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FARMACOLOGIA 3

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FARMACOLOGIA
Fármacos que atuam no sistema endócrino
 Definição: o sistema endócrino é responsável pela manutenção de homeostasia do organismo e realiza essa função por meio de uma porção de glândulas que secretam hormônios diretamente no sistema circulatório para serem transportados para órgãos-alvo distantes. O fenômeno dos processos bioquímicos que servem para regular tecidos distantes por meio de secreções diretamente no sistema circulatório é chamado de sinalização endócrina. As principais glândulas endócrinas incluem glândula pineal, glândula pituitária, pâncreas, ovários, testículos, glândula tireoide, glândula paratireoide e glândulas suprarrenais
 Osteoporose: a osteoporose é uma doença que leva ao aumento da fraqueza óssea e ao aumento do risco de fratura óssea. É a razão mais comum de fraturas entre os idosos. Os ossos mais susceptíveis à fratura, normalmente, são os ossos das coluna vertebral, os ossos do antebraço e o quadril. A osteoporose é assintomática e, normalmente, diagnosticada após a fratura óssea.
 Bisfosfonatos: alendronato, risedronato, ibandronato e ácido zoledrônico. Esses fármacos são capazes de diminuir a reabsorção osteoclástica do osso por meio de vários mecanismos, entre eles a diminuição da formação e ativação osteoclástica, aumento da apoptose osteoclástica. Essas ações resultam em um pequeno e gradual ganho de massa óssea, pois os osteoblastos não são inibidos pelos bisfosfonatos. São utilizados para tratamento de distúrbios do remodelamento ósseo, como a osteoporose. Também são indicados para tratamento da doença de Paget, no tratamento de metástases ósseas e hipercalcemia dos tumores. Efeitos adversos: diarreia, dor abdominal e dor musculoesquelética. Podem, às vezes, induzir à esofagite e úlceras esofágicas.
 Raloxifeno: modulador seletivo do receptor de estrógeno. Indicado na prevenção ou no tratamento da osteoporose em mulheres pós-menopausa. Por apresentar baixo risco de câncer de mama e tromboembolismo pulmonar pode ser indicado como alternativa para reposição hormonal pós-menopausa. 
 Teriparatida: porção do parato-hormônio. Esse hormônio administrado continuamente leva à dissolução do osso; contudo se administrado subcutâneo uma vez ao dia produz o efeito de síntese óssea. Isso se deve ao fato de aumentar a atividade do osteoblasto sem afetar a atividade dos osteoclastos. Aumenta, assim, a densidade óssea espinhal e diminui o risco de fraturas vertebrais, sendo o único fármaco que estimula a formação óssea.
 Denosumabe: é um anticorpo monoclonal que bloqueia a ativação osteoclástica; indicado para o tratamento de osteoporose em mulheres pós-menopausa e com alto risco de fraturas. Efeitos adversos: aumento do risco de infecções, tumores secundários, hipocalcemia e reações dermatológicas.
Tratamento farmacológico da obesidade
 Obesidade: a obesidade é uma patologia caracterizada pelo excesso de gordura corporal acumulada na medida em que pode ter um efeito maléfico ao organismo. As pessoas são, geralmente, consideradas obesas quando seu índice de massa corporal (IMC), uma medida obtida pela divisão do peso de uma pessoa pelo quadrado da altura da pessoa, é superior a 30 kg/m2, sendo a faixa de 25-30 kg/m2 definida como sobrepeso.
 Anorexígenos: fentermina e sibutramina. Esses fármacos promovem um aumento na liberação de norepinefrina e de dopamina no sistema nervoso central e inibem a receptação desses neurotransmissores, sendo supressores de apetites. Efeitos adversos: dependência química e psíquica, xerostalmia, cefaleia, insônia e constipação. Podem afetar também o sistema cardiovascular, aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial. 
 Orlistate: inibidor das lipases gástricas e pancreática. Efeitos adversos: sintomas gastrointestinais, como manchas oleosas, flatulência com evacuação, urgência fecal e maior defecação. Interfere na absorção das vitaminas A, D, E e K e fármacos como a levotiroxina e amiodarona.
Tratamento farmacológico dos distúrbios da tireoide
Os distúrbios envolvendo a tireoide afeta a função da glândula (o órgão endócrino encontrado na frente do pescoço). Os principais distúrbios tireoidianos são: 
1) Hipotireoidismo (baixa função) causado por não ter hormônios tireoideianos suficientes. 
2) Hipertireoidismo (alta função) causado por ter excesso de hormônios da tireoide. 
3) Anormalidades estruturais que levam ao aumento da glândula tireoide. 
4) Tumores que podem ser benignos ou malignos
 O hipotireoidismo, em geral, resulta da destruição autoimune da glândula e é diagnosticado pelo alto nível de TSH. Ele é tratado com a levotiroxina (T4). O fármaco é administrado uma vez ao dia devido à sua longa meia-vida. O estado de equilíbrio é alcançado em 8 semanas. A toxicidade depende dos níveis de T4 e se manifesta por nervosismo, palpitações cardíacas e taquicardia, intolerância ao calor e perda inexplicada de massa corporal.
 Propiltiouracil: inibidor da síntese dos hormônios tireoidianos. Também age inibindo a conversão de T4 em T3. Efeitos adversos: agranulocitose, urticárias e edema. 
 Propranolol: bloqueador não seletivo dos receptores beta adrenérgicos. Indicação: crise tireoidea. Essa condição apresenta sintomas extremos de hipertireoidismo e os beta bloqueadores são indicados para controlar a estimulação simpática generealizada que ocorre nessa crise. 
 Iodeto: inibe a iodinação das tirosinas durante a síntese dos hormônios tireoidianos, mas esse efeito dura poucos dias. Inibe a liberação dos hormônios da tiroglobulina por mecanismos ainda desconhecidos.
Fármacos que atuam no sistema endócrino
 O diabetes mellitus (DM) é um conjunto de doenças metabólicas que apresentam como característica principal hiperglicemia por longos períodos. Os sintomas da hiperglicemia incluem micção frequente (poliúria), aumento da sede e aumento da fome. Se não for tratada, o diabetes pode causar muitas complicações, entre elas: as complicações agudas da cetoacidose diabética, com a hiperosmolar não cetótica ou morte.
Hipoglicemiantes orais 
 Secretagogos de insulina (sulfonilureias): glibenclamida, glipizida e a glimepirida. São bloqueadores de canais de K+ sensíveis ao ATP. Essa inibição leva à despolarização das membranas das células beta pancreáticas, o que resulta em aumento da exocitose da insulina. Além disso, reduz a produção de glicose pela gliconeogênese hepática e aumenta a sensibilidade periférica à insulina; são recomendados para diabetes tipo 2 e gestacional. Efeitos adversos: aumento de massa corpórea, hiperinsulinemia e hipoglicemia. Devem ser administrados com cautela a pacientes com insuficiência hepática e renal.
 Biguanidas: metformina. Reduzem do débito hepático e glicose, inibindo a gliconeogênese hepática. Retarda a absorção intestinal de glicose e melhora sua captação e uso periférico. Também é capaz de diminuir modestamente a hiperlipidemia. Geralmente esses efeitos são sentidos após 8 semanas de uso. Há redução de massa corporal por inibição do apetite; é o fármaco de primeira escolha para pacientes que iniciam o tratamento de diabetes tipo 2. Efeitos adversos: distúrbios gastrointestinais. É contraindicada para pacientes com doenças hepáticas e renais, infartos cardíacos, insuficiência cardíaca congestiva e infecção grave. A longo prazo, interfere na absorção da vitamina B12.
 Glitazonas: pioglitazona. São potencializadores da resposta periférica da insulina. Seu mecanismo de ação não está elucidado, são os fármacos de segunda escolha para pacientes que não respondem à metformina. Efeitos adversos: aumento de massa corporal, retenção de líquidos. 
 Inibidores da alfa glicosidases: acarbose. Indicados no tratamento de diabetes tipo 2 em pacientes que apresentam perfil hiperglicêmico pós-prandial. Efeitos adversos: flatulência, diarreia e cólicas intestinais. Pacientes com distúrbios intestinais devem evitar uso desses fármacos.
Outros
 Inibidores da dipeptidil peptidase IV (DPP-IV): sitagliptina e saxagliptina. Agem inibindo a DPP-IV, responsável pela inativação dos hormônios incretina e peptídeo 1 tipo glucagon(GLP-1). O aumento nos níveis desses hormônios promovem um aumento na liberação de insulina em resposta à refeição. 
 Incretinamiméticos: liraglutida. É agonista de receptores de GLP-1. Atuam aumentando a liberação da insulina glicose dependente e retardam o esvaziamento gástrico. Efeitos adversos: náuseas, êmese, diarreia e constipação.
 Reposição hormonal e contraceptivos: os hormônios sexuais produzidos pelas gônadas são necessários para a concepção, a maturação embrionária e o desenvolvimento das características sexuais secundárias na puberdade. Os hormônios gonadais são usados na terapêutica de reposição e contracepção e no controle dos sintomas da menopausa.
Terapia de reposição hormonal
 O estradiol é o mais potente estrogênio produzido e secretado pelo ovário. Esse hormônio é produzido pela placenta durante a gravidez. A preparação de estrógenos conjugados animais (estrona e equilina) extraídos da urina de éguas prenhas são utilizados na terapia de reposição hormonal. Há, ainda, estrógenos conjugados de origem vegetal e sintéticos (etinilestradiol). São usados para tratamento hormonal pós-menopausa, para contracepção, na estimulação de características sexuais. Efeitos adversos: náuseas, sensibilidade nos seios, sangramento uterino na pós-menopausa. Há aumento no risco de eventos tromboembólicos, infarto do miocárdio, câncer de mama e endometrial.
 Modulares seletivos de receptor de estrogênio: são exemplos desses fármacos: tamoxifeno, raloxifeno e clomifeno. Podem atuar como antagonistas de estrogênio nos tecidos mamários (tamoxifeno), diminuem a reabsorção e a renovação óssea, promovendo aumento na densidade óssea e diminuindo fraturas da coluna vertebral. Não agem no endométrio e não estão relacionados a tumores de endométrio. Por aumentar os índices de TSH (hormônio folículo estimulante), promovem a estimulação da ovulação; são recomendados no tratamento paliativo e profilático do câncer de mama metastático na mulher pós-menopausa. Efeitos adversos: fogachos e náuseas, irregularidades menstruais e sangramento vaginal.
 Progesterona: promove o desenvolvimento de um endométrio secretor que pode acomodar a implantação do novo embrião em formação. São exemplos de progestógenos sintéticos: norgestrel, drospirenona, levonorgestrel e noretindrona. Promove o aumento no glicogênio hepático, diminui a reabsorção de Na+ nos rins, aumento na temperatura corporal, redução de alguns aminoácidos no sangue e aumenta a excreção de nitrogênio urinário; são usados na correção da deficiência do hormônio e como contraceptivo. Efeitos adversos: cefaleia, depressão, aumento de massa corporal e alterações na libido, acne, hirsutismo (devido a efeitos androgênicos de alguns progestógenos)
Contraceptivos
 Contraceptivos orais: contêm um estrogênio e um progestógeno. A principal associação contém uma dose constante de estrogênio e progestógeno administrada durante 21 dias seguidos de 7 dias de placebo. Ocorre o sangramento durante o intervalo sem hormônio. O estrogênio mais comumente empregado é o etinilestradiol e os progestógenos mais comumente usados são: noretindrona, norgestrel, levnorgestrel, desogestrel, drospirenona. 
 Adesivo transdérmico: um adesivo deve ser aplicado semanalmente durante 3 semanas no abdômen, no dorso superior ou nas nádegas. Tem eficácia comparável aos contraceptivos orais. Esse método de aplicação aumenta o risco de tromboembolismo.
 Anéis vaginais: é inserido na vagina e permanece por 3 semanas. A quarta semana é sem o anel, ocorrendo o sangramento após a retirada. 
 Pílulas só com progestógenos – são pílulas que podem ser administradas em uso contínuo. Progestógenos injetáveis – é um contraceptivo injetado via subcutânea ou intramuscular que pode ser administrado a cada três meses. 
 Implantes de progestógenos – são implantes feitos subdermais e propiciam contracepção de longa duração de, aproximadamente, três anos.
 Dispositivo intrauterino com progestógeno – consiste em um dispositivo intrauterino com levonorgestrel. Esse método apresenta alta eficácia na contracepção e é de longa duração, tendo validade por 5 anos. 
 Contracepção pós-coital – a contracepção pós-coito ou de emergência reduz a probabilidade de gestação para algo em torno de 0,2 a 3%. A contracepção de emergência usa altas doses de estrogênio (etinilestradiol) e de progestógeno (levonorgestrel) administrado dentro de 72 horas após o coito sem proteção (pílula do dia seguinte). Para maior eficácia, uma segunda dose deve ser administrada após 12 horas da primeira dose. A eficácia do método aumenta se tomada o quanto antes
Fármacos que atuam no sistema gastrointestinal
Fármacos utilizados nos distúrbios gástricos e esofágicos:
 Antagonista de receptor H2: cimetidina, ranitidina, famotidina e nizatidina. Atuam seletivamente nos receptores H2 do estômago. São eficazes em promover concomitantemente a cicatrização das úlceras gástricas e duodenais; porém, após a interrupção do tratamento, as úlceras podem reaparecer. Em alguns casos pode ser administrado por IV, como em emergências gástricas; indicado no tratamento das úlceras pépticas, úlceras de estresse agudo e doença do refluxo gastroesofágico. Efeitos adversos: cefaleia, tonturas, diarreia e dor muscular.
Inibidores da bomba de próton H+/K+ ATPase (IBP): omeprazol, esomeprazol, lansoprazol, pantoprazol e rabeprazol. São prófármacos com um revestimento entérico ácido resistente para protegê-los da degradação prematura pelo ácido gástrico. Em doses adequadas, os IBPs inibem a secreção de ácido basal (constante) e a secreção estimulada; os IBPs são mais eficazes que os antagonista H2 na supressão da produção de ácido e na cicatrização das úlceras pépticas. São fármacos de primeira escolha para tratamento de úlceras de estresse, esofagites erosivas e úlceras duodenais. Devem ser ingeridos 30 minutos antes da refeição para que a resposta seja máxima esperada. São seguros, porém a longo prazo podem induzir fraturas da bacia, coluna e punho
 Prostaglandinas: misoprostol. São indicados para tratamento de úlceras gástricas induzidas pelos AINES. Como efeito adverso, esse fármaco induz à contração uterina. Diarreias e náuseas intensas limitam seu uso. 
 Antiácidos: são bases fracas que reagem com o ácido gástrico, formando água e sal para diminuir a acidez estomacal. Os antiácidos comumente usados são os derivados de alumínio e magnésio, como o hidróxido de alumínio e o hidróxido de magnésio. São utilizados para alívio dos sintomas da úlcera péptica e da azia, podendo auxiliar a cicatrização de lesões duodenais. Efeitos adversos: o hidróxido de alumínio tende a causar constipação, ao passo que o hidróxido de magnésio tende a produzir diarreia.
Tratamento da constipação intestinal e diarreia:
Antidiarreicos
 Fármacos antimotilidade: loperamida. Inibem a liberação de acetilcolina e diminuem o peristaltismo. Apresentam efeitos adversos de sedação, cólicas abdominais e tonturas. 
 Adsorventes: são o hidróxido de alumínio e a metilcelulose. Atuam adsorvendo toxinas intestinais ou microrganismo ou protegendo a mucosa intestinal de irritações causadas por esses agentes. 
 Fármacos que interferem no transporte de íons: salicilato de bismuto é usado na diarreia do viajante e diminui a secreção de líquidos pelo intestino. Os efeitos adversos mais evidentes são a língua negra e as fezes pretas
Laxantes
 Irritantes e estimulantes: nessa classes estão a senna, o bisacodil e o óleo de rícino. Agem causando irritação da mucosa intestinal e estimulando o peristaltismo. Efeitos adversos: cólicas abdominais, irritação gástrica e dor. 
 Laxantes aumentadores de volume: os laxantes volumosos incluem coloides hidrofílicos. Formam géis no intestino grosso, causando a retenção de líquidos e a distensão intestinal, aumentando o peristaltismo. São exemplos a metilcelulose, a semente de linho e fibras.
 Laxantes salinos e osmóticos: são chamados de catárticos salinos, como citrato de magnésio, hidróxido de magnésio e o fosfato de sódio. São sais não absorvidos que retêm água no intestino por osmose.Esse processo é capaz de causar distensão intestinal, aumentando a atividade peristáltica. O polietilenoglicol (PEG) é indicado para lavagens colônicas para preparar o intestino para procedimentos endoscópicos. A lactulose, um dissacarídeo, também atua como laxante osmótico
Amolecedores de fezes (laxantes emolientes ou surfactantes): estão incluídos nessa categoria – docusato sódico, docusato de cálcio e docusato de potássio. Apresentam tempo de latência de dias e por isso são indicados como profiláticos. São capazes de emulsificar as fezes, pois atuam como detergentes. 
 Laxantes lubrificantes: o óleo mineral e a glicerina são considerados lubrificantes e agem facilitando a passagem de fezes endurecidas.
Imunoestimulantes
 Os agentes estimuladores do sistema imunológico, também conhecidos como imunoestimuladores, são substâncias (fármacos ou nutrientes) que estimulam o sistema imunitário, induzindo ativação ou aumentando a atividade de qualquer de seus componentes. 
 Imunoestimulantes específicos: proporcionam especificidade antigênica na resposta imunitária, tais como vacinas ou qualquer antígeno. 
 Os imunoestimulantes não específicos: atuam independentemente da especificidade antigênica para aumentar a resposta imunitária de outro antígeno ou estimular componentes do sistema imunitário sem especificidade antigênica, tais como adjuvantes e imunoestimuladores não específicos.
Imunosupressores
Os fármacos imunossupressores ou medicamentos antirrejeição são fármacos que inibem ou impedem a atividade do sistema imunitário. Eles são usados em terapia imunossupressora para: 
 Prevenir a rejeição de órgãos e tecidos transplantados (por exemplo, medula óssea, coração, rim, fígado). 
 Tratar doenças autoimunes ou doenças que são mais prováveis de origem autoimune (por exemplo, artrite reumatoide, esclerose múltipla, miastenia gravis, psoríase, vitiligo, lúpus eritematoso sistémico, sarcoidose, glomeruloesclerose segmentar focal, doença de Crohn). 
 Tratar algumas outras doenças inflamatórias não autoimunes (por exemplo, controle de asma alérgica a longo prazo).
Inibidores seletivos da produção e da função das citocinas: 
 Ciclosporinas: é um polipeptídeo extraído de fungos e suprime, preferencialmente, as reações imunes mediadas por células. Por meio do bloqueio da interleucina 2, a ciclosporina diminui o número de linfócitos T; a ciclosporina é eficaz em prevenir a rejeição de transplantes alogênicos de rins, fígado e coração. Também pode ser alternativa para tratamento de artrite reumatoide ativa grave e psoríase recalcitrante. Efeitos adversos: apresenta alta nefrotoxicidade, hepatotoxicidade, reações anafiláticas, hipertensão, hiperlipidemia, hiperpotassemia, tremores, hirsutismo, intolerância à glicose e hiperplasia gengival.
 Tracolimo: é um macrolídeo isolado de fungos de solo e exerce seu efeito imunossupressor da mesma forma que a ciclosporina. O tacrolimo é aprovado para a prevenção da rejeição do transplante de fígado e rins e é usado com um corticosteroide ou um antimetabólito. Efeitos adversos: nefrotoxicidade e neurotoxicidade (tremores, convulsões e alucinações). 
 Sirolimo: é um macrolídeo obtido de um fungo do solo e tem mecanismo semelhante aos anteriores. Indicado para transplantes renais. Efeitos adversos: hiperlipidemia, pode potencializar os efeitos nefrotóxicos da ciclosporina e tracolimo, cefaleia, náusea e diarreia.
Antimetabólitos imunossupressores 
 Azatriopina: é um pró-fármaco da mercaptopurina e análogo estrutural dos nucleotídeos de DNA usados na proliferação linfocitária. Indicado para transplantes de órgãos. Efeitos adversos: depressão da medula óssea, náuseas e êmese. 
 Micofenolato de mofetila: é um substituto da azatriopina, pois causa menos efeitos adversos e apresenta maior eficácia em prolongar a sobrevida do enxerto. Tem como efeitos adversos: diarreia, náuseas, êmese, dor abdominal, leucopenia e anemia.
 Anticorpos: o uso de anticorpos tem um papel importante no prolongamento da vida do enxerto. Os nomes dos anticorpos monoclonais convencionalmente contêm a palavra “muro” se forem de origem murina (camundongos), “xi” ou “zu” se forem de quimerizados ou humanizados, respectivamente. O sufixo “mab” (anticorpo monoclonal) identifica a categoria do fármaco. Dentre os anticorpos monoclonais utilizados no tratamento de rejeição a implantes são usados: muromonabeCD3, basiliximabe e o alentuzumabe. Apresentam baixa toxicidades por se tratarem de fámacos altamente específicos e seletivos.

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