilizando o DNA como 
molde. A enzima que sintetiza o o primer é a primase. Os iniciadores são 
removidos por nucleases que reconhecem a fita de RNA na hélice do 
DNA, e são degradados, resultando em lacunas que serão preenchidas 
pela DNA-polimerase I. Os fragmentos completados são unidos pela 
DNA-ligase, que catalisa a formação de uma ligação fosfodiéster entre a 
extremidade 3`-OH de um fragmento e a extremidade 5`-fosfato do 
próximo, ligando seus esqueletos de açúcar-fosfato. Essa ligação 
necessita de energia na forma de ATP ou NADH.
Os locais que ocorrem a abertura inicial das fitas são denominados 
origens de replicação. A síntese de DNA ocorre nas forquilhas de 
replicação, as máquinas de replicação se deslocam sobre o DNA, 
abrindo as duas fitas e usando cada uma das fita como molde para 
uma nova fita filha. A replicação é BIDIRECIONAL. 
A DNA-helicase é uma proteína que utiliza a energia da hidrólise do 
ATP para separar a dupla hélice. A proteína ligadora de fita simples se 
liga ao DNA evitando o repareamento de bases e mantem a fita 
alongada. 
O grampo deslizante é uma proteína adicional que mantem a DNA-
polimerase ligada ao DNA-molde durante a replicação, a montagem 
desse grampo necessita da atividade do montador do grampo, que 
hidrolisa ATP.
A DNA-polimerase III sintetiza o DNA novo utilizando uma das fitas 
como molde, ela catalisa a adição de nucleotídeos a extremidade 3`. 
Os nucleotídeos entram na reação como trifosfatos de nucleosídeo 
que fornecem energia para a polimerização. A hidrólise de uma 
ligação fornece energia para a reação. O DNA é sintetizado na direção 
5`-3`. A adição de um desoxirribonucleico a extremidade 3`-OH é a 
reação fundamental para a síntese de DNA. A fita retardada ou 
descontínua é sintetizada em fragmentos de Okazaki que serão 
unidos posteriormente.
 A DNA polimerase monitora o pareamento e bases entre os 
nucleotídeos, e catalisa a reação de adição ou correção de 
erros( adiciona o próximo nucleotídeo ou remove o nucleotídeo mal 
pareado e tenta novamente). 
 
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ANNA CAROLINA D’ONOFRIO
APOPTOSE
É um tipo de morte celular programada. As células morrem quando se tornam danificadas ou infectadas, é 
uma forma de assegurar que elas sejam removidas antes que ameacem o organismo. É uma sequência de 
eventos moleculares programados, a célula se autodestrói e é fagocitada por outras células. Elas se 
encolhem e condensam, o citoesqueletocolapsa e se quebra, o envelope nuclear se desfaz, a cromatina se 
condensa e se quebra, a superfície da célula se torna quimicamente alterada, para que seja engolfada por 
um macrófago, antes que libere seu conteúdo. Funciona como controle de qualidade no desenvolvimento, 
eliminando células anormais. A divisão celular e a apoptose são reguladas para assegurar a homeostase. 
A apoptose depende da cascata proteolítica mediada por caspases. Proteases clivam sequencias de aa em 
proteínas, proporcionando mudanças que levam a apoptose. As caspases são uma família de proteases que 
têm uma cisteína no sitio ativo, e que clivam proteínas-alvo em ácidos aspárticos. São sintetizadas nas 
células como procaspases, que serão ativadas por clivagem proteolítica.
• Procaspases iniciadoras - quando ativadas, clivam e 
ativa, procaspases executoras e proteínas alvos.
• Procaspases executoras - quando ativadas, clivam e 
ativam proteínas alvo.
• Proteínas alvo - lâminas nucleares, endonucleases, 
componentes do citoesqueleto, proteínas de adesão.
• Ativação da caspase - quando um sinal apoptótico é 
enviado a uma caspase iniciadora, elas disparam 
proteínas adaptadoras carregando sítios de ligação para 
que as proteínas se liguem e ativem as caspases, que 
clivam um sítio de proteases específico. Assim, caspases 
executoras são formadas, mas, inativas, e logo após a 
clivagem do sítio de ligação pela caspase iniciadora, sofre 
uma mudança conformacional que a torna ativa. Então, a 
caspase executora cliva proteínas, levando a célula a 
morte. 
• A cascata da caspase é destrutiva, autoamplificável e 
irreversível. 
Vias moleculares apoptóticas:
- Extrínseca 
A ligação de proteínas de sinalização extracelular a 
receptores de morte na superfície celular dispara essa via para a apoptose. Os receptores de morte são 
proteínas transmembrana. Ligantes Fas na superfície dos linfócitos killers interagem com receptores na 
superfície da célula-alvo, e quando ativos, se ligam a proteínas adaptadoras, que se ligam as caspases 
iniciadoras, formando um complexo de sinalização indutor de morte - DISC - na qual, caspases iniciadoras 
clivam seus parceiros e ativam caspases executoras para induzir apoptose. ** FLIP é semelhante a caspase, 
mas não é clivada no sítio de ligação, logo o sinal apoptótico é bloqueado
- Intrínseca
Ativam seus programas de apoptose devido ao estresse, como o dano ao DNA ou respostas a sinais de 
desenvolvimento. Essas respostas dependem da liberação de proteínas mitocondriais no citosol, no espaço 
intermembranas, que ativam a cascata proteolítica de caspases no citoplasma, levando a apoptose. O 
citocromo C, quando liberado no citosol, assume nova função, se liga a proteína adaptadora Apalf1 
promovendo a polimerização, formando um apoptossomo. As proteínas Apalf1 recrutam caspases que vão 
ativar a DISC e as caspases executoras para induzia apoptose. 
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• Proteína Bcl2 = regulam a via intrínseca para assegurar que as 
células acometam suicídio apenas quando for apropriado. Controlam 
a liberação de citocromo C no citosol, e de outras proteínas 
mitocondriais intermembranas. As proteínas antiapoptóticas (Bcl2 e 
BclX) dessa família compartilham 4 domínios (BH1-4) homólogos 
(BH). Proteínas pró-apoptóticas = proteínas efetoras da família Bcl2 - 
Bax e Bak - e proteínas BH3-apenas.
Quando um estímulo apoptótico dispara a via intrínseca, proteínas 
efetoras da família Bcl2 pró-apoptóticas se ativam e se agregam, induzindo a liberação de citocromo C e 
proteínas intermembranas. Bak e Bax são as principais proteínas efetoras dessa família, Bak - membrana 
externa mitocondrial, mesmo na ausência de sinal, e Bax - citosol, se transloca para a mitocôndria depois 
que o sinal apoptótico a ativa. Essas proteínas efetoras dependem de proteínas pró-apoptóticas BH3-
apenas ativadas. 
As proteínas BH3-apenas tanto produz como ativa respostas a um estímulo apoptótico. Elas promovem a 
inibição de proteínas antiapoptóticas, logo, permite o agregamento de Bax e Bak na superfície das 
mitocôndrias, liberando proteínas mitocondriais que induzem a apoptose. Alguns sinais de sobrevivências 
extracelulares impedem a apoptose pela inibição da síntese de certas proteínas BH3-apenas.
As proteínas da família Bcl2 antiapoptóticas, Bcl2 e BclX, estão na superfície citosólica da membrana 
mitocondrial externa, impedem a liberação de proteínas intermembranas, logo inibem a apoptose. Elas se 
ligam a Bak e impedem a polimerização, inibindo a liberação de citocromo C e proteínas intermembranas. 
• Em resposta ao dano no DNA, que não pode ser reparado, as proteínas p53 supressoras de tumor, se 
acumulam e ativam a transcrição de genes que codificam proteínas BH3-apenas puma e noxa, elas 
disparam a via intrínseca, eliminando uma célula potencialmente perigosa, que poderia ser um câncer. 
• IAP`s = são proteínas inibidoras de apoptose, se ligam e inibem caspases ativadas, algumas marcam as 
caspases para a destruição. 
• Anti-IAP`s = são proteínas liberadas do espaço intermembranas mitocondrial quando a via intrínseca da 
apoptose é ativada, bloqueiam IAP`s no citosol e promovem a apoptose.
Fatores de sobrevivência extracelulares inibem a apoptose. Sinais intercelulares regulam atividades. 
Proteínas-sinal como o ligante Fas, ativam receptores de morte e disparam a via extrínseca da apoptose. 
Alguns fatores estimulam a síntese de proteínas antiapoptóticas, Bcl2 e BclX, e outros inibem proteínas pró-
apoptóticas BH3-apenas, como Bad. 
Fagócitos removem células apoptóticas, ou seja, as 
células são ``comidas``por células vizinhas, não 
deixando traços e sem disparar resposta 
inflamatória. Depende de modificações químicas. 
Um exemplo está na distribuição de fosfolipídio, 
fosfatidilserina, carregados negativamente na 
superfície celular. 
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NECROSE
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BIOLOGIA DO CÂNCER 
O câncer é uma doença genética, que pode se manifestar de maneira esporádica 
ou hereditária. Possuem duas propriedades hereditárias, reproduzem-se 
desobedecendo a divisão celular, e invadem regiões de outras células. É uma 
célula anormal que cresce e se prolifera fora de controle originando um tumor ou 
neoplasia. Tumor benigno ocorre quando células neoplásicas ainda não se 
tornaram invasivas. E o tumor maligno ocorre quando invade tecidos adjacentes 
pela corrente sanguínea ou vasos linfáticos, formando tumores secundários, as 
metástases. Tumor primário é derivado da divisão celular de uma célula que sofreu 
alteração hereditária. As mutações somáticas são anormalidades na sequência de 
DNA como duplicação, deleções e tranlocações. Mudanças epigenéticas são 
mudanças herdáveis e persistentes na expressão genica que resulta em 
modificações da cromatina. O câncer ocorre devido ao acúmulo progressivo ou a 
progressão tumoral aleatória de um grande número de mutações. É geneticamente 
instável devido a defeitos na maquinaria de reparo do DNA ou defeitos na 
segregação cromossômica na mitose. Consomem glicose, importando-a do 
sangue, sendo utilizada para a produção de ATP por fosforilação oxidativa, produz 
grande quantidade de lactato, que utilizará carbono para serem utilizados na 
síntese proteica, ácidos nucléicos e lipídeos necessários ao crescimento tumoral. 
Possuem a capacidade de evitar a apoptose, mas ela ocorre com frequência 
devido as baixas condições de sobrevivência, com competição por oxigênio e 
nutrientes. O tumor continua crescendo porque a taxa de geração de novas células 
é maior do que a taxa de morte celular, ou seja, o tempo que o tumor leva para 
dobrar sua célula de tamanho é maior do que o tempo do ciclo celular das células 
tumorais. As células humanas possuem um limite interno para a divisão, ou seja, é um mecanismo de 
contagem do número de divisões celulares, chamado de senescencia celular replicativa,que depende do 
encurtamento da extremidade dos telômeros mudando sua estrutura. As células cancerígenas evitam a 
senescencia. A metástase ocorre com o desprendimento das células do tumor primário, invadindo o local e 
os vasos, movendo-se ao longo da circulação, e ao deixar os vasos, estabelecem colônias em locais 
diferentes e distantes, possui um crescimento desordenado seguido da invasividade e extensão com bordas 
irregulares nos tecidos circunvizinhos. Possui capacidade de angiogênese, criação de novos vasos 
sanguíneos.
Classificação:
- Localização 
• Mutações somáticas = ocorrem durante a replicação do 
DNA que precede a divisão mitótica. 
• Mutações germinativas = ocorrem durante a replicação 
do DNA que precede meiose.
• Mutações autossômicas = alterações nos cromossos 
que não estão ligados ao sexo (do 1 ao 22 par).
• Mutações ligadas ao X = alterações no par sexual (23 
par).
- Efeitos fenótipicos 
• Perda de função = em comparação ao gene não 
mutado, são resultado de um produto gênico que tem 
menos ou nenhuma função. São recessivos, exceto em 
indivíduos haploides.
• Ganho de função = muda o produto gênico de tal forma, 
que ele ganha uma nova função. Fenótipos dominantes.
• Mutação neutra = não afeta o gene - a maior parte do 
DNA não é codificante. 
** Genes de primeira classe - ocorre mutação com ganho 
de função, levando ao câncer, são denominados proto-
oncogenes, e seus mutantes são os oncogenes. Tem 
efeito dominante em promover crescimento celular. 
** Genes de segunda classe - ocorre mutação com perda 
de função que pode contribuir para o câncer, são os 
genes supressores de tumor. Os alelos causadores de 
tumor são recessivos. 
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Proto-oncogenes - são genes que ajudam as 
células a crescer, quando sofre mutação, se 
torna um oncogene, levando ao crescimento 
sem controle da célula, podendo levar ao 
câncer.
Genes supressores de tumor- são genes que 
retardam a divisão celular, reparam erros no 
DNA ou indicam quando a célula deve sofrer 
apoptose; provocam câncer quando inativos. 
1. TSGs de manutenção- caretakers - reparo do DNA
2. TSGs de controladores - gatekeepers - controlam o 
crescimento celular 
3. P53 - interrompe o ciclo celular, induz a produção de 
proteínas de reparo do DNA e da proteína BH3-apenas 
da apoptose
4. PRB - inibe a E2F, induz a produção de ciclina, que 
retira a célula do G1 até a síntese 
5. Myc - estimula o crescimento e a divisão celular 
Via de sinalização para a proliferação celular 
** Ras - são proteínas que ajudam a transmitir sinais dos receptores da superfície celular para o interior da 
célula, ativa a cascata de MAPquinases.
• Receptores tirosina-quinase se ligam a moléculas sinalizadoras, ativando as Ras por fosforilação, ativando 
a cascata. 
• Cascata de MAPquinases: RAF -> MEK -> ERK
** ERK entra no núcleo e induz a produção de myc, induzindo a célula a produzir ciclina. A CDK fosforila a 
Prb, mudando sua conformação, e liberando E2F que vai induzir a síntese de ciclinas. 
• Controle do ciclo celular - as proteínas ciclinas ativam as CDK`s movimentando/ marcando o local. 
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CITOESQUELETO 
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