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MEDICINA UNIFTC - TURMA XXXI - 2020.1 ANNA CAROLINA D’ONOFRIO Biologia Molecular e Celular C O M PA R T I M E N T O S I N T R A C E L U L A R E S E TRANSPORTE As célula eucariótico são subdivididas por membranas internas, que criam compartimentos fechados onde diversas enzimas operam sem a interferência de outras reações. - As organelas envoltas por membranas são circundados pelo citosol, que é envolvido pela membrana plasmática. - A invaginação da membrana plasmática forma o sistema de endomembranas (membrana nuclear, RER, aparelho de Golgi, endossomos, lisossomos) - Sistema de endomembranas: membranas e organelas de membranas, que em seu interior se comunicam por meio de pequenas vesículas DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS Antes que a célula se reproduza ao dividir-se, ela tem que duplicar suas organelas envoltas por membranas e depois se dividem. Para o crescimento das organelas é necessário um suprimento de lipídeos e proteínas. Na divisão celular, as organelas se distribuem entre as células filhas. Logo, o direcionamento de novas proteínas é necessário para a célula exercer funções vitais. Para as mitocôndrias, cloroplastos e o interior do núcleo, as proteínas são entregues diretamente a partir do citosol. O aparelho de Golgi, os lisossomos, os endossomos e as membranas nucleares recebem proteínas e lipídeos do RER (sítio de síntese). As proteínas entram no RER a partir do citosol, mas a maioria é transportada por vesículas ao aparelho de Golgi e então distribuídas para a membrana plasmática ou outras organelas. A síntese de todas as proteínas da célula se inicia nos ribossomos no citosol, exceto as mitocôndrias e os cloroplastos que suas proteínas são sintetizadas nos ribossomos dentro dessas organelas, a maior parte das proteínas mitocondriais e cloroplásticas é feita no citosol, e posteriormente importada para essas organelas. - do citosol para o núcleo = transporte ativo pelos poros nucleares - do citosol para o RE, mitocôndrias ou cloroplastos = translocadores proteicos - do RER adiante = vesículas de transporte SEQUÊNCIAS-SINAL Sinal de distribuição de proteínas, é uma porção da sequência de aa, com 15-60 aa de comprimento. A remoção de uma sequência-sinal de uma proteína do RE a converte em uma proteína citosólica, e a introdução de uma nova sequência-sinal numa proteína citosólica a redireciona para uma proteína do RE. MEDICINA UNIFTC - TURMA XXXI - 2020.1 ANNA CAROLINA D’ONOFRIO EVOLUÇÃO: a invaginação da membrana plasmática EVOLUÇÃO: fagocitose de bactérias - TRANSPORTE PELOS POROS NUCLEARES As proteínas provenientes do citosol entram no núcleo pelos poros nucleares; e moléculas de RNA, sintetizadas no núcleo, junto com subunidades ribossomais são exportadas. Cada poro contém canais de água por onde pequenas moléculas solúveis em água passam livremente. As proteínas que revestem o poro nuclear preenchem o centro do canal, evitando a passagem de grandes moléculas. Grandes moléculas carregam um sinal de distribuição para passar pelo poro (sinal de localização nuclear que consiste em sequências curtas de lisina ou argininas carregadas positivamente). As proteínas citosólicas, ou receptores de transporte nuclear, ligam-se ao sinal de localização nuclear das proteínas recém sintetizadas. Após o transporte da proteína, o receptor de transporte nuclear retorna ao citosol pelo poro nuclear para ser reutilizado. A energia utilizada para importar proteínas para o núcleo é da hidrólise do GTP, que direciona o transporte nuclear. Os poros nucleares transportam proteínas ativas e enoveladas. - TRANSPORTE PELAS MEMBRANAS • Mitocôndrias Organela especializada na síntese de ATP. Grande parte de suas proteínas é codificada por genes do núcleo e são importadas a partir do citosol. Essas proteínas possuem uma sequência-sinal, na região N-terminal, que permitem sua entrada na organela. As proteínas destinadas a ela são translocadas através das membranas em sítios especializados. Cada proteína é desenovelada a medida que é transportada, e sua sequência-sinal é removida após a translocacão ser completada. As proteínas chaperonas ajudam a puxar as proteínas pelas membranas e a restituir suas conformações. As chaperonas, ou damas de companhia, têm a missão de evitar interações prejudiciais, como a agregação, e favorecer as produtivas, como o enovelamento correto das proteínas, e encaminham as proteínas a destruição caso não seja possível atingirem a configuração correta. MEDICINA UNIFTC - TURMA XXXI - 2020.1 ANNA CAROLINA D’ONOFRIO • Através do RE As proteínas, vindas do citosol, que irão para o complexo de Golgi, endossomos, lisossomos e superfície celular, entram primeiramente no RE. Essas proteínas serão carregadas de uma organela para outra por vesículas de transporte, para a membrana plasmática ou para o exterior celular. Proteínas hidrossolúveis são translocadas pela membrana do RE e liberadas no lúmen do RE, se destinam a secreção (liberação na superfície celular) ou para o lúmen de uma organela. Proteínas transmembranas são parcialmente translocadas pela membrana do RE e se tornam embebidas, tem como destino a membrana do RE, na membrana de outra organela ou na membrana plasmática. ** Essas proteínas são inicialmente direcionadas ao RE por uma sequência-sinal, um segmento de mais 8 aa hidrofóbicos. Os ribossomos que sintetizam as proteínas ficam presos a membrana do RE, criando o RER. Os ribossomos ligados a membrana produzem proteínas que serão translocadas ao RE. E, os ribossomos livres sintetizam todas as demais proteínas codificadas pelo DNA celular. Quando um ribossomo sintetiza uma proteína com um sinal para o RE, a sequência-sinal direciona o ribossomo a membrana do RE. • As proteínas solúveis são liberadas no lúmen do RE; a sequência-sinal é guiada para a membrana por dois componentes proteicos, a SRP (partícula de reconhecimento de sinal, presente no citosol, se liga a sequência-sinal) e a um receptor SRP (está envolvido na membrana do RE, reconhece o SRP). A ligação de uma SRP a sequência-sinal determina um atraso da síntese proteica ate que ele e o SRP se liguem ao receptor, após a ligação, a SRP é liberada e a síntese recomeça com a cadeia polipeptídico voltada para o lúmen do RÉ por um canal de translocação da membrana do RE. Além de direcionar as proteínas ao RE, as sequências-sinal também tem a função de abrir o canal de translocação. Durante a translocação a sequência-sinal é clivada por uma peptidase, que é liberado e degradado. TRANSPORTE VESICULAR O transporte do RE para o aparelho de Golgi, e deste para outros compartimentos, envolvem vesículas de transporte. Grande parte dessas vesículas sofrem modificações químicas. Via secretória, de dentro para fora, brotam do aparelho de Golgi Via endocítica, de fora para dentro, brotam da membrana plasmática As vesículas que brotam das membranas possuem uma capa protéica, que da forma à vesícula e ajuda a captar moléculas para o transporte. As vesículas revestidas de clatrina brotam do aparelho de Golgi, via secretória, e da membrana plasmática, via endocítica. Na membrana plasmática as moléculas de clatrina se montam em uma rede em forma de cesta ao redor da superfície, e é esse processo que dá forma à vesícula. A dinamina, guanosina trifosfatase, associa-se ao redor da vesícula. As adaptinas seguram a capa de clatrina a membrana da vesícula, e ajudam a selecionar as moléculas a serem carregadas no transporte. As moléculas para transporte carregam sinais de transporte específico, que são reconhecidos por receptores de carga. Logo, um conjunto de moléculas ligadas a seus receptores, são incorporados ao lúmen de cada vesícula. MEDICINA UNIFTC - TURMA XXXI - 2020.1 ANNA CAROLINA D’ONOFRIO ANCORAMENTO DE VESÍCULAS As proteínas Rab e SNAREs auxiliam no transporte de vesículas para suas membranas-alvo. As proteínas Rab fornecem o reconhecimento inicial entre uma vesículae sua membrana-alvo. Enquanto as SNAREs asseguram que as vesículas de transporte alcancem suas membranas-alvo apropriadas, também são importantes para a fusão de membranas. VIAS SECRETORAS Proteínas recém sintetizadas, lipídeos e carboidratos são distribuídos do RE, pelo aparelho de Golgi, para a superfície celular pelas vesículas de transporte que se fundem a membrana plasmática e lançam materiais para fora (exocitose). Grande parte das proteínas que entram no RE são quimicamente modificadas. As pontes dissulfídicas são formadas pela oxidação de pares de cadeias laterais de cisteína, essas pontes dão estabilidade para as proteínas quando encontram mudanças no pH e enzimas no exterior da célula. No RE ocorre a glicosilacão, formando glicoproteínas. No citosol não tem enzimas de glicosilacão. Os oligossacarídeos nas proteínas podem proteger as proteínas da degradação, retém a proteína no RE ate seu enovelamento, orientam a proteína para a direção correta na organela, e formam o glicocalix na superfície celular. CONTROLE DE QUALIDADE DO RE Algumas proteínas produzidas no RE são destinadas a funcionar na mesma, elas são retiradas por uma sequência C-terminal, sinal de retenção, que é reconhecido por uma proteína receptora ligada a membrana do RE e do aparelho de Golgi. A saída do RE é seletiva. As proteínas processadas incorretamente, que possuem falhas de montagem, são retidas ativamente pela ligação com as chaperonas, que retém as proteínas no RE ate que ocorra o processamento adequado, caso contrário, as proteínas são degradadas. Porém, algumas vezes esse mecanismo de controle pode ser prejudicial. Proteínas malenoveladas no lúmen do RE acionam a produção de chaperonas e a expansão e multiplicação do RE. VIAS DE EXOCITOSE • Via Constitutiva = secreção de proteínas solúveis, suprimento de lipídeos e proteínas a membrana plasmática. As proteínas recém sintetizadas podem ader i r a superf íc ie celular, ficar incorporadas na matriz extracelular, e podem difundir-se no líquido extracelular para nutrição ou sinalização de outras células. • Via regulada = proteínas da face trans são desviadas por vesículas secretórias, onde são armazenadas e concentradas ate que um sinal estimule sua secreção. VIAS ENDOCÍTICAS • Fagocitose = envolve a ingestão de partículas grandes, como micro-organismos e fragmentos celulares por meio dos fagossomos. • Pinocitose = envolve a ingestão de líquido e de moléculas por pequenas vesículas. MEDICINA UNIFTC - TURMA XXXI - 2020.1 ANNA CAROLINA D’ONOFRIO • Endocitose do colesterol = o LDL se liga aos receptores na superfície da célula e é internalizado em vesículas revestidas de clatrina. As vesículas perdem suas capas e se fusionam com os endossomos. No ambiente ácido dos endossomos, o LDL acaba nos lisossomos, onde é degradado para liberar colesterol livre, depois os receptores de LDL são devolvidos a membrana plasmática pelas vesículas de transporte para serem utilizadas novamente. • O destino das proteínas receptoras envolvidas na endocitose depende do tipo de receptor. - Reciclagem = a maioria é devolvida ao mesmo domínio da membrana plasmática de onde vieram. - Degradação = se movem para os lisossomos, onde são degradados. - Transcitose = prosseguem para um domínio diferente da membrana plasmática, transferido suas moléculas carga de um espaço extracelular para outro. LISOSSOMOS São sacos membranoso contendo enzimas hidroliticas que conduzem a digestão intracelular. Contém uma bomba de H . As hidrolases ácidas são enzimas hidrolíticas que são ativas sob condições ácidas. O lúmen do lisossomo é mantido a um pH ácido por uma H+ ATPase da membrana que bombeia H+ para o lúmen. PEROXISSOMOS • Oxidases = responsáveis pela catálise da reação de oxidação de substratos, envolvendo o oxigênio molecular como aceptor final de e lé t rons , com consequente p r o d u ç ã o d e p e r ó x i d o d e hidrogênio H2O2. • Catalases = catalisam a reação de decomposição do H2O2 numa outra, que não seja prejudicial a célula. No caso, a água. 2H2O2 -> 2H20 + O2 • Degrada peróxido de hidrogênio, a t u a n a d e s i n t o x i c a ç ã o , m e t a b o l i s m o d e l i p í d e o s (metabolismo de ácidos graxos e colesterol), ciclo do ácido glioxílico e fotorespiracão. MEDICINA UNIFTC - TURMA XXXI - 2020.1 ANNA CAROLINA D’ONOFRIO REPLICAÇÃO DO DNA Cada fita da dupla hélice de DNA contém uma sequência de nucleotídeos que é complementar a outra fita, cada fita pode servir de molde para a síntese de uma nova fita complementar. As fitas molde e as fitas novas são quimicamente idênticas. A capacidade de cada fita servir como mole para a produção de uma fita complementar permite que a célula copie ou replique seus genes antes de passá-los a seus descendentes. Gene é um segmento do DNA composto por uma sequência específica de DNA, que contém um código para produzir uma proteína que desempenha uma função específica no corpo. Na replicação SEMICONSERVATIVA cada uma das hélices-filhas de DNA é formada por uma fita original existente e outra complementarmente nova. A dupla hélice do DNA é muito estável, e são mantidas ligadas por pontes de hidrogênio entre as bases nitrogenadas. O processo de replicação do DNA começa com proteínas iniciadoras que se ligam ao DNA e provocam a abertura dessas fitas, quebrando as pontes de hidrogênio. O primer ou iniciador é uma enzima iniciadora da síntese de DNA, ela produz segmentos de RNA utilizando o DNA como molde. A enzima que sintetiza o o primer é a primase. Os iniciadores são removidos por nucleases que reconhecem a fita de RNA na hélice do DNA, e são degradados, resultando em lacunas que serão preenchidas pela DNA-polimerase I. Os fragmentos completados são unidos pela DNA-ligase, que catalisa a formação de uma ligação fosfodiéster entre a extremidade 3`-OH de um fragmento e a extremidade 5`-fosfato do próximo, ligando seus esqueletos de açúcar-fosfato. Essa ligação necessita de energia na forma de ATP ou NADH. Os locais que ocorrem a abertura inicial das fitas são denominados origens de replicação. A síntese de DNA ocorre nas forquilhas de replicação, as máquinas de replicação se deslocam sobre o DNA, abrindo as duas fitas e usando cada uma das fita como molde para uma nova fita filha. A replicação é BIDIRECIONAL. A DNA-helicase é uma proteína que utiliza a energia da hidrólise do ATP para separar a dupla hélice. A proteína ligadora de fita simples se liga ao DNA evitando o repareamento de bases e mantem a fita alongada. O grampo deslizante é uma proteína adicional que mantem a DNA- polimerase ligada ao DNA-molde durante a replicação, a montagem desse grampo necessita da atividade do montador do grampo, que hidrolisa ATP. A DNA-polimerase III sintetiza o DNA novo utilizando uma das fitas como molde, ela catalisa a adição de nucleotídeos a extremidade 3`. Os nucleotídeos entram na reação como trifosfatos de nucleosídeo que fornecem energia para a polimerização. A hidrólise de uma ligação fornece energia para a reação. O DNA é sintetizado na direção 5`-3`. A adição de um desoxirribonucleico a extremidade 3`-OH é a reação fundamental para a síntese de DNA. A fita retardada ou descontínua é sintetizada em fragmentos de Okazaki que serão unidos posteriormente. A DNA polimerase monitora o pareamento e bases entre os nucleotídeos, e catalisa a reação de adição ou correção de erros( adiciona o próximo nucleotídeo ou remove o nucleotídeo mal pareado e tenta novamente). MEDICINA UNIFTC - TURMA XXXI - 2020.1 ANNA CAROLINA D’ONOFRIO APOPTOSE É um tipo de morte celular programada. As células morrem quando se tornam danificadas ou infectadas, é uma forma de assegurar que elas sejam removidas antes que ameacem o organismo. É uma sequência de eventos moleculares programados, a célula se autodestrói e é fagocitada por outras células. Elas se encolhem e condensam, o citoesqueletocolapsa e se quebra, o envelope nuclear se desfaz, a cromatina se condensa e se quebra, a superfície da célula se torna quimicamente alterada, para que seja engolfada por um macrófago, antes que libere seu conteúdo. Funciona como controle de qualidade no desenvolvimento, eliminando células anormais. A divisão celular e a apoptose são reguladas para assegurar a homeostase. A apoptose depende da cascata proteolítica mediada por caspases. Proteases clivam sequencias de aa em proteínas, proporcionando mudanças que levam a apoptose. As caspases são uma família de proteases que têm uma cisteína no sitio ativo, e que clivam proteínas-alvo em ácidos aspárticos. São sintetizadas nas células como procaspases, que serão ativadas por clivagem proteolítica. • Procaspases iniciadoras - quando ativadas, clivam e ativa, procaspases executoras e proteínas alvos. • Procaspases executoras - quando ativadas, clivam e ativam proteínas alvo. • Proteínas alvo - lâminas nucleares, endonucleases, componentes do citoesqueleto, proteínas de adesão. • Ativação da caspase - quando um sinal apoptótico é enviado a uma caspase iniciadora, elas disparam proteínas adaptadoras carregando sítios de ligação para que as proteínas se liguem e ativem as caspases, que clivam um sítio de proteases específico. Assim, caspases executoras são formadas, mas, inativas, e logo após a clivagem do sítio de ligação pela caspase iniciadora, sofre uma mudança conformacional que a torna ativa. Então, a caspase executora cliva proteínas, levando a célula a morte. • A cascata da caspase é destrutiva, autoamplificável e irreversível. Vias moleculares apoptóticas: - Extrínseca A ligação de proteínas de sinalização extracelular a receptores de morte na superfície celular dispara essa via para a apoptose. Os receptores de morte são proteínas transmembrana. Ligantes Fas na superfície dos linfócitos killers interagem com receptores na superfície da célula-alvo, e quando ativos, se ligam a proteínas adaptadoras, que se ligam as caspases iniciadoras, formando um complexo de sinalização indutor de morte - DISC - na qual, caspases iniciadoras clivam seus parceiros e ativam caspases executoras para induzir apoptose. ** FLIP é semelhante a caspase, mas não é clivada no sítio de ligação, logo o sinal apoptótico é bloqueado - Intrínseca Ativam seus programas de apoptose devido ao estresse, como o dano ao DNA ou respostas a sinais de desenvolvimento. Essas respostas dependem da liberação de proteínas mitocondriais no citosol, no espaço intermembranas, que ativam a cascata proteolítica de caspases no citoplasma, levando a apoptose. O citocromo C, quando liberado no citosol, assume nova função, se liga a proteína adaptadora Apalf1 promovendo a polimerização, formando um apoptossomo. As proteínas Apalf1 recrutam caspases que vão ativar a DISC e as caspases executoras para induzia apoptose. MEDICINA UNIFTC - TURMA XXXI - 2020.1 ANNA CAROLINA D’ONOFRIO • Proteína Bcl2 = regulam a via intrínseca para assegurar que as células acometam suicídio apenas quando for apropriado. Controlam a liberação de citocromo C no citosol, e de outras proteínas mitocondriais intermembranas. As proteínas antiapoptóticas (Bcl2 e BclX) dessa família compartilham 4 domínios (BH1-4) homólogos (BH). Proteínas pró-apoptóticas = proteínas efetoras da família Bcl2 - Bax e Bak - e proteínas BH3-apenas. Quando um estímulo apoptótico dispara a via intrínseca, proteínas efetoras da família Bcl2 pró-apoptóticas se ativam e se agregam, induzindo a liberação de citocromo C e proteínas intermembranas. Bak e Bax são as principais proteínas efetoras dessa família, Bak - membrana externa mitocondrial, mesmo na ausência de sinal, e Bax - citosol, se transloca para a mitocôndria depois que o sinal apoptótico a ativa. Essas proteínas efetoras dependem de proteínas pró-apoptóticas BH3- apenas ativadas. As proteínas BH3-apenas tanto produz como ativa respostas a um estímulo apoptótico. Elas promovem a inibição de proteínas antiapoptóticas, logo, permite o agregamento de Bax e Bak na superfície das mitocôndrias, liberando proteínas mitocondriais que induzem a apoptose. Alguns sinais de sobrevivências extracelulares impedem a apoptose pela inibição da síntese de certas proteínas BH3-apenas. As proteínas da família Bcl2 antiapoptóticas, Bcl2 e BclX, estão na superfície citosólica da membrana mitocondrial externa, impedem a liberação de proteínas intermembranas, logo inibem a apoptose. Elas se ligam a Bak e impedem a polimerização, inibindo a liberação de citocromo C e proteínas intermembranas. • Em resposta ao dano no DNA, que não pode ser reparado, as proteínas p53 supressoras de tumor, se acumulam e ativam a transcrição de genes que codificam proteínas BH3-apenas puma e noxa, elas disparam a via intrínseca, eliminando uma célula potencialmente perigosa, que poderia ser um câncer. • IAP`s = são proteínas inibidoras de apoptose, se ligam e inibem caspases ativadas, algumas marcam as caspases para a destruição. • Anti-IAP`s = são proteínas liberadas do espaço intermembranas mitocondrial quando a via intrínseca da apoptose é ativada, bloqueiam IAP`s no citosol e promovem a apoptose. Fatores de sobrevivência extracelulares inibem a apoptose. Sinais intercelulares regulam atividades. Proteínas-sinal como o ligante Fas, ativam receptores de morte e disparam a via extrínseca da apoptose. Alguns fatores estimulam a síntese de proteínas antiapoptóticas, Bcl2 e BclX, e outros inibem proteínas pró- apoptóticas BH3-apenas, como Bad. Fagócitos removem células apoptóticas, ou seja, as células são ``comidas``por células vizinhas, não deixando traços e sem disparar resposta inflamatória. Depende de modificações químicas. Um exemplo está na distribuição de fosfolipídio, fosfatidilserina, carregados negativamente na superfície celular. MEDICINA UNIFTC - TURMA XXXI - 2020.1 ANNA CAROLINA D’ONOFRIO NECROSE MEDICINA UNIFTC - TURMA XXXI - 2020.1 ANNA CAROLINA D’ONOFRIO BIOLOGIA DO CÂNCER O câncer é uma doença genética, que pode se manifestar de maneira esporádica ou hereditária. Possuem duas propriedades hereditárias, reproduzem-se desobedecendo a divisão celular, e invadem regiões de outras células. É uma célula anormal que cresce e se prolifera fora de controle originando um tumor ou neoplasia. Tumor benigno ocorre quando células neoplásicas ainda não se tornaram invasivas. E o tumor maligno ocorre quando invade tecidos adjacentes pela corrente sanguínea ou vasos linfáticos, formando tumores secundários, as metástases. Tumor primário é derivado da divisão celular de uma célula que sofreu alteração hereditária. As mutações somáticas são anormalidades na sequência de DNA como duplicação, deleções e tranlocações. Mudanças epigenéticas são mudanças herdáveis e persistentes na expressão genica que resulta em modificações da cromatina. O câncer ocorre devido ao acúmulo progressivo ou a progressão tumoral aleatória de um grande número de mutações. É geneticamente instável devido a defeitos na maquinaria de reparo do DNA ou defeitos na segregação cromossômica na mitose. Consomem glicose, importando-a do sangue, sendo utilizada para a produção de ATP por fosforilação oxidativa, produz grande quantidade de lactato, que utilizará carbono para serem utilizados na síntese proteica, ácidos nucléicos e lipídeos necessários ao crescimento tumoral. Possuem a capacidade de evitar a apoptose, mas ela ocorre com frequência devido as baixas condições de sobrevivência, com competição por oxigênio e nutrientes. O tumor continua crescendo porque a taxa de geração de novas células é maior do que a taxa de morte celular, ou seja, o tempo que o tumor leva para dobrar sua célula de tamanho é maior do que o tempo do ciclo celular das células tumorais. As células humanas possuem um limite interno para a divisão, ou seja, é um mecanismo de contagem do número de divisões celulares, chamado de senescencia celular replicativa,que depende do encurtamento da extremidade dos telômeros mudando sua estrutura. As células cancerígenas evitam a senescencia. A metástase ocorre com o desprendimento das células do tumor primário, invadindo o local e os vasos, movendo-se ao longo da circulação, e ao deixar os vasos, estabelecem colônias em locais diferentes e distantes, possui um crescimento desordenado seguido da invasividade e extensão com bordas irregulares nos tecidos circunvizinhos. Possui capacidade de angiogênese, criação de novos vasos sanguíneos. Classificação: - Localização • Mutações somáticas = ocorrem durante a replicação do DNA que precede a divisão mitótica. • Mutações germinativas = ocorrem durante a replicação do DNA que precede meiose. • Mutações autossômicas = alterações nos cromossos que não estão ligados ao sexo (do 1 ao 22 par). • Mutações ligadas ao X = alterações no par sexual (23 par). - Efeitos fenótipicos • Perda de função = em comparação ao gene não mutado, são resultado de um produto gênico que tem menos ou nenhuma função. São recessivos, exceto em indivíduos haploides. • Ganho de função = muda o produto gênico de tal forma, que ele ganha uma nova função. Fenótipos dominantes. • Mutação neutra = não afeta o gene - a maior parte do DNA não é codificante. ** Genes de primeira classe - ocorre mutação com ganho de função, levando ao câncer, são denominados proto- oncogenes, e seus mutantes são os oncogenes. Tem efeito dominante em promover crescimento celular. ** Genes de segunda classe - ocorre mutação com perda de função que pode contribuir para o câncer, são os genes supressores de tumor. Os alelos causadores de tumor são recessivos. MEDICINA UNIFTC - TURMA XXXI - 2020.1 ANNA CAROLINA D’ONOFRIO Proto-oncogenes - são genes que ajudam as células a crescer, quando sofre mutação, se torna um oncogene, levando ao crescimento sem controle da célula, podendo levar ao câncer. Genes supressores de tumor- são genes que retardam a divisão celular, reparam erros no DNA ou indicam quando a célula deve sofrer apoptose; provocam câncer quando inativos. 1. TSGs de manutenção- caretakers - reparo do DNA 2. TSGs de controladores - gatekeepers - controlam o crescimento celular 3. P53 - interrompe o ciclo celular, induz a produção de proteínas de reparo do DNA e da proteína BH3-apenas da apoptose 4. PRB - inibe a E2F, induz a produção de ciclina, que retira a célula do G1 até a síntese 5. Myc - estimula o crescimento e a divisão celular Via de sinalização para a proliferação celular ** Ras - são proteínas que ajudam a transmitir sinais dos receptores da superfície celular para o interior da célula, ativa a cascata de MAPquinases. • Receptores tirosina-quinase se ligam a moléculas sinalizadoras, ativando as Ras por fosforilação, ativando a cascata. • Cascata de MAPquinases: RAF -> MEK -> ERK ** ERK entra no núcleo e induz a produção de myc, induzindo a célula a produzir ciclina. A CDK fosforila a Prb, mudando sua conformação, e liberando E2F que vai induzir a síntese de ciclinas. • Controle do ciclo celular - as proteínas ciclinas ativam as CDK`s movimentando/ marcando o local. MEDICINA UNIFTC - TURMA XXXI - 2020.1 ANNA CAROLINA D’ONOFRIO CITOESQUELETO MEDICINA UNIFTC - TURMA XXXI - 2020.1 ANNA CAROLINA D’ONOFRIO
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