Buscar

ACÓRDÃO FAVORÁVEL - NEGA DANOS MORAIS - CRETA-AL - 0505361-72 2020 4 05 8015T

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

PODER JUDICIÁRIO
INFORMACÕES SOBRE ESTE DOCUMENTO NUM. 43
Nr. do Processo 0505361-72.2020.4.05.8015T Autor
PATRICIA ROBERTA DOS SANTOS
CARLOS
Data da Inclusão 25/08/2021 08:58:01 Réu Caixa Econômica Federal e outros
Última alteração
Luiz Carlos Barreira de Melo às
17/08/2021 11:45:04
Juiz(a) que validou
Ângelo Cavalcanti Alves de Miranda
Neto
Tipo de Documento
para o CNJ -
PROCESSO Nº 0505361-72.2020.4.05.8015
RECORRENTE: PATRICIA ROBERTA DOS SANTOS CARLOS e UNIÃO FEDERAL
RECORRIDOS: OS MESMOS
JUIZ SENTENCIANTE: PAULO HENRIQUE DA SILVA AGUIAR
VOTO-EMENTA
AUXÍLIO-EMERGENCIAL. PANDEMIA DO COVID-19. SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO.
SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDÊNCIA. RECURSO DA UNIÃO FEDERAL COM FUNDAMENTAÇÃO
DISSOCIADA DO CONTEÚDO DA DECISÃO. DANO MORAL NÃO CONFIGURADO. RECURSO DA UNIÃO
NÃO CONHECIDO. RECURSO DA AUTORA IMPROVIDO.
1. Recurso inominado em face de sentença que julgou parcialmente procedente pedido de concessão do benefício
emergencial de manutenção do emprego e da renda nos termos e prazos da Lei nº 14.020/2020, por entender que
restou comprovado os requisitos necessários para o benefício. Registro do magistrado sentenciante:
“A parte autora teve o seu requerimento de Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e
da Renda indeferido administrativamente em razão de constar vínculo público junto ao Município
de Arapiraca. Afirma que, embora o referido vínculo conste em aberto, ele foi encerrado em
31/12/2019.
De fato, analisando os documentos juntados aos autos, sobretudo o CNIS e a CTPS (anexos 02 e
10), verifica-se que a autora possui vínculos com o Município de Arapiraca em aberto, mas que a
última remuneração paga foi em 12/2019 (anexo 10), o que corrobora a tese autoral de
encerramento do vínculo em 31/12/2019 e afasta o indeferimento administrativo do referido
benefício sob o motivo de existência de vínculo público (anexos 03 e 04).
Registro que, em relação aos demais requisitos, não constam como motivos para o indeferimento,
conforme documento anexado aos autos (anexos 03 e 04).
Por fim, quanto aos argumentos articulados pela União no sentido de que houve a
suspensão/cancelamento do acordo pelo empregador da autora (anexos 14, 24 e 25), entendo que
não assiste razão à ré. Isso porque esse não foi o motivo pelo qual o benefício foi indeferido
Documento 43 - 0505361-72.2020.4.05.8015T https://jef.jfal.jus.br/cretaal/cadastro/modelo/exibe_modelo_publicado.w...
1 of 3 03/09/2021 15:24
[“Benefício não será devido. Foi identificado que o trabalhador possui vínculo de trabalho como a
Administração pública, conforme Art. 4º, inciso I da Portaria nº 10.486, de 22 de abril de 2020”]
(anexos 03 e 04), tampouco é o motivo [“Trabalhador com outro Vínculo em Órgão Público”] do não
pagamento do benefício indicado na cópia do requerimento nº 2006489873 (anexo 25, pág. 03).
Portanto, a partir das provas documentais trazidas, entendo que os motivos que levaram ao
indeferimento do pleito na via administrativa não prevalecem. A parte autora não possui vínculo
público ativo.”
2. Razões recursais da União Federal fundadas, nos seguintes argumentos: a) falta de interesse de agir; b)
princípio da separação dos poderes; e c) ausência de provas do dano moral.
3. Pretensão recursal da autora no sentido de que o indeferimento indevido do benefício, frente à conduta ilícita
da ré, teria gerado danos extrapatrimoniais à autora.
4. Hipótese em que as razões recursais da parte ré se limitam a fazer considerações genéricas quanto ao tema
dos autos, sem impugnar objetivamente os fundamentos da sentença. Como visto, a sentença apresenta
motivação específica ao julgar parcialmente procedente o pedido, analisando a situação do caso concreto,
especialmente a suspensão do contrato de trabalho e a prévia provocação administrativa. Diversamente, a
impugnação se limita à argumentação que serve a qualquer demanda de concessão de benefício emergencial
cumulada com pretensão de reparação moral.
5. Note-se que os princípios da simplicidade, informalidade, celeridade e economia que orientam o rito do Juizado
Especial não autorizam tal circunstância, sobretudo quando vedada a remessa necessária, tornando inviável a
impugnação, como formulada.
6. Assim, limitando-se a recorrente a expor argumentação genérica, sem impugnar especificamente os
fundamentos da sentença, resta descumprido o princípio da dialeticidade recursal, o qual deve ser
compreendido como o ônus atribuído ao recorrente de evidenciar os motivos de fato e de direito para a reforma da
decisão recorrida, segundo interpretação conferida ao art. 514, inciso II, do Código de Processo Civil.
7. O recurso cujos fundamentos são dissociados do conteúdo da decisão recorrida é inepto, viola o princípio da
congruência, e não merece ser conhecido.
8. Quanto ao dano moral, não se extrai das provas carreadas a ocorrência de abalo psicológico, humilhação ou
situação vexatória capazes de ensejar indenização por danos morais. O que se configura é mero dissabor ou
aborrecimento típico do cotidiano e os mesmos foram de pequena monta, sendo razoável que se presuma que
não tiveram o condão de abalar seu espírito a ponto de causar-lhe angústias e aflições.
7. Recurso da União Federal não conhecido, condenando-se a recorrente, vencida, ao pagamento de
honorários advocatícios de 10% sobre o valor da condenação (art. 55 da Lei nº 9.099/95 c/c art. 1º da Lei
10.259/2001).
8. Recurso da autora improvido, condenando-se a recorrente ao pagamento de honorários advocatícios no
percentual de 10% sobre o valor atualizado da causa, sob condição suspensiva de exigibilidade, nos termos dos
arts. 85 e 98, § 3º, da Lei 13.105/2015; arts. 54, § único, e 55 da Lei n.º 9.099/95 c/c art.1º da Lei 10.259/2001.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos, ACORDAM os Juízes da Turma Recursal da Seção Judiciária de Alagoas,
À UNANIMIDADE, NÃO CONHECER DO RECURSO DA UNIÃO e NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO DA
AUTORA, nos termos do voto do Relator.
ÂNGELO CAVALCANTI ALVES DE MIRANDA NETO
JUIZ FEDERAL RELATOR
Documento 43 - 0505361-72.2020.4.05.8015T https://jef.jfal.jus.br/cretaal/cadastro/modelo/exibe_modelo_publicado.w...
2 of 3 03/09/2021 15:24
lcbm
Visualizado/Impresso em 03 de Setembro de 2021 as 15:23:16
Documento 43 - 0505361-72.2020.4.05.8015T https://jef.jfal.jus.br/cretaal/cadastro/modelo/exibe_modelo_publicado.w...
3 of 3 03/09/2021 15:24

Continue navegando