Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Manual de Contabilidade Geral II. De acordo com a Lei 6.404/76 e suas atualizações. Gisele de Oliveira Silva César Edição 2021/2 2 FUNDAMENTOS DA CONTABILIDADE A contabilidade é uma área presente no dia da dia das pessoas, das empresas e das entidades públicas, servindo de instrumentos para geração de informações sobre as situações econômico-financeiras das entidades. Franco (1996, p.21) considera a Contabilidade uma ciência e a conceitua da seguinte forma: È a ciência que estuda os fenômenos ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a classificação, a demonstração expositiva, a análise e a interpretação desses fatos, com o fim de oferecer informações e orientações – necessárias à tomada de decisões – sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial. Observando este conceito podemos concluir que a contabilidade pode ser definida como a ciência que registra as transações ocorridas em uma entidade, com a finalidade de resumir esses fatos em demonstrativos, que possam expressar a situação patrimonial e de resultado da entidade, como o objetivo principal de gerar informações que contribuam para a tomada de decisões. OBJETIVO DA CONTABILIDADE O objetivo da contabilidade, segundo Ribeiro (2010, p.4), ―é o estudo e o controle do patrimônio e de suas variações visando ao fornecimento de informações que sejam úteis para a tomada de decisões‖. Para atingir seus objetivo, a Contabilidade, de acordo com Franco(1996), se utiliza de: a) Escrituração contábil: registro dos fatos que ocorrem no patrimônio; b) Demonstrações contábeis: Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, Demonstração de Mutações do Patrimônio Liquido, Demonstração dos Fluxos de Caixa e Demonstração do Valor Adicionado; c) Auditoria contábil: exame de documentos, livros e registros, obedecendo a normas específicas de procedimentos; d) Análise de demonstrações contábeis: permite decompor, comparar e interpretar as demonstrações, oferecendo dados analíticos e interpretações sobre os componentes do patrimônio e sobre os resultados da atividade econômica desenvolvida pela entidade. INTERESSADOS NA INFORMAÇÃO CONTÁBIL Os interessados na informação contábil são aqueles que de alguma forma utilizam as demonstrações contábeis para atender às suas diversas necessidades de informação contábil. Esses interessados incluem: BOAS VINDAS! 3 a) Investidores: preocupam-se com o risco inerente ao investimento e o retorno que ele produz. Eles precisam de informações para ajudá-los a decidir se devem comprar, manter ou vender investimentos, bem como avaliar se a entidade tem capacidade de pagar dividendos; b) Empregados: estão interessados em informações sobre a estabilidade e a lucratividade de seus empregadores. Também se interessam em saber se a entidade tem a capacidade de manter sua remuneração, seus benefícios de aposentadoria e suas oportunidades de emprego; c) Credores por empréstimos: interessam-se na capacidade da entidade em pagar seus empréstimos e os correspondentes juros no vencimento; d) Fornecedores: desejam saber se a entidade tem condições de pagar importâncias que lhes são devidas nos respectivos vencimentos; e) Clientes: têm interesses na continuidade operacional em relação, principalmente, ao longo prazo com ela, ou dela dependem como fornecedor; f) Governo: está interessado nas atividades das entidades que envolvam destinação de recursos. Também utiliza informações a fim de regulamentar as atividades das entidades e estabelecer políticas fiscais,; g) Público: tem interesse em relação às informações sobre a evolução do desempenho da entidade e os desenvolvimentos recentes, que possam afetar o ambiente das pessoas. De acordo co ma Resolução CFC n° 1.374/11, que aprovou a NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL, as Demonstrações Contábeis elaboradas satisfazem as necessidades comuns da maioria dos seus interessados, pois de uma forma ou outra eles utilizam essas informações para a tomada de decisões econômicas, tais como: a) Decidir quando comprar, manter ou vender instrumentos patrimoniais; b) Avaliar a administração da entidade quanto à responsabilidade que lhe tenha sido conferida e quanto à qualidade de seu desempenho e de sua prestação de contas; c) Avaliar a capacidade da entidade pagar seus empregados e proporcionar- lhes outros benefícios; d) Avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos financeiros emprestados à entidade: e) Determinar políticas tributárias; f) Determinar a distribuição de lucros e dividendos; g) Elaborar e usar estatísticas da renda nacional; ou h) Regulamentar as atividades das entidades. Dessa forma, a informação contábil torna-se fundamental para os seus usuários e interessados, que as utilizam para suprir suas necessidades. PRINCIPAIS TAREFAS DO CONTADOR As principais tarefas desenvolvidas pelo contador são: Revisar a escrituração das operações Elaborar as demonstrações contábeis Elaborar o planejamento tributário da entidade Elaborar as declarações (obrigações acessórias da empresa) 4 Apresentar para os usuários internos análise das modificações econômicas financeiras da entidade. PROFISSIONAL DA CONTABILIDADE De acordo com o art. 12 do Decreto-lei n° 9.295/46, alterado pela Lei n°12.249/2010, os profissionais somente poderão exercer a profissão após a regular conclusão do curso de Bacharelado em Ciências Contábeis, reconhecido pelo ministério da Educação, aprovado em Exame de Suficiência e registro no Conselho Regional de Contabilidade a que estiverem sujeitos. Esses profissionais são denominados Contadores. O mesmo decreto, em seu §2° do art. 12, determina que os técnicos em Contabilidade, profissionais com formação de nível médio, que já estejam registrados em conselho Regional de Contabilidade e os que o façam até 1° de junho de 2015 tem assegurado o seu direito ao exercício da profissão. Nesse sentido, a partir da referida data, não haverá o registro de novos profissionais com formação em técnico em contabilidade. Dessa forma, com base no exposto na legislação, são profissionais da contabilidade o contador (com formação de nível superior) e o técnico em contabilidade (com formação de nível médio), sendo que a partir da data referida no decreto a profissional técnico entra em fase de extinção, sob o aspecto formal. CAMPOS DE ATUAÇÃO: O profissional de Contabilidade pode atuar de diversas formas, das quais destacam-se: a) Profissional liberal: b) Órgão público: c) Empresas privadas d) Instituições de ensino; PATRIMÔNIO Como objeto da contabilidade, o patrimônio corresponde a um conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados à entidade econômica – administrativa. Os bens: são as coisas capazes de satisfazer às necessidades humanas e suscetíveis de avaliação econômica (RIBEIRO, 2010). Os bens podem ser de dois tipos: Materiais, tangíveis ou corpóreos: são os objetos que a empresa tem para uso, troca ou consumo. Exemplos: equipamentos de informática, máquinas, dinheiro, mercadorias, material de expediente, entre outras; Imateriais, intangíveis ou incorpóreos: não possuem existência física, correspondem a determinados gastos que, por sua natureza a legislação brasileira 5 determina que façam parte do patrimônio. Exemplos: direito de uso de marcas, patentes de invenções, fundo de comércio, entre outros. Direitos: São todos os valores a receber de terceiros derivados das operações a prazo realizadas pelas entidades, incluindo títulos, duplicatas, empréstimos concedidos, entre outros. Obrigações: segundo Neves e Viceconti (1996, p.5), ―são dívidas ou compromissos de qualquer espécie ou natureza assumidos perante terceiros, os bens de terceiros que se encontra em nossa posse‖. Exemplos: duplicatas, salários, notaspromissórias, entre outros. Conforme estabelece a Resolução do CFC n° 1.374/11, que aprovou a NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL, a posição patrimonial e financeira de uma entidade é afetada pelos recursos econômicos que ela controla, sua estrutura financeira, sua liquidez e solvência, e sua capacidade de adaptação ás mudanças no ambiente em que opera. Dessa forma, as informações sobre a natureza e os montantes de recursos econômicos e reivindicações da entidade que reporta a informação pode auxiliar usuários a identificarem a fraqueza e o vigor financeiro da entidade que reporta a informação. Informações sobre a estrutura financeira são utilizadas para prever as futuras necessidades de financiamento e como os lucros futuros e os fluxos de caixa serão distribuídos entre aqueles que tem participação na entidade; também são úteis para ajudar a avaliar a probabilidade de que a entidade seja bem-sucedida no levantamento de financiamentos adicionais. As informações sobre a liquidez e solvência são úteis para prever a capacidade que a entidade tem de cumprir com seus compromissos financeiros nos respectivos vencimentos. As informações sobre a posição patrimonial e financeira são principalmente fornecidas pelo balanço patrimonial; As informações sobre o desempenho são basicamente fornecidas na demonstração do resultado. As informações sobre as mutações na posição financeira usualmente refletem os elementos da demonstração do resultado e as alterações nos elementos do balanço patrimonial. ATIVO = PASSIVO EXIGÍVEL + PATRIMÔNIO LÍQUIDO ATIVO – é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade. Exemplo: dinheiro em caixa, dinheiro no banco, direitos a receber de clientes, estoque, bens permanentes, entre outros. PASSIVO EXIGÍVEL – é uma obrigação presente da entidade, derivadas de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos da entidade capazes de gerar futuros benefícios econômicos futuros. PATRIMONIO LIQUIDO - é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos. 6 ENQUADRAMENTO DOS COMPONENTES PATRIMONIAIS Ao definir se um item se enquadra no conceito de ativo, passivo ou patrimônio líquido, deve-se atentar para a sua essência a realidade econômica e não apenas sua forma legal. O benefício econômico futuro embutido em um ativo corresponde ao seu potencial em contribuir, direta ou indiretamente, para o fluxo de caixa ou equivalentes de caixa da entidade. Tal potencial também pode ser produtivo, quando o recurso for parte integrante das atividades operacionais da entidade. Pode ainda ter a forma de conversibilidade em caixa, como no caso de um processo industrial alternativo que reduza os custos de produção. Esses benefícios econômicos futuros de um ativo, segundo a Resolução CFC n° 1.374/11, podem fluir para a entidade de diversas maneiras. Por exemplo, um ativo pode ser: Usado isoladamente ou em conjunto com outros ativos na produção de mercadorias e serviços a serem vendidos pela entidade: Trocado por outros ativos; Usado para liquidar um passivo; ou Distribuídos aos proprietários da entidade. Em relação ao passivo, uma característica essencial para a sua existência é que a entidade tenha uma obrigação presente. Uma obrigação é um dever ou responsabilidade de agir ou fazer de certa maneira. As obrigações podem ser legalmente exigíveis em consequência de um contrato ou de requisitos estatutários. Esse é normalmente o caso, por exemplo, das contas a pagar por mercadorias e serviços recebidos. Obrigações surgem também de práticas usuais de negócios, uso e costumes e o desejo de manter boas relações comerciais ou agir de maneira equitativa. A extinção de uma obrigação presente pode ocorrer de diversas maneiras, por exemplo, por meio de: Pagamento em dinheiro Transferência de outros ativos; Prestação de serviços; Substituição da obrigação por outra; ou Conversa da obrigação em capital. Quanto ao enquadramento do patrimônio líquido, a Resolução CFC n° 1.374/11 destaca que os recursos aportados pelos sócios, reservas resultantes de apropriações de lucros e reservas para manutenção do capital podem ser demonstrados separadamente. Tais classificações podem ser importantes para a tomada de decisão dos usuários das demonstrações contábeis quando indicarem restrições legais ou de outra natureza sobre a capacidade que a entidade tem de distribuir ou aplicar de outra forma os seus recursos patrimoniais. RECEITAS, DESPESAS E RESULTADO. RECEITAS – são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da entrada de recursos ou do aumento de ativos ou diminuição de 7 passivos, que resultem em aumentos do patrimônio liquido, e que não estejam relacionados com a contribuição dos detentores dos instrumentos patrimoniais. Normalmente, nas entidades comerciais, as receitas decorrem da venda de mercadorias adquiridas para esse fim. Nas entidades de prestação de serviços, as receitas são constituídas pela remuneração por serviços prestados. Nas entidades industriais, a receita é decorrente da venda de produtos produzidos. Obs.: a receita ocasiona o aumento no patrimônio líquido. DESPESAS – são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou assunção de passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com distribuições aos detentores dos instrumentos patrimoniais. Exemplos: gastos com material de expediente, mão de obra, água, energia elétrica, entre outros. RESULTADO – representa a diferença entre as despesas e as receitas de um período determinado. É a variação aumentativa ou diminutiva, do patrimônio líquido, originada da atividade econômica da empresa, que sempre tem por objetivo o lucro, ou seja, o aumento de seu patrimônio. Sendo assim: RECEITA > DESPESAS = LUCRO DESPESAS > RECEITA = PREJUÍZO Ao final de cada período, as empresas apuram seu resultado, para identificar se houve lucro ou prejuízo. Esse resultado provoca reflexo direto no patrimônio liquido, sendo que, quando há lucro, a participação dos sócios aumenta; e quando há prejuízo, a participação diminui. Isso ocorre em função da interferência do resultado no patrimônio liquido, assim: Os lucros aumentam o patrimônio líquido de uma empresa; Os prejuízos diminuem o patrimônio líquido de uma empresa. REGISTRO CONTÁBIL O registro contábil se processa por meio da escrituração contábil. Segundo o estabelecido na Resolução CFC 1.330/11, que aprovou a ITG 2000 – Escrituração Contábil, a escrituração contábil deve ser realizada com observância aos Princípios de Contabilidade, sendo que no nível de detalhamento da escrituração contábil deve estar alinhado ás necessidades de informação de seus usuários. A escrituração contábil deriva de atos e fatos praticados no processo de gestão, assim torna-se importante identificar esses componentes: a) Atos administrativos: ―são os acontecimentos que ocorrem na empresa e que não provocam alterações no Patrimônio‖ Ex.: Assinatura de um contrato, admissão de um empregado, entre outros. b) Fatos contábeis: são de natureza econômica, pois são os acontecimentos que provocam alterações nos valores patrimoniais, podendo ou não alterar o patrimônio líquido. 8 Classificação dos fatos contábeis: Fatos contábeis permutativos: são aqueles que geram modificações nos elementos que representam os bens, direitos e obrigações, sem altera a situação líquida. Exemplos: recebimento de uma duplicata, compra de mercadorias a prazo, compra de um veículo a vista, pagamento de duplicatas Etc. Fatos contábeis modificativos: são os que provocam alterações no patrimônio das entidades modificandoa situação líquida. Podem ser aumentativos ou diminutivos. Fato modificativo aumentativo: recebimento de uma receita; Fato modificativo diminutivo: pagamento de impostos, salários, aluguel etc. Fatos contábeis mistos: são os que conjugam a permutação de valores com modificação na situação líquida do patrimônio, podendo ser aumentativos ou diminutivos; Fato misto aumentativo: venda de um bem com lucro, pagamento de uma dívida com desconto: Fato misto diminutivo: venda de um bem com prejuízo, pagamento de uma dívida com juros. Os fatos contábeis ocorrem durante um espaço de tempo no qual, ao seu final, apuram-se os seus resultados, que segundo Neves e Viceconti (1996) denominam-se exercício social; esse período pode coincidir, ou não, com o ano- calendário, de acordo com o definido no estatuto ou no contrato social. O exercício social tem a duração de um ano. NOÇÕES DE DÉBITO E CRÉDITO – FUNCIONAMENTO DAS CONTAS. As contas são movimentadas por meio de débitos e créditos nelas lançadas. Os débitos não significam ―dívidas, situação negativa ou desfavorável‖, e os créditos não significam ―direitos, situação positiva ou favorável‖, ou ainda, ―pode comprar a prazo em um estabelecimento comercial‖. Então o que significa débito e crédito sob o ponto de vista contábil? Vimos que conta é o nome técnico que recebe cada um dos elementos componentes do patrimônio, bem como cada um dos elementos representativos das despesas e das receitas. Vimos também que a contabilidade exerce o controle do patrimônio e de suas variações, por meio das contas. Isso ocorre da seguinte maneira: o contabilista cria nos registros contábeis um gráfico em forma de T para controlar cada elemento patrimonial ou de resultado. Cada gráfico será identificado na contabilidade pelo nome do elemento componente do patrimônio ou representativo de despesa ou de receita, como: Caixa, Móveis e Utensílios, Aluguéis Passivos etc. Nesses gráficos, o contabilista controlará a movimentação de cada elemento, registrando seus aumentos (ingressos, entradas, compras) e suas diminuições (saídas, vendas). Para facilitar o entendimento, vamos pensar em uma conta que identifique um elemento representativo de bem material: a conta Caixa. 9 Você sabe que a quantia de dinheiro existente no caixa aumenta pelas entradas de numerários e diminui pelas Saídas deles. Esse é o fundamento do controle de cada conta: aumento (entrada) e diminuição (saída). Convencionou-se denominar o lado esquerdo do gráfico em T, utilizando para o controle das contas, de lado do débito: é o lado direito, de lado do crédito. Estabeleceu-se, ainda, considerar as contas do Ativo e as contas de despesas como sendo de natureza devedora; e as contas do Passivo, bem como as contas de receitas, sendo de natureza credora. Resumindo: Entradas de dinheiro no caixa = débitos da conta Caixa (lança-se no lado esquerdo do gráfico) Saídas de dinheiro do caixa = créditos da conta Caixa (lança-se no lado direito do gráfico) Finalmente, as palavras ―débito‖ e ―crédito‖ em contabilidade, considerando o enfoque do presente item, podem ser consideradas sinônimas de aumento e diminuição do saldo das contas. No entanto, é preciso cautela: para as contas de natureza devedora, a palavra ―débito‖ representa aumento do saldo e a palavra ―crédito‖ representa diminuição do saldo; por outro lado, para as contas de natureza credora, o raciocínio é o inverso: ―débito‖ representa diminuição do saldo e ―crédito‖ representa aumento do saldo. Para entender o mecanismo do débito e do crédito das contas é preciso, primeiramente, conhecer a natureza de cada conta. CONTAS PATRIMONIAIS Ativo Passivo Bens(+) Obrigações (-) Direitos (+) Patrimônio Líquido (+ou-) (Contas de natureza devedora) (Contas de natureza credora) CONTAS DE RESULTADO DESPESAS (-) RECEITAS (+) (Contas de natureza devedora) (Contas de natureza credora) O lado ESQUERDO de uma conta é chamado lado do DÉBITO O lado DIREITO esquerdo de uma conta é chamado lado do CRÉDITO Representação gráfica de um razonete em T Título da Conta 10 A diferença entre o total de débitos e o total de créditos feitos em uma conta é denominada saldo. Se o valor dos débitos for superior ao valor dos créditos, a conta terá um saldo devedor. Se o valor dos créditos for superior ao valor dos débitos, a conta terá um saldo credor Lançamentos a Débito e a Crédito das Contas A natureza da conta é que irá determinar o lado a ser utilizado para os aumentos e o lado para as diminuições. Contas de ativo Contas de passivo Contas de patrimônio líquido CONTAS DO ATIVO As contas de Ativo sempre devem apresentar saldos devedores. Para que uma conta de Ativo possua saldo devedor, é necessário que os aumentos e as diminuições sejam assim registrados: Contas de Ativo DÉBITO CRÉDITO Qualquer conta de ativo $ Aumentos $ Diminuições CONTAS DO PASSIVO LADO DO DÉBITO LADO DO CRÉDITO 11 As contas de Passivo sempre devem apresentar saldos credores. Para que uma conta de Passivo possua saldo credor, é necessário que os aumentos e as diminuições sejam assim registrados: Contas de Passivo DÉBITO CRÉDITO Qualquer conta de passivo $ Aumentos$ Diminuições CONTAS DO PATRIMONIO LÍQUIDO As contas de Patrimônio Líquido devem apresentar saldos credores. Para que uma conta de Patrimônio Líquido possua saldo credor, é necessário que os aumentos e as diminuições sejam assim registrados: Contas de Patrimônio Líquido DÉBITO CRÉDITO Qualquer conta de PL $ Aumentos$ Diminuições 12 Resumo do Mecanismo de Débito e Crédito Contas Efetua-se um lançamento a: Débito Crédito de para para Ativo Aumentar Diminuir Passivo Diminuir Aumentar Patrimônio Líquido Diminuir Aumentar MMééttooddoo ddaass ppaarrttiiddaass ddoobbrraaddaass A essência do método é que o registro de qualquer operação implica que um débito numa ou mais contas deve corresponder um crédito equivalente em uma ou mais contas, de forma que a soma dos valores debitados seja sempre igual à soma dos valores creditados. ―Não há débito(s) sem crédito(s) correspondente(s)‖ Exercício Complementar - N° 1 1) Classifique as contas abaixo em: a) Na coluna ―A‖ - Patrimonial ou de Resultado b) Na coluna ―B‖ - Ativa, Passiva, Receita ou Despesa c) Na coluna ―C‖ – Natureza devedora e credora 13 2) Preencha o Balanço Patrimonial Abaixo utilizando as contas relacionadas observando a classificação correta de cada conta e dos grupos. Imóveis------------------------------ 100.000 Computadores-----------------------10.000 Móveis e Utensílios---------------5.000 Veículos---------------------------- 14.000 Caixa----------------------------------5.000 Banco Conta Movimento-------63.000 Estoques de Mercadorias-----50.000 Clientes-----------------------------10.000 Promissórias a Receber---------8.000 CONTAS A B C Caixa Banco conta movimento Fornecedores Clientes Água a pagar Receita de Aluguel Despesas Bancárias Duplicatas a pagar Promissórias a pagar Despesas com Juros Capital Social Despesas com Aluguel Despesas c/ Café e lanches Marcas e Patentes Descontos Concedidos Lucros do exercício Estoques de Mercadorias Despesas com Salários Salários a pagar Aluguel a pagar Impostos a recolher Móveis e utensílios Receita de serviços Veículos 14 Fornecedores----------------------30.000 Salários a Pagar-------------------28.000 Impostos a Pagar-----------------40.000 Duplicatas a Pagar----------------39.000 Banco Conta Empréstimos----100.000 Capital Social ----------------20.000 Lucro ---------------------------8.000 Balanço Patrimonial ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTEATIVO NÃO CIRCULANTE PATRIMONIO LIQUIDO TOTAL ATIVO TOTAL PASIVO CONTAS Conta, segundo Coelho, Siqueira e Lins (2008, p. 14-15) ―é o dado para identificar tudo o que a empresa compra, vende, recebe ou paga. È pelas contas que a empresa pode analisar de forma mais realista sua situação econômico- financeira, conhecendo os valores de cada bem, direito e obrigação‖. As contas são criadas à medida que se tenha necessidade de registrar fatos com elas relacionados, e são movimentadas toda vez que ocorrem outros fatos da mesma natureza. Classificação das Contas Contas patrimoniais: são as que representam os elementos ativos e passivos que compõem o complexo patrimonial. Contas de resultado: são as que registram as variações patrimoniais (despesas e receitas) e demonstram o resultado do exercício. PLANO DE CONTAS Plano de contas é uma peça técnica contábil composta por um conjunto de normas e elenco de contas que se destinam a servir de modelo para os trabalhos de registro e demonstrações de fatos contábeis. 15 Estabelece a conduta a ser adotada na escrituração, através da exposição das contas em seus títulos, funções, funcionamento, grupamentos, análises e derivações. O profissional deve ter pleno conhecimento das atividades da empresa para elaborar um plano de contas adequado. FINALIDADES A principal finalidade do plano de contas é a de servir de meio de orientação na escrituração contábil, possibilitando sua padronização e protegendo a empresa contra os erros naturais motivados pela ausência de sistematização. Uma empresa que não possua um plano de contas adequado fatalmente dará lugar à abertura de contas indevidas, em duplicidade, com objetos confusos, com funções em plena colisão etc. CARACTERÍSTICAS Codificação do Plano de Contas A implantação de um plano de contas inicia-se com a criação dos grupos principais, denominados contas de 1° grau, que deverão seguir a estrutura das demonstrações contábeis, visando facilitar sua compreensão. Diante disso, o plano de contas poderá ser codificado da seguinte maneira: Unidade 1 para as contas do ativo; Unidade 2 para as contas de passivo e patrimônio líquido; Unidade 3 para as contas de receitas; Unidade 4 para as contas de deduções das vendas; Unidade 5 para todas as contas de custos e despesas Em seguida, criam-se as contas de 2° grau, adicionando-se um segundo número que representa o grupo de contas do ativo e do passivo e assim sucessivamente. Desse modo, observando-se essa sistemática, obtém-se: 1. ATIVO (1°Grau) 1.1. Circulante (2°Grau) 1.1.1. Disponível (3°Grau) 1.1.1.001 Caixa (4°Grau) 1.1.1.001.0001 Caixa Loja 01 (5°Grau) 1.1.1.002 Bancos 1.1.1.002.0001 Bradesco Os códigos de contas, segundo Pereira et al. (2005, p.43), ―devem identificar o grupo de conta, o subgrupo, o grau de subordinação ou nível, a conta interna diária e a ordem ou posição no elenco de contas‖. Os níveis das contas podem ser sintéticos ou analíticos. De acordo com Ribeiro (2010), o critério para definir a codificação fica a cargo do profissional da Contabilidade que definirá sua decisão com base no porte da empresa, bem como o grau de detalhamento das informações que se pretende obter. Contudo, os códigos numéricos estruturados apresentados anteriormente possuem o inconveniente de serem grandes. Por isso, a fim de agilizar os registros 16 contábeis, os sistemas de contabilidades atuais possibilitam a criação de um código reduzido para as contas analíticas. LIVROS DE ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL Para Franco (1996, p. 57), a escrituração ―é o registro dos fatos contábeis, segundo os princípios e normas técnicas-contábeis, tendo em vista demonstrar a situação econômico-patrimonial da entidade e os resultados econômicos por ela obtidos em um exercício‖. A escrituração deve ser feita em ordem cronológica. Segundo a Resolução CFC. 1.330/11, que aprovou a ITG 2000 – Escrituração contábil, a escrituração contábil deve ser executada: a) Em idioma e em moeda corrente nacionais; b) Em forma contábil; c) Em ordem cronológica de dia, mês e ano; d) Com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras ou emendas; e e) Com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua falta, em elementos que comprovem ou evidenciem fatos contábeis. Livros de escrituração Muitos podem ser os livros utilizados pelas entidades; dependendo da forma jurídica e do porte eles podem variar; mas existem dois livros que são comuns a todas as entidades: o Livro-diário e o Livro-razão. LIVRO-DIÁRIO De acordo com Hastings (2007), o diário é um livro básico de contabilidade, onde são registrados todos os eventos contábeis ocorridos na organização em cada dia. Nesse livro é que se podem obter informações completas dos registros contábeis de uma entidade, referentes a qualquer data específica. Em função disso, constitui a documentação a que se recorre como prova para os casos de auditoria, perícia ou simplesmente para comprovar a veracidade dos demonstrativos contábeis da entidade. ―O livro-Diário deverá conter termos de abertura e de encerramento, e ser submetidos à autenticação no órgão competente do registro de comércio; quando se tratar de empresa civil, no Registro Civil de Pessoas Jurídicas ou no Cartório de registro de Títulos e Documentos‖. A escrituração contábil no livro-diário deve ser lançada em ordem cronológica, com individualização, clareza e referência ao documento probante, todas as operações ocorridas, e quaisquer outros fatos que provoquem variações patrimoniais. LIVRO RAZÃO Para Hastings (2007), o razão é um livro em que se efetuam todos os registros da ótica dos motivos, ou das razões de cada um; para isso, cada conta específica é individualizada, em que se lança todos os débitos e créditos 17 pertinentes à conta em questão referentes a um determinado período, podendo-se a qualquer momento apurar o saldo da conta para transcrição no balanço. O controle das contas, didaticamente, conforme Coelho, Siqueira e Lins (2008), é feito por meio de razonetes ou das chamadas contas ―T‖. No modelo descrito a seguir, pode-se notar que do lado esquerdo são registrados os lançamentos a débito e, no lado direito, são transcritos os lançamentos a crédito. A Resolução CFC 1.330/11, que aprovou a ITG 2000 – Escrituração Contábil estabelece que os livros contábeis obrigatórios, entre eles o livro diário e o livro-razão, em forma não digital. Devem revestir-se formalidades extrínsecas, tais como; a) Serem encadernados; b) Terem suas folhas numeradas sequencialmente; c) Conterem termo de abertura e de encerramento assinados pelo titular ou representante legal da entidade e pelo profissional da Contabilidade regularmente habilitado no Conselho Regional de Contabilidade. A mesma resolução, em relação aos mesmos livros, em forma digital, define as seguintes formalidades: a) Serem assinados digitalmente pela entidade e pelo profissional da contabilidade regularmente habilitado; b) Serem autenticados no registro público competente. DEMAIS LIVROS DE ESCRITURAÇÃO Pereira et al. (2005) informam que entre os livros que uma organização deve manter, além dos contábeis já citados, existem os societários e os fiscais, sendo alguns obrigatórios e outros facultativos. Os principais livros societários são; Registro de ações nominativas; Transferências de ações nominativas; Registro de partes beneficiárias nominativas e de transferências; Atas de assembleias gerais; Presença de acionistas; Atas de reuniões do conselho de administração e da diretoria; Atas e pareceres do conselho fiscal. Os principais livros fiscais são: Registro de entradas; Registro de saídas; Registro deapuração do ICMS; Registro dos Créditos Registro dos Débitos Nome da conta 18 Registro de apuração do IPI; Registro de inventário; Registro de controle de produção e estoque; Livro de apuração do lucro real. MÉTODO DE ESCRITURAÇÃO O método de escrituração adotado é o das partidas dobradas, que, segundo Coelho, Siqueira e Lins (2008), é certamente a principal contribuição do monge italiano Luca Pacioli à Ciência Contábil. Esse método baseia-se em lançamentos contábeis que têm por princípio que não há devedor sem credor e vice-versa, correspondendo a cada débito um crédito de igual valor. LANÇAMENTOS São o registro de um fato contábil. Esse registro, pelo método das partidas dobradas, é feito em ordem cronológica e obedecendo a determinada disposição técnica. O método das partidas dobradas exige o aparecimento do devedor e do credor, aos quais se seguem o histórico do fato ocorrido e a importância em dinheiro. A Resolução CFC 1.330/11, que aprovou a ITG 2000 – Escrituração Contábil, define o descrito no parágrafo anterior, determinando que a escrituração em forma contábil ocorre por meio de lançamentos que devem conter, no mínimo: a) Data do registro contábil, ou seja, a data em que o fato contábil ocorreu; b) Conta devedora; c) Conta credora; d) Histórico que represente a essência econômica da transação ou o código de histórico padronizado, nesse caso baseado em tabela auxiliar inclusa em livro próprio. e) Valor do registro contábil; f) Informação que permita identificar, de forma unívoca, todos os registros que integram um mesmo lançamento contábil; Ex. número do lançamento. COMO CONTABILIZAR OS FATOS DA FASE DE CONSTITUIÇÃO DAS EMPRESAS Vimos que, para se constituir uma empresa, é necessário inicialmente que se tenha um Capital. Vimos, também, que esse Capital pode ser em dinheiro ou, ainda, em outros bens e direitos. Na fase de constituição de uma empresa, podemos considerar dois momentos: a) Constituição do Capital — momento em que o proprietário providencia o registro da empresa nos órgãos competentes, visando dotá-la de personalidade jurídica; b) Realização ou integralização do Capital — momento em que o proprietário entrega para a empresa, como pagamento do Capital que constituiu dinheiro ou vários bens e direitos. Neste item, você aprenderá a contabilizar a constituição e a realização do Capital das empresas individuais. Empresa individual é aquela constituída por uma só pessoa física, que a representa e responde ilimitadamente pelos atos por ela praticados em nome da empresa. 19 Capital realizado em dinheiro Em 2 de maio de x1, José Paulo constituiu uma firma individual para explorar o comércio de instrumentos musicais, situada na Rua Bento Monteiro, n.º 147, nesta cidade, efetuando registro na Junta Comercial do Estado sob n.º 978, em sessão de 08/05/x1. Seu Capital é de R$ 50.000, realizado em dinheiro no ato da constituição. Esquema para contabilização: Observações: A conta Caixa será debitada, pois é uma conta do Ativo que representa o valor do Capital recebido pela empresa de seu proprietário. Logo, esse valor, sendo recebido, acarreta aumento no Ativo. A conta Capital será creditada, pois é uma conta do grupo Patrimônio Líquido, que fica do lado Passivo e representa, neste caso, a Situação Líquida inicial positiva, motivo pelo qual acarreta aumento no lado do Passivo. Capital realizado em Bens e Direitos Em 10 de abril de x1, Maria Rita de Souza constituiu uma empresa individual para explorar o comércio de brinquedos, situada à Rua Bernardio Querido, n.º 4.391, nesta cidade, conforme registro na Junta Comercial do Estado sob n.º 1.510, em sessão de 15/04/x1, com Capital no valor de R$20.000, realizado no ato da constituição pelos seguintes Bens e Direitos: em dinheiro: R$ 9.000; diversos móveis, conforme relação, avaliados em R$ 6.000; duas Notas Promissórias emitidas a seu favor por Natanael dos Santos: R$5.000. Esquema para contabilização: ELEMENTOS CONTAS D/C Dinheiro Caixa D Capital Capital C ELEMENTOS CONTAS D/C Dinheiro Caixa D Móveis Móveis e Utensílios D Notas Promissórias Promissórias a Receber D Capital Capital C 20 Observações: Neste lançamento, três contas serão debitadas — Caixa, Móveis e Utensílios e Promissórias a Receber —, pois todas são Contas do Ativo e representam os Bens e os Direitos recebidos pela empresa de sua proprietária, para realização do Capital. A conta Capital, como ocorrerá em todos os lançamentos de constituição da empresa, será creditada pelas mesmas razões já explicadas no caso anterior. Nos dois casos estudados, a realização do Capital foi feita no momento da constituição da empresa. Entretanto, a entrega (realização ou integralização) para a empresa dos elementos que compõem o Capital, por seu proprietário ou pelos sócios (quando se tratar de sociedade), pode ser feita parceladamente, como veremos a seguir. COMO ELABORAR O LANÇAMENTO 1º) Passo: identificar o local e a data da ocorrência do fato. 2º) Passo: identificar que documento foi emitido para comprovar a operação. 3º) Passo: identificar, no fato, os elementos envolvidos. 4º) Passo: identificar as contas que serão utilizadas para registrar os elementos envolvidos no fato. 5º) Passo: identificar que conta será debitada e que conta será creditada. 6º) Passo: preparar o histórico do lançamento. 7º) Passo: elaborar o lançamento no livro-diário. Exemplos de Lançamentos Compra à vista ( em dinheiro ) de uma máquina de escrever, marca Mantiqueira, conforme Nota Fiscal n.º 8.831, da Maquinolândia Ltda., na valor de R$ 1.000. Observe que todo lançamento deve ter os seguintes elementos essenciais. . Data da ocorrência do fato; . conta a ser debitada; . conta ser creditada; . histórico; . valor. Para elaborar um lançamento, você deve seguir os seguintes passos: 1º) Verificar o local e a data da ocorrência do fato. No caso do nosso exemplo, considere a sua cidade e a data de hoje. 2º) Verificar que documento foi emitido na operação. Se não houver documento idôneo que comprove a ocorrência do fato, este não poderá ser contabilizado. No nosso exemplo, o documento emitido foi a Nota Fiscal n.º 8.931. 3º) Todo fato administrativo, objeto de escrituração, envolve, no mínimo, dois elementos patrimoniais ou de resultado. Então, este passo consiste em identificar quais são esses elementos envolvidos na operação. Relendo o exemplo, notamos o seguinte: . compra à vista de uma máquina de escrever... 1º elemento: compra à vista; significa que movimentamos dinheiro. Logo, o 21 1º elemento é dinheiro. 2º elemento: uma máquina de escrever. Logo, o 2º elemento é máquina. 4º) Verificar no Plano de Contas que conta deveremos utilizar para registrar cada um dos elementos identificados no 3º passo. Temos: Dinheiro será registrado na conta Caixa. Máquina será registrada na conta Móveis e Utensílios. 5º) Preparar o histórico do problema. O histórico consiste em relatar o fato. Este relato deve conter apenas dados necessários para o bom esclarecimento do evento. Nunca se deve esquecer de identificar a espécie e o número do documento comprobatório, a coisa transacionada, bem como o nome da empresa com quem se transaciona. Logo: Compra de uma máquina de escrever, marca Mantiqueira, conforme Nota Fiscal n.º 8.931, da Maquinolândia Ltda. 6º) Identificar que conta será debitada e que conta será creditada. O que é a conta a ser debitada e a conta ser creditada? Observe que todo fato que ocorre na empresa ocorre em forma de troca. Vamos tomar, por exemplo, a compra à vista da máquina de escrever em questão. A empresa recebe a máquina e dá em troca o dinheiro. Daí, podemos concluir, nesta fase de aprendizagem, que em todo evento ocorrido na empresa envolvendo elementos materiais existe pelo menosum elemento que entra para a empresa, podendo acarretar aumento nos elementos patrimoniais. E, existe, também, pelo menos um elemento que sai em troca do que entrou, podendo acarretar diminuição entre os elementos patrimoniais. Sendo assim, todo fato administrativo objeto de contabilização pode aumentar e/ou diminuir os elementos do Ativo, do Passivo e do Patrimônio Líquido, conforme estudamos anteriormente – Atos e fatos administrativos. Para identificar mais facilmente a conta a ser debitada e a conta a ser creditada, observe o quadra a seguir: QUADRO AUXILIAR DA ESCRITURAÇÃO I. Para elementos Patrimoniais: a. Toda vez que aumentar o Ativo, DEBITAR a respectiva conta. b. Toda vez que diminuir o Ativo, CREDITAR a respectiva conta. c. Toda vez que aumentar o Passivo, CREDITAR a respectiva conta. d. Toda vez que diminuir o Passivo, DEBITAR a respectiva conta. e. Toda vez que ocorrer uma Despesa, DEBITAR a respectiva conta. f. Toda vez que se realizar uma Receita, CREDITAR a respectiva conta. II. Para elementos de Resultado: 22 NOTAS: As Contas de Despesas só serão creditadas para estorno ou encerramento de exercício. As Contas de Receitas só serão debitadas para estorno ou encerramento de exercício. Continuando o raciocínio do nosso primeiro exemplo de lançamento, vamos, agora, identificar a conta a ser debitada: a conta Móveis e Utensílios, porque uma máquina está entrando para o Patrimônio da empresa. Sendo a máquina registrada em Conta do Ativo (Móveis e Utensílios), isso acarreta aumento do Ativo e a letra a do quadro auxiliar da escrituração diz: toda vez que aumentar o Ativo, DEBITAR a respectiva conta. E a respectiva conta que, no caso, está acarretando aumento no Ativo é a conta Móveis e Utensílios. Vamos, agora, identificar a conta a ser creditada: é a conta Caixa, porque está saindo dinheiro da empresa. Logo, diminuirá o Ativo, e a letra b do quadro auxiliar da escrituração diz: toda vez que diminuir o Ativo, CREDITAR a respectiva conta. A respectiva conta que, no caso, está acarretando diminuição para o Ativo é a conta Caixa. 4.3. Fórmulas de lançamentos No exemplo de lançamento apresentado no item 4.2 tivemos apenas uma conta debitada e uma conta creditada. Porém, um mesmo lançamento poderá conter mais de uma conta debitada ou mais de uma conta creditada. Daí a existência de quatro fórmulas de lançamentos: 1ª FÓRMULA: quando aparecem no lançamento uma conta debitada e uma conta creditada. Exemplo: Compra de uma casa, à vista, do Sr. Plínio de Almeida, situada na Av. Nove de Julho, n.º 1.001, nesta cidade, conforme escritura passada no 5º Tabelião, no valor de R$ 200.000. Para resolver esse lançamento, vamos seguir todos os passos contidos no item 1º) Local e data: considerar a sua cidade e a data de hoje. 2º) Documento emitido: escritura passada no 5º Tabelião. 3º) Elementos envolvidos: casa e dinheiro. 4º) Contas a utilizar: Imóveis e Caixa. 5º) Preparar o histórico: utilizaremos todo o problema. 6º) Identificar qual das contas será debitada e qual será creditada: Debitada: conta Imóveis, pois estamos comprando uma casa, a qual aumentará o nosso Ativo (letra a do quadro auxiliar da escrituração). Creditada: conta Caixa, pois, se estamos pagando em dinheiro, o nosso Ativo diminuirá pela saída dessa importância da conta Caixa (letra b do quadro auxiliar da escrituração). 2ª FÓRMULA: quando aparecem no lançamento uma conta debitada e mais de uma conta creditada. Exemplo: Compra de uma bicicleta, marca Lunar, da Casa Estrela, conforme Nota Fiscal n.º 5.390, no valor de R$ 800, nas seguintes condições: a) Pagamento, no ato, de R$ 300, em dinheiro, como entrada; 23 b) O restante será pago após 30 dias, conforme aceite da Duplicata n.º 0001. Para resolver este lançamento, vamos novamente seguir os passos contidos no item 4.2: 1º) Local e data: considerar a sua cidade e a data de hoje. 2º) Documentos: Nota Fiscal n.º 5.390 e Duplicata n.º 0001. 3º) Elementos envolvidos: Bicicleta Dinheiro Duplicata 4º) Contas a utilizar: Bicicleta — conta Veículos Dinheiro — conta Caixa Duplicata — se estamos comprando a prazo, aceitando a Duplicata, evidentemente estamos criando Obrigação para pagar esta Duplicata após 30 dias. Nesse caso, a conta será Duplicatas a Pagar. 5º) Preparar o histórico: veja no lançamento efetuado no 7º passo. 6º) Identificar qual conta será debitada e qual será creditada: Observe que, neste caso, estão envolvidos três elementos: bicicleta, dinheiro e Duplicata. Vamos analisar cada um, conforme o quadro auxiliar da escrituração: conta Veículos: será debitada, pois, se estamos comprando um veículo, este entrará para o Patrimônio da nossa empresa, aumentando, assim, o Ativo. Aplicaremos para esta conta a letra a do quadro auxiliar da escrituração. conta Caixa: será creditada, pois, se estamos pagando parte da compra em dinheiro, esta importância sai do nosso Patrimônio, provocando diminuição no Ativo. Logo, aplicaremos a letra b do quadro auxiliar da escrituração. conta Duplicatas a Pagar: será creditada, pois, se estamos criando uma Obrigação para pagar em 30 dias, ela aumentará o nosso Passivo. Assim, temos: Veículos = conta a ser debitada Caixa = conta a ser creditada Duplicatas a Pagar = conta a ser creditada 3ª FÓRMULA: quando aparecem no lançamento mais de uma conta debitada e apenas uma conta creditada. Exemplo: Venda de uma máquina de escrever a Vicente Leite, conforme Nota Fiscal n.º 0118, por R$ 500, nas seguintes condições: a) recebimento de R$ 100, em dinheiro como entrada; b) recebimento do restante em 4 pagamentos, conforme Duplicatas n.º 118/01 a 118/04, no valor de R$ 100 cada. Vamos, agora, resolver o problema: 1º) Local e data: considerar a sua cidade e a data de hoje. 2º) Documentos: Nota Fiscal n.º 0118 e Duplicatas n.º 118/01 a 118/04. 24 3º) Elementos envolvidos: Máquina Dinheiro Duplicatas 4º) Contas a utilizar: Móveis e Utensílios Caixa Duplicatas a Receber, pois estamos vendendo a prazo. Logo, teremos o Direito de receber o valor correspondente à venda. 5º) Preparar o histórico: veja no lançamento efetuado. 6º) Contas a ser debitadas e/ou creditadas: conta Móveis e Utensílios: note que estamos vendendo uma máquina. Logo o nosso Patrimônio ficará diminuído pela saída deste bem. Assim, a conta Móveis e Utensílios será creditada (letra b do quadro auxiliar da escrituração). conta Caixa: estamos recebendo R$100 de entrada, o que aumentará o Ativo. Logo, a conta Caixa será debitada (letra a do quadro auxiliar da escrituração). conta Duplicatas a Receber: se parte do valor da venda será recebida futuramente, significa que temos Direito com o nosso cliente, Sr. Vicente Leite. Assim, o Direito registrado na conta Duplicatas a Receber aumentará o Ativo do Patrimônio. Portanto, a conta Duplicatas a Receber será debitada. Temos, então: Caixa = conta a ser debitada Duplicatas a Receber = conta a ser debitada Móveis e Utensílios = conta a ser creditada. Exercício Complementar - N° 2 Faça os lançamentos, em forma de diário e razão ―razonetes‖: a) No dia 01/12/2014 a empresa Araguaia & Cia Ltda., integralizou o capital no valor de R$ 25.000,00; b) Comprou com dinheiro do caixa, no dia 01/12/2014, R$ 5.000,00 de móveis e R$ 4.000,00 de equipamentos para estruturar a Cia; c) No dia 08/12/2014 foi depositada a importância de R$ 7.000,00 no banco. d) No dia 09/12/2014 a empresa prestou serviços para recebimento no dia 22/12/2014 no valor de R$ 6.000,00, com emissão de nossa NF 01; e) Recebida no dia 23 de dezembro de 2014 a N/NF001 com acréscimo de juros no valor de R$ 50,00 devido ao atraso na sua liquidação; 25 f) No dia 30 de dezembro de 2014, pagamento da conta de energia elétrica do mês de dezembro, no valor de R$ 250,00 e apropriação da conta de águado mês de dezembro a ser paga no mês de janeiro de 2015, valor de R$ 80,00. g) No dia 31/12/2014 efetuou o pagamento com o cheque n° 0001, referente a despesas de aluguel do mês de Dezembro de 2014, conforme recibo n° 001, no valor de R$ 500,00; BALANCETE 1. BALANCETE 1.1. Conceito A soma dos saldos devedores deve ser igual à soma dos saldos credores. 1.2. Modelo de Balancete Vamos supor os seguintes eventos, ocorridos em uma empresa individual: 1. Investimento inicial, em dinheiro: R$ 50.000. 2. Compra de móveis para uso, em dinheiro: R$ 15.000. 3. Compra de mercadorias, em dinheiro: R$ 10.000. 4. Venda de mercadorias, em dinheiro: R$ 5.000. Apenas para facilitar nossa explicação, estamos registrando o movimento de mercadorias na conta mista Mercadorias. O Balancete de Verificação ficará assim: Balancete é uma relação de contas extraídas do livro Razão, com seus saldos devedores e credores. N.º CONTAS MOVIMENTO SALDO DÉBITO CRÉDITO CREDOR DEVEDOR TOTAIS N.º CONTAS MOVIMENTO SALDO DÉBITO CRÉDITO CREDOR DEVEDOR Caixa 1 55.000 25.000 30.000 — Mercadorias 2 10.000 5.000 5.000 — Móveis e Utensílios 3 15.000 — 15.000 — Capital 4 — 50.000 — 50.000 TOTAIS 80.000 80.000 50.000 50.000 26 Existem vários tipos de Balancete: com duas, quatro, seis ou oito colunas. O Balancete que apresentamos compõe-se de quatro colunas: As quatro colunas estão dispostas em dois blocos: Um destina-se a registrar o movimento ocorrido em cada conta. Este bloco divide-se, por sua vez, em débito e crédito. A coluna do débito corresponde à soma dos débitos da respectiva conta no livro Razão, e a coluna do crédito corresponde à soma dos créditos da respectiva conta no livro Razão. Observe a conta Caixa no Balancete levando anteriormente. No débito do bloco movimento do Balancete há R$55.000, cujo valor foi extraído da soma do débito da respectiva conta Caixa no livro Razão. Veja que no Razão a soma do Caixa é de R$ 55.000 no débito, valor este transportado para o Balancete. O mesmo ocorreu com o crédito. Da mesma forma foi feito com as demais contas: Capital, Móveis e Utensílios e Mercadorias. Note que a soma do débito do bloco movimento tem que ser igual à soma do crédito do mesmo bloco, em função do princípio fundamental do método das partidas dobradas. Lembre-se de que, no livro Diário, em cada lançamento estão envolvidas pelo menos duas contas e apenas um valor para cada débito e o crédito. Porém, o mesmo valor é considerado para as duas contas, uma no débito e outra no crédito Sendo assim, sempre que relacionamos todas as contas utilizadas em uma escrituração, pelo método das partidas dobradas, a soma dos débitos é igual à soma dos créditos. O outro bloco do Balancete destina-se a registrar o saldo das contas; divide-se, também, em duas colunas: uma para o saldo devedor e outra para o saldo credor. O saldo de uma conta é igual à diferença entre a soma do débito e a soma do crédito da referida conta. O saldo será de natureza devedora (débito) quando o total dos débitos for maior que o total dos créditos. Caso contrário, será de natureza credora (crédito). Veja novamente a conta Caixa do nosso exemplo: no bloco movimento, na coluna débito há R$ 55.000 e na coluna do crédito há R$ 25.000. Logo: A diferença de R$ 30.000 é o saldo da conta. Como o débito é R$ 30.000 maior que o crédito, dizemos que o saldo é devedor; por isso, o colocamos no bloco saldo, na coluna do débito. O mesmo procedimento foi feito com as demais MOVIMENTO SALDO DÉBITO CRÉDITO CREDOR DEVEDOR Débito = 55.000 Crédito = 25.000 Saldo = 30.000 menos 27 contas. Note que a soma dos saldos devedores também tem que ser igual à soma dos saldos credores. Veja, a seguir, um modelo de Balancete com seis colunas: As colunas 1 e 2 destinam-se aos saldos das contas existentes antes do movimento do período. As colunas 3 e 4 destinam ao registro do movimento do período. As colunas 5 e 6 destinam-se aos saldos atualizados (saldo anterior, modificado pelo movimento do período). Exercício Complementar - N° 2.1 Elaborar balancete de verificação OPERAÇÕES COM MERCADORIA São os objetos negociados pelas empresas comerciais e são controlados normalmente pela conta estoque de mercadorias. Os estoques compreendem bens destinados à venda ou que serão utilizados no processo de produção de produtos, tais como: a) Mercadorias destinadas a venda. b) Produtos acabados destinados à venda c) Produtos em processo de elaboração. d) Matérias – Primas destinadas à produção de produtos. e) Materiais destinados à produção de produtos. A NBC –TG 16 (R1) Estoques define estoques como sendo os ativos mantidos para venda no curso normal dos negócios, em processo de produção para venda ou na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou transformados no processo de produção ou na prestação de serviços. Os estoques são contabilizados pelos valores de custos de aquisição e de custos de transformação, que representam geralmente: Mercadorias destinadas à venda – preço de compra do fornecedor, custos de seguro, custos de frete e tributos não recuperáveis. Produtos acabados destinados à venda – custos das matérias – primas, dos materiais, da mão de obra e dos gastos gerais de fabricação aplicados na produção odo produto. Matérias primas destinadas à produção de produtos – preços de compra do fornecedor, custos de seguro, custos de frete e tributos não recuperáveis. SALDO CREDOR DEVEDOR N.º CONTAS MOVIMENTO DÉBITO CRÉDITO MOVIMENTO DÉBITO CRÉDITO 28 Sistemas de controle do estoque Sistema de Inventário Periódico – as empresas passam a elaborar o inventário físico das mercadorias existentes em estoque somente no final de um período. Sistema de Inventário Permanente – consiste em controlar permanentemente o estoque de mercadorias efetuando as respectivas anotações a cada compra, venda ou devolução. Fatos que alteram os valores das compras Devolução de Compras ou abatimentos sobre Compras - Se as mercadorias não correspondem ao pedido ou não atendem as expectativas, a empresa poderá devolver parte ou o total do lote, ou ganhar do fornecedor um abatimento sobre o preço da compra. Fretes e Seguros sobre Compras; - Pela característica dessa metodologia, não cabe a contabilização dos gastos com fretes e seguros sobre compras em conta distinta. Fatos que alteram o valor da venda Vendas Anuladas ou Devoluções de Vendas Abatimentos sobre Vendas Descontos Incondicionais Concedidos Outras informações importantes Descontos Comerciais – ocorrem no momento da compra ou da venda e são destacados na NF. Descontos Financeiros – ocorrem no momento da liquidação de uma dívida ou do recebimento de um direito. Impostos recuperáveis na aquisição de estoques Os custos dos estoques não incluem impostos recuperáveis. Os impostos recuperáveis representam geralmente IPI, ICMS, PIS e COFINS. Os impostos recuperáveis são debitados no ativo e usualmente são compensados com impostos que são devidos nas vendas das mercadorias e produtos acabados. EXEMPLOS: Em 01/06/20x3 – a Entidade comprou a vista 100 mercadorias por R$ 50.000, com impostos recuperáveis de 7.500. Em 15/06/20x3 – essas mercadorias foram integramente vendidas a vista por R$ 95.000, com impostos sobre vendas devidos de R$ 14.250. CONTAS/HISTÓRICO DÉBITO CRÉDITO Estoques (ativo circulante) 42.500, Impostos a recuperar (ativo circulante) 7.500, Caixa/Banco (ativo circulante 50.000, Registro da compra de mercadorias conf. NF 0000 29 Caixa/Banco (conta do ativo) 95.000, Receita comvendas (conta de resultado) 95.000, Registro da venda de mercadoria a vista conf. NF Despesas de imp. sobre a venda (Conta de Resultado) 14.250, Impostos a pagar (Conta do Passivo) 14.250, Pelo registro dos impostos que incidiram sobre a venda Para encontrar o custo da mercadoria vendida e o resultado com mercadoria utiliza-se as formulas abaixo: CMV = EI+(Compra Mercadoria +Fretes, Seguros –Devolução de Compras - Abatimento Compras – Descontos obtidos) – EF RCM = (Vendas -Vendas Anuladas –Abatimentos Vendas –Descontos Incondicionais Concedidos -ICMS-PIS-Cofins)-CMV Critérios de valorização do estoque As metodologias de valorização dos estoques são as seguintes: Custo médio ponderado – o custo de cada item é determinado a partir da média ponderada do custo de itens semelhantes no começo de um período e do custo e do custos dos mesmo itens comprados ou produzidos durante o período. PEPS - (primeiro a entrar é o primeiro a sair) – essa metodologia pressupõe que os itens de estoque que foram comprados ou produzidos primeiro sejam vendidos em primeiro lugar e, consequentemente, os itens que permanecerem em estoque no fim do período sejam os mais recentemente comprados ou produzidos. Exercício Complementar - N° 3 a) A empresa LT comércio de sapatos iniciou suas atividades no dia 01 dezembro de 2013 com um capital de R$ 150.000,00, totalmente integralizado em dinheiro. b) Os sócios compraram móveis para estruturar a loja no valor de R$ 20.000,00 a vista no dia 02 de dezembro conforme NF 230. c) Comprou no dia 3 de dezembro, com prazo de 60 dias para pagamento 10.000 pares de sapato, para ser revendido. O total da compra foi de R$ 350.000,00 e o ICMS destacado na nota foi de R$ 35.000,00, conforme NF 100. d) Pagou despesas com manutenção da loja no valor de R$ 1.500,00, no dia 05 de dezembro. e) Pagou com dinheiro a conta de energia no valor de R$ 500,00 no dia 10 de dezembro. f) Vendeu no dia 15 de dezembro, conforme NF 002, com prazo de 30 dias, 50% do estoque de sapato. O total da nota fiscal de venda foi de R$ 400.000,00 e foi destacado na nota o ICMS sobre a venda no valor de R$ 30 68.000,00. O PIS e COFINS sobre a venda foi de R$ 2.600,00 e R$ 12.000,00 respectivamente. Pede –se: Efetuar os lançamentos contábeis Apurar o RCM e o ARE DEVOLUÇÃO DE VENDAS Ocorrendo a devolução de venda, o valor correspondente a essa devolução deverá ser contabilizado em conta própria, como redutora da receita bruta das vendas. Exemplo: Empresa recebe a seguinte devolução mercadorias de cliente: Valor das mercadorias (100 unidades x R$ 30,00) R$ 30.000,00 Valor Total da Nota Fiscal: R$ 30.000,00 Valor do ICMS destacado: R$ 5.100,00 O custo das mercadorias vendidas relativas ao lote devolvido é de R$ 22.000,00 1) Lançamento contábil das mercadorias recebidas em devolução: recebimento / receita D – Devoluções de Vendas (Resultado) R$ 30.000,00 conta redutora da receita DRE C - Duplicatas a Receber (Ativo Circulante) R$ 30.000,00 2) Contabilização do ICMS: D - ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) OBSERVAÇÃO C - ICMS sobre Vendas (Resultado) (Redutora) R$ 5.100,00 3) Reversão do custo das mercadorias apropriado ao resultado: D - Estoques (Ativo Circulante) C - Custo das Mercadorias Vendidas (Resultado)- R$ 22.000,00 PLANO DE CONTAS RECEITA RECEITA COM VENDAS DE MERCADORIA (-)DEDUÇÕES DEVOLUÇÃO DE VENDA ICMS SOBRE VENDAS (-) ICMS SOBRE DEVOLUÇÃO DE VENDA DEVOLUÇÃO DE COMPRA 31 Exemplo: Empresa compra a mercadoria abaixo: Valor das mercadorias (200 unidades x R$ 30,00) R$ 60.000,00 Valor Total da Nota Fiscal: R$ 60.000,00 Valor do ICMS destacado: R$ 6.000,00 ICMS A RECUPERAR REGISTRO DA COMPRA: D – ESTOQUE DE MERCADORIA - 54.000,00 D- ICMS A RECUPERAR ------------- 6.000,00 entrada C – FORNECEDOR -------------------- 60.000,00 CAIXA/BANCO DEVOLUÇÃO DA COMPRA saida A empresa devolveu toda mercadoria adquirida registro da devolução; D – FORNECEDOR ---------------------- 60.000,00 C – ESTOQUE DE MERCADORIA - 54.000,00 C - ICMS A RECOLHER ------------- 6.000,00 observação EXERCICIO: • Uma empresa comprou no 01.06.2014 4.000 unidades à prazo de uma mercadoria com preço unitário de R$ 90,00 e incidência de ICMS de 10% na compra. 360.000 • No dia 05.06.2014 devolveu 500 unidades. • Em 07.06.2014, vendeu 3.000 unidades a prazo, por R$ 325.000,00, com alíquota de ICMS de 17%. • O cliente, no dia 11.06.2014, devolveu 10% da compra. a) Registre essas transações; RAZONETES. Exercício Complementar - N° 4 a) A empresa Silva comércio de sapatos iniciou sua atividades no dia 01 janeiro de 2016 com um capital de R$ 300.000,00, totalmente integralizado em dinheiro. b) Comprou móveis para a loja no valor de R$ 15.000,00 a vista. 32 c) Comprou com prazo de 60 dias para pagamento mercadoria para revenda. O total da compra foi de R$ 200.000,00 e o ICMS destacado na nota foi de R$ 20.000,00. d) Devolveram (compra) parte da mercadoria adquirida no item 3, a nota de devolução foi de R$ 10.000,00 com o ICMS destacado de R$ 1.000,00. O custo do produto a ser baixado do estoque é de R$ 9.000,00. e) Pagou com dinheiro a conta de energia no valor de R$ 100,00. f) Vendeu com prazo=Duplicatas a Receber de 30 dias. A nota fiscal de venda foi de R$ 330.000,00 e foi destacado na nota o ICMS sobre a venda no valor de R$ 33.000,00. O custo da mercadoria que foi vendida é de R$ 97.500,00. g) O cliente devolveu parte da mercadoria vendida no item 6, a nota fiscal de devolução foi emitida no valor de R$ 30.000,00 e foi destacado o ICMS de R$ 3.000,00. O custo da mercadoria a ser devolvida no estoque é de R$ 8.700,00 h) Foi calculado sobre a venda da mercadoria do item 7 o PIS e COFINS sobre a venda no valor de R$ 1.950,00 e R$ 9.000,00 respectivamente a ser pago no dia 25 do próximo mês. i) Abriu uma conta no banco e depositou R$ 15.000,00. Pede –se: Efetuar os lançamentos contábeis Elaborar o balancete de verificação/ARE/DRE/Balanço Patrimonial APURAÇÃO SIMPLIFICADO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO APURAÇÃO DO RESULTADO Nos capítulos anteriores, você aprendeu a registrar os atos e fatos administrativos. Neste capítulo, você encontrará os procedimentos necessários para apurar o Resultado do Exercício, mas de forma simplificada, com poucos dados, para que você domine bem esta parte da matéria. Ao fim de cada exercício social, as empresas realizam uma série de procedimentos visando à apuração do Resultado do Exercício e à elaboração das Demonstrações Financeiras. O que significa apurar o Resultado do Exercício? A apuração do Resultado do Exercício, conforme o próprio nome diz, consiste em verificar, através das Contas de Resultado (Despesas e Receitas), se a movimentação do Patrimônio da empresa apresentou lucro ou prejuízo no período. 33 A apuração simplificada do Resultado do Exercício de uma empresa de prestação de serviços, pode ser resumida em uma única operação: confrontar as receitas com as despesas. A diferença será lucro (quando as receitas superarem as despesas) ou prejuízo (quando as despesas superarem as receitas). ROTEIRO PARA APURAÇÃO DO RESULTADO Quais são os procedimentos a serem tomados para se apurar o Resultado do Exercício de uma empresa de prestação de serviços? Para conhecermos o Resultado do Exercício, vamos seguir o seguinte roteiro: 1º) Elaborar um Balancete de Verificação composto por contas cujos saldos serão extraídos do livro Razão. 2º) Transferir os saldos das Contas de Despesas para a conta transitória Resultado do Exercício. 3º) Transferir os saldos das Contas de Receitas também para a conta Resultado do Exercício. 4º) Apurar o saldo da conta Resultadodo Exercício. A conta Resultado do Exercício receberá, a seu débito, os saldos das Contas de Despesas e, a seu crédito, os saldos das Contas de Receitas. Logo, se o saldo desta conta for devedor, o Resultado do Exercício será prejuízo; se o saldo for credor, o Resultado do Exercício será lucro. 5º) Transferir o resultado da conta Resultado do Exercício para a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados. 6º) Levantar o Balanço Patrimonial. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO Exemplo de demonstração do resultado simplificada com lucro: RECEITAS 600 DESPESAS (400) LUCRO 200 Exemplos de demonstrações do resultado simplificada com prejuízo: RECEITAS 600 DESPESAS (700) PREJUIZO (100) Receitas = representam ganhos das entidades, relacionados com vendas de ativo, prestações de serviços para terceiros, rendimentos de ativo etc. O CPC 00 (R1). 4.25(Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil – Financeiro) define receitas como aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da entrada de recursos (recebimentos de venda à vista de produtos) ou do aumento de ativo (reconhecimento de direitos a receber por venda a prazo de produtos) ou diminuição de passivo (venda de produtos para clientes, com baixa de adiantamentos anteriormente recebidos desses mesmos clientes), que resultam em aumentos do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com a contribuição dos detentores dos instrumentos 34 patrimoniais (as contribuições dos acionistas da entidade são tratadas como aumento do capital social e não transitam pelo resultado). Despesas = representam gastos da entidade, relacionados com consumo de bens e serviços, bem como com impostos e com utilização de recursos de terceiros (juros sobre empréstimos bancários). O CPC 00 (R1). 4.25 (Estrutura conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro) define despesas como decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da saida de recursos (pagamento a vista por serviços prestados por terceiros) ou da redução de ativo (aquisição de serviços de fornecedores, com baixa de adiantamentos anteriormente concedidos a esses mesmos fornecedores) ou assunção de passivo (aquisição a prazo de serviços de fornecedores), que resultam em decréscimo do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com distribuições aos detentores dos instrumentos patrimoniais(as distribuições de dividendos aos acionistas da entidade são tratadas como redução direta do patrimônio líquido e não transitam pelo resultado). A entidade apura lucro quando as receitas são maiores que as despesas. O lucro aumenta o patrimônio líquido da entidade. A entidade apura prejuízo quando as receitas são menores que as despesas. O prejuízo reduz o patrimônio líquido da entidade. O CPC 00 (R1). OB15 (Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro) comenta que mudanças nos recursos econômicos (ativo) e reivindicações (passivo) da entidade que reporta a informação resultam de performance financeiras da entidade (apuração de lucro ou, prejuízo) e de outros eventos ou transações, como, paro exemplo, a emissão ode títulos de dívida (passivo) ou de títulos patrimoniais (ações do capital social). Para poder avaliar adequadamente as perspectivas de fluxos de caixa futuros da entidade que reporta a informação, os usuários precisam estar aptos a distinguir a natureza dessas mudanças. Informações sobre a performance financeira da entidade (demonstração do resultado) que reporta a informação auxiliam os usuários a compreender o retorno que a entidade tenha produzido sobre os seus recurso econômicos (lucro ou prejuízo apurado em comparação com os ativos da entidade). Informações sobre o retorno que a entidade tenha produzido servem como indicativos de quão diligentes a administração tem sido no desempenho de suas responsabilidades para tornar eficiente e eficaz o uso dos recursos da entidade que reporta a informação. Informações sobre a variabilidade e sobre os componentes desse retorno (detalhamento das receitas e das despesas da entidade) também são importantes, especialmente para avaliação das incertezas associadas a fluxos de caixa futuros. Informações sobre a performance financeira passada (lucros ou prejuízos apurados pela entidade no passado) da entidade que reporta a informação e sobre o quão diligente a administração tem sido no desempenho de suas responsabilidades são do mesmo modo úteis para predição de retornos futuros da entidade sobre os seus recursos econômicos (ativo). O regime de competência (por exemplo, reconhecimento do passivo de uma despesa quando o serviço foi prestado, independentemente da data de pagamento) retrata com propriedade os efeitos de transações e outros eventos e circunstâncias sobre os recursos econômicos (ativo) e reivindicações (passivo) da entidade que reporta a informação nos períodos em que ditos efeitos são produzidos, ainda que os recebimentos e pagamentos em caixa derivados ocorram em períodos distintos. Isso é importante em função da informação sobre os recursos econômicos (ativo) e reivindicações (passivo) da entidade que reporta a 35 informação, e sobre as mudanças nesses recursos econômicos e reivindicações ao longo de um período, fornecer melhor base de avaliações da performance passada e futura da entidade do que a informação puramente baseada em recebimentos e pagamentos em caixa ao longo desse mesmo período. Exercício Complementar - N° 5 1. A empresa LT comércio de sapatos iniciou suas atividades no dia 01 novembro de 2015 com um capital de R$ 50.000,00, totalmente integralizado em dinheiro. 2. Os sócios compraram móveis para estruturar a loja no valor de R$ 10.000,00 a vista no dia 02 de novembro conforme NF 30. 3. Comprou no dia 3 de novembro, com prazo de 60 dias para pagamento 10.000 pares de sapato, para ser revendido. O total da compra foi de R$ 150.000,00 e o ICMS destacado na nota foi de R$ 15.000,00, conforme NF 150. 4. Devolveu no dia 5 de novembro conforme NF 001, parte da mercadoria adquirida no item 3, o valor da nota foi de 10.000,00 e o ICMS destacado nota foi de R$ 1.000,00. Estoque baixado 9.000. 5. Pagou despesas com manutenção da loja no valor de R$ 1.500,00, no dia 05 de dezembro. 6. Pagou com dinheiro a conta de energia no valor de R$ 500,00 no dia 10 de dezembro. 7. Vendeu no dia 15 de dezembro, conforme NF 002, com prazo de 30 dias. O total da nota fiscal de venda foi de R$ 400.000,00 e foi destacado na nota o ICMS sobre a venda no valor de R$ 68.000,00. O custo da Mercadoria é R$ 70.000,00. O PIS e COFINS sobre a venda foi de R$ 2.600,00 e R$ 12.000,00 respectivamente. Pede –se: Efetuar os lançamentos contábeis - Razonete Balancete de Verificação Apurar o RCM= V – CMV e o ARE DRE BALANÇO PATRIMONIAL LEVANTAR O BALANÇO PATRIMONIAL. Após essas operações que acabamos de realizar, ou seja, apuração do Resultado do Exercício, note que todas as Contas de Resultado, no livro Razão, tiveram seus saldos encerrados, isto é, débito igual ao crédito. Logo, os seus saldos ficaram iguais a zero. No livro Razão, só restam com saldo as Contas Patrimoniais. Sendo assim, essas contas representam a atual Situação Patrimonial da empresa, isto é, os Bens, os Direitos, as Obrigações e o Patrimônio Líquido da empresa após o encerramento do exercício. O Balanço Patrimonial é uma demonstração de todos os elementos patrimoniais num dado momento. 36 BALANÇO PATRIMONIAL Exemplo de um balanço patrimonial simplificado: ATIVO PASSIVO E PATRIMONIO LIQUIDO BENS E DIREITOS 1.000 PASSIVO 300 PATRIMÔNIO LIQ. 700 TOTAL 1.000 TOTAL 1.000 Ativo = Forma que os recursos da entidade foram aplicados (Conta corrente bancária, contas a receber, estoques, imóveis, máquinas e equipamentos etc). Passivo = Recurso de terceirosque estão financiando os ativos e representados por obrigações (empréstimos bancários recebidos e ainda não pagos, dívidas com fornecedores, dívidas com impostos, dívidas com funcionários etc.). Patrimônio líquido = Recursos captados junto aos investidores (na forma de integralização do capital social da entidade ou na forma de retenção de lucros apurados pela entidade). Devido ao fato de que o ativo representa a aplicação dos recursos e o passivo e o patrimônio líquido representam as origem dos recursos, no balanço patrimonial o total de ativo (R$ 1.000) será sempre igual ao total do passivo e do patrimônio líquido (R$ 1.000). Segundo o CPC 00 (R1) Estrutura conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório contábil Financeiro), informação sobre a natureza e os montantes dos ativos a entidade que porta a informação pode auxiliar usuários a identificarem a fraqueza e o vigor financeiro da entidade que reporta a informação. Essa informação pode auxiliar os usuários a avaliar a liquidez da entidade que reporta a informação. Essa informação pode auxiliar os usuários a avaliar a liquidez da entidade que reporta a informação, suas necessidades em termos de financiamento adicional e o quão provavelmente bem-sucedido será seu intento em angariar esse financiamento. Informações sobre as prioridades ajudam aos usuários a predizer de que forma fluxos de caixa futuros serão distribuídos entre aqueles com passivos contra a entidade que reporta a informação. ATIVO APLICAÇÃO DOS RECURSOS PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO ORIGEM DOS RECURSOS 37 BALANÇO PATRIMONIAL DA EMPRESA INDIVIDUAL L. S. NUNES, EM 31/12/X1 Essa entidade apresenta um problema de liquidez, já que tem que pagar aos seus fornecedores em 30 dias e somente irá receber os recursos dos seus clientes em 120 dias. Provavelmente a entidade terá que negociar com os clientes a antecipação dos recebimentos, ou obter junto aos fornecedores a postergação dos pagamentos, ou até mesmo captar empréstimo junto aos bancos e utilizar os recursos para pagar os fornecedores. Ainda segundo o CPC 00 (R1) (Estrutura conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro), diferentes tipos de ativos afetam diferentemente a avaliação dos usuários acerca das perspectivas da entidade que reporta a informação em termos de fluxos de caixa futuros. Alguns fluxos de caixa futuros resultam diretamente de ativos existentes, como, por exemplo, contas a receber. Outros fluxos de caixa resultam de uso variado de recursos combinados com vistas à produção e venda de produtos e serviços aos clientes (os ativos de máquinas são usados para transformar os ativos matérias-primas em produtos acabados para vendas aos clientes). Muito embora fluxos de caixa não possam ser identificados como ativos individuais. (Ou passivos), usuários dos relatórios contábil-financeiros precisam saber a natureza e o montante dos ativos disponíveis par uso nas operações da entidade que reporta a informação. 2 — PASSIVO 20 – PASSIVO CIRCULANTE 20.2 – Duplicatas a Pagar.......................................................... 2.400 20.3 – Promissórias a Pagar ..................................................... 18.000 20.400 23 – PATRIMÔNIO LÍQUIDO 23.1 – Capital ........................................................................... 50.000 23.5 – Lucro ou Prejuízos Acumulados ..................................... 8.820 58.820 TOTAL DO PASSIVO ...................................................... 79.220 1 — ATIVO 10 – ATIVO CIRCULANTE 10.1 – Caixa .............................................................................. 13.400 10.2 – Bancos Conta Movimento ............................................... 29.500 10.5 – Duplicatas a Receber ...................................................... 3.000 10.11 – Estoque de Material de Expediente ............................... 1.020 46.920 12 – ATIVO NÃO CIRCULANTE 12.6 – Móveis e Utensílios ......................................................... 7.000 12.7 – Veículos ........................................................................... 24.000 12.11 – Despesas de Organização ............................................ 1.300 32.300 TOTAL DO ATIVO ...................................................... 79.220 38 As contas do ativo e do passivo são detalhadas no próprio balanço patrimonial ou em notas explicativas, de forma a facilitar o entendimento dos leitores das demonstrações contábeis sobre as expectativas de fluxos de caixa futuros da entidade. VISÃO GERAL DO CONJUNTO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS De acordo com a IAS 1, o conjunto de demonstrações contábeis geralmente compreende: Balanço Patrimonial ao final do período; Demonstração do Resultado do período; Demonstração do Resultado Abrangente do período; DRA Demonstração das mutações do patrimônio líquido do período; DMPL Demonstração dos fluxos de caixa do período; DFC Demonstração do Valor Adicionado DVA Notas explicativas, compreendendo um resumo das políticas contábeis significativas e outras informações elucidativas. Adicionalmente, consta no CPC 26(R1, como fazendo parte do conjunto de demonstrações contábeis, a demonstração do valor adicionado do período. A demonstração do valor adicionado, que não faz parte do conjunto de demonstrações contábeis de acordo com as normas do IFRS, está prevista no item V do art. 176 da Lei n° 6.404/76, e é exigida somente para as companhias abertas. Exercício Complementar - N° 6 1. Comprou 5.000 pares de sapato para ser revendido no dia 03 de janeiro de 2014, conforme NF 300. O total da compra foi de R$ 175.000,00, sendo 10% a vista e o restante com 30 dias, e o ICMS destacado na nota foi de R$ 17.500,00. 2. Vendeu a vista no dia 10 de janeiro, conforme NF 002 o total da nota fiscal de venda foi de R$ 200.000,00 e foi destacado na nota o ICMS sobre a venda no valor de R$ 34.000,00. O custo da mercadoria que foi vendida é de R$ 78.750,00. 3. O cliente devolveu parte da mercadoria vendida no item anterior, no dia 15 de janeiro conforme NF 14 de devolução emitida no valor de R$ 40.000,00, o ICMS destacado na nota foi de R$ 6.800,00, e o custo da mercadoria que vai voltar para o estoque é de R$ 15.750,00. 4. Pagou no dia 25 de janeiro o PIS e COFINS do mês anterior. 5. Pagou com dinheiro no dia 26 o aluguel no valor de R$ 500,00, a água no valor de R$ 100,00 e a energia no valor de R$ 150,00. 6. Reconhecer no dia 31 de janeiro PIS e COFINS sobre as venda do mês no valor de R$ 1.040,00 para o PIS e R$ 4.800,00 para o COFINS, com vencimento no dia 25 do próximo mês. 39 7. Provisionar no dia 31 de janeiro a folha de pagamento do mês no de R$ 3.000,00, FGTS R$ 240,00 e INSS R$ 864,00, a ser paga no próximo mês. Pede –se: Efetuar os lançamentos contábeis Balancete de Verificação Apurar o RCM e o ARE Elaborar a DRE e o Balanço patrimonial AATTIIVVOO NNÃÃOO CCIIRRCCUULLAANNTTEE EE DDEEPPRREECCIIAAÇÇÃÃOO –– RREESSUUMMOO PPAAGGIINNAA 3333 AA 4400 O Ativo Não Circulante é composto de Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível. Antes da MP 449/08, tínhamos o Ativo permanente, que era divido em quatro grupos: Investimentos, Imobilizado, Intangível e Diferido. Assim, após a referida MP desaparecem o Termo Permanente o Subgrupo Diferido. De maneira geral, o Ativo Não Circulante de características Permanente pode ser classificado como veremos a seguir; IMOBILIZADOS (CORPÓREOS, TANGÍVEIS) INTANGÍVEIS (INCORPÓREOS) INVESTIMENTOS A. IMOBILIZADOS (CORPÓREOS, TANGÍVEIS) São os que têm uma substância concreta e que podem ser tocados, palpados. Exemplos: Sujeitos a depreciação: Edifícios e Equipamentos.
Compartilhar