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Aula Brasil Pré Colonial

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Curso Torres Preparatório Militar
Professor Thiago Calixtro / História
1 - O início da colonização portuguesa no Brasil, no chamado período “pré-colonial” (1500-1530), foi marcado pelo(a):
a) fixação de grupos missionários de várias ordens religiosas para catequizar os indígenas;
b) plantio e exploração do pau-brasil, associado ao tráfico africano.
c) deslocamento, para a América, da estrutura administrativa e militar já experimentada no Oriente;
d) envio de expedições exploratórias do litoral e pelo escambo do pau-brasil 
e) implantação da lavoura canavieira, apoiada em capitais holandeses.
2 - Em geral, os nossos tupinambás ficam bem admirados ao ver os franceses e os outros dos países longínquos terem tanto trabalho para buscar o seu arabotã, isto é, pau-brasil. Houve uma vez um ancião da tribo que me fez esta pergunta: “Por que vindes vós outros, mairs e perós (franceses e portugueses), buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra?”
LÉRY, J. Viagem à Terra do Brasil. In: FERNANDES, F. Mudanças Sociais no Brasil. São Paulo: Difel, 1974.
O viajante francês Jean de Léry (1534-1611) reproduz um diálogo travado, em 1557, com um ancião tupinambá, o qual demonstra uma diferença entre a sociedade europeia e a indígena no sentido
a) do destino dado ao produto do trabalho nos seus sistemas culturais.
b) da preocupação com a preservação dos recursos ambientais.
c) do interesse de ambas em uma exploração comercial mais lucrativa do pau-brasil.
d) da curiosidade, reverência e abertura cultural recíprocas.
e) da preocupação com o armazenamento de madeira para os períodos de inverno.
3 -  “Quando eles vieram, o Capitão estava sentado em uma cadeira, bem vestido, com um colar de ouro muito grande no pescoço (…). Eles entraram. Um deles (…) reparou no colar do Capitão e começou a acenar para a terra e depois para o colar, como se nos quisesse dizer que na terra também havia ouro.” (Carta de Pero Vaz de Caminha)
O relato de Caminha exposto acima nos permite concluir:
a) Que a descoberta de ouro no Brasil em 1500 tornou o comércio de especiarias orientais uma atividade secundária em Portugal.
b) Que mesmo com a descoberta de ouro no Brasil em 1500, o interesse português pelo novo território não diminuiu a importância do comércio de especiarias orientais na economia portuguesa.
c) Que a estada de Cabral no Brasil tinha como um de seus objetivos averiguar o potencial econômico das terras atribuídas a Portugal pelo Tratado de Tordesilhas.
d) Que o interesse de Portugal pelo Brasil foi muito menor que o interesse português pelo Oriente, não ocorrendo até 1530 uma colonização efetiva dessas terras.
e) Que o pau-brasil não foi a primeira riqueza explorada em nosso território, como sustenta a historiografia tradicional.
4 - A primeira atividade econômica  praticada no Brasil Colônia foi a extração do pau-brasil. Assinale a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S) em relação a essa atividade.
01. A extração do pau-brasil exigiu  capitais e técnicas para a montagem de um complexo agro-manufatureiro, capaz de atender a demanda dos mercados europeus.
02. A mão-de-obra empregada na extração e transporte da madeira, tanto pelos franceses como pelos portugueses, foi a indígena.
04. A extração do pau-brasil teve como consequência o surgimento de um fluxo de renda interno e de dezenas de povoações, notadamente no extremo Sul e no Nordeste.
08. A extração do pau-brasil, que conseguia alto preço na Europa, por sua utilização como pau-de-tinta,  foi uma das principais causas do declínio da lavoura de cana-de-açúcar.
16. O comércio do pau-brasil com os indígenas era feito na base do escambo. Eles recebiam utensílios e enfeites pelo trabalho de cortar a madeira e transportá-la até os navios.
32. A exploração do pau-brasil era monopólio do Estado, mas, em 1502, o privilégio foi arrendado a um grupo de comerciantes liderados por Fernão de Noronha.
Soma = 
5) (Espcex (Aman) 2015) “Os primeiros trinta anos da História do Brasil são conhecidos como período Pré-Colonial. Nesse período, a coroa portuguesa iniciou a dominação das terras brasileiras, sem, no entanto, traçar um plano de ocupação efetiva. […] A atenção da burguesia metropolitana e do governo português estavam voltados para o comércio com o Oriente, que desde a viagem de Vasco da Gama, no final do século XV, havia sido monopolizado pelo Estado português. […] O desinteresse português em relação ao Brasil estava em conformidade com os interesses mercantilistas da época, como observou o navegante Américo Vespúcio, após a exploração do litoral brasileiro, pode-se dizer que não encontramos nada de proveito”.
Berutti, 2004.
Sobre o período retratado no texto, pode-se afirmar que o(a) 
a) desinteresse português pelo Brasil nos primeiros anos de colonização, deu-se em decorrência dos tratados comerciais assinados com a Espanha, que tinha prioridade pela exploração de terras situadas a oeste de Greenwich. 
b) maior distância marítima era a maior desvantagem brasileira em relação ao comércio com as Índias. 
c) desinteresse português pode ser melhor explicado pela resistência oferecida pelos indígenas que dificultavam o desembarque e o reconhecimento das novas terras. 
d) abertura de um novo mercado na América do Sul, ampliava as possibilidades de lucro da burguesia metropolitana portuguesa. 
e) relativo descaso português pelo Brasil, nos primeiros trinta anos de História, explica-se pela aparente inexistência de artigos (ou produtos) que atendiam aos interesses daqueles que patrocinavam as expedições. 
6 - (Uern 2013) Acerca dos povos “pré-colombianos” e dos habitantes do Brasil anteriores à colonização, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) Todos, sem exceção, já haviam estabelecido uma organização política e social extremamente estratificada, estamental e hierarquizada, baseada nos laços de parentesco.
( ) Haviam sociedades agrícolas, sedentarizadas e algumas nômades, que não dominavam a domesticação de animais, o cultivo sistemático e viviam, portanto, da caça e da coleta.
( ) Em algumas regiões específicas, a agricultura se desenvolveu mais intensamente e o acúmulo de experiências culturais resultou numa maior condição de desenvolvimento entre essas populações.
( ) No Brasil, o período inicial do processo de colonização coincide, historicamente, com o período de sedentarização dos nativos e sua introdução ao mundo da agricultura e da pecuária, anteriormente inexistentes.
A sequência está correta em 
a) V – F – V – F  b) V – F – F – V  c) V – F – V – V  d) F – V – V – F 
7 - Leia o texto para responder à questão.
[Os tupinambás] têm muita graça quando falam [...]; mas faltam-lhe três letras das do ABC, que são F, L, R grande ou dobrado, coisa muito para se notar; porque, se não têm F, é porque não têm fé em nenhuma coisa que adoram; nem os nascidos entre os cristãos e doutrinados pelos padres da Companhia têm fé em Deus Nosso Senhor, nem têm verdade, nem lealdade a nenhuma pessoa que lhes faça bem. E se não têm L na sua pronunciação, é porque não têm lei alguma que guardar, nem preceitos para se governarem; e cada um faz lei a seu modo, e ao som da sua vontade; sem haver entre eles leis com que se governem, nem têm leis uns com os outros. E se não têm esta letra R na sua pronunciação, é porque não têm rei que os reja, e a quem obedeçam, nem obedecem a ninguém, nem ao pai o filho, nem o filho ao pai, e cada um vive ao som da sua vontade [...].
(Gabriel Soares de Souza. Tratado descritivo do Brasil em 1587, 1987.)
O texto destaca três elementos que o autor considera inexistentes entre os tupinambás, no final do século XVI. Esses três elementos podem ser associados, respectivamente, 
a) à diversidade religiosa, ao poder judiciário e às relações familiares. 
b) à fé religiosa, à ordenação jurídica e à hierarquia política. 
c) ao catolicismo, ao sistema de governo e ao respeito pelos diferentes. 
d) à estrutura política, à anarquia social e ao desrespeito familiar. 
e) ao respeito por Deus, à obediência aos pais e à aceitação dosestrangeiros. 
8 - Dali avistamos homens que andavam pela praia, obra de sete ou oito. Eram pardos, todos nus. Nas mãos traziam arcos com suas setas. Não fazem o menor caso de encobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos neles seus ossos brancos e verdadeiros. Os cabelos seus são corredios. 
CAMINHA, P. V. Carta. RIBEIRO, D. et al. Viagem pela história do Brasil: documentos. São Paulo: Companhia das Letras, 1997 (adaptado).
O texto é parte da famosa Carta de Pero Vaz de Caminha, documento fundamental para a formação da identidade brasileira. Tratando da relação que, desde esse primeiro contato, se estabeleceu entre portugueses e indígenas, esse trecho da carta revela a 
a) preocupação em garantir a integridade do colonizador diante da resistência dos índios à ocupação da terra. 
b) postura etnocêntrica do europeu diante das características físicas e práticas culturais do indígena. 
c) orientação da política da Coroa Portuguesa quanto à utilização dos nativos como mão de obra para colonizar a nova terra. 
d) oposição de interesses entre portugueses e índios, que dificultava o trabalho catequético e exigia amplos recursos para a defesa recursos para a defesa da posse da nova terra. 
e) abundância da terra descoberta, o que possibilitou a sua incorporação aos interesses mercantis portugueses, por meio da exploração econômica dos índios. 
9 - Considere o texto a seguir: 
"Em toda a semana [os homens] se ocupam em fazer roças para seus mantimentos (que antes não faziam senão as mulheres)". 
("Cartas dos primeiros jesuítas do Brasil (1538-1553)". Editadas por Serafim Leite. São Paulo: Comissão do IV Centenário, 1954, v. I, p. 179). 
Neste texto descreve-se uma mudança na divisão social do trabalho indígena (trabalho masculino e feminino), que ocorreu no Brasil colonial com a chegada dos padres jesuítas. Contudo, antes desta mudança, cabia aos homens e às mulheres tupinambás: 
a) os homens derrubavam a floresta, caçavam e pescavam, e as mulheres trabalhavam no plantio. 
b) os homens trabalhavam no plantio, caçavam, pescavam, e as mulheres derrubavam a floresta. 
c) os homens trabalhavam na obtenção de alimentos, e as mulheres na criação dos filhos. 
d) os homens derrubavam a floresta, e as mulheres obtinham os alimentos. 
e) os homens trabalhavam na obtenção de alimentos, e as mulheres na organização das cerimônias religiosas. 
10 - Leia as duas estrofes a seguir: 
"Pindorama, Pindorama 
É o Brasil antes de Cabral 
Pindorama, Pindorama 
É tão longe de Portugal 
Fica além, muito além 
Do encontro do mar com o céu 
Fica além, muito além 
Dos domínios de Do
m Manuel. 
Vera Cruz, Vera Cruz 
Quem achou foi Portugal 
Vera Cruz, Vera Cruz 
Atrás do Monte Pascoal 
Bem ali Cabral viu 
Dia vinte e dois de abril 
Não só viu, descobriu 
Toda terra do Brasil." 
Pindorama, de Sandra Peres e Luiz Tatit, in "Palavra Cantada", Canções Curiosas, 1998. 
Entre as várias referências da letra da canção à chegada dos portugueses à América, pode-se mencionar 
a) a preocupação com os perigos da viagem, a distância excessiva e a datação exata do momento da descoberta. 
b) o caráter documental do texto, que reproduz o tom, a intenção informativa e a estrutura dos relatos de viajantes. 
c) a dúvida quanto à expressão mais adequada para designar a chegada dos portugueses, daí a variação de verbos. 
d) o pequeno conhecimento das novas terras pelos conquistadores, indicando sua crença de terem chegado às Índias. 
e) a diferença entre os termos que nomeavam as terras, sugerindo uma diferença entre a visão do índio e a do português. 
11 - Em carta ao rei D. Manuel, Pero Vaz de Caminha narrou os primeiros contatos entre os indígenas e os portugueses no Brasil: “Quando eles vieram, o capitão estava com um colar de ouro muito grande ao pescoço. Um deles fitou o colar do Capitão, e começou a fazer acenos com a mão em direção à terra, e depois para o colar, como se quisesse dizer-nos que havia ouro na terra. Outro viu umas contas de rosário, brancas, e acenava para a terra e novamente para as contas e para o colar do Capitão, como se dissesse que dariam ouro por aquilo. Isto nós tomávamos nesse sentido, por assim o desejarmos! Mas se ele queria dizer que levaria as contas e o colar, isto nós não queríamos entender, porque não havíamos de dar-lhe!” 
(Adaptado de Leonardo Arroyo, A carta de Pero Vaz de Caminha. São Paulo: Melhoramentos; Rio de Janeiro: INL, 1971, p. 72-74.) 
Esse trecho da carta de Caminha nos permite concluir que o contato entre as culturas indígena e europeia foi 
a) favorecido pelo interesse que ambas as partes demonstravam em realizar transações comerciais: os indígenas se integrariam ao sistema de colonização, abastecendo as feitorias, voltadas ao comércio do pau-brasil, e se miscigenando com os colonizadores. 
b) guiado pelo interesse dos descobridores em explorar a nova terra, principalmente por meio da extração de riquezas, interesse que se colocava acima da compreensão da cultura dos indígenas, que seria quase dizimada junto com essa população. 
c) facilitado pela docilidade dos indígenas, que se associaram aos descobridores na exploração da nova terra, viabilizando um sistema colonial cuja base era a escravização dos povos nativos, o que levaria à destruição da sua cultura. 
d) marcado pela necessidade dos colonizadores de obterem matéria-prima para suas indústrias e ampliarem o mercado consumidor para sua produção industrial, o que levou à busca por colônias e à integração cultural das populações nativas. 
12 - Sobre o período Pré-colonial, é CORRETO afirmar: 
a) Um grupo de mercadores portugueses, representados por Fernão de Loronha, arrendou o direito de exploração do território, no início do século XVI. 
b) A extração de pau-brasil era destinada à exportação dessa madeira para a construção de fortes e edifícios administrativos portugueses nas possessões ultramarinas do Oriente, como Goa e Nagasaki. 
c) A administração do Governador-Geral Duarte da Costa permitiu a utilização da mão de obra indígena na instauração de feitorias que, mais tarde, possibilitariam a implementação dos engenhos de açúcar. 
d) A produção de cana-de-açúcar em Pernambuco e São Vicente, assim como de algodão, no Maranhão, permitiu a expansão da presença portuguesa para além dos limites impostos pelo Tratado de Tordesilhas. 
13 - "De começo, e fosse qual fosse, após a exploração cabralina, a importância dos conhecimentos geográficos sobre o Brasil, o interesse de D. Manuel pelos seus novos territórios da América foi, ao que parece, mais de ordem estratégica que econômica."
(CORTESÃO, Jaime. Os descobrimentos portugueses, p. 1086, citado em MORAES, Antonio Carlos Robert. Bases da formação territorial do Brasil. São Paulo: HUCITEC, 2000, p. 174.)
Segundo o historiador português, Jaime Cortesão, no início do século XVI, a importância econômica dada à América pelo Estado português foi de ordem estratégica. Isto, porque:
a) apesar de terem sido encontrados imediatamente metais preciosos no território, os portugueses não tinham maior interesse neles;
b) as comunidades indígenas do litoral sul da América eram hostis a qualquer contato com os portugueses, o que impediu o desenvolvimento de atividades econômicas na região;
c) a extensão do litoral e o clima tropical impediam o desenvolvimento de atividades econômicas que permitissem a produção de bens valorizados na Europa;
d) o interesse português estava voltado para o Oriente, e o controle do litoral sul da América deveria garantir, fundamentalmente, o monopólio da navegação da rota do Cabo;
e) a instalação de feitorias que estimulassem o plantio, pelas comunidades indígenas, do pau-brasil, produto valorizado no mercado europeu e, por isso, gerador de lucros para o Estado português.
14 - Assinale a alternativa correta a respeito do período pré-colonial brasileiro:
a) Os franceses não reconheciam o domínio português, tanto que chegaram a se estabelecer no Rio de Janeiro e no Maranhão.
b) Otrabalho intenso de Anchieta e Nóbrega na catequese dos índios tinha o objetivo de impedir a escravização do gentio.
c) A ocupação temporária europeia, por meio de feitorias, deveu-se à inexistência de organização social produtora de excedentes negociáveis.
d) A cordialidade dos indígenas contrastava com a hostilidade europeia dos portugueses, cujo objetivo metalista conduzia sempre à prática da violência.
e) A cordialidade inicial entre europeus e índios deveu-se ao fato de que o objetivo catequético superava os fins materiais da expansão marítima.
15 - "Apesar dos exageros e incorreções, a Lettera de Américo Vespúcio para Piero Soderini com certeza continha várias passagens verídicas. Uma delas é o trecho no qual, referindo-se à sua primeira viagem ao Brasil, realizada entre maio de 1501 e julho de 1502, Vespúcio afirma: 'Nessa costa não vimos coisa de proveito, exceto uma infinidade de árvores de pau-brasil (...) e já tendo estado na viagem bem dez meses, e visto que nessa terra não encontrávamos coisa de metal algum, acordamos despedirmo-nos dela.' Deve ter sido exatamente esse o teor do relatório que Vespúcio entregou para o rei D. Manoel, em julho de 1502, logo após desembarcar em Lisboa, ao final de sua primeira viagem sob bandeira portuguesa. O diagnóstico de Vespúcio selou o destino do Brasil pelas duas décadas seguintes. Afinal, no mesmo instante em que era informado pelo florentino da inexistência de metais e de especiarias no território descoberto por Cabral, D. Manoel concentrava todos os seus esforços na busca pelas extraordinárias riquezas do Oriente. (BUENO, Eduardo. Náufragos,traficantes e degredados: as primeiras expedições ao Brasil. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 1998, p. 65.)
A descoberta do Brasil não alterou os rumos da expansão portuguesa voltada prioritariamente para o Oriente, o que explica as características dos primeiros anos da colonização brasileira, entre as quais se inclui o (a):
a) caráter militar da ocupação, visando à defesa das rotas atlânticas;
b) escambo com os indígenas, garantindo o baixo custo da exploração;
c) abertura das atividades extrativas da colônia a comerciantes das outras potências europeias;
d) migração imediata de expressivos contingentes de europeus e africanos para a ocupação do território;
e) exploração sistemática do interior do continente em busca de metais preciosos.

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