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Herança Monogênica Dominante Herança Monogênica: é o tipo de herança determinada por um único gene. Herança Autossômica: quando o gene se situa em um dos 44 cromossomos autossomos. CARACTERÍSTICAS • Transmissão vertical do fenótipo da doença, em todas as gerações • Risco de ocorrência de 50% • Mais graves em homozigotos (AA) afetados do que heterozigotos (Aa) • Geralmente, números iguais de homens e mulheres afetados • Não necessariamente a presença do gene dominante resulta na manifestação da doença MUTAÇÃO NOVA OU DE NOVO • Causas comuns do aparecimento de uma doença genética em uma pessoa, sem história familial prévia da desordem • Gene transmitido por um do país (céls germinativas), sofreu uma mudança na sequência de DNA, resultando em uma mutação a partir de um alelo normal para um alelo causador da doença • Risco de ocorrência para irmãos é muito baixo, mas o risco de recorrência para sua prole pode ser substancialmente aumentado. • Ex: Acondroplasia MOSAICISMO DE LINHAGEM GERMINATIVA • Durante o desenvolvimento embrionário de um dos genitores, ocorreu uma mutação e afetou toda ou parte da linhagem germinativa • Acontece nas células gaméticas • Atinge poucas/ nenhumas das células somáticas do embrião Quando suspeitar? • Quando dois ou mais filhos apresentam uma doença autossômica dominante quando não há história familiar dessa doença. PENETRÂNCIA REDUZIDA OU INCOMPLETA • Indivíduo com o genótipo causador da doença, mas não apresenta o fenótipo correspondente • Mas pode transmitir a mutação causadora da doença para a próxima geração • Ex: Retinoblastoma PENETRÂNCIA DEPENDENTE DA IDADE • Atraso na idade de início de uma doença genética. • Se a doença estivesse presente no nascimento, provavelmente todas as pessoas afetadas morreriam antes de alcançarem a idade reprodutiva, e a frequência da doença na população seria muito menor • O atraso na idade no início da doença, reduz a seleção natural contra o alelo causador da doença, aumentando sua frequência em uma população. • Ex: Doença de Huntington, sintomas não são observados até os 30 anos ou mais EXPRESSIVIDADE VARIÁVEL • Variação no grau de gravidade do fenótipo da doença • Vários fatores podem afetar a expressividade de uma doença genética • Influências ambientais, nutricionais, físicas ou exposição a agentes prejudiciais • Genes modificadores- interação com o gene causador da doença • Diferentes tipos de mutações • Ex: Neurofibromatose tipo I ACONDROPLASIA • Mutação em um gene receptor de hormônio de crescimento fibroblasto 3 (FGFR3) – Troca de bases G por A levando a ossificação precoce • Guanina na posição 1138 no gene FGFR3, nucleotídeo mais mutáveis, responsável por quase 100% das acondroplasias • Mais de 80% dos pacientes possuem mutação de novo (relacionadas a cél. do indivíduo) com ganho de função, pois o receptor de fibroblasto tem autoativação sem precisar de ligante • Também pode ser resultante de mosaicismo germinativo • Ocorrem exclusivamente na linhagem germinativa paterna e aumentam em frequência com a idade paterna avançada. • Quando um parceiro é afetado, o risco de recorrência em cada filho é de 50%, pois a acondroplasia é um distúrbio autossômico dominante com penetrância completa (basta ter o gene para o indivíduo apresentar o fenótipo) • Quando ambos os parceiros são afetados, cada filho corre o risco de 50% de ter acondroplasia (Dd), um risco de 25% de forma homozigota letal (DD) e 25% de chance de ter um filho normal (dd). Características • Membros curtos • Tronco normal • Tórax achatado • Lordose • Macrocefalia • Hipoplasia da face média- causa aglomeração dentária, apneia obstrutiva e otite média SINDROME DE MARFAN • Mutações no gene da fibrilina-1(FBN1) levando a produção de uma proteína de fibrilina anormal. • Anormalidades nas propriedades elásticas do tecido conjuntivo • Pacientes sofrem uma perda de tecido elástico na parede da aorta (degeneração medial) • Dilatação aórtica subsequente e a possibilidade de dissecção da aorta, aneurismas e ruptura. • Expressividade variável Características • Estatura elevada • Braços e mãos longos • Deformações torácicas • Escoliose • Prolapso da válvula atrioventricular esquerda • Dilatação da aorta • Miopia e luxação do cristalino ➢ A possibilidade de atingir órgãos tão diferentes denomina-se pleiotropia. DOENÇA DE HUNTINGTON • Causada por uma repetição de citocina-adenina- guanina (CAG) no gene que codifica a proteína huntingtina • Gera uma cauda alongada na proteína huntingtina, clivagem e geração de fragmentos tóxicos (proteína anormal) • Degeneração gradual de pequenas partes dos gânglios basais chamados de núcleo caudado e corpo estriado responsáveis pela coordenação dos movimentos • Se inicia com abalos ou espasmos ocasionais que evolui para movimentos involuntários mais pronunciados (coreia e atetose), deterioração mental e morte. • Doença é progressiva, levando à morte • Penetrância completa relacionada com a idade • Início típico ocorre entre 35 a 45 anos de idade Características • Comprometimento cognitivo • Alterações comportamentais • Perda de coordenação • Irritabilidade, impulsividade • Falta de atenção à aparência ou à higiene • Alterações da personalidade • Espasmos, agitação e alterações na coordenação • Coreia (movimentos involuntários) • Perda de visão periférica NEUROFIBROMATOSE TIPO 1 • Mutação no gene NF1 responsável pela codificação da neurofibromina • Acredita-se que essa proteína controle a proliferação celular e a atue como supressores de tumores • Apresenta tanto penetrância dependente da idade quanto expressividade variável Genótipo Fenótipo DD Letal Dd Nanismo dd Normal • Neurofibromas periféricos (tumores) podem se desenvolver em qualquer local ao longo do percurso dos nervos periféricos. • Tumores neurofibromas, que se desenvolvem a partir de bainhas nervosas e consistem em misturas de células de Schwann, fibroblastos, células neuronais e mastócitos. • A maioria aparece na adolescência Características • Manchas café com leite • Sardas axilares e inguinais • Neurofibromas cutâneos • Nódulos de Lisch (hamartomas de íris/ tumores benignos) • Neurofibromas plexiformes RETINOBLASTOMA • Mutação no gene RB1, que provoca um aumento do risco associado de tumores não oculares secundários • É um tumor intraocular maligno mais comum em crianças • Poder ser unilateral ou bilateral, familiar ou espontâneo • Penetrância incompleta; mutação em célula germinativa Características • Leucoria (reflexo pupilar branco) • Estrabismo ou pseudo-orbitária • Deslocamento de retina exsudativo com acometimento vítreo • Focos de calcificação DOENÇA RENAL POLICÍSTICA • Nefropatologia hereditária mais comum • Mutações no gene PKD1 localizado no cromossomo 16p e gene PKD2 localizado no cromossomo 4q responsáveis pela codificação da proteína policistina • Existe uma correlação entre o genótipo mutado e fenótipo expresso em termos da progressão e severidade da doença • Expressividade variável • A variabilidade inter e intrafamiliar é explicada em grande parte por sua heterogeneidade genética e genes modificadores • Os cistos renais se desenvolvem e crescem ao longo do tempo, ocasionando compressão da arquitetura renal normal e da vasculatura intrarrenal, aumento do tamanho dos rins, fibrose intersticial, atrofia tubular e comprometimento renal progressivo. • Os cistos se desenvolvem a partir de células na porção tubular do néfron e dos dutos coletores. • O aumento progressivo dos cistos comprometes o funcionamento do rim Características• Cistos renais • Cistos extrarrenais • Dor abdominal • Infecções do trato urinário • Hematúria (sangue na urina) • Litíase renal (cálculos renais) • Diverticulose intestinal (bolsas no intestino) • Aneurismas intracranianos • Hipertensão • Aumento da morbidade e mortalidade cardiovascular • Insuficiência renal crônica • Doença renal em estágio terminal (DRET)
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