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Apostila GRA0096 INTRODUÇÃO AO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO unidade_1 FMU 2021

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INTRODUÇÃO AO INTRODUÇÃO AO PLANEJAMENTOPLANEJAMENTO
TRIBUTÁRIOTRIBUTÁRIO
Me. Armindo Aparecido Evangel ista
IN IC IAR
introdução
Introdução
Neste tópico você, terá a oportunidade de vislumbrar o mundo do
planejamento tributário com ênfase nos seguintes quesitos:
Identi�car os princípios teóricos referentes ao desenvolvimento do
planejamento tributário;
Conhecer os regimes tributários existentes na Legislação Federal do
Brasil;
Interpretar as normas contábeis e a legislação tributária;
Estruturar as obrigações �scais acessórias e SPED;
Descrever o planejamento contábil e tributário (elisão e evasão).
O processo de globalização dos mercados exige, entre outras coisas, que
nossas empresas sejam competitivas, havendo a necessidade dos mais
rigorosos controles possíveis sobre custos administrativos, �nanceiros,
produtivos e tributários.
Introdução à Contabilidade eIntrodução à Contabilidade e
Planejamento TributárioPlanejamento Tributário
Figura 1.2 - Controle globalizado (online - real time)
Fonte: ktasimar / Shutterstock.
A contabilidade teve de adaptar-se a esse ambiente. O moderno e
competente pro�ssional da contabilidade já não pode limitar-se aos aspectos
legais e �scais da entidade. A essas importantes funções e atividades
acrescentaram-se outros aspectos importantes, como os gerenciais, de
produtividade, de e�ciência e estratégicos.
A contabilidade pode ser de grande valia como um órgão de apoio
administrativo, quando atua em consonância com os objetivos estratégicos da
empresa, implantando e conduzindo seus sistemas de informação de acordo
com as reais necessidades do usuário.
Já a realidade tributária brasileira tornou-se notoriamente complexa ao trazer
um custo �nanceiro enorme para as empresas e, ainda, causar constante
insegurança aos empresários, que não têm a certeza de estar cumprindo com
as obrigações exigidas pelo �sco.  
O planejamento tributário é o processo de escolha de ação ou ato
preventivo que dentro da estrita observação da legislação
brasileira vigente, visa encontrar mecanismos que permitam
diminuir o desembolso �nanceiro com pagamento de tributos
(CHAVES, 2008, p. 5).
Geralmente, as grandes empresas possuem um comitê de planejamento
tributário constituído por uma equipe multidisciplinar de pro�ssionais com
conhecimentos especí�cos em contabilidade, direito, legislação tributária,
administração de empresas e economia.
Conceitos de Contabilidade e Legislação
Tributária
A contabilidade é uma ciência e o autor Pegas (2009) diz que essa a�rmativa,
embora questionada por alguns, é verdadeira, principalmente, quando
tentamos imaginar como seria possível obter informações em qualquer
empresa que não pela contabilidade. Então, é possível a�rmar que a
contabilidade é a ciência da informação. O autor comenta ainda que:
Portanto a contabilidade representa a ciência que estuda, registra
e controla os atos administrativos, transformando-os em fatos
contábeis. Esses fatos devem ser ordenados em demonstrações,
com objetivo de fornecer o melhor caminho a seguir, através da
geração de informações ricas em qualidade e conteúdo (PEGAS,
2009, p. 19).
Já sobre a legislação tributária, o conceito dado pelo CTN (Código Tributário
Nacional) é: “Art. 96. A expressão legislação tributária compreende as leis, os
tratados e convenções internacionais, os decretos e as normas
complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações
jurídicas a eles pertinentes”.
Fica claro que há leis que tratam exclusivamente de tributos e relações
jurídicas a elas pertinentes, mas também há leis que, embora tratem de
outras matérias (�nanceiras, econômicas, trabalhistas, comerciais etc.),
versam em parte sobre tributos e respectivas relações jurídicas.
É plausível comentar que o Sistema Tributário Nacional precisa ser
reformulado o mais rápido possível, pois a legislação atual está cada vez mais
estrangulando as empresas de maneira brutal, ou seja, as empresas precisam
ter um fôlego para poder investir em novas tecnologias na busca de inovação
e competitividade. O Governo precisa dar a sua contribuição nesse aspecto.
Figura 1.3 - Código Tributário Nacional
Fonte: Zerbor / 123RF.
Distinção entre Contabilidade Financeira e
Contabilidade Fiscal
Nas empresas é sempre preciso tomar decisões relacionadas à alocação de
recursos, já que credores e investidores dependem de informações con�áveis
e relevantes sobre posição �nanceira, lucratividade e risco. As demonstrações
�nanceiras constituem um aspecto central dessas informações.
O processo de preparação desses relatórios é denominado contabilidade
�nanceira.
A contabilidade �nanceira objetiva relatar os resultados das
operações da empresa de acordo com os princípios fundamentais
da contabilidade ou atualmente conhecidos como CPC (Comitê de
Pronunciamentos Contábeis). As informações contábeis são
compiladas nas demonstrações �nanceiras direcionadas aos
usuários internos (pessoas, gestores etc.) ou externos (acionistas,
credores, instituições governamentais etc.)  (CORONADO, 2012, p.
29).
Principais Demonstrações Financeiras
Balanço Patrimonial: também chamado de “relatório de posição �nanceira”
e fornece informação, em um determinado período, sobre os recursos
Figura 1.4 - Analisando as informações
Fonte: Rawpixel / 123RF.
produtivos da empresa e as fontes de �nanciamento usadas para adquirir
esses recursos;
Demonstração do Resultado: por vezes chamada de “demonstração de
lucros e perdas” pelas empresas, fornece a informação sobre a lucratividade,
ou seja, relata o sucesso da empresa em gerar um resultado em dado
período, obtido da diferença dos montantes de receitas e das despesas e
custos;
Demonstração dos Fluxos de Caixa: informa o caixa gerado (ou utilizado)
nas atividades operacionais de investimento e de �nanciamentos durante o
período. Ela mostra onde a empresa obtém ou gera caixa e onde ela gasta;
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido: apresenta as
mudanças no patrimônio da empresa durante o período;
Notas Explicativas: apresentam informação agregada, dando maiores
detalhes dos itens apresentados nas demonstrações �nanceiras, fornecem
ainda material explicativo adicional para facilitar o entendimento e descrevem
a orientação contábil que a empresa usou para preparar todas as
demonstrações �nanceiras.
A contabilidade tributária ou �scal é a disciplina ou o ramo da
contabilidade que se dedica ao estudo dos princípios, conceitos,
técnicas, métodos e procedimentos aplicáveis à apuração dos
tributos devidos pelas empresas e entidades em geral, à busca e
análise de alternativas para a redução da carga tributária e ao
cumprimento das obrigações acessórias estabelecidas pelo Fisco
(POLHMANN, 2010, p. 14 ).
Fabretti (2009) comenta que “Contabilidade Fiscal é o ramo da contabilidade
que tem por objetivo aplicar na prática conceitos, princípios e normas básicas
da contabilidade e da legislação tributária, de forma simultânea, adequada e
principalmente integrada”.
Objetivos da Contabilidade Tributária
Os objetivos da contabilidade tributária vem ao encontro de complementar e
assessorar os gestores no aspecto �scal desde o seu lançamento inicial e
apuração até o recolhimento periódico de todas obrigações (principal e
acessória), visando ainda o aspecto de planejamento tributário que é de
grande valia para as empresas e faz com que elas possam economizar
�nanceiramente, a �m de aplicar essas economias em outros setores
operacionais e administrativos.
Segundo Renato et al. (2018, p. 20), os principais objetivos da contabilidade
tributária podem ser elencados da seguinte forma:
1. Apurar com exatidão o resultado tributável – ou do lucro real –
de determinado exercício �scal, com base na legislação pertinente,
para cálculo e formação das provisões contábeis destinadas ao
pagamento dos tributos incidentes sobre o lucro da entidade;
2. O registro contábil das provisões relativas aos tributos a
recolher, em obediência aos Princípios Fundamentaisde
Contabilidade, pois como parte integrante do sistema de
informações da empresa, a Contabilidade Tributária tem a
responsabilidade de informar, correta e oportunamente, o valor
das diversas provisões para recolhimento dos tributos, de acordo
com o princípio contábil da competência de exercícios;
3. Escrituração dos documentos �scais em livros �scais próprios ou
registros auxiliares, para apurar e determinar o montante do
tributo a ser recolhido dentro do prazo após encerramento do
período de apuração;
4. Preenchimento de guias de recolhimento, informando ao Setor
Financeiro e de Contas a Pagar da entidade sobre o valor e os
prazos de recolhimento, além de emitir e providenciar a entrega
aos respectivos órgãos competentes dos formulários estabelecidos
pela legislação pertinente;
5. Orientação �scal para todas as unidades da empresa (�liais,
fábricas, departamentos) ou das sociedades coligadas e
controladas. A correta orientação �scal e tributária para as demais
unidades ou empresas pode representar relevantes economias
com os impostos. Por exemplo: o local da instalação da fábrica, ou
mesmo o local de origem de determinadas matérias-primas, pode
signi�car menor carga tributária;
6. Orientação, treinamento e constante supervisão dos funcionários
do setor de tributos (RENATO et. al, 2018, p. 20).
Em sua obra, Fabretti (2009, p. 08) comenta ainda que:
O objetivo da contabilidade tributária é apurar com exatidão o
resultado econômico do exercício social, demonstrando de forma
clara e sintética, para, em seguida, atender de forma extra contábil
as exigências, como por exemplo, das legislações do Imposto de
Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o
Lucro (CSL) determinando a base de cálculo �scal para formação
das provisões destinadas ao pagamento desses tributos, as quais
serão abatidas do resultado econômico (Contábil), para
determinação do lucro líquido à disposição dos acionistas, sócios
ou titular de �rma individual (FABRETTI, 2009, p. 8).
É importante ressaltar que a contabilidade tributária é um dos ramos de
atuação da contabilidade empresarial mais relevantes. Além dos usuários
internos da empresa, ela presta contas ao Governo Federal, Estadual e
Municípios sobre as mais diversas tipicidades de tributos.
Obrigações �iscais acessórias e SPED
As obrigações �scais acessórias existem como um dever administrativo, cuja
�nalidade é gerenciar o cumprimento da obrigação tributária que o tributo
exige, fornecendo aos órgãos �scalizadores informações que con�rmem o
pagamento das obrigações principais.
Várias são as obrigações acessórias e, agora, você conhecerá um pouco sobre
algumas delas, vejamos:
A “Declaração Eletrônica de Serviços”, conhecida como DES, tem natureza
municipal e é especí�ca para empresas prestadoras de serviços. Sua
�nalidade é declarar à Receita Federal os serviços que foram prestados à
empresa durante o mês.
A “Guia de Informação e Apuração do ICMS”, conhecida como GIA, é uma
declaração de natureza estadual relacionada às operações que se ajustam ao
regime de substituição tributária do ICMS (ST-ICMS).
A “Escrituração Fiscal Digital ICMS/IPI”, conhecida como EFD ICMS/IPI, é uma
obrigação acessória de natureza estadual que compõe o SPED (Sistema
Público de Escrituração Digital) em substituição à escrituração dos livros em
papel. A empresa que envia essa declaração não precisa enviar o SINTEGRA a
não ser em situações de regime especial.
O “Sistema Integrado de Informações sobre Operações Interestaduais com
Mercadorias e Serviços”, conhecido como SINTEGRA, é uma obrigação
estadual destinada a empresas que recolhem ICMS e fazem uso do PED
(Pagamento Eletrônico de Dados) para emitir documentação �scal e/ou
escriturar os Livros Fiscais. Também é válida para contribuintes que utilizam
ECF (Emissor de Cupom Fiscal). Depois que a EFD ICMS/IPI foi implantada, o
SINTEGRA tem sido menos utilizado.
A “Declaração de Débitos Tributários Federais”, conhecida como DCTF, é de
natureza federal e registra informações relacionadas a tributos, como IRPJ,
IRRF, IPI, CSLL.
A “Escrituração Fiscal Digital Contribuições”, conhecida como EFD
Contribuições, é uma obrigação relativa ao SPED que deve ser enviada pela
empresa na escrituração da contribuição ao PIS/PASEP e COFINS. Também é
enviada na escrituração eletrônica da Contribuição Previdenciária sobre a
Receita Bruta (indústria, comércio e serviços) em relação ao CNAE, atividades,
serviços, produtos (NCM).
O “Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência
Social”, conhecido como SEFIP/GEFIP, é uma declaração enviada digitalmente
com informações trabalhistas, previdenciárias e relacionadas ao FGTS. A
GEFIP é gerada de forma automática quando se envia o SEFIP.
O “Cadastro Geral de Empregados e Desempregados”, conhecido como
CAGED, é uma declaração digital que possui informações sobre
admissões/demissões de empregados que estão registrados sob o regime da
CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). É usada por programas sociais como
o Programa Seguro-Desemprego.
A “Declaração do Imposto sobre a Renda Retida na Fonte”, conhecida como
DIRF, informa à Receita Federal as retenções de impostos incidentes nos
pagamentos e recebimentos da empresa.
A “Relação Anual de Informações Sociais”, conhecida como RAIS, é a
declaração que permite ao governo controlar as atividades trabalhistas no
Brasil e identi�car o trabalhador com direito ao PIS/PASEP.
A “Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física”, conhecida como DIRPF, é
uma declaração dos sócios da empresa que deve ou não ser enviada,
dependendo se os sócios se encaixam ou não nela.
A “Escrituração Contábil Digital”, conhecida como ECD, é uma obrigação de
competência da União que integra o SPED, cuja �nalidade é substituir a
escrituração de papel pela escrituração eletrônica dos seguintes livros: Livro
Diário e seus auxiliares, Livro Razão e seus auxiliares, Livro Balancetes Diários,
Balanços e �chas de lançamento.
A “Escrituração Contábil Fiscal”, conhecida como ECF, também é da
competência da União e substitui a DIPJ desde 2014. Ela fornece informações
sobre operações que interferem na base de cálculo e no valor devido do IRPJ e
da CSLL.
SPED Sistema Público de Escrituração Digital
Agora, versaremos um pouco sobre o Sistema Público de Escrituração Digital
(SPED) que foi instituído pelo Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007,
fazendo parte do Programa de Aceleração do Crescimento do Governo
Federal (PAC 2007-2010) e constitui-se em mais um avanço na informatização
da relação entre o �sco e os contribuintes.
Pegas (2009, p. 695) diz que de modo geral, o SPED “consiste na modernização
da sistemática atual do cumprimento das obrigações acessórias”. Como uma
evolução tecnológica sem precedentes, a contabilidade empresarial tem de
atualizar e acompanhar o processo que cada vez mais passa de um simples
registro no papel para um sistema de registro eletrônico, que faz com que
todos que utilizam as informações contábeis possam tirar o melhor proveito
dela no tempo de resposta hábil e a tomada de decisão a contento.
O autor Pegas (2009, p. 696) relata que o SPED tem como objetivos:
Promover a integração dos �scos, mediante a padronização e
compartilhamento das informações contábeis e �scais, respeitadas
as restrições legais.
saiba mais
Saiba mais
Sempre que precisar entregar uma obrigação acessória, consulte o calendário
tributário para não incorrer em atraso, disponível no site da Receita Federal.
ACESSAR
http://receita.economia.gov.br/acesso-rapido/agenda-tributaria
Racionalizar e uniformizar as obrigações acessórias para os
contribuintes, com o estabelecimento de transmissão única de
distintas obrigações acessórias de diferentes órgãos �scalizadores.
Tornar mais célere a identi�cação de ilícitos tributários, com a
melhoria do controle dos processos, a rapidez no acesso às
informações e a �scalização mais efetiva das operações com o
cruzamento de dados e auditoria eletrônica(PEGAS, 2009, p. 696).
E, ainda, o SPED apresenta alguns benefícios como:
Aperfeiçoamento do combate à sonegação;
Aumento da produtividade do auditor através da eliminação dos
passos para coleta dos arquivos;
Disponibilidade de cópias autênticas e válidas da escrituração para
usos distintos e concomitantes;
Eliminação do papel;
Fortalecimento do controle e da �scalização por meio de intercâmbio
de informações entre as administrações tributárias;
Melhoria da qualidade da informação;
Possibilidade de cruzamento entre os dados contábeis e os �scais;
Possibilidade de troca de informações entre os próprios
contribuintes a partir de um leiaute padrão;
Preservação do meio ambiente pela redução do consumo de papel;
Rapidez no acesso às informações;
Redução de custos administrativos;
Redução de custos com a dispensa de emissão e armazenamento de
documentos em papel;
Redução de custos com a racionalização e simpli�cação das
obrigações acessórias;
Redução do envolvimento involuntário em práticas fraudulentas;
Redução do tempo despendido com a presença de auditores �scais
nas instalações do contribuinte;
Simpli�cação e agilização dos procedimentos sujeitos ao controle da
administração tributária (comércio exterior, regimes especiais e
trânsito entre unidades da federação);
Uniformização das informações que o contribuinte presta às diversas
unidades federadas.
Conceitos de Planejamento Contábil e
Tributário (elisão e evasão)
Elisão �scal é um procedimento legalmente autorizado, que ajuda a lei
tributária a atingir sua �nalidade extra�scal, quando presente. Segundo
Crepaldi (2012, p. 95 ):
Pressupõe a licitude do comportamento do contribuinte. É uma
forma honesta de evitar submissão a uma hipótese tributária
desfavorável. É um conjunto de atos adotados por um contribuinte,
autorizados ou não proibidos por lei, visando uma carga �scal
menor, mesmo quando esse comportamento prejudica os cofres
públicos (CREPALDI, 2012, p. 95).
A elisão �scal caracteriza-se como um planejamento, pois utiliza métodos
legais para diminuir o peso da carga tributária em um determinado
orçamento.
Geralmente, a elisão �scal é usada nas empresas no que diz respeito às
transferências internacionais de recursos na busca de conceitos tributários
diferentes em países distintos, de forma a direcionar o tráfego de valores,
assim, pode-se reduzir a carga tributária e fazer chegar às matrizes as
maiores quantidades possíveis de recursos vindos das �liais.
Outra característica da elisão �scal é que seus efeitos ocorrem antes da
ocorrência dos tributos - por exemplo, em vez de uma empresa distribuir
mercadorias para todo o Brasil de um Estado que tenha tributação do ICMS
de 18%, um dos mais elevados do país - pode escolher fazer a distribuição a
partir de outro Estado que tenha uma alíquota menor, isso mostra que a
empresa planejou a operação de maneira a pagar menos tributos.
Assim, Fabretti (2009, p. 133) comenta que a “elisão �scal é legítima e lícita,
pois é alcançada por escolha feita de acordo com o ordenamento jurídico,
adotando-se a alternativa legal menos onerosa ou utilizando-se lacunas da
lei”.
A evasão �scal consiste em prática contrária à lei e Fabretti (2009, p. 134) diz
ainda que “geralmente é cometida após a ocorrência do fato gerador da
obrigação tributária, objetivando reduzi-la ou ocultá-la”. Já Crepaldi (2012, p.
95) comenta que na evasão �scal “o contribuinte busca, antes ou depois da
submissão a uma hipótese tributária desfavorável, um modo de mascarar seu
comportamento de forma fraudulenta”.
A Lei 8.137/90 (Lei dos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Contra
as Relações de Consumo) de�ne as condutas de evasão �scal previstas:
a. Omitir informação ou prestar declaração falsa às autoridades
fazendárias;
b. Fraudar a �scalização, inserindo elementos inexatos ou omitindo
operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido
pela lei �scal;
c. Falsi�car ou alterar nota �scal, fatura, duplicata, nota de venda
ou qualquer outro documento relativo à operação tributável;
d.E laborar, distribuir, fornecer ou utilizar documento que saiba ou
deva saber falso ou inexato;
e. Utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que
permita ao sujeito passivo da obrigação tributária possuir
informação contábil diversa daquela que é, por lei, ou empregar
outra fraude para eximir-se, total ou parcialmente, do pagamento
do tributo.
Vale dizer que o contribuinte protegido pelo princípio da legalidade tem o livre
arbítrio para organizar seus negócios de forma mais econômica possível no
aspecto tributário, ou seja, realizando o planejamento tributário (elisão �scal),
caso haja algum desvio de conduta poderá incorrer na evasão �scal.
Figura 1.5 - Acertando (�nanceiramente) a fraude.
Fonte: Impact Photography / Shutterstock.
reflitaRe�ita
Quando a sua empresa receber uma proposta de negócio vantajosa �nanceiramente,
que dela você perceba que estará onerando os cofres públicos, pare e re�ita sobre
tudo, pois essa vantagem momentânea poderá causar um grande problema no futuro
de sua empresa em relação à sua reputação e imagem. Você deve perceber que essa
“mera vantagem” não existe em nenhuma hipótese.
Fonte: Elaborado pelo autor.
praticar
Vamos Praticar
Baseando-se no material de apoio, leia com atenção e avalie a veracidade de cada
uma das alternativas, pois elas tratam dos assuntos ligados às Demonstrações
Contábeis e Financeiras, que são de cunho obrigatório, conforme a Lei das
Sociedades Anônimas, chamada de Lei das S/As. Após a leitura, marque a
alternativa correta.
As demonstrações contábeis, exigidas pela Lei nº6.404/76, que foi atualizada
pela Lei 11.638/07 são: Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do
Exercício, Demonstração dos Fluxos de Caixa, Demonstração do Valor
Adicionado, Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos e
Demonstração da Mutação do Patrimônio Líquido.
A companhia fechada com patrimônio líquido na data do balanço patrimonial
superior a R$2.000.000,00 não será obrigada à elaboração e à publicação da
Demonstração do Fluxo de Caixa.
No balanço patrimonial tributário, obrigações, encargos e riscos classi�cados
no passivo não circulante – exigível a longo prazo - serão ajustados ao seu
valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.
São classi�cados no ativo diferido as despesas pré-operacionais e os gastos
de reestruturação que não contribuirão, efetivamente, para o aumento do
resultado de mais de um exercício social e que não con�gurem tão somente
uma redução de custos ou acréscimos na e�ciência operacional.
Deverão ser indicados na Demonstração dos Fluxos de Caixa o valor da
riqueza gerada pela companhia e a sua distribuição entre os elementos que
contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como: empregados,
�nanciadores, acionistas, governos e parcela da riqueza distribuída.
Os objetivos deste tópico são:
Identi�car as principais características do federalismo Fiscal;
Reconhecer a função dos tributos como instrumentos regulatórios;
Reconhecer a Extra�scalidade do tributo e sua aplicação no Direito
Ambiental.
O Código Tributário Nacional (CTN) conceitua tributo assim: “Art.3º - Toda
prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente válida”.
Para que você possa entender melhor, vamos decifrar alguns pontos desse
conceito a partir das visões de alguns autores. Chieregato (2018, p. 5)
comenta que “prestação pecuniária”:
Signi�ca que o tributo deve ser pago em unidades de moeda
corrente, inexistindo o pagamento in natura ou in labore, ou seja, o
que é pago em bens ou em trabalho ou prestação de serviço;
Direito Tributário - ConceitoDireito Tributário - Conceito
Jurídico Econômico de TributoJurídico Econômico de Tributo
“compulsória” é a obrigação independente da vontade do
contribuinte e “em moedaou cujo valor se possa exprimir” que os
tributos são expressos em moeda corrente nacional (reais) ou por
meio de indexadores (CHIEREGATO, 2018, p. 5).
Na expressão “que não constitua sanção de ato ilícito”, o autor Hack (2010, p.
12) estabelece que atos lícitos “são os que estão de acordo com o direito, são
aqueles que não contrariam as normas legais, que obedecem aos seus
preceitos”.
Como observância, vale dizer que os tributos foram instituídos pelo Governo
com a �nalidade de manter a administração pública em perfeito estado de
funcionamento para que esta possa, de maneira e�ciente, oferecer e manter
serviços públicos e serviços de prestação pública com a melhor qualidade
possível para a população.
Finalidades dos Tributos
No que diz respeito às �nalidades dos tributos, estes podem ser classi�cados
em duas espécies distintas: tributos �scais e tributos extra�scais. Os tributos
�scais são aqueles que têm a �nalidade de arrecadar valores para a
manutenção do Estado e os serviços de utilidade pública, já os tributos
extra�scais têm a �nalidade de uma política pública ou a intenção de obter
um resultado pretendido pelo Estado no sentido de estimular um setor ou
uma determinada região na busca de sua expansão.
praticar
Vamos Praticar
A prestação pecuniária compulsória em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir,
que não constitui sanção de ato ilícito, instituída em lei, e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada é a(o):
Contribuição acessória.
Taxa do empréstimo compulsório.
Contribuição por movimentação �nanceira.
Tributo.
Imposto de melhoria.
As espécies tributárias estão divididas em impostos, taxas, contribuições de
melhorias e os empréstimos compulsórios. Os objetivos deste tópico são:
classi�car as espécies de tributos e suas funções;
identi�car os diferentes elementos do conceito de tributo;
empregar os conceitos dos tributos aos fatos sociais tributados;
avaliar os fatos sujeitos à tributação.
Vários autores versam sobre as espécies tributárias, porém, o ponto comum é
a origem das informações que está pautada no CTN (Código Tributário
Nacional), assim, vamos a elas:
Impostos: diz o artigo 16 que imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato
gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal especí�ca,
relativa aos contribuintes, de competência exclusiva da União, Estados,
Distrito Federal e dos Municípios. Vale destacar que essa de�nição desvincula
totalmente o imposto pago do serviço prestado ao próprio contribuinte sobre
o qual recai o ônus;
Direito Tributário - EspéciesDireito Tributário - Espécies
TributáriasTributárias
Taxas: o artigo 77 da CTN comenta que elas estão vinculadas à utilização
efetiva ou potencial por parte do contribuinte de serviços públicos especí�cos
e divisíveis. Renato et al. (2018, p. 5) comentam que a contribuição de
melhoria “pode ser instituída para fazer face ao custo de obras  públicas de
que decorra valorização imobiliária para o contribuinte”;
Empréstimos Compulsórios: o artigo 148 da Constituição Federal de�ne as
situações em que é possível a instituição pela União, mediante lei
complementar dos denominados empréstimos compulsórios, que são: a) para
atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de
guerra externa ou sua iminência; b) no caso de investimento público de
caráter urgente e de relevante interesse nacional. Uma das características dos
empréstimos compulsórios é que tais tributos são por sua natureza
restituíveis. O contribuinte, apesar de ser obrigado a pagar quando instituído,
por isso compulsório, tem o direito de ser restituído na forma da lei que deve
�xar o prazo e as condições de resgate;
Contribuições Sociais: são aquelas destinadas especi�camente para atender
à seguridade social e incidem sobre:
Folha de salários e de terceiros (INSS);
Faturamento ou receita (PIS e COFINS);
Lucro (CSLL). A seguridade social é entendida como um conjunto de
ministérios da previdência social, assistência social e saúde.
Existem, ainda, outras contribuições sociais, como o PIS/PASEP e as
contribuições para as empresas do Sistema S (Sebrae, Sesc, Senac, Sesi, entre
outras).
Para que essas espécies tributárias possam ser efetivadas existem os
elementos fundamentais dos tributos, são eles:
Fato Gerador: é o que faz nascer a obrigação tributária, podendo essa
obrigação ser principal ou acessória. Exemplos de fatos geradores:
Prestação de serviço de consultoria tributária – fato gerador do ISS;
Importação de uma mercadoria do exterior – fato gerador do II;
Transferência onerosa de um imóvel – fato gerador do ITBI;
Recebimento de salário mensal – fato gerador do IRPF;
Contratação de um �nanciamento – fato gerador do IOF;
Propriedade de um automóvel – fato gerador do IPVA.
Contribuinte: é o sujeito passivo da obrigação tributária que possui relação
direta com o fato gerador. Existem dois tipos de contribuintes: a) contribuinte
de fato, que efetivamente suporta o ônus tributário; b) contribuinte
responsável, o qual a Lei determina responder pela obrigação tributária. Veja
alguns exemplos:
Quadro 1.1 - Contribuinte de Fato e Contribuinte Responsável
Fonte: Pegas, P.H. (2009, p. 80).
Base de Cálculo: normalmente é o valor sobre o qual será aplicada a alíquota
para a apuração do valor do tributo a pagar ou, também, pode ser uma
unidade de medida, devendo sempre ser de�nida através de Lei
Complementar;
TRIBUTO <
CONTRIBUINTE DE
FATO
CONTRIBUINTE
RESPONSÁVEL
INSS de empregado,
descontado em folha
de pagamento
Empregado Empresa
IPI cobrado do
comprador na nota
�scal
Comprador Vendedor
IOF sobre um
empréstimo bancário
Pessoa Física Instituição Financeira
Alíquota: é o percentual ou valor �xo de�nido em Lei que - aplicado sobre a
base de cálculo - determina o valor do tributo que deve ser pago.
praticar
Vamos Praticar
Com a leitura do material de apoio desta unidade, você já é capaz de responder
com muita propriedade o que, de fato, acontece com a ocorrência do fato gerador
de um tributo, assim ele:
Determina o nascimento da obrigação tributária compulsória.
Impede o pagamento do crédito tributário principal.
Suspende o pagamento da obrigação tributária principal.
Causa o surgimento da obrigação principal.
Exclui o nascimento do crédito tributário.
Os objetivos deste tópico são:
interpretar as normas contábeis e a legislação tributária;
esquematizar os objetivos/destinação do (Programa de Integração
Social) e COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social);
aplicar as bases conceituais da estrutura Fiscal/Contábil;
calcular e contabilizar o PIS (Programa de Integração Social).
Regime Tributário: Lucro Presumido
As pessoas jurídicas submetidas ao regime de tributação, com base no lucro
presumido, somente poderão adotar o regime de caixa para �ns de incidência
da contribuição para o PIS e COFINS na hipótese de adotar o mesmo critério
em relação ao imposto de renda das pessoas jurídicas e contribuição social
sobre o lucro líquido.
PIS (Programa de IntegraçãoPIS (Programa de Integração
Social) e COFINS (ContribuiçãoSocial) e COFINS (Contribuição
para o Financiamento dapara o Financiamento da
Seguridade Social)Seguridade Social)
No caso de optar pelo regime de caixa, deverão emitir documento �scal da
entrega de bem ou da conclusão do serviço e indicar, no livro Caixa, em
registro individualizado, o documento �scal que corresponde a cada
recebimento.
As pessoas jurídicas tributadas pelo lucro presumido estão no regime
cumulativo de PIS e COFINS. As alíquotas normais de PIS e COFINS no regime
cumulativo são, respectivamente, 0,65% e 3,00%.
Alteração de lucro presumido para real: a opção pela tributação com base
no lucro presumido deverá ser manifestada com o pagamento da primeira ou
única quota do imposto devido correspondente ao primeiro período de
apuração de cada ano-calendário. Vale dizer que a Lei 9.718/98 dispõe em seu
artigo 13 que a opção pela tributaçãocom base no lucro presumido será
de�nitiva em relação a todo ano-calendário.
Alteração de lucro real para presumido: a pessoa jurídica ao mudar de
regime de tributação real para o presumido passa a pagar o PIS à alíquota de
0,65%, em vez de 1,65%; e a COFINS à alíquota de 3,00%, em vez de 7,6%, mas
perde o direito de deduzir os créditos a que se refere o artigo 3º da Lei
10.833/03.
A perda do crédito é imediata na mudança do regime de tributação. Assim, o
saldo de crédito de PIS e COFINS calculado sobre aquisição de mercadoria
para revenda, matéria-prima para industrialização, despesas incorridas que
geraram crédito, contribuição paga na importação etc. não poderão ser
utilizados a partir da mudança do regime de tributação.
Base Legal
A base de cálculo de PIS sobre a receita é a mesma da base de cálculo da
COFINS, com isso, o faturamento, a receita da atividade da empresa,
abrangendo as outras receitas, como as decorrentes de aplicações
�nanceiras.
Na redação do art. 52 da Lei 12.973/14, na determinação da base de cálculo
da contribuição, instrui a excluir da receita bruta alguns itens, entre eles,
destacam-se:
As vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos;
A receita decorrente da venda de bens classi�cados no ativo não
circulante, que tinha sido computada como receita bruta;
A receita reconhecida pela construção, recuperação, ampliação ou
melhoramento da infraestrutura, entre outros.
Vale dizer também que nem toda pessoa jurídica está sujeita ao pagamento
da COFINS, porque há imunidade constitucional para entidades bene�centes
de assistência social, como as santas casas de misericórdias, os asilos, os
orfanatos etc. Essa é a única imunidade prevista na Constituição Federal, mas
é muito justa porque essas entidades já cumprem o objetivo da seguridade
social, que é de assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à
assistência social.
Objetivos e/ou Destinação
O Programa de Integração Social PIS é uma contribuição criada em 1970 com
o objetivo de integrar os trabalhadores na vida e no desenvolvimento das
empresas. Em 1988, a Constituição Federal promoveu várias alterações na
estrutura e no funcionamento do programa. O autor Pegas (2009, p. 495)
comenta algumas dessas mudanças:
O PIS passou a ser uma contribuição social, com seus recursos
direcionados para pagamento do seguro desemprego, uma
remuneração provisória aos trabalhadores que perdessem seus
empregos.
Quem tinha conta individual no PIS permaneceu com seu direito
adquirido, recebendo anualmente o equivalente aos juros sobre o
saldo podendo utilizar este saldo por ocasião de sua
aposentadoria. As contas não mais receberam depósitos a partir
da Constituição de 1988.
Já quem entrou no mercado de trabalho a partir daí, não tem
direito a juros anuais, pelo simples fato da conta não receber
depósitos regulares.
O empregado com carteira assinada e salário mensal de até dois
salários mínimos, tem direito anualmente a um abono, no valor de
um salário mínimo (PEGAS, 2009, p. 495).
Assim, o PIS é uma contribuição cobrada diretamente sobre as receitas
obtidas pelas empresas. Os objetivos da COFINS são de assegurar os direitos
relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
Situação Problema – prática (cálculo e
contabilização)
Em nosso caso, temos a empresa Sempre Verde Comercial que é tributada
pelo lucro presumido e que apresentou em maio de 2019 as seguintes contas
de resultado:
saiba mais
Saiba mais
Vale a pena consultar e conhecer o site da Receita Federal do Brasil para saber
mais sobre PIS (Programa de Integração Social) e COFINS (Contribuição para
Financiamento da Seguridade Social).
ACESSAR
http://receita.fazenda.gov.br/
receita com revenda de mercadorias: $800.000,00;
devolução de vendas: $15.000,00;
descontos incondicionais concedidos: $35.000,00;
descontos �nanceiros concedidos (*): $ 9.000,00;
receitas �nanceiras: $ 5.000,00;
receita com aluguel de espaço: $1.500,00;
ganho na venda de bens do imobilizado: $ 16.000,00.
(*) O desconto �nanceiro é aquele que depende de certa condição, por
exemplo, pagamento antes do vencimento, não se caracterizando como uma
dedução nas bases do PIS e da COFINS.
Agora, iremos apurar e demonstrar o cálculo do PIS e da COFINS da empresa
Sempre Verde Comercial.
Tabela 1.1 - Demonstração de cálculo do PIs e da COFINS
Fonte: Elaborada pelo autor.
Contabilizando os respectivos fatos contábeis, teremos dois momentos:
Primeiro – Registro das despesas de PIS e da COFINS:
Total da receita tributada $800.000,00
(-) Devolução de vendas ($15.000,00)
(-) Descontos incondicionais concedidos ($35.000,00)
Receitas �nanceiras $5.000,00
= Base de cálculo do PIS e COFINS $755.000,00
Ø  PIS – 0,65% $4.907,50
Ø  COFINS – 3,00% $22.650,00
Débito: Despesa de PIS.
Crédito: PIS a Pagar $4.907,50.
Débito: Despesa de COFINS.
Crédito: COFINS a Pagar $22.650,00.
Segundo - Pagamento do PIS e COFINS usando o calendário tributário no
mês seguinte:
Débito: PIS a Pagar.
Crédito: Caixa / Bancos                               $4.907,50.
Débito: COFINS a Pagar.
Crédito: Caixa / Bancos                               $22.650,00.
praticar
Vamos Praticar
A empresa Du Jeito Certo optou pelo lucro presumido em 2019 e, no primeiro mês
do ano, tem receita bruta de $28.000,00 com descontos incondicionais concedidos
de $400,00, além das receitas �nanceiras de $1.500,00 e ganho na venda de bens de
imobilizado no valor de $1.100,00. Informe a COFINS devida no mês:
R$865,00.
R$895,00.
R$896,00.
R$884,00.
R$873,00.
indicações
Material Complementar
LIVRO
“Manual Prático da Contabilidade -Fisco-
Tributária e Ajustes Contábeis e Fiscais por
meio de Subcontas”
Valdir de Oliveira Amorim.
Editora: FREITAS BASTOS
ISBN: 9788579873133
Comentário: para o seu enriquecimento literário,
indico a leitura do “Manual Prático de Contabilidade
Fisco-Tributária e Ajustes Contábeis por meio de
Subcontas” do professor Mestre Valdir de Oliveira
Amorim da editora SAGE. Uma obra importante e de
grande valia no meio contábil, pois elucida e evidencia
com muita prática e simplicidade situações remotas,
pontuais e corriqueiras da contabilidade tributária e
�scal.
FILME
O Contador
Ano: 2016
Comentário: esse �lme retrata a vida pro�ssional
daqueles que atuam na área contábil, apresentando
muitas habilidades. O pro�ssional pouco a pouco
começa a entender o funcionamento do mundo
corporativo e, nesse caso em especí�co, levanta-se uma
situação nada confortável para ele. Para conhecer mais
sobre o �lme, assista ao trailer.
TRA ILER
conclusão
Conclusão
Nesta unidade, todos os objetivos propostos foram explanados de maneira
simples, objetiva e didática, e atingidos com êxito. Assim, você já consegue
distinguir impostos de taxas, elisão �scal de evasão �scal, contabilidade geral
de contabilidade tributária e fazer uso desses conhecimentos em sua vida
pessoal e pro�ssional.
referências
Referências Bibliográ�cas
BRASIL. SPED: Sistema Público de Escrituração Digital. Disponível em
<http://sped.rfb.gov.br/>. Acesso em: 7 jul. 2019.
CHAVES, F. C. Planejamento Tributário na Prática: gestão tributária
aplicada. 1 ed. São Paulo: Atlas, 2008.
CHIEREGATO, R. et al. Manual de Contabilidade Tributária: textos e testes
com as respostas. 14 ed. São Paulo: Atlas, 2018.
CORONADO, O. Contabilidade Gerencial Básica. 2 ed. São Paulo: Saraiva,
2012.
http://sped.rfb.gov.br/
CREPALDI, S. A. Planejamento Tributário. São Paulo: Saraiva, 2012.
FABRETTI, L. C. Contabilidade Tributária. 11 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
HACK, É. Direito Tributário e Societário. Curitiba: IESDE Brasil S.A. 2010.
HIROMI, H. Imposto de Renda das Empresas: interpretação e prática. 41 ed.
São Paulo: IR Publicações, 2016.
PEGAS, P. H. Manual de Contabilidade Tributária. 6 ed. Rio de Janeiro:
Freitas Bastos Editora, 2009.
POHLMANN, M. C. Contabilidade Tributária. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2010.
WEIL, R. L. Contabilidade Financeira: introdução aos conceitos,métodos e
aplicações. 2 ed. São Paulo: Cengage Learning, 2015.
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