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Controle Mecânico da Placa

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Controle Mecânico da Placa
Importância da Remoção da Placa Supragengival
 A limpeza oral é importante para a preservação da saúde oral, uma vez que remove a placa microbiana, prevenindo o acúmulo nos dentes e na gengiva. 
 A placa dental é um biofilme bacteriano de difícil remoção da superfície dos dentes. O biofilme é constituído por comunidades complexas de espécies bacterianas que residem sobre as superfícies dos dentes e dos tecidos moles.
 A placa supragengival está exposta à saliva e às forças fisiológicas que existem na cavidade oral. 
 Os mecanismos naturais de autolimpeza incluem o movimento da língua, pelo qual a língua faz contato com as faces linguais dos dentes posteriores e, em menor grau, limpa também as superfícies faciais. 
 As bochechas cobrem as faces vestibulares dos dentes maxilares posteriores, podendo, portanto, auxiliar na prevenção de diversos construtos de placa dentária nessas superfícies. 
 O fluxo de saliva tem um potencial limitado de limpeza dos debris provenientes dos espaços interproximais e oclusais, mas é menos efetivo na remoção e/ou lavagem da placa. 
 A fricção mastigatória pode ter um efeito limitante nas extensões oclusal e incisiva da placa. 
 A higiene oral pessoal melhorada tinha associação com diminuição no risco do início da periodontite ou em sua progressão.
 Ótimo controle da placa supragengival poderia alterar a composição da microbiota da bolsa e reduzir o percentual de bactérias periodonto patogênicas. 
 O conceito de prevenção primária de gengivite advém da suposição de que a gengivite é um precursor da periodontite e que a manutenção da saúde da gengiva prevenirá a periodontite. 
 A prevenção primária de doenças periodontais inclui intervenções educacionais sobre doenças periodontais e fatores de risco relacionados, bem como a remoção de placa feita pelo próprio indivíduo e a remoção mecânica de placa e cálculo, feita pelo profissional.
Autocontrole da Placa
 Atualmente, escovas de dentes de vários tipos são importantes auxiliares na remoção mecânica da placa (biofilme dentário), e seu uso é quase universal. Além disso, dentifrícios fluoretados são componentes importantes nos cuidados orais caseiros diários. 
 Os benefícios das medidas caseiras ótimas para o controle da placa incluem a oportunidade de manter uma dentição funcional ao longo da vida; a redução do risco de perda de inserção periodontal; a otimização dos valores estéticos, como aparência e bom hálito; e a redução do risco de cuidados dentários complexos, desconfortáveis e caros. 
Escovação
 A escovação, quando usada adequadamente, não tem efeitos colaterais, é de fácil aplicação e de baixo custo. 
 Com o auxílio de um creme dental, a escovação remove as manchas dos dentes e age como veículo dos agentes terapêuticos do dentifrício.
Foi sugerido que os resultados da escovação dependem: 
(1) do desenho da escova
(2) da habilidade do indivíduo em usá-la
(3) da frequência 
(4) do tempo de escovação. 
 Além disso, a uniformidade da dentição, a atitude e o comprometimento do indivíduo com relação à escovação são importantes, o que significa que uma única escova de dentes não pode ser adequada a todas as populações. 
 A instrução de higiene oral deve ser adaptada para cada indivíduo.
MOTIVAÇÃO
 A educação da higiene oral é essencial na prevenção primária da gengivite. 
 O papel do paciente é procurar ensinamentos levando em consideração a eficiência do próprio desempenho na remoção da placa, e passar por revisões regulares para garantir um alto nível de higiene oral. 
 Se o dentista consegue estabelecer uma ligação entre a saúde oral e a saúde geral para o paciente, o indivíduo pode estar mais propenso a estabelecer medidas de higiene oral próprias como parte do seu estilo de vida. 
 Os pacientes com frequência apresentam técnicas não específicas de escovação e necessitam de apoio suficiente para estabelecer métodos que são adequados para essas respectivas necessidades.
 A maior parte dos pacientes parece incapaz de atingir controle total da placa a cada limpeza. 
Escovação Dental
  A remoção da placa dental é conseguida inicialmente através do contato direto entre as cerdas da escova e a superfície dos dentes e dos tecidos. 
Características de uma escova de dentes manual ideal são: 
Tamanho do cabo apropriado para idade e destreza do usuário, de modo que a escova possa ser fácil e corretamente usada;
Tamanho da cabeça apropriado para as dimensões da boca do paciente;
Filamentos de poliéster ou de náilon com extremidade arredondada de diâmetro não superior a 0,23 mm
Cerdas macias com configuração definida pelos padrões aceitáveis da indústria internacional (ISO)
Modelo de cerdas que aumentem a remoção da placa nos espaços apropriados e ao longo da margem gengival.
 As escovas modernas têm padrões de cerda projetados para aumentar a remoção da placa em áreas de difícil alcance da dentição, em particular áreas proximais. 
Métodos de Escovação
 A morfologia da distribuição da dentição (apinhamento dentário, diastema, fenótipo gengival etc.), o tipo e a gravidade da destruição dos tecidos periodontais, bem como a habilidade manual do próprio paciente, determinam que tipo de ajuda e que dispositivos ou técnicas são recomendados. 
 A técnica de escovação ideal é aquela que permite remoção completa da placa dental no menor tempo possível, sem causar dano aos tecidos. 
ESCOVAÇÃO HORIZONTAL
 Método mais comumente utilizado. 
 Frequentemente usado por pessoas que nunca receberam instrução de técnicas de higiene oral.
 A cabeça da escova fica posicionada perpendicular à superfície do dente e aplica-se o movimento horizontal. As superfícies oclusais, linguais e palatinas são escovadas com a boca aberta, enquanto a vestibular é limpa com a boca fechada para diminuir a pressão da bochecha sobre a escova.
ESCOVAÇÃO VERTICAL
 Técnica de Leonard. 
 Semelhante à técnica de escovação horizontal, mas o movimento é aplicado na direção vertical usando movimentação para cima e para baixo.
ESCOVAÇÃO CIRCULAR
 Técnica de Fones. 
 Boca fechada. 
 Escova é colocada dentro da bochecha realizando movimentos rápidos e circulares aplicados da gengiva da maxila até a gengiva da mandíbula, fazendo-se uma leve pressão. 
 Movimentos horizontais são usados na superfície lingual ou palatina.
ESCOVAÇÃO SULCULAR
 Escovação sulcular (técnica de Bass) enfatiza a limpeza da área diretamente abaixo da margem gengival. 
 A cabeça da escova é posicionada em uma direção oblíqua voltada para o ápice radicular. As cerdas são direcionadas para dentro do sulco, em ângulo de 45° em relação ao eixo longo do dente. A escova é então deslocada em direção anteroposterior, com movimentos curtos, sem remover as cerdas de dentro do sulco. 
 Na superfície lingual ou palatina dos dentes anteriores, a cabeça da escova trabalha na direção vertical. 
 O método de Bass é amplamente aceito por ser efetivo na remoção de placa não somente da margem gengival, mas também da subgengival. 
 Tem sido associado à retração gengival, não é indicado para indivíduos que apresentem biotipo gengival fino com hábitos agressivos de escovação.
TÉCNICA VIBRATÓRIA
 A técnica vibratória (técnica de Stillman, 1932) foi elaborada para o massageamento e a estimulação das gengivas, assim como para a limpeza das áreas cervicais dos dentes. 
 A cabeça da escova é posicionada em uma direção oblíqua ao ápice da raiz, com cerdas localizadas parcialmente na gengiva e na superfície dos dentes. Uma leve pressão, juntamente com movimento vibratório (leve), é então aplicada sobre o cabo, sem que a escova seja deslocada de sua posição original.
TÉCNICA DE CHATERS 
 Técnica vibratória (técnica de Charters, 1948): esse método foi originalmente elaborado para aumentar a efetividade da limpeza e a estimulação gengival das áreas interproximais. 
 Em comparação com a técnica de Stillman, a posição da escova está ao contrário. A cabeça da escova é posicionada em uma direção oblíqua à superfície dentária, com a direção das cerdas voltada para a superfície oclusal ou incisal. Leve pressão éusada para flexionar as cerdas em direção aos espaços interproximais. Um movimento vibratório (leve) é então aplicado sobre o cabo, enquanto a ponta da cerda se mantém no lugar. 
 Esse método é particularmente efetivo nos casos de recessão das papilas interdentais, as pontas das cerdas da escova podem penetrar nos espaços interproximais e em pacientes de ortodontia. 
TÉCNICA DE ROTAÇÃO
 A cabeça da escova é posicionada em uma direção oblíqua ao ápice da raiz, com cerdas localizadas parcialmente na gengiva e na superfície dos dentes. As cerdas são pressionadas levemente contra a gengiva. A cabeça da escova é então girada sobre a gengiva e dentes na direção oclusal.
TÉCNICA DE BASS/STILLMAN MODIFICADA
 Surgiu porque os métodos de Bass e Stillman foram ambos elaborados para concentrar esforços de remoção na porção cervical e em tecidos gengivais adjacentes, podendo ser modificados adicionando-se movimentos de rotação. 
 A escova é colocada de maneira semelhante nas técnicas de Bass e Stillman. Após ativação da cabeça da escova na direção anteroposterior, a cabeça da escova é então girada sobre a gengiva e os dentes na direção oclusal, tornando possível que algumas cerdas alcancem o espaço interproximal.
Frequência e Efetividade da Escovação
 É razoável afirmar que a remoção mecânica meticulosa da placa por meio da escovação, em conjunto com a remoção da placa interdental uma vez a cada 24 horas, é adequada para prevenir o início da gengivite e das cáries interdentais.
 De um ponto de vista prático, é geralmente aceito que a escovação dentária deve ser realizada pelo menos 2 vezes/dia, aplicando-se flúor, pelo uso de dentifrícios, para prevenir cáries. Essa recomendação também leva em consideração o frescor oral.
 Com base nas observações apresentadas, a duração da escovação dental é provavelmente um determinante importante da remoção de placa na população geral. 
 Como a remoção de placa é fortemente relacionada ao tempo de escovação com qualquer escova dada, deve-se encorajar a escovação durante 2 minutos ou mais, independentemente do tipo de escova usado.
 O tempo de escovação também é provavelmente o parâmetro mais facilmente controlado da escovação diária efetiva.
Cerdas
  A maioria das escovas de dentes modernas tem cerdas de náilon. 
 A ponta de uma cerda pode ser reta ou arredondada.
 Os graus de dureza e rigidez de uma escova de dentes dependem das características da cerda, tais como material, diâmetro e comprimento. 
 As escovas com cerdas mais finas são mais macias, enquanto as que têm cerdas de diâmetro maior são mais rígidas e menos flexíveis. 
 Cerdas curvas podem ser mais flexíveis e menos rígidas do que as retas com mesmos comprimento e diâmetro. 
 O número de cerdas por tufo também determina a dureza da escova. 
 O aumento da rigidez impede a flexão da ponta da cerda durante a escovação, evitando o risco de dano da gengiva. Entretanto, a cerda precisa ser suficientemente rígida para que, durante a escovação, a pressão exercida (força de cisalhamento) possibilite a adequada remoção da placa.
 A preocupação com as cerdas da escova de dentes relaciona-se principalmente ao potencial de abrasão dos tecidos mole e duro. 
 As cerdas macias são recomendadas universalmente para a escovação sulcular, como o método de Bass. Os pacientes conseguem escovar as áreas cervicais sem medo de desconforto ou laceração dos tecidos moles. 
 Escovas de cerdas macias são especialmente recomendadas para a escovação imediatamente após a cirurgia periodontal em pacientes com gengiva altamente inflamada e para os pacientes com mucosa atrófica ou sensível de textura naturalmente fina.
CERDA DE PONTA ARREDONDADA
  A ponta arredondada tem se tornado mais comum no processo de fabricação para reduzir a abrasão. 
 A eficácia das cerdas afiladas foi testada em estudos de laboratório, mostrando que esse tipo de cerdas conseguia alcançar áreas interproximais dos dentes, áreas abaixo da linha da gengiva e fissuras. 
Desgaste e Substituição
 As escovas completamente gastas perdem a capacidade efetiva de remoção de placa. Esse resultado ocorre mais provavelmente por causa da perda da força de cisalhamento, dado que as pontas das cerdas não conseguem mais desfazer a placa adequadamente. 
 O senso comum poderia sugerir que uma escova desgastada e com cerdas desalinhadas perde a resiliência, sendo menos provável que remova efetivamente a placa do que uma escova nova. Em virtude da variabilidade de técnicas de escovação e à força aplicada sobre os dentes, o grau de desgaste varia significantemente de indivíduo para indivíduo. 
 Substituição das escovas de dentes a cada 3 a 4 meses.
 A recomendação quanto à substituição deve estar mais relacionada ao desgaste do que ao tempo de uso da escova de dentes.
 Dentre os fatores relativos ao desgaste, o que mais contribuiu para a perda de efetividade foi o fato de as cerdas terem se tornado mais afiladas. 
Escovas Elétricas
 As escovas elétricas representam um avanço que tem o potencial de melhorar a remoção da placa e a motivação do paciente.
 Para indivíduos pouco orientados ou pouco motivados a realizar os cuidados de saúde oral, bem como para aqueles com dificuldade de controlar a escova manual de maneira adequada, o uso de uma escova elétrica com seu movimento-padrão pode resultar em uma limpeza dos dentes melhor e mais frequente.
 Incorporaram diversas ações, como vibração e frequências ultrassônicas, cabeças que giram e movem-se de um lado para outro, cerdas que se movem para um lado e depois para o outro e movimentos tridimensionais durante a escovação.
 A nova geração de escovas elétricas tem melhor eficácia na remoção de placa e controle da inflamação gengival nas superfícies proximais.
 Escovas rotatórias têm eficácia superior, quando comparadas a escovas manuais, na redução da placa e da gengivite. 
 As escovas elétricas com esse modo de ação reduziram a placa em 7% e em 17% o sangramento gengival à sondagem a longo prazo quando comparadas com as escovas manuais.
 Removem a placa em menos tempo que as escovas manuais.
Limpeza Interdental
 Na população que usa escova de dentes, as superfícies interproximais dos molares e pré-molares apresentam locais de placa residual. A remoção de placa dessas superfícies é válida, já que, em pacientes suscetíveis à doença periodontal, as gengivites e periodontites são mais pronunciadas nessas áreas interdentais do que na face vestibular ou lingual/palatina. 
 Cáries dentais também ocorrem com mais frequência nas regiões interdentais do que na face vestibular ou lingual/palatina.
 Fatores tais como o contorno e a consistência do tecido gengival, o tamanho do espaço interproximal, a posição e o alinhamento do dente, bem como a capacidade e a motivação do paciente, devem ser levados em consideração quando se recomenda um método de limpeza interdental. 
 Em indivíduos com contorno gengival e espaços de ameia normais, pode-se recomendar fio ou fita dental. 
 Conforme a recessão dos tecidos moles se torna pronunciada, o uso do fio dental fica progressivamente menos efetivo. Assim, um método alternativo (palitos ou escovas interdentais) deve ser recomendado.
 O aconselhamento oferecido pode ter que mudar de acordo com a mudança provocada nos formatos das regiões interproximais pela efetividade do tratamento e a melhora da higiene oral.
  Um aparelho ideal de limpeza interdental precisa ser de fácil utilização pelo usuário, remover efetivamente a placa e não ter efeitos deletérios sobre tecidos moles ou duros. 
 O sangramento gengival durante a limpeza interdental pode ser resultado de trauma, como laceração e erosão gengival, ou indicativo de inflamação. 
 Os pacientes precisam estar cientes de que o sangramento por si só não é sinal de que a limpeza interdental deva ser evitada, mas sim, mais provavelmente, indicativo de uma inflamação que precisa de tratamento. 
Fio e Fita Dental
 São mais úteis onde as papilas interdentais preenchem completamente o espaço de ameia interdental. 
 Quando usado adequadamente, o fio dental remove efetivamente maisde 80% da placa proximal. Até a placa subgengival pode ser removida, desde que o fio dental possa ser introduzido 2,0 a 3,5 mm no sulco gengival. 
 Vários tipos de fio dental (com e sem cera) estão disponíveis. 
 Fio dental sem cera é geralmente recomendado para pacientes com pontos de contato normais, porque a passagem pelo ponto de contato é mais fácil. Esse é o tipo de fio mais fino disponível; ainda quando desfia durante o uso, ele cobre uma superfície maior que o fio encerado. 
 Fios encerados são recomendados para pacientes com contatos dentais muito apertados.
 O objetivo é a remoção da placa que adere à superfície dentária.
Palito Dental
 A diferença-chave entre um palito de madeira e um palito dental (limpador/estimulador de madeira) está relacionada ao desenho triangular (cuneiforme) desse último. Os palitos de madeira não devem ser confundidos com palitos dentais, pois são usados para remover resíduos após as refeições. 
 Os palitos são feitos geralmente de madeira macia para prevenir lesões na gengiva. A forma flexível possibilita ao paciente angulação do palito para penetração nos espaços interdentais linguais dos dentes posteriores. 
 Ao contrário do fio dental, os palitos podem ser usados nas superfícies côncavas das raízes.
 Têm a vantagem de ser de fácil uso, ao longo do dia, sem a necessidade de lugares especiais, como o banheiro ou um espelho. 
 Para usar os palitos dentais, o indivíduo precisa ter espaço interdental suficiente; nesses casos, os palitos são excelentes substituto do fio dental.
Escova Interdental
 Elas são efetivas na remoção de placa das superfícies proximais dos dentes. Escova interproximais consistem em cerdas de náilon macio torcidas em um fino fio de aço inoxidável.
 As escovas interproximais são fabricadas de várias formas e tamanhos. As formas mais comuns são as cilíndricas ou cônicas. 
 Como os espaços proximais posteriores são linguais e mais largos, limpadores interdentais cônicos não são a primeira escolha. 
 A limpeza desses espaços a partir do lado lingual resultará em uma remoção de placa mais efetiva, mas tal técnica não é fácil. A limpeza é feita com movimentos para a frente e para trás. 
 A escova interdental é o melhor método auxiliar de escolha quando superfícies radiculares expostas apresentam concavidades e ranhuras. 
 Escovas interdentais também são a melhor escolha para a limpeza delicada das áreas de defeitos de furca Grau III. 
 Quando não usadas de maneira apropriada, essas escovas podem gerar hipersensibilidade dentinária. 
 Para minimizar o risco de abrasão do tecido duro, as escovas devem ser usadas sem dentifrícios, exceto em casos especiais, e apenas em curto período. 
 Elas também podem ser usadas como aplicador de flúor ou agentes antimicrobianos, como, por exemplo, o gel de clorexidina, nos espaços interdentais, para prevenir cáries ou a recolonização de bolsas residuais.
 Devem ser descartadas quando as cerdas começam a se soltar ou se tornam deformadas.
 Representam o instrumento de limpeza ideal para as áreas interproximais, sobretudo para pacientes com periodontite. 
Escovas Unitufo
 Escovas unitufo têm cabeças menores dotadas de um pequeno grupo de tufos ou um único tufo. 
 O tufo pode ser de 3 a 6 mm de diâmetro e pode ser reto ou afilado. O cabo pode ser reto ou contraangulado. Os cabos angulados permitem fácil acesso à superfície lingual ou palatina. 
 Escovas com um único tufo são desenhadas para melhorar o acesso das superfícies distais dos molares posteriores, dentes mal posicionados, girovertidos, para limpar em torno de próteses fixas parciais ou sob essas, pônticos, dispositivos ortodônticos ou inserções de precisão, e também para limpar dentes afetados por recessão gengival e margem gengivais irregulares ou áreas de envolvimento de furca. 
Métodos Auxiliares
Foram desenvolvidos em uma tentativa de aumentar os efeitos da escovação dental na redução da placa interdental.
JATOS DE ÁGUA/ IRRIGADORES BUCAIS
 Nos indivíduos que não realizam higiene oral excelente, a irrigação supragengival com ou sem medicamentos é capaz de reduzir a inflamação gengival além do conseguido apenas por meio da escovação. Esse efeito se deve provavelmente à retirada das bactérias subgengivais pela água.
 As forças hidrodinâmicas pulsáteis produzidas pelos irrigadores podem retirar os restos alimentares dos espaços interdentais e das áreas de retenção de placa. 
 A irrigação, porém, não é uma monoterapia, mas um auxiliar projetado para suplementar ou aprimorar outros métodos caseiros de higiene oral (escovação e uso do fio dental) destinados à remoção mecânica da placa. 
RASPADORES DE LÍNGUA
 O dorso da língua, com sua estrutura de papilas, sulcos e criptas, abriga muitos microrganismos. Ela forma um local oral ecológico único com uma grande área de superfície. Diz-se que a língua age como um reservatório que permite o acúmulo e estagnação de bactérias e resíduos alimentares. 
 As bactérias que se encontram na língua podem servir como fonte de disseminação bacteriana para outras partes da cavidade oral, como, por exemplo, a superfície dos dentes, podendo contribuir para a formação da placa dental.
 A escovação da língua tem também sido utilizada como componente da assim chamada “desinfecção total da boca” no tratamento de periodontites, com o objetivo de reduzir um possível reservatório de bactérias patogênicas. 
 A escovação também parece ser um método fácil de limpeza da língua, contanto que o reflexo do vômito seja controlado. Contudo, em uma revisão sistemática, concluiu-se que os raspadores ou limpadores de língua são mais efetivos do que as escovas na limpeza da língua. 
 Acúmulo de bactérias no dorso da língua é uma fonte de gases sulfurosos voláteis responsáveis pelo mal hálito. 
ESPUMA, SWABS OU DEDEIRAS
 Dedeiras são comercializadas como um método de remoção de placa quando a escovação não é possível. Seu uso não substitui o regime de escovação diário. 
 As escovas de dedo, são colocadas no indicador da mão usada para escovação e utilizam a agilidade e a sensibilidade do dedo para limpar o dente. Consequentemente, a pressão com que são aplicadas pode ser bem controlada, uma vez que o dedo consegue realmente sentir as superfícies dentais e gengivais e auxiliar no posicionamento da escova para um movimento mais efetivo. 
 Espumas dentais assemelham-se a uma esponja macia colocada sobre um estilete e têm sido utilizadas em pacientes hospitalizados, para limpeza e hidratação intraoral, desde 1970. 
 São particularmente usadas nos cuidados orais de pacientes imunologicamente comprometidos, para reduzir o risco de infecções orais ou sistêmicas. 
 As escovas dentais manuais comuns foram significativamente mais efetivas em retardar o acúmulo de placa, desde o dia zero, tanto na face vestibular quanto na lingual. Contudo, a escova com espuma mostrou alguma capacidade preventiva de formação da placa, mantendo a formação abaixo de 2 mm na área da margem cervical dos dentes.
Dentifrícios
 Tem a intenção de facilitar a remoção de placa e aplicar agentes na superfície dental, com fins terapêuticos ou preventivos, de modo a produzir hálito fresco e tornar a escovação aprazível.
 Atualmente, a maioria dos dentifrícios contém sílica. Embora mais cara, a sílica pode ser combinada com sais fluoreto e é muito versátil. Foi também demonstrado que ela aumenta a abrasividade dos dentifrícios, resultando em ainda mais remoção de placa. 
 Outro fator que poderia estar envolvido no processo de remoção de placa é o detergente (ou surfactante) contido na fórmula do dentifrício. Detergentes são componentes tensoativos, adicionados à fórmula por causa de suas propriedades espumantes. Esse efeito espumante poderia ser benéfico para a limpeza da placa solta, além de proporcionar a sensação prazerosa de limpeza.
 Atualmente, as fórmulas dos dentifrícios contêm também ingredientes que poderiam auxiliar na melhora da saúde oral. 
 O fluoreto é quase onipresente nas pastas de dentes comercialmente disponíveis.
Efeitos Colaterais
 A força média de escovação foi de2,3 ± 0,7 N, com um máximo de 4,1 N. 
 Excessiva força na escovação é mencionada como fator parcialmente responsável pelo trauma de escovação (abrasão gengival). Para pacientes que usam força excessiva, fabricantes de escovas manuais e elétricas têm introduzido desenhos que podem limitar a quantidade e a força usadas e, portanto, reduzir a chance de danos aos tecidos.
 As cerdas precisam ter um grau suficiente de rigidez para que criem abrasão a fim de deslocar os depósitos de placa. Essa rigidez precisa ser equilibrada com efeitos potencialmente deletérios sobre os tecidos dentais moles e duros. 
 O desgaste dentário consiste em uma combinação de atritos (gasto de contato dente–dente), erosão (amolecimento de superfície mediada por ácido) e abrasão (desgaste devido à escovação com dentifrícios). 
 A abrasão provocada pela escova de dentes modifica-se de acordo com a rigidez das cerdas. 
 Em muitos casos, abrasão dentária é encontrada em combinação com recessão gengival. Considerando que a recessão gengival está associada a diferentes fatores etiológicos/de risco, tais como inflamação periodontal, tabagismo, biotipo gengival ou repetidas instrumentações periodontais, o uso inadequado da escova de dentes é provavelmente a causa mais significativa. 
 Escovas com cerdas duras removem a placa melhor, mas também podem causar trauma nos tecidos moles em comparação com escovas de cerdas mais maciais.
Importância da Instrução e da Motivação no Controle Mecânico da Placa
 O controle mecânico da placa exige participação ativa do indivíduo, e, portanto, o estabelecimento de hábitos de cuidados caseiros orais apropriados é um processo que, em grande proporção, envolve mudança de comportamento e é dependente dela.
 O paciente deve ser informado sobre a relação causal que leva ao processo de doença, e deveria ser encorajado a tomar para si a responsabilidade pela própria saúde oral.
 Programas de higiene oral também devem incluir componentes como autoavaliação, autoexame, automonitoramento e autoinstrução. Com esse propósito, diversos dispositivos e agentes químicos têm sido usados a fim de tornar a placa dental mais evidente para o paciente.
 Pacientes interessados podem ser informados e motivados, por exemplo, pelo uso de agentes reveladores de placa na margem gengival ou espaço interdental. 
 Agente evidenciador é um composto químico, tal como a eritrosina, fucsina ou um corante contendo fluoresceína, que permite a visualização, pelo paciente, da placa dental com uma luz normal ou ultravioleta. 
 Quando o agente é aplicado logo antes da escovação dentária, o paciente pode identificar a quantidade de placa formada desde a última escovação, recebendo, assim, uma resposta imediata sobre o desempenho da sua limpeza. Esse procedimento é útil durante a fase inicial do controle da placa. Mais tarde, o agente revelador deve ser aplicado após a escovação, o que permite ao paciente identificar as áreas que precisam de melhor limpeza.
Primeira Sessão
 Aplicar uma solução evidenciadora nos dentes e, com a ajuda de um espelho, demonstrar ao paciente todos os locais com placa. O registro da placa deve ser anotado usando-se uma ficha. 
 Solicitar ao paciente que limpe os dentes com a sua técnica tradicional. Com o auxílio de um espelho manual, demonstre os resultados da escovação dentária para o paciente e, novamente, identifique todos os locais com placa. 
 Sem modificar a técnica, peça ao paciente que limpe as superfícies com placa.
Segunda Sessão
 Alguns dias após a primeira sessão, a solução evidenciadora é novamente aplicada. Os resultados, com relação à placa depositada, são identificados na boca, anotados na ficha de controle e discutidos com o paciente. 
 O paciente é, então, solicitado a limpar os dentes, de acordo com as orientações dadas previamente na primeira sessão, até que todo o corante tenha sido removido. Em muitos casos, as instruções para escovação deverão ser reforçadas. 
 Reconhecimento positivo deve ser dado ao mesmo tempo.
Terceira Sessão
 Uma ou 2 semanas depois, o procedimento usado na segunda sessão é repetido. Contudo, a eficácia do controle da placa deve ser avaliada e apresentada ao paciente em cada consulta. 
 Essas repetidas instruções, supervisões e avaliações têm como objetivo reforçar as mudanças comportamentais necessárias.

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