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Compilado Previdenciario

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Custeio da Seguridade 
Social
Professora Chris Passos
Roteiro de aula:
1. Contribuições para a Seguridade Social
2. Competência tributária
3. Capacidade tributária Ativa
4. Orçamento da Seguridade Social
5. Custeio indireta
6. Princípios
7. Imunidades na Seguridade Social
Contribuições 
para a 
Seguridade 
Social
Contribuições 
para a 
Seguridade 
Social
✓ Teoria do salário social – indica que certo
valor é pago pela sociedade ao
empregado para possibilitar a subsistência
quando não estiver mais prestando
serviço.
✓ Teoria do salário atual – parte do salário é
paga diretamente ao empregado, como
contraprestação dos serviços prestados, e
outra parte é destinada à Seguridade
Social, para cobrir certas situações de
necessidade e ausência de renda.
Contribuições 
para a 
Seguridade 
Social
Contribuições 
para a 
Seguridade 
Social
E o que diz o
STF...
• O STF entende que as contribuições para a
Seguridade Social são tributos, posto que
estão previstas no art. 149 da Constituição
Federal, que dispõe sobre o Sistema Tributária
Nacional.
• Art. 149 CF – compete à União instituir as
contribuições sociais, de forma exclusiva,
mediante lei complementar para atender
despesas extraordinárias, decorrentes de
calamidade pública, de guerra externa ou sua
iminência, bem como no caso de investimento
público de caráter urgente e de relevante
interesse nacional, observado o princípio da
anterioridade (art. 148 CF).
Competência 
para tributar
• Compete à União – art. 149 CF
• Competirá aos Estados, Municípios e
Distrito Federal instituir contribuições para
o custeio do Regime Próprio de Previdência
conforme o art. 40 da CF.
Orçamento da 
Seguridade 
Social
• Art. 195 CF – as receitas dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios destinadas à
Seguridade Social devem constar dos respectivos
orçamentos, não integrando o orçamento da
União.
• A proposta de orçamento da Seguridade Social
deve ser elaborada de forma integrada pelos
órgãos responsáveis pela Saúde, Previdência
Social e Assistência Social, tendo em vista metas
e prioridades estabelecidas pela lei de diretrizes
orçamentárias, assegurada a cada área a gestão
de seus recursos.
Custeio 
indireto
• O custeio da Seguridade Social também é feito de
forma indireta.
• Decorre de transferência de valores dos
orçamentos fiscais dos entes políticos (União,
Estados, Distrito Federal e Municípios) para o
financiamento das prestações dos sistema.
• Art. 195 CF
Art. 195 
Constituição 
Federal
• Art. 195. A seguridade social
será financiada por toda a
sociedade, de forma direta e
indireta, nos termos da lei,
mediante recursos provenientes
dos orçamentos da União, dos
Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, e das seguintes
contribuições sociais:
Custeio indireto
Custeio indireto
Custeio indireto
• Saúde – custeado por meio das
contribuições para a Seguridade
Social, e o custeio indireto, com
a utilização de recursos dos
orçamentos fiscais dos entes
políticos.
Princípio da 
contrapartida
Princípio da 
anterioridade 
nonagesimal
• As contribuições sociais referidas
no art. 195 da CF somente
podem ser exigidas após
decorridos 90 dias da data da
publicação da lei que as houver
instituído ou modificado, não se
lhes aplicando o disposto no art.
150, III, b, que prevê o princípio
da anterioridade anual.
Imunidades na 
Seguridade Social
• São imunes de contribuição para a Seguridade
Social as entidades beneficentes de assistência
social que atendam aos requisitos e exigências
estabelecidas no art. 195, § 7º da Constituição
Federal.
• Segundo a Lei 12.101/2009 será reconhecida a
imunidade da contribuição social à pessoa
jurídica de direito privado, sem fins lucrativos,
reconhecidas como entidades beneficentes de
assistência social com a finalidade de prestação
de serviços nas áreas de assistência social, saúde
ou educação, devendo atender ao disposta em
lei.
Art. 195 CF
Requisitos 
para a 
imunidade
• As entidades beneficentes deverão atender ao princípio da
universalidade do atendimento, sendo vedado dirigir suas
atividades exclusivamente a seus associados ou a categoria
profissional.
• STF – fixou a tese em repercussão geral: “Os requisitos
para o gozo de imunidade hão de estar previstos em lei
complementar.” (Pleno, RE 566.622/RS, rel. Min. Marco
Aurélio, j. 23.02.2017).
Custeio direto
Custeio direto
• II. do trabalhador e dos demais segurados
da previdência social, não incidindo
contribuição sobre aposentadoria e
pensão concedidas pelo Regime Geral de
Previdência Social de que trata o art. 201
da Constituição da República;
• III. sobre a receita de concursos de
prognósticos;
• IV. do importador de bens ou serviços do
exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
Custeio direto
• As contribuições sociais previstas no art. 195, I da
CF podem ter alíquotas ou bases de cálculo
diferenciadas, em razão da atividade econômica, da
utilização intensiva de mão de obra, do porte da
em
• § 9º As contribuições sociais previstas no
inciso I do caput deste artigo poderão ter
alíquotas diferenciadas em razão da atividade
econômica, da utilização intensiva de mão de
obra, do porte da empresa ou da condição
estrutural do mercado de trabalho, sendo
também autorizada a adoção de bases de
cálculo diferenciadas apenas no caso das
alíneas "b" e "c" do inciso I do caput.
(Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 103, de 2019).
Pode haver 
anistia ou 
concessão de 
remissão?
• A resposta é NÃO.
• A Constituição Federal prevê que não haverá
anistia ou remissão de dívida para as
contribuições sociais previstas no inciso I, a e
II do art 195.
Mas atenção: SOMENTE PARA OS DÉBITOS EM 
MONTANTE SUPERIOR AO FIXADO EM LEI 
COMPLEMENTAR
Remissão e Anistia
• Remissão - modalidade de extinção do crédito tributário, ocorre
depois da sua constituição pelo lançamento (art. 156, IV do Código
Tributário Nacional).
• Anistia – abrange exclusivamente as infrações cometidas
anteriormente à vigência da lei que a concede, sendo modalidade de
exclusão do respectivo crédito tributário, portanto, ocorre antes da
sua constituição, impedindo o lançamento, mas alcança apenas a
aplicação da penalidade pecuniária e não a obrigação de pagamento
do tributo (arts. 175, II e 180 do CTN).
Contribuição do segurado
Contribuição dos segurados empregados
• Contribuição do segurado empregado, inclusive o doméstico e do trabalhador
avulso – calculada mediante a aplicação da correspondente alíquota – 8%, 9% ou
11% - a depender do valor da remuneração.
• Contribuição do segurado rural – quando contratado por produtor rural pessoa
física, para o exercício de atividades de natureza temporária por prazo não superior a
dois meses dentro do período de um ano, na forma do art. 14-A da Lei 5.889/73 é do
respectivo salário de contribuição – 8%.
E quando o empregado possuir mais 
de um vínculo?
• Neste caso, o segurado empregado, inclusive o doméstico, que possui mais de um
vínculo deverá comunicar a todos os empregadores, mensalmente, a remuneração
recebida até o limite máximo do salário de contribuição, envolvendo todos os
vínculos, a fim de que o empregador possa apurar corretamente o salário de
contribuição sobre o qual deve incidir a contribuição social previdenciária do
segurado, bem como a alíquota a ser aplicada – Instrução Normativa RFB 971/2009
art. 64).
Contribuição do segurado 
contribuinte individual e facultativo
• Alíquota de contribuição é de 20% sobre o respectivo 
salário de contribuição. 
Lei 8.212/91
• Art. 21. A alíquota de contribuição dos segurados contribuinte individual e facultativo será de vinte por cento sobre o
respectivo salário-de-contribuição. (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999).
•
§ 2o No caso de opção pela exclusão do direito ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, a alíquota de
contribuição incidente sobre o limite mínimo mensal do salário de contribuição será de: (Redação dada pela Lei nº 12.470, de
2011)
• I - 11% (onze por cento), no casodo segurado contribuinte individual, ressalvado o disposto no inciso II, que trabalhe por
conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou equiparado e do segurado facultativo, observado o disposto na alínea
b do inciso II deste parágrafo; (Incluído pela Lei nº 12.470, de 2011)
• II - 5% (cinco por cento): (Incluído pela Lei nº 12.470, de 2011)
• a) no caso do microempreendedor individual, de que trata o art. 18-A da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de
2006; e (Incluído pela Lei nº 12.470, de 2011) (Produção de efeito)
• b) do segurado facultativo sem renda própria que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua
residência, desde que pertencente a família de baixa renda. (Incluído pela Lei nº 12.470, de 2011)
Referências Bibliográficas 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos
https://www.jusbrasil.com.br/topicos
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/654265/artigo-195-da-constituicao-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11339474/artigo-21-da-lei-n-8212-de-24-de-julho-de-1991
Regime Geral da Previdência 
Social – Parte I
Profª Christiane 
PassosPROF
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ROTEIRO
• 1. Conceito
• 2. Disciplina constitucional
• 3. Benefícios da Previdência Social:
• 3.1 coberturas;
• 3.2 beneficiários: segurados
• 3.2.1 contribuintes individuais;
• 3.2.2 segurados domésticos;
• 3.2.3 segurados especiais.
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http://wirnalves.blogspot.com/2010/08/os-acordos-internacionais-de.html
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Conceito
Regime público – previdência social, de caráter obrigatório, para
os segurados da iniciativa privada, portanto, que não sejam
submetidos à disciplina legal própria, como é o caso dos
servidores públicos civis e militares.
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de
regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória,
observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e
atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: (Constituição Federal
1988, redação dada pela E.C. 20/15.12.1998
Regimes previdenciários
Regime Público Obrigatório:
Regime Geral da Previdência
Social (RGPS)
Regime Próprio dos Servidores
Públicos civis
Regime Próprio dos Servidores
Militares
Regime Privado Facultativo:
Previdência complementar (art. 202
C.F./1988)
Art. 202. O regime de previdência
privada, de caráter complementar e
organizado de forma autônoma em
relação ao regime geral de previdência
social, será facultativo, baseado na
constituição de reservas que garantam o
benefício contratado, e regulado por lei
complementar. (Constituição Federal
1988)
Coberturas
• Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime
geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios
que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da
lei, a:
• I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade
avançada;
• II - proteção à maternidade, especialmente à gestante;
• III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego
involuntário;
• IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos
segurados de baixa renda;
• V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao
cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º.
Disciplina constitucional
• A Constituição Federal estabelece outras diretrizes que o legislador ordinário e a Administração
devem seguir para bem conduzir os rumos do RGPS.
• Proibição de adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria no
RGPS (art. 201, § 1º CF)
• Art. 201 – omissis
• § 1º É vedada a adoção de requisites ou critérios diferenciados para concessão de benefícios,
ressalvada, nos termos de lei complementar, a possibilidade de previsão de idade e tempo de
contribuição distintos da regra geral para concessão de aposentadoria exclusivamente em favor dos
segurados. (EMENDA CONSTITUCIONAL 103/2019)
Disciplina 
constitucional
• Renda mensal nunca inferior ao salário mínimo
(art. 201, § 2º C.F.)
• Art. 201 – omissis
• § 2º Nenhum benefício que substitua o salário
de contribuição ou o rendimento do trabalho do
segurado terá valor mensal inferior ao salário
mínimo.
Disciplina constitucional
• Correção de todos os salários de contribuição utilizados para o cálculo de
renda mensal do benefício
• O salário contribuição é a base de cálculo das contribuições previdenciárias do
segurado. (art. 201, § 3º CF)
• IMPORTANTE: não importa o valor da contribuição paga. O importante para o
cálculo da renda mensal inicial do benefício previdenciário é o valor da base de
cálculo da contribuição do segurado, isto é, do salário de contribuição.
Disciplina constitucional
• Art. 201 – omissis
• § 3º Todos os salários de contribuição
considerados para o cálculo de benefício serão
devidamente atualizados, na forma da lei.
• TODOS OS SALÁRIOS DE CONTRIBUIÇÃO QUE O
SEGURADO PAGOU SERÃO CORRIGIDOS
MONETARIAMENTE ATÉ A DATA DO CÁLCULO,
NA FORMA DA LEI.
Disciplina constitucional
• Preservação do valor real dos benefícios. (art. 201, § 4º CF)
• O benefício previdenciário se destina a substituir os
rendimentos do segurado para que possa manter seu sustento
e de sua família. A ideia é de manter o poder de compra da
renda mensal inicial deve durar enquanto durar a cobertura
previdenciária não podendo estar sujeito à desvalorização da
moeda.
• REAJUSTES DO VALOR DA RENDA MENSAL
Disciplina 
constitucional
• STF: tem firmado o entendimento de que o
reajuste de benefícios previdenciários está
sujeito ao que for disposto em lei ordinária. A
preservação do valor real impõe que a
irredutibilidade seja apenas nominal. Existindo
inflação, o índice de reajuste aplicado pode não
recompor a real perda do poder aquisitivo do
segurado ou dependente.
Disciplina 
constitucional
• “(...) A norma inscrita no art. 20, inciso I, da Lei
8.880/94 – que determinou a conversão, em
URV, dos benefícios mantidos pela Previdência
Social, com base na média do valor nominal
vigente nos meses de novembro e dezembro de
1993 e de janeiro e fevereiro de 1994 – não
transgride os postulados constitucional da
irredutibilidade do valor dos benefícios
previdenciários (CF, art. 194, parágrafo único,
n.IV) e da intangibilidade do direito adquirido
(CF, art. 5º, XXXVI). Precedente: RE 313.382/SC
(Pleno).
Disciplina constitucional
• “(...) A manutenção, em bases permanentes, do valor real dos
benefícios previdenciários tem, no próprio legislador – e neste,
apenas – o sujeito concretizante das cláusulas fundadas no art.
194, parágrafo único, n. IV, e no art. 201, § 4º (na redação dada
pela EC 20/98), ambos da Constituição da República, pois o
reajustamento de tais benefícios, para adequar-se à exigência
constitucional de preservação de seu quantum, deverá
conformar-se aos critérios exclusivamente definidos em lei. O
sistema instituído pela Lei n. 8.880/94, ao dispor sobre o reajuste
quadrimestral dos benefícios mantidos pela Previdência Social,
não vulnerou a exigência de preservação do valor real de tais
benefícios, eis que a noção de valor real – por derivar da estrita
observância dos ‘critérios definidos em lei’ (CF, art. 201, § 4º, in
fine) – traduz conceito eminentemente normativo, considerada a
prevalência, na matéria do princípio da reserva de lei (...)”
Disciplina constitucional
• Vedação de filiação ao RGPS, na qualidade de
segurado facultativo, de pessoa filiada a regime
próprio de previdência social. (art. 201, § 5º )
• Antes da Emenda Constitucional 20/15.12.1998
era permitido ao funcionário público a filiação
como segurado facultativo no RGPS, contudo
houve a proibição no parágrafo 5º dessa
possibilidade.
Disciplina constitucional
• Art. 201 – omissis
• § 5º É vedada a filiação ao regime geral de
previdência social, na qualidade de seguradofacultativo, de pessoa participante de regime
próprio de previdência.
Disciplina constitucional
GRATIFICAÇÃO NATALINA PARA 
APOSENTADORIA E PENSIONISTAS. 
(ART. 201, § 6º)
A CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
DISCIPLINA QUE AOS 
APOSENTADOS E PENSIONISTAS DO 
RGPS O PAGAMENTO DE 
GRATIFICAÇÃO NATALINA, QUE 
TERÁ POR BASE OS PROVENTOS DO 
MÊS DE DEZEMBRO DE CADA ANO.
STF – NORMA AUTOAPLICÁVEL “(...) A GRATIFICAÇÃO NATALINA 
DOS APOSENTADOS E 
PENSIONISTAS, EQUIVALENTE AOS 
PROVENTOS DO MÊS DE 
DEZEMBRO, PREVISTA NO ART. 
201, § 6º, DA CONSTITUIÇÃO 
FEDERAL, REVELA GARANTIA DE 
APLICABILIDADE DIRETA E 
IMEDIATA (...)” (RE 206.074/SP, 
REL. MIN. ILMAR GALVÃO, DJ. 
28.02.1997, P. 4081)
Segurados
Segurados – Pessoas físicas
Obrigatórios Facultativos 
Princípios da 
Previdência 
Social
• Princípio da filiação obrigatória: (art. 201, CRFB/88)
refere-se a compulsoriedade da contribuição, ou seja,
todo trabalhador devidamente segurado será amparado
pelo regime desde que não esteja fazendo parte de outro
regime previdenciário.
• Princípio do caráter contributivo: Constituição
Federal de 1988 (art. 40 e art. 201), os quais dizem que
independentemente do regime ao qual o segurado seja
filiado o caráter deverá ser contributivo. Igualmente,
todos aqueles que recebem remuneração no mercado
formal são segurados de forma compulsória da
Previdência Social. Portanto este segurado terá direitos
previdenciários na medida das suas contribuições, caso
contrário este poderá arcar com os mais diversos
indeferimentos previdenciários realizados pelo INSS.
• Princípio do mutualismo: todos contribuem para os
beneficiários da previdência social.
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/1160355/artigo-201-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
Princípios da 
Previdência 
Social
Princípio do equilíbrio financeiro e atuarial: explícito
no texto constitucional (art. 201) após a introdução da
Emenda Constitucional nº 20/98. A ideia deste princípio
é justamente manter afinidade entre os benefícios e o
custeio do sistema, com a observância de que a
Previdência Social trabalhe com superávit com base na
expectativa de vida da população.
Princípio da garantia do benefício mínimo: através
deste princípio tentou-se fazer com que o trabalhador
possa ter garantido o direito a uma renda mínima, a qual
possa atender às necessidades deste e da sua família.
Por esta razão a Constituição Federal de 1988 diz que
nenhum benefício que substitua o salário de
contribuição poderá ter valor mensal inferior ao salário
mínimo (Art. 201, § 2º, CRFB/88).
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/103849/emenda-constitucional-20-98
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/1160355/artigo-201-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10652112/par%C3%A1grafo-2-artigo-201-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
Princípios da 
Previdência 
Social
• Princípio da correção monetária dos salários de
contribuição: este princípio encontra respaldo no
artigo 201, § 3º, CRFB/88, o qual diz que os salários de
contribuição considerados no cálculo do benefício sejam
corrigidos monetariamente. Para o legislador ordinário, a
média dos salários de contribuição deve sempre estar em
consonância com o cálculo do benefício previdenciário,
bem como é necessário adotar um cálculo que faça a
correção nominalmente da base de cálculo do sistema
previdenciário. (CASTRO e LAZZARI, 2008, p. 107).
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/1160355/artigo-201-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10652070/par%C3%A1grafo-3-artigo-201-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
Princípios da 
Previdência 
Social
• Princípio da preservação real do
benefício: de acordo com os critérios
devidamente definidos em Lei, este
princípio quer dizer exatamente que os
valores dos benefícios devem manter o
valor real. Como preconiza o art. 201, §
4º, CRFB/88 quando diz que “Assegurado
o reajustamento dos benefícios para
preservar-lhes, em caráter permanente, o
valor real, conforme critérios definidos
em lei”.
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/1160355/artigo-201-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10652018/par%C3%A1grafo-4-artigo-201-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
Princípios da Previdência Social
• Princípio da indisponibilidade dos direitos dos benefícios: através deste
princípio é que se garante uma maior segurança jurídica aos benefícios
(garantindo efetivamente os direitos adquiridos pelo trabalhador), uma vez que o
entendimento é que os benefícios previdenciários devem ser preservados sem
que sofram sanções tais como penhora ou sequestro, impedindo também que
haja qualquer desconto indevido, uma das poucas exceções é a que trata o
artigo 115 da Lei 8.213/91, quando permite que nos casos de empréstimos
consignados os descontos são autorizados pela Previdência Social desde que não
ultrapassem a margem de 30% do valor do benefício.
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11343204/artigo-115-da-lei-n-8213-de-24-de-julho-de-1991
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104108/lei-de-benef%C3%ADcios-da-previd%C3%AAncia-social-lei-8213-91
Plano de 
Benefícios da 
Previdência 
Social
• Lei 8.213 de 24.07.1991 – publicada em
27.07.1991 – instituiu o PLANO DE BENEFÍCIOS
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL (RBPS)
• Regulamentada atualmente pelo Decreto nº
3.048 de 06.05.1999
• O Plano de Benefícios da Previdência Social
disciplina a relação jurídica entre segurados,
dependentes e previdência social, sob a ótica
dos benefícios e serviços.
Plano de Benefícios 
da Previdência Social
• Finalidade e princípios básicos – Lei
8.213/1991
• Art. 1º A Previdência Social, mediante
contribuição, tem por fim assegurar aos
seus beneficiários meios indispensáveis
de manutenção, por motivo de
incapacidade, desemprego involuntário,
idade avançada, tempo de serviço,
encargos familiares e prisão ou morte
daqueles de quem dependiam
economicamente.
Plano de 
Benefícios da 
Previdência 
Social
• Conselho Nacional de Previdência Social
(CNPS) – art. 3º da Lei 8.213/1991
• Órgão colegiado que possui a atribuição de
concretizar a gestão democrática e
descentralizada – art. 194, VII C.F./1988.
Plano de 
Benefícios da 
Previdência 
Social
• Art. 194. A seguridade social compreende um
conjunto integrado de ações de iniciativa dos
Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a
assegurar os direitos relativos à saúde, à
previdência e à assistência social.
• ...
• VII - caráter democrático e descentralizado
da administração, mediante gestão
quadripartite, com participação dos
trabalhadores, dos empregadores, dos
aposentados e do Governo nos órgãos
colegiados. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998).
Plano de 
Benefícios da 
Previdência 
Social
• Por se tratar de um órgão colegiado os
membros serão nomeados pelo Presidente da
República
• Composição: (art. 3º, I e II RGPS) – 6
representantes do Governo Federal e 9
representantes da sociedade civil, sendo 3
representantes de aposentados e pensionistas,3 representantes dos trabalhadores em
atividade e 3 representantes dos empregadores.
Plano de Benefícios da 
Previdência Social
• Competência: (art. 4º PBPS) – estabelecer
diretrizes gerais e apreciação das decisões
políticas aplicáveis à Previdência Social,
participação, acompanhamento e avaliação da
gestão previdenciária, apreciação e aprovação
das propostas orçamentárias da Previdência
Social, antes de sua consolidação na proposta
orçamentária de Seguridade Social, apreciação
da aplicação da legislação previdenciária,
apreciação da prestação anual de contas feita
ao TCU, podendo, se necessário, contratar
auditoria externa.
Plano de 
Benefícios da 
Previdência 
Social
• Princípio da publicidade dos atos
administrativos – decisões do CNPS devem ser
publicadas no Diário Oficial da União.
• OUVIDORIA GERAL – art. 6º RGPS – atribuições
a serem definidas no regulamento –
atendimento ao segurado e dependentes.
Cobertura do 
Plano de 
Benefícios
• Art. 18 RGPS – coberturas e contingências
• Segurados: aposentadoria por invalidez,
aposentadoria por idade, aposentadoria por
tempo de contribuição, aposentadoria especial,
auxílio-doença, salário-família, salário-
maternidade, auxílio-acidente.
• Dependente: pensão por morte, auxílio-
reclusão.
• Segurado e dependente: serviço social,
reabilitação profissional.
Cobertura do Plano de Benefícios
Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes
prestações, devidas inclusive em razão de eventos decorrentes de acidente do
trabalho, expressas em benefícios e serviços:
I - quanto ao segurado:
a) aposentadoria por invalidez;
b) aposentadoria por idade;
c) aposentadoria por tempo de serviço;
c) aposentadoria por tempo de contribuição;
d) aposentadoria especial;
e) auxílio-doença;
f) salário-família;
g) salário-maternidade;
h) auxílio-acidente;
i) abono de permanência em serviço;
sional.
Cobertura do Plano de Benefícios
Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes
prestações, devidas inclusive em razão de eventos decorrentes de acidente do
trabalho, expressas em benefícios e serviços:
II - quanto ao dependente:
a) pensão por morte;
b) auxílio-reclusão;
III - quanto ao segurado e dependente:
a) pecúlios;
b) serviço social;
c) reabilitação profissional.
Art. 25. O Regime Geral de Previdência Social compreende as
seguintes prestações, expressas em benefícios e serviços:
I - quanto ao segurado:
a) aposentadoria por incapacidade permanente;
b) aposentadoria programada;
c) aposentadoria por idade do trabalhador rural;
d) aposentadoria especial;
e) auxílio por incapacidade temporária;
f) salário-família;
g) salário-maternidade; e
h) auxílio-acidente;
II - quanto ao dependente:
a) pensão por morte; e
b) auxílio-reclusão; e
III - quanto ao segurado e dependente: reabilitação
profissional. (RPS)
Beneficiários da Previdência Social
• Segurados e dependentes são sujeitos ativos da relação jurídica em que o
objeto será o recebimento de prestação de natureza previdenciária.
• Diferente a relação jurídica do segurado e do dependente em relação à
Previdência social.
• Segurado: relação que se inicia no momento do seu ingresso no sistema,
estendendo-se até enquanto estiver filiado.
• Dependente: somente se formaliza se não houver mais a possibilidade de
se instalar a relação jurídica com o segurado não havendo cobertura
concomitante para o segurado e dependente.
Beneficiários da Previdência Social
Dos segurados: como a seguridade social
possui características de seguro, a
denominação para os trabalhadores que
se inscrevem no sistema é de “segurado”.
Conceito: são pessoas físicas que
contribuem para o regime a previdência
social e por isso têm o direito a
prestações – benefícios ou serviço – de
natureza previdenciária. São sujeitos
ativos da relação jurídica previdenciária,
quando o objeto for benefício ou serviço
de natureza previdenciária. Com relação
ao custeio será sujeito passivo.
Beneficiários 
da 
Previdência 
Social Pessoas física
Segurados
Facultativos Obrigatórios
Beneficiários 
da Previdência 
Social
• Aquisição da qualidade se segurado: filiação e inscrição
• Marco inicial: estabelecido a partir do vínculo que se
estabelece entre o segurado e a Previdência Social,
constituindo uma relação jurídica da qual decorrem direitos
e obrigações para ambas as partes.
• Segurado especial: art. 17, § 4º da Lei 8.213/1991 –
inscrição do segurado especial será feita de forma a vinculá-
lo ao ser respectivo grupo familiar e conterá, além das
informações pessoais, a identificação da propriedade em
que desenvolve a atividade e a que título, se nela reside ou o
Município onde reside e, quando for o caso, a identificação e
a inscrição da pessoa responsável pela unidade familiar. Caso
não seja o proprietário ou dono do imóvel rural em que
desenvolver a atividade, no ato da inscrição deverá
informar, conforme o caso, o nome do parceiro ou meeiro
outorgante, arrendador, comodante ou assemelhado. (§
5º).
Beneficiários da Previdência Social
Início 
de 
relação 
jurídica 
com o 
INSS
Filiação
Automática, com 
registro em CTPS
Empregados 
e/ou a eles 
equiparados.
Segurados individuais, 
especiais e facultativos.
Inscrição
Ato 
formal
Segurados da 
Previdência Social
Decreto 3.048/1999
Art. 9º São segurados obrigatórios
da previdência social as seguintes
pessoas físicas:
Omissis
§ 12. O exercício de atividade
remunerada sujeita a filiação
obrigatória ao Regime Geral de
Previdência Social.
Beneficiários 
da Previdência 
Social
• Segurados obrigatórios: estão enumerados no art.
11 do PBPS e no art. 12 do PCSS. Serão segurados
obrigatórios todos os que exercem atividade
remunerada, de natureza urbana ou rural, com ou
sem vínculo empregatício: empregado, empregado
doméstico, contribuinte individual, trabalhador
avulso e segurado especial.
• Características e especificidades:
• art. 9º, § 12 do RPS - Atividade remunerada sujeita
a filiação obrigatória ao RGPS – todos aqueles que
exercem atividade econômica, em qualquer
modalidade, devem contribuir para o custeio da
previdência social e será segurado.
Beneficiários 
da Previdência 
Social
• Art. 11, § 2º PBPS - Atividades concomitantes: sujeita o
segurado à filiação obrigatória em cada uma delas. Nessa
situação contribuirá com a previdência em todas as
atividades.
• Art. 11, § 3º PBPS - Atividade por aposentado do RGPS:
caso o segurado volte a exercer atividade abrangida pelo
RGPS, será segurado obrigatório em relação a essa
atividade, e, portanto, pagará a contribuição
previdenciária respectiva.
• Art. 11, § 4º PBPS - Dirigente sindical: enquanto estiver
no exercício do mandado efetivo, manterá o mesmo
enquadramento no RGPS que possuía antes da
investidura.
Segurados da 
Previdência 
Social
Art. 11, § 5º PBPS - Servidor civil: ocupante de cargo
efetivo ou o militar da União, dos Estados, do Distrito
Federal ou dos Municípios, incluindo-se autarquias e
fundações, somente estarão excluídos do RGPS desde que
amparados por regime próprio de previdência social (Lei
8.213/1991, art. 12 e art. 10 do RPS)
Advogados nomeados pelo Presidente da República para
compor o Tribunal Superior Eleitoral e os Tribunais
Regionais Eleitorais: mantêm o mesmo enquadramento no
RGPS de antes da investidura no cargo (art. 119, II e art.
120, § 1º, III da C.F./1988; art. 9º, § 11 do RGPS).
Regime próprio de previdência é considerado aquele que
assegura pelo menos as aposentadorias e pensão por
morte previstas no art. 40 da C.F. (definição dada pelo 10,
§ 3º do RPS).
Segurados da 
Previdência 
Social
Segurado empregado – art. 11, I a a j da Lei 8.213/1991 e no art. 12, 
I a a j da Lei 8.212/1991. 
Conceito: empregado é aquele que presta serviço de natureza urbana 
ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e 
mediante contribuição, inclusive como diretor empregado.
Empregado rural – art. 2º da Lei 5.889/08.06.1973
Empregado doméstico – art. 1º Lei Complementar 150/01º.06.2015
Empregado intermitente– art. 443, § 3º da CLT
Empregado em teletrabalho – art. 75-B da CLT
Segurados da 
Previdência 
Social
• Para fins previdenciários, a jurisprudência tem qualificado
como “segurados empregados”: Boias-frias.
• Trabalhador temporário – Lei 6.019/03.01.1974 alterada
pela Lei 13.429/31.03.2017.
• Brasileiro ou estrangeiro – domiciliado e contratado no
Brasil para trabalhar como empregado em sucursal ou
agência de empresa nacional no exterior.
• Missão diplomática ou à repartição consular de carreira
estrangeira e a órgãos a ela subordinados – excluídos os
estrangeiros sem residência permanente no Brasil e os
brasileiros amparados por legislação previdenciária do
país da respectiva missão diplomática ou repartição
consular.
Segurados da 
Previdência 
Social
• Brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em
organismos oficiais brasileiros ou internacionais dos quais
o Brasil seja membro efetivo – salvo se segurado na forma
da legislação vigente do país de domicílio.
• Brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil
para trabalhar como empregado em empresa domiciliada
no exterior, cuja a maioria do capital votante pertença a
empresa brasileira de capital nacional.
• Servidor público ocupante de cargo em comissão, sem
vínculo efetivo – Emenda Constitucional 41/2003 que
modificou o art. 40 da C.F. – somente os servidores titulares
de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, inclusive autarquias e fundações, têm
garantia a regime próprio de previdência social, de caráter
contributivo e solidário, mediante contribuição para o
custeio.
Segurados da 
Previdência Social
• ATENÇÃO: os servidores titulares de cargos em
comissão e que não sejam titulares de cargos
efetivos, desde a E.C. 20/1998 estão excluídos do
regime próprio de previdência dos servidores
públicos. Por esse motivo o legislador colocou os
titulares de cargos em comissão sem cargo efetivo
no rol de segurados obrigatórios como
empregados.
Segurados da Previdência Social
• Houve uma discussão quanto à constitucionalidade da inclusão
desses servidores ao RGPS. Nos autos da ADIn 2.024 MC/DF,
Relator Ministro Sepúlvida Pertence, DJ 1º.12. 2000, p. 70, o STF
decidiu pela constitucionalidade da referida inclusão de tais
servidores como segurados obrigatórios do RGPS.
• Art. 11, § 5º, g da Lei 8.213/1991 incluiu no rol de segurados
obrigatórios, como empregados, os ocupantes dos cargos de
Ministro de Estado, Secretário Estadual, Distrital ou Municipal,
sem vínculo efetivo com a União, Estados, Municípios e Distrito
Federal. (Lei 9.876/1999)
Segurados da 
Previdência 
Social
• Exercente de mandato eletivo federal, estadual
ou municipal – desde que não vinculados a
regime próprio de previdência.
• Art. 12 alíneas h da Lei 8.212/1991 resultante
da Lei 9.506/1997 foi considerada
inconstitucional pelo STF RE 351.717/PR,
Relator Ministro Carlos Velloso, refletindo
também na alínea h do art. 11, I da Lei
8.213/1991 (incluída pela Lei 10.887/2004 em
cumprimento às disposição da E.C. 41/2003).
• Contudo, o STF entendeu que a Lei 9.506/1997
contrariou o disposto no art. 195,II e §4º da C.F.,
na redação anterior à E.C. 20/1998.
Segurados da 
Previdência 
Social
• Art. 195, II CF – redação original – se referida à
contribuição dos trabalhadores, o que, no
entendimento do STF, era expressão que não
abrangia o exercente de mandato eletivo. Somente
uma lei complementar poderia instituir nova fonte
de custeio da seguridade social.
• A partir da E.C. 41/2003 foi editada a Lei
10.887/2004 que introduziu a alínea j, e com isso, os
servidores titulares de cargo exclusivamente em
comissão, em vínculo efetivo com a Administração,
passaram a ser segurados obrigatórios do RGPS, na
qualidade de segurados empregados, pagando a
respectiva contribuição previdenciária.
Segurados da Previdência Social
• Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes
pessoas físicas: (Redação dada pela Lei nº 8.647, de 1993)
• I - como empregado: (Redação dada pela Lei nº 8.647, de 1993)
• ...
• h) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal,
desde que não vinculado a regime próprio de previdência social ;
(Incluída pela Lei nº 9.506, de 1997)
• ...
• j) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde
que não vinculado a regime próprio de previdência social; (Incluído pela
Lei nº 10.887, de 2004)
Segurados da 
Previdência Social
• Empregado de organismo oficial
internacional ou estrangeiro em
funcionamento no Brasil, salvo
quando coberto por regime próprio de
previdência social
Segurados da 
Previdência 
Social
Segurado empregado doméstico – art. 11, II da Lei 
8.213/1991
Conceito: aquele que presta serviço de natureza
contínua a pessoa ou família, no âmbito residencial
desta, em atividade sem fins lucrativos (art. 11, II
PBPS).
Conceito: aquele que presta serviços de forma
contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de
finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no
âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias
por semana (Lei Complementar 150/1º.06.2015).
Segurados da Previdência Social
• Empregados domésticos: envolvem diversas atividades –
governantas, copeiros, mordomos, cozinheiros, jardineiros,
motoristas particulares dos membros da família, caseiro de sítio,
babá, cuidadores etc. Vedado trabalho doméstico a menores de
18 anos (art. 1º, parágrafo único da Lei Complementar
150/2015).
• Caso a atividade possua finalidade lucrativa, ficará
descaracterizada a natureza doméstica do serviço prestado. E
ainda, caso a atividade não seja contínua também estará
descaracterizada a natureza doméstica.
:
• Art. 9º São segurados obrigatórios da previdência social as seguintes pessoas físicas:
• I - como empregado:
• a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural a empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante
remuneração, inclusive como diretor empregado;
• b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, na forma prevista em legislação específica, por prazo não
superior a cento e oitenta dias, consecutivos ou não, prorrogável por até noventa dias, presta serviço para atender a
necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviço de outras
empresas; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
• c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado no exterior, em sucursal ou
agência de empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sede e administração no País;
• d) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa domiciliada no
exterior com maioria do capital votante pertencente a empresa constituída sob as leis brasileiras, que tenha sede e
administração no País e cujo controle efetivo esteja em caráter permanente sob a titularidade direta ou indireta de pessoas
físicas domiciliadas e residentes no País ou de entidade de direito público interno;
• e) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos a elas
subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, excluídos o não-brasileiro sem residência permanente no Brasil e
o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular;
• f) o brasileiro civil que trabalha para a União no exterior, em organismos oficiais internacionais dos quais o Brasil seja membro
efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se amparado por regime próprio de previdência social;
• g) o brasileiro civil que presta serviços à União no exterior, em repartições governamentais brasileiras, lá domiciliado e contratado,
inclusive o auxiliar local de que tratam os arts. 56 e 57 da Lei no 11.440, de 29 de dezembro de 2006, este desde que, em razão de
proibição legal, não possa filiar-se ao sistema previdenciário local;• h) o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa, em desacordo com a Lei no 11.788, de 25 de setembro de 2008;
• i) o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas autarquias e fundações, ocupante, exclusivamente, de
cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
• j) o servidor do Estado, Distrito Federal ou Município, bem como o das respectivas autarquias e fundações, ocupante de cargo efetivo,
desde que, nessa qualidade, não esteja amparado por regime próprio de previdência social;
• l) o servidor contratado pela União, Estado, Distrito Federal ou Município, bem como pelas respectivas autarquias e fundações, por
tempo determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, nos termos do inciso IX do art. 37 da
Constituição Federal ;
• m) o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas autarquias e fundações, ocupante de emprego público;
• n) o servidor civil ocupante de cargo efetivo ou o militar da União, Estado, Distrito Federal ou Município, bem como o das respectivas
autarquias e fundações, amparados por regime próprio de previdência social, quando requisitados para outro órgão ou entidade cujo
regime previdenciário não permita filiação nessa condição, relativamente à remuneração recebida do órgão requisitante ;
• o) o escrevente e o auxiliar contratados por titular de serviços notariais e de registro a partir de 21 de novembro de 1994, bem como
aquele que optou pelo Regime Geral de Previdência Social, em conformidade com a Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994; e
• p) aquele em exercício de mandato eletivo federal, estadual, distrital ou municipal, desde que não
seja vinculado a regime próprio de previdência social; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de
2020).
• q) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil,
salvo quando coberto por regime próprio de previdência social; (Incluída pelo Decreto nº 3.265, de
1999))
• r) o trabalhador rural contratado por produtor rural pessoa física, na forma do art. 14-A da Lei no
5.889, de 8 de junho de 1973, para o exercício de atividades de natureza temporária por prazo não
superior a dois meses dentro do período de um ano; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
• s) aquele contratado como trabalhador intermitente para a prestação de serviços, com
subordinação, de forma não contínua, com alternância de períodos de prestação de serviços e de
inatividade, em conformidade com o disposto no § 3º do art. 443 da Consolidação das Leis do
Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943; (Incluído pelo Decreto nº
10.410, de 2020).
• II - como empregado doméstico - aquele que presta serviço de forma contínua, subordinada,
onerosa e pessoal a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins
lucrativos, por mais de dois dias por semana;
• V - como contribuinte individual:
• a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em
caráter permanente ou temporário, em área, contínua ou descontínua, superior a quatro módulos
fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a quatro módulos fiscais ou atividade pesqueira ou
extrativista, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos; ou ainda nas hipóteses
dos §§ 8o e 23 deste artigo; (Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
• b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral - garimpo -, em
caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem o
auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua; (Redação
dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
• c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem
religiosa; (Redação dada pelo Decreto nº 4.079, de 2002)
• d) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo,
ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social; (Redação
dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
• e) desde que receba remuneração decorrente de trabalho na empresa: (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de
2020).
• 1. o empresário individual e o titular de empresa individual de responsabilidade limitada, urbana ou rural; (Incluído
pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
• 2. o diretor não empregado e o membro de conselho de administração de sociedade anônima; (Incluído pelo
Decreto nº 10.410, de 2020).
• 3. o sócio de sociedade em nome coletivo; e (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
• 4. o sócio solidário, o sócio gerente, o sócio cotista e o administrador, quanto a este último, quando não for
empregado em sociedade limitada, urbana ou rural; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
• i) o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer
natureza ou finalidade, bem como o síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção
condominial, desde que recebam remuneração; (Incluída pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
• j) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas,
sem relação de emprego; (Incluída pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
• l) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins
lucrativos ou não; (Incluída pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
• m) o aposentado de qualquer regime previdenciário nomeado magistrado classista temporário da
Justiça do Trabalho, na forma dos incisos II do § 1º do art. 111 ou III do art. 115 ou do parágrafo único
do art. 116 da Constituição Federal, ou nomeado magistrado da Justiça Eleitoral, na forma dos incisos
II do art. 119 ou III do § 1º do art. 120 da Constituição Federal ; (Incluída pelo Decreto nº 3.265, de
1999)
• n) o cooperado de cooperativa de produção que, nesta condição, presta serviço à sociedade
cooperativa mediante remuneração ajustada ao trabalho executado; e (Incluída pelo Decreto nº 4.032,
de 2001)
• p) o Micro Empreendedor Individual - MEI de que tratam os arts. 18-A e 18-C da Lei
Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, que opte pelo recolhimento dos
impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais;
(Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
• q) o médico participante do Projeto Mais Médicos para o Brasil, instituído pela Lei nº
12.871, de 22 de outubro de 2013, exceto na hipótese de cobertura securitária específica
estabelecida por organismo internacional ou filiação a regime de seguridade social em
seu país de origem, com o qual a República Federativa do Brasil mantenha acordo de
seguridade social; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
• r) o médico em curso de formação no âmbito do Programa Médicos pelo Brasil, instituído
pela Lei nº 13.958, de 18 de dezembro de 2019; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de
2020).
• VI - como trabalhador avulso - aquele que:
• a) sindicalizado ou não, preste serviço de natureza urbana ou rural a diversas empresas, ou equiparados, sem vínculo 
empregatício, com intermediação obrigatória do órgão gestor de mão de obra, nos termos do disposto na Lei nº 12.815, de 5 de 
junho de 2013, ou do sindicato da categoria, assim considerados: (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
• 1. o trabalhador que exerça atividade portuária de capatazia, estiva, conferência e conserto de carga e vigilância de 
embarcação e bloco; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
• 2. o trabalhador de estiva de mercadorias de qualquer natureza, inclusive carvão e minério; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de
2020).
• 3. o trabalhador em alvarenga (embarcação para carga e descarga de navios); (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
• 4. o amarrador de embarcação; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
• 5. o ensacador de café,cacau, sal e similares; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
• 6. o trabalhador na indústria de extração de sal; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
• 7. o carregador de bagagem em porto; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
• 8. o prático de barra em porto; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
• 9. o guindasteiro; e (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
• 10. o classificador, o movimentador e o empacotador de mercadorias em portos; e (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
• b) exerça atividade de movimentação de mercadorias em geral, nos termos do disposto na Lei nº
12.023, de 27 de agosto de 2009, em áreas urbanas ou rurais, sem vínculo empregatício, com
intermediação obrigatória do sindicato da categoria, por meio de acordo ou convenção coletiva de
trabalho, nas atividades de: (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
• 1. cargas e descargas de mercadorias a granel e ensacados, costura, pesagem, embalagem,
enlonamento, ensaque, arrasto, posicionamento, acomodação, reordenamento, reparação de
carga, amostragem, arrumação, remoção, classificação, empilhamento, transporte com
empilhadeiras, paletização, ova e desova de vagões, carga e descarga em feiras livres e
abastecimento de lenha em secadores e caldeiras; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
• 2. operação de equipamentos de carga e descarga; e (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
• 3. pré-limpeza e limpeza em locais necessários às operações ou à sua continuidade; (Incluído pelo
Decreto nº 10.410, de 2020).
• VII - como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano
ou rural próximo que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio
eventual de terceiros, na condição de: (Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
• a) produtor, seja ele proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro
outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade: (Incluído pelo Decreto nº
6.722, de 2008).
• 1. agropecuária em área contínua ou não de até quatro módulos fiscais; ou (Incluído pelo Decreto
nº 6.722, de 2008).
• 2. de seringueiro ou extrativista vegetal na coleta e extração, de modo sustentável, de recursos
naturais renováveis, e faça dessas atividades o principal meio de vida; (Incluído pelo Decreto nº
6.722, de 2008).
• b) pescador artesanal ou a este assemelhado, que faça da pesca profissão habitual ou principal
meio de vida; e (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
• c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de dezesseis anos de idade ou a este equiparado, do
segurado de que tratam as alíneas “a” e “b” deste inciso, que, comprovadamente, tenham participação ativa
nas atividades rurais ou pesqueiras artesanais, respectivamente, do grupo familiar. (Redação dada pelo
Decreto nº 8.499, de 2015)
• § 1º O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social que voltar a exercer atividade abrangida por este
regime é segurado obrigatório em relação a essa atividade, ficando sujeito às contribuições de que trata este
Regulamento.
• § 2º Considera-se diretor empregado aquele que, participando ou não do risco econômico do empreendimento,
seja contratado ou promovido para cargo de direção das sociedades anônimas, mantendo as características
inerentes à relação de emprego.
• § 3º Considera-se diretor não empregado aquele que, participando ou não do risco econômico do
empreendimento, seja eleito, por assembléia geral dos acionistas, para cargo de direção das sociedades
anônimas, não mantendo as características inerentes à relação de emprego.
• § 4º Entende-se por serviço prestado em caráter não eventual aquele relacionado direta ou indiretamente com
as atividades normais da empresa.
• § 5o Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho dos membros da família é indispensável à própria
subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração,
sem a utilização de empregados permanentes. (Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
• § 6º Entende-se como auxílio eventual de terceiros o que é exercido ocasionalmente, em condições de mútua colaboração, não existindo
subordinação nem remuneração.
• § 7º Para efeito do disposto na alínea a do inciso VI do caput, entende-se por:
• I - capatazia - a atividade de movimentação de mercadorias nas instalações dentro do porto, compreendidos o recebimento, a
conferência, o transporte interno, a abertura de volumes para a conferência aduaneira, a manipulação, a arrumação e a entrega e o
carregamento e a descarga de embarcações, quando efetuados por aparelhamento portuário; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de
2020).
• II - estiva - a atividade de movimentação de mercadorias nos conveses ou nos porões das embarcações principais ou auxiliares,
incluindo transbordo, arrumação, peação e despeação, bem como o carregamento e a descarga das mesmas, quando realizados com
equipamentos de bordo;
• III - conferência de carga - a contagem de volumes, anotação de suas características, procedência ou destino, verificação do estado das
mercadorias, assistência à pesagem, conferência do manifesto e demais serviços correlatos, nas operações de carregamento e
descarga de embarcações;
• IV - conserto de carga - o reparo e a restauração das embalagens de mercadoria, nas operações de carregamento e descarga de
embarcações, reembalagem, marcação, remarcação, carimbagem, etiquetagem, abertura de volumes para vistoria e posterior
recomposição;
• V - vigilância de embarcações - a atividade de fiscalização da entrada e saída de pessoas a bordo das embarcações atracadas ou fundeadas ao largo, bem como da
movimentação de mercadorias nos portalós, rampas, porões, conveses, plataformas e em outros locais da embarcação; e
• VI - bloco - a atividade de limpeza e conservação de embarcações mercantes e de seus tanques, incluindo batimento de ferrugem, pintura, reparo de pequena monta e
serviços correlatos.
• § 8o Não é segurado especial o membro de grupo familiar que possuir outra fonte de rendimento, exceto se decorrente de: (Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de
2008).
• I - benefício de pensão por morte, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão, cujo valor não supere o do menor benefício da previdência social; (Redação dada pelo Decreto nº
10.410, de 2020).
• I- A - benefício concedido ao segurado qualificado como segurado especial, independentemente do valor; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
• II - benefício previdenciário pela participação em plano de previdência complementar instituído nos termos do inciso III do § 18 deste artigo; (Redação dada pelo Decreto nº
6.722, de 2008).
• III - exercício de atividade remunerada em período não superior a cento e vinte dias, corridos ou intercalados, no ano civil, observado o disposto no § 22; (Redação dada
pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
• IV - exercício de mandato eletivo de dirigente sindical de organização da categoria de trabalhadores rurais; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
• V - exercício de mandato de vereador do município onde desenvolve a atividade rural, ou de dirigente de cooperativa rural constituída exclusivamente por segurados
especiais, observado o disposto no § 22 deste artigo; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
• VI - parceria ou meação outorgada na forma e condições estabelecidas no inciso I do § 18 deste artigo; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
• VII - atividade artesanal desenvolvida com matéria-prima produzida pelo respectivo grupo familiar, podendo ser utilizada matéria-prima de outra origem, desde que, nesse
caso, a renda mensal obtida na atividade não exceda ao menor benefício de prestação continuada da previdência social; e (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
• VIII - atividade artística, desde que em valor mensal inferior ao menor benefício de prestação continuada da previdência social.(Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
Segurados da 
Previdência 
Social
• Art. 9º São segurados da previdência social
as seguintes pessoas físicas:
• Omissis
• V. como contribuinte individual
• Omissis
• § 15 omissis
• Omissis
• VI. aquele que presta serviço de natureza
não contínua, por conta própria, a pessoa
ou família, no âmbito residencial, sem fins
lucrativos; (Decreto 3.048/1999 – RPS)
Segurados da 
Previdência 
Social
• Segurado contribuinte individual – art. 11, 
V PBPS e art. 12, V PCSS.
• Conceito: trabalhador por conta própria ou 
trabalhador autônomo. São Pessoas físicas 
que trabalham para outras pessoas físicas ou 
jurídicas. 
• Art. 11. São segurados da Previdência Social 
as seguintes pessoas físicas:
• Omissis
• V. como contribuinte individual: (Lei 
8.213/1991)
Segurados da 
Previdência 
Social
• Tipos de segurados contribuintes individuais:
• a) pessoa física, proprietária ou não, que
explora atividade agropecuária a qualquer
título, em caráter permanente ou temporário,
em área superior a 4 módulos fiscais; ou,
quando em área igual ou inferior a 4 módulos
fiscais ou atividade pesqueira, com auxílio de
empregados ou por intermédio de prepostos. A
referência ao módulo rural foi trazida pela Lei
11.718/2008 face a dificuldade existente para
diferenciar o produtor rural contribuinte
individual do produtor rural segurado especial.
Com frequência a jurisprudência faz referência
ao tamanho da propriedade rural na tentativa de
enquadrar corretamente o segurado.
Segurados da 
Previdência Social
• Art. 20 É segurado na categoria de contribuinte
individual, conforme o inciso V do caput do art. 9º
do RPS:
• Omissis
• III. o assemelhado ao pescador que, utilizando ou
não embarcação pesqueira, exerce atividade de
captura ou de extração de elementos animais ou
vegetais, que tenham na água seu meio normal ou
mais frequente de vida, na beira do mar, no rio ou na
lagoa, com auxílio de empregado em número que
exceda à razão de 120 (cento e vinte) pessoas/dia
dentro do ano civil; (INSTRUÇÃO NORMATIVA
INSS/PRES Nº 77, DE 21 DE JANEIRO DE 2015 - DOU
DE 22/01/2015)
Segurados da 
Previdência Social
• b) pessoa física, proprietária ou não,
que explora atividade de extração
mineral – garimpo, em caráter
permanente ou temporário,
diretamente ou por intermédio de
prepostos, com ou sem auxílio de
empregados, utilizados a qualquer
título, ainda que de forma não
contínua.
• O garimpeiro era enquadrado como
segurado especial, situação modificada
pela Lei 8.398/07.01.1992.
Segurados da 
Previdência Social
• c) ministro de confissão religiosa e o membro de
instituto de vida consagrada, de congregação ou de
ordem religiosa. Passaram a ter proteção
previdenciária a partir da Lei 6.696/79.
• A Instrução Normativa 20/2007 (art. 5º, a a i) trazia
definições necessárias quanto ao conceito de:
instituição de confissão religiosa; instituto da vida
consagrada; ordem religiosa; ministros de confissão
religiosa; membros do instituto de vida religiosa;
membros de ordem ou congregação religiosa. A
instrução foi revogada pela IN 45/2010 que não
repetiu as definições, ocorrendo também na IN
77/2015, motivo pelo qual há uma grande
dificuldade de enquadramento, atualmente.
Segurados da 
Previdência Social
• O religioso é considerado contribuinte
individual e o seu ingresso na
Previdência Social não pressupõe
relação empregatícia com a entidade
religiosa. É necessário saber a natureza
da entidade ou instituições, que não
têm fins lucrativos e nem assumem os
riscos da atividade econômica. Sendo
assim, a entidade religiosa não tem
obrigação para com a Previdência Social
em relação ao religioso.
Segurados da 
Previdência Social
• Instrução Normativa INSS 20/10.10.2007 - REVOGADA
• Art. 5º a a i - conceitos:
• Instituição de confissão religiosa aquela caracterizada por uma
comunidade de pessoas unidas no corpo de doutrina, obrigadas
a cumprir um conjunto de normas expressas de conduta, para
consigo mesmas e para com os outros, exercidas na forma de
cultos, traduzidas em ritos, práticas e deveres para com o Ser
Superior.
• Instituto de vida consagrada é a sociedade aprovada por
legítima autoridade religiosa, na qual seus membros emitem
votos públicos ou assumem vínculos estáveis para servir à
confissão religiosa adotada, além do compromisso comunitário,
independentemente de convivência sob o mesmo teto.
• Ordem religiosa é a sociedade aprovada por legítima autoridade
religiosa, na qual os membros emitem votos públicos
determinados, perpétuos ou temporários, passíveis de
renovação e assumem o compromisso comunitário
regulamentar de convivência sob o mesmo teto.
Segurados da 
Previdência Social
• Ministros de confissão religiosa são aqueles que consagram
sua vida a serviço de Deus e do próximo, com ou sem
ordenação, dedicando-se ao anúncio de suas respectivas
doutrinas e crenças, à celebração dos cultos próprios, à
organização das comunidades e à promoção de observância
das normas estabelecidas, desde que devidamente
aprovados para o exercício de suas funções pela autoridade
religiosa competente.
• Membros do instituto de vida religiosa são os que emitem
voto determinado ou seu equivalente, devidamente
aprovado pela autoridade religiosa competente.
• Membros de ordem ou congregação religiosa são aqueles
que emitem ou nelas professam os votos adotados;
• Considera-se como início da atividade dos religiosos o ato
de emissão de votos temporários ou perpétuos ou
compromissos equivalentes, que os habilitem ao exercício
estável da atividade religiosa a que se consagraram;
Segurados da 
Previdência Social
• e) brasileiro civil que trabalha no exterior que
trabalha no exterior para organismo oficial
internacional, do qual o Brasil é membro efetivo –
ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando
coberto por regime próprio de previdência social.
• f) titular de firma individual urbana ou rural, o
diretor não empregado e o membro de conselho de
administração de sociedade anônima, o sócio
solidário, o sócio de indústria, o sócio-gerente e o
sócio cotista que recebam remuneração decorrente
de seu trabalho em empresa urbana rural, e o
associado eleito para cargo de direção em
cooperativa, associação ou entidade de qualquer
natureza ou finalidade, bem como o síndico ou
administrador eleito para exercer atividade de
direção condominial, desde que recebam
remuneração.
Segurados da 
Previdência Social
• Síndico ou administrador eleito para
exercer atividade de direção do
condomínio – serão enquadrados
como contribuinte individual se
receberem remuneração.
• A isenção da taxa de condomínio, a
partir de 06.03.1997 (publicação do
Decreto 2.172/1997, antigo RGP)
equivale à remuneração, motivo
pelo qual deve estar enquadrado
como contribuinte individual (IN
77/2015).
Segurados da 
Previdência Social
Síndico de condomínio
Sem 
remuneração
Não é segurado 
obrigatório
Com 
remuneração
Segurado 
obrigatório 
contribuinte 
individual
Com isenção 
de taxa 
condominial
Segurado 
obrigatório 
contribuinte 
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Segurados da 
Previdência 
Social
• g) prestador de serviço de natureza
urbana ou rural em caráter eventual
em uma ou mais empresas, sem
relação de emprego.
• h) pessoa física que exerce, por conta
própria, atividade econômica de
natureza urbana, com fins lucrativos
ou não.
• Art. 9º, V do RPS (Decreto 3.48/1999) 
– traz um rol extenso de segurados 
enquadrados como contribuintes 
individuais.
Segurados da 
Previdência 
Social
• Art. 11, VI PBPS - Segurado
trabalhador avulso.
• Conceito: trabalhador avulso é
aquele presta, a diversas empresas,
sem vínculo empregatício, serviço
de natureza urbana ou rural
definidos no Regulamento.
• Art. 9º, VI do RPS definiu melhor o
conceito de trabalhador avulso.
Segurados da 
Previdência 
Social
•Art. 9º São segurados obrigatórios da Previdência
Social as seguintes pessoas físicas:
• Omissis
• VI. como trabalhador avulso - aquele que,
sindicalizado ou não, presta serviço de natureza
urbana ou rural, a diversas empresas, sem vínculo
empregatício, com a intermediação obrigatória do
órgão gestor de mão-de-obra, nos termos da Lei
8.630, de 25 de fevereiro de 1993, ou do sindicato
da categoria, assim considerados:
Segurados da 
Previdência Social
a) o trabalhador que exerce atividade
portuária de capatazia, estiva,
conferência e conserto de carga,
vigilância de embarcação e bloco;
b) o trabalhador de estiva de
mercadorias de qualquer natureza,
inclusive carvão e minério;
c) o trabalhador em alvarenga
(embarcação para carga e descarga de
navios);
d) o amarrador de embarcação;
Segurados da 
Previdência Social
e) o ensacador de café, cacau, sal e
similares;
f) o trabalhador na indústria de
extração de sal;
g) o carregador de bagagem em porto;
h) o prático de barra em porto;
i) o guindasteiro; e
j) o classificador, o movimentador e o
empacotador de mercadorias em
portos;
Segurados da 
Previdência Social
• Segurado especial – são considerados
como segurados especiais os definidos no
art. 195, § 8º da C.F./1988, que determina
um tratamento diferenciado aos
trabalhadores nos seguintes termos:
• § 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o
arrendatário rurais e o pescador artesanal,
bem como os respectivos cônjuges, que
exerçam suas atividades em regime de
economia familiar, sem empregados
permanentes, contribuirão para a
seguridade social mediante a aplicação de
uma alíquota sobre o resultado da
comercialização da produção e farão jus aos
benefícios nos termos da lei.
Segurados da 
Previdência Social
• Art. 11, VII da Lei 8.213/1991 define o
segurado especial como sendo pessoa física
residente no imóvel rural ou em aglomerado
urbano ou rural próximo a ele que,
individualmente ou em regime de economia
familiar, ainda que com o auxílio eventual de
terceiros, na condição de produtor, seja
proprietário, usufrutuário, possuidor,
assentado, parceiro ou meeiro outorgados,
comodatário ou arrendatário rurais, que
explore atividade: 1- agropecuária em área
de até 4 módulos fiscais; 2. de seringueiro
ou extrativista vegetal, que exerça suas
atividades nos termos do inciso XII do
artigo 2º da Lei 9.985/2000 e faça dessa
atividade seu principal meio de vida.
Segurados da 
Previdência Social
• Art. 2º Para os fins previstos nesta
Lei, entende-se por:
• Omissis
• XII. extrativismo: sistema de
exploração baseado na coleta e
extração, de modo sustentável, de
recursos naturais renováveis; (Lei
9.985/2000)
Segurados da 
Previdência Social
• Art. 40, § 1º da IN 77/2015, esclarece que:
• Produtor: é o proprietário, condômino,
usufrutuário, possuidor, assentado,
acompado, parceiro, meeiro, arrendatário
rural, quilombola, seringueiro ou
extrativista vegetal, que desenvolve
atividade agrícola, pastoril ou
hortifrutigranjeira, individualmente ou em
regime de economia familiar.
• Parceiro: é aquele que em contrato escrito
de parceria com o proprietário da terra ou
detentor da posse e desenvolve atividade
agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira,
partilhando lucros ou prejuízos.
Segurados da Previdência Social
• Meeiro: aquele que tem contrato escrito com o
proprietário da terra ou detentor da posse e da
mesma forma exerce atividade agrícola, pastoril ou
hortifrutigranjeira, partilhando os rendimentos ou
custos.
• Arrendatário: aquele que, comprovadamente, utiliza
a terra, mediante pagamento de aluguel, em espécie
ou in natura, ao proprietário do imóvel rural, para
desenvolver atividade agrícola, pastoril ou
hortifrutigranjeira.
Segurados da 
Previdência Social
• Com frequência a atividade agropecuária é
submetida à análise judicial, normalmente em
razão do tamanho da área em que o interessado
exerce sua atividade. Há uma tendência
jurisprudencial no sentido de destacar o
enquadramento como segurado especial quando
se trata de grandes áreas rurais.
• Súmula 30 da TNU dos Juizados Especiais
Federais: “Tratando-se de demanda
previdenciária, o fato de o imóvel ser superior ao
módulo rural não afasta, por si só, a qualificação
de seu proprietário como segurado especial,
desde que comprovada, nos autos, a sua
exploração em regime de economia familiar.”
Economia Familiar
• Todos os membros da família – cônjuge
ou companheiros, bem como filho
maior de 16 anos ou a este equiparado
– são segurados especiais pelo fato de
ser paga contribuição para o custeio da
seguridade social incidente sobre o
produto da comercialização da
produção.
• Regime de economia familiar – é a
atividade desempenhada pela família,
com o trabalho indispensável de seus
membros para a sua subsistência.
Bibliografia
Passos
FERREIRA, Marisa. Direito previdenciário esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2017.-mail:
Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado 
em CC BY-SA-NC
https://www.amiguinhosdedeus.com/2018/05/tuitedopapa-01-de-maio-de-2018.html
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/
PROFº Christiane 
Passos
Segurados e Dependentes–
Parte II
ROTEIRO DA AULA
• 1. Segurados:
• 1.2 manutenção , perda e reaquisição da qualidade de segurado;
• 2.Dependentes;
• 2.1 conceito e classes de dependentes;
• 2.2 perda da qualidade de dependente;
• 3. Regras aplicáveis às prestações em geral:
• 3.1 períodos de carência;
• 3.2 contagem do período de carência;
• 4 Benefícios:
• 4.1 cálculo do valor dos benefícios;
• 4.2 salário de benefício e salário contribuição;
• 4.3 fator previdenciário e fórmula 85/95; 
• 4.4 salário de benefício das aposentadorias por idade e por tempo de contribuição: regras permanentes;
• 4.5 salário de benefício das aposentadorias por idade e por tempo de contribuição: regras de transição;
• 4.4 Regras aplicáveis ao salário de benefício;
• 5. Aposentadorias:
• 5.1 Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS);
• 5.2 aposentadoria especial;
• 5.3 aposentadoria por idade;
• 5.4 aposentadoria por tempo de contribuição;
• 5.4 aposentadoria por invalidez
• 6. Auxílio- doença.
• 7. Auxílio-acidente.
• 8. Serviço Social
• 9. Habilitação e reabilitação profissional.
• 10. Prescrição e Decadência.
Segurados
• Manutenção da qualidade de segurado – “período de graça” – os segurados se
mantém enquanto estiverem efetuando o pagamento das contribuições
previdenciárias para o custeio do RGPS. Existem algumas situações em que o
segurado, embora não contribua, continua na condição de segurado. Denomina-
se esse período como período de graça. Durante esse período o segurado terá
direito a toda a cobertura previdenciária.
• Exemplo: caso durante o período de graça o segurado ficar incapaz total e
definitivamente para o trabalho, terá direito à cobertura previdenciária de
aposentadoria por invalidez, se cumprida a carência, quando for o caso.
Período de graça
• Art. 15. Mantém a qualidade de segurado,
independentemente de contribuições:
• I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício;
• II - até 12 (doze) meses após a cessação das
contribuições, o segurado que deixar de exercer
atividade remunerada abrangida pela Previdência Social
ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração;
• III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o
segurado acometido de doença de segregação
compulsória;
• IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado
retido ou recluso;
• V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado
incorporado às Forças Armadas para prestar serviço
militar;
• VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o
segurado facultativo.
• § 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e
quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e
vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a
perda da qualidade de segurado.
• § 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12
(doze) meses para o segurado desempregado, desde que
comprovada essa situação pelo registro no órgãopróprio do
Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
• § 3º Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos
os seus direitos perante a Previdência Social.
• § 4º A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte
ao do término do prazo fixado no Plano de Custeio da
Seguridade Social para recolhimento da contribuição referente
ao mês imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados
neste artigo e seus parágrafos. (PBPS)
Período de graça
• Art. 13. Mantém a qualidade de segurado,
independentemente de contribuições:
• I - sem limite de prazo, quem está em gozo de
benefício;
• II - até doze meses após a cessação de benefício por
incapacidade ou após a cessação das contribuições, o
segurado que deixar de exercer atividade
remunerada abrangida pela previdência social ou
estiver suspenso ou licenciado sem remuneração;
• III - até doze meses após cessar a segregação, o
segurado acometido de doença de segregação
compulsória;
• IV - até doze meses após o livramento, o segurado
detido ou recluso;
• V - até três meses após o licenciamento, o segurado
incorporado às Forças Armadas para prestar serviço
militar; e
• VI - até seis meses após a cessação das contribuições,
o segurado facultativo.
• § 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até vinte
e quatro meses, se o segurado já tiver pago mais de
cento e vinte contribuições mensais sem interrupção
que acarrete a perda da qualidade de segurado.
• § 2º O prazo do inciso II ou do § 1º será acrescido de
doze meses para o segurado desempregado, desde que
comprovada essa situação por registro no órgão
próprio do Ministério do Trabalho e Emprego.
• § 3º Durante os prazos deste artigo, o segurado
conserva todos os seus direitos perante a previdência
social.
• § 4º Aplica-se o disposto no inciso II do caput e no § 1º
ao segurado que se desvincular de regime próprio de
previdência social. (Incluído pelo Decreto nº 3.265, de
1999)
• § 5º A perda da qualidade de segurado não será
considerada para a concessão das aposentadorias por
tempo de contribuição e especial. (Incluído pelo
Decreto nº 4.729, de 2003)
• § 6º Aplica-se o disposto no § 5º à aposentadoria por
idade, desde que o segurado conte com, no mínimo, o
número de contribuições mensais exigido para efeito
de carência na data do requerimento do benefício.
(Incluído pelo Decreto nº 4.729, de 2003) (RPS)
•
Perda da qualidade de segurado
• Regra geral – transcorrido o período de graça, sem que o segurado volte a
contribuir com a previdência social pelo RGPS, ocorrerá a perda da qualidade
de segurado.
• Art. 102 PBPS – preconiza que a perda da qualidade de segurado acarreta a
perda de qualquer cobertura previdenciária.
• O art. 15, § 4º do PBPS prevê que a perda da qualidade de segurado ocorrerá
no dia seguinte ao do término do prazo fixado no Plano de Custeio da
Seguridade Social (PCSS) para recolhimento da contribuição referente ao mês
imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados no referido artigo e
seus parágrafos.
Exceções 
• Existem situações em que a perda da qualidade de segurado não acarretará a
perda do direito à cobertura previdenciária. Hipóteses taxativas enumeradas
pela lei:
• a) aposentadorias por tempo de contribuição especial: art. 3º da Lei
10.666/2003 e o art. 13, § 5º do RPS preveem que a perda da qualidade de
segurado não impede a concessão das aposentadorias por tempo de
contribuição e especial. Se o segurado cumpriu a carência prevista em lei para a
obtenção desses benefícios, mesmo que tenha perdido a qualidade de
segurado, não retirará a possibilidade de usufruir do benefício que contribui,
sob pena de enriquecimento ilícito. (direito adquirido).
Exceções
b) aposentadoria por idade: art. 3º, § 1º da Lei
10.666/2003 preconiza que: “Na hipótese de
aposentadoria por idade, a perda da qualidade de
segurado não será considerada para a concessão desse
benefício, desse que o segurado conte com, no mínimo, o
tempo de contribuição correspondente ao exigido para
efeito de carência na data do requerimento do
benefício.”
A carência a considerar é da data do requerimento do
benefício e não da data em que o segurado completou a
idade.
Exceções
• c) pensão por morte após a perda da
qualidade de segurado: em regra geral, uma
vez perdida a qualidade de segurado, tanto
este quanto seus dependentes deixam de ter
direito a qualquer cobertura previdenciária.
Ocorre que, existem situações em que o
segurado já havia cumpridas as exigências
legais para a aposentadoria, sendo certo que
se estivesse vivo seria concedido tal benefício.
Em assim sendo, os dependentes estarão
garantidos quanto ao benefício da pensão por
morte, conforme disposto no art. 102, § 2º do
PBPS e art. 180, § 2º do RPS.
Exceções
• STJ – em Recurso Especial julgado sob o rito dos
Recursos Repetitivos, adotou o seguinte
entendimento:
• “(...) I – A condição de segurado do de cujus é
requisito necessário ao deferimento do benefício de
pensão por morte ao(s) seu(s) dependente(s).
Excepciona-se essa regra, porém, na hipótese de o
falecido ter preenchido, ainda em vida, os requisitos
necessários à concessão de uma das espécies de
aposentadoria do Regime Geral de Previdência Social
– RGPS. Precedentes.
• II – In casu, não detendo a de cujus, quando do evento
morte, a condição de segurada, nem tendo
preenchido em vida os requisitos necessários à sua
aposentação, incabível o deferimento, do benefício de
pensão por morte aos seus dependentes (...)” (Resp
1.110.565, 3ª Seção, Rel. Min. Felix Fischer, Dje
03.08.2009)
Exceções
• d) aposentadoria por invalidez: não perde a qualidade de segurado
aquele que deixa de contribuir em razão de incapacidade para o
trabalho, tendo direito à aposentadoria por invalidez.
• A incapacidade total ou parcial, temporária ou permanente, é
contingência geradora de necessidade protegida pela Previdência
Social, que, uma vez configurada, dá direito a um benefício por
incapacidade (auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez) a
depender do tipo de incapacidade, que, por várias razões, pode não ter
sido exercido pelo segurado durante o período de graça.
Reaquisição 
da 
qualidade 
de segurado
• Ao término do período de graça
haverá a perda da qualidade de
segurado, mas, caso o mesmo
queira impedir que isso ocorra,
deverá providenciar o
recolhimento da contribuição
previdenciária referente ao mês
imediatamente posterior ao final
dos prazos fixados no art. 15 do
PBPS e art. 14 do RPS.
Dependentes
• Os dependentes estão expressamente relacionados na lei
previdenciária.
• A relação entre o dependente e a Previdência Social somente se
estabelece quando não mais é possível a relação entre esta e o
segurado. Não existe hipótese de cobertura simultânea entre o
segurado e o dependente.
• Art. 17, § 1º PBPS: a inscrição do dependente se dá por ocasião do
requerimento do benefício a que tiver direito.
Dependentes
• Art. 22. A inscrição do dependente do segurado será
promovida quando do requerimento do benefício a
que tiver direito, mediante a apresentação dos
seguintes documentos:
• I - para os dependentes preferenciais:
• a) cônjuge e filhos - certidões de casamento e de
nascimento;
• b) companheira ou companheiro - documento de
identidade e certidão de casamento com averbação
da separação judicial ou divórcio, quando um dos
companheiros ou ambos já tiverem sido casados, ou
de óbito, se for o caso; e
• c) equiparado a filho - certidão judicial de tutela e, em se
tratando de enteado, certidão de casamento do segurado
e de nascimento do dependente, observado o disposto
no § 3º do art. 16;
• II - pais - certidão de nascimento do segurado e
documentos de identidade dos mesmos; e
• III - irmão - certidão de nascimento.
• omissis
• (Decreto 3.048/1999 - RPS)
Dependentes
Os dependentes do segurado estão
enumerados no art. 16 do PBPS.
Classe de dependentes – cada
inciso corresponde a uma classe. A
jurisprudência tem o entendimento
de que o rol de dependentes do
referido artigo é taxativo.
Dependentes
• “(...) 1. O benefício

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