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Sistema de Apoio à Decisão Dado, Informação e Conhecimento 1Estamos vivendo em um mercado globalizado e em constante mutação, onde predomina uma competição econômica global em que todos estão disputando recursos, mercados e receitas. As organizações estão cada vez mais internacionais (atuam em diversos países) e necessitam de forças de trabalho para atuar nestes mercados, para isso necessitamos ter domínio de um conjunto de conhecimentos sobre SI e Tecnologias da Informação (TI). O impacto do uso da TI no modo de vida das pessoas, na forma como as empresas trabalham e relacionam-se umas com as outras, e no mundo, de forma geral, tem sido tão marcante que muitos autores consideram que estamos vivendo uma nova economia, a economia digital. Os autores Turban, McLean e Wetherbe37 (pg.28) definem a economia digital como a economia baseada em tecnologias digitais, incluindo redes de comunicação digital (Internet, intranets), computadores, software e outras tecnologias de informação correlacionadas. Também é chamada de nova economia, era digital ou economia da Web. Nesta nova economia, as redes digitais e as infra-estruturas de comunicação proporcionam uma plataforma global a partir da qual indivíduos e organizações interagem, comunicam-se, colaboram e trocam informações. O termo economia digital também se refere à convergência da informática e das tecnologias de comunicação na Internet e em outras redes, e ao resultante fluxo de informação e de tecnologia, permitindo a realização dos Negócios na Era Digital. Essa convergência permite que qualquer tipo de informação (dados, áudio, vídeo etc.) seja armazenado, processado e transmitido através das redes para diversos pontos do mundo, empregando computadores isoladamente ou em conjunto com aplicativos de comércio eletrônico (estes com destaque especial), que contribuem para o ganho de competitividade criando vantagens estratégicas para as organizações. Com tudo isso, a TI muda o próprio conceito de empresa, criando o que pode ser chamado de "empresa relacional", que estabelece relacionamento eletrônico com seus parceiros, fornecedores, clientes, sub-contratados, passando por sobre barreiras geográficas, graças à ligação da computação com as telecomunicações. As transformações causadas pela economia digital de fato impressionam. Examinemos um exemplo onde as empresas prestam diversos serviços aos clientes através de meios de comunicação sem fio: Na nova economia, os serviços aos clientes são muito mais diretos, econômicos e confiáveis. Por exemplo, o cliente pode solicitar uma informação por e-mail, pode confirmar um pedido por e-mail. Também pode acessar o portal 1 Turban, McLean e Wetherbe37 (pg.28) Sistema de Apoio à Decisão corporativo da empresa com uma senha especial e fazer o seu pedido e receber a confirmação automaticamente. A equipe de vendas da empresa pode conectar-se na Internet ou através do telefone celular, a qualquer hora e de qualquer lugar e responder ao pedido do cliente. Podem-se verificar horários de partida de ônibus e aviões, para conformar uma reunião com um cliente. Como usuário final de tecnologias e sistemas de informação, você não precisa de um conhecimento minucioso sobre os mesmos. Entretanto, você precisa compreender alguns conceitos básicos sobre dados, informação, conhecimento, sistemas de informação, tecnologia da informação, comércio eletrônico, entre outros. Esse conhecimento irá ajudá-lo a ser um usuário informado e produtivo no emprego dos recursos das tecnologias. Os SISTEMAS DE INFORMAÇÃO são elaborados para auxiliar empresas a alcançarem determinados objetivos. Entre os principais, está a transformação, de maneira inteligente, de dados em informação gerando novos conhecimentos. Inicialmente podemos dizer que o que distingue dado de informação, a qual auxilia no processo decisório, é o conhecimento que ela propicia as pessoas e aos tomadores de decisão em uma organização. O que é um DADO? “Dados são itens referentes a uma descrição primária de objetos, eventos, atividades e transações que são gravados, classificados e armazenados, mas não chegam a ser organizados de forma a transmitir algum significado específico” (Turban, McLean e Wetherbe, 004, pg. 63). Podemos concluir que, do ponto de vista da Tecnologia da Informação, os dados são capturados e armazenados pelos sistemas de informação. E a INFORMAÇÃO, o que é? Quando um conjunto de dados possui significado, temos uma informação. Vamos ver o que dizem os autores. “Informação é todo conjunto de dados organizados de forma a terem sentido e valor para seu destinatário. Este interpreta o significado, tira conclusões e faz deduções a partir deles. Os dados processados por um programa aplicativo têm uso mais específico e maior valor agregado do que aqueles simplesmente recuperados de um banco de dados. Esse aplicativo pode ser um sistema de gerenciamento de estoques, um sistema de matrículas online de uma universidade, ou um sistema de Internet para compra e venda de ações”. (Turban, McLean e Wetherbe, 2004, pg. 63). O propósito básico da informação é auxiliar a empresa na geração de novos conhecimentos e habilitar a empresa a alcançar seus objetivos pelo uso eficiente dos recursos disponíveis, nos quais se inserem pessoas, materiais, equipamentos, tecnologia, dinheiro, além da própria informação. Portanto, a informação é um recurso vital da empresa e integra, quando devidamente estruturada, os diversos subsistemas e, portanto, as funções das várias unidades organizacionais da empresa. 39 Segundo Stair e Reynolds40 (p. 5) para ser valiosa aos gerentes e tomadores de decisão, a informação deve ter as características descritas na Tabela 1. Tais Sistema de Apoio à Decisão características também tornarão a informação mais valiosa para a organização. Se a informação não for precisa ou completa, decisões ruins podem ser tomadas, e, conseqüentemente, custar para as organizações milhares ou até mesmo milhões de reais. Por exemplo, se uma previsão imprecisa de demanda futura indicar vendas muito altas quando o oposto é verdadeiro, uma organização poderá investir milhões de reais numa nova fábrica desnecessária. Além disso, se a informação não for pertinente à situação, se chegar aos tomadores de decisão no momento inadequado ou com muita complexidade para seu entendimento, ela poderá ser de pouco valor para a organização. As características da informação valiosa. CARACTERÍSTICA DEFINIÇÃO Precisa A informação precisa não contém erro. Em alguns casos, a informação imprecisa é gerada porque dados imprecisos são alimentados no processo de transformação. Completa A informação completa contém todos os fatos importantes. Por exemplo, um relatório de investimento que não inclua todos os custos importantes não é completo. Econômica A informação deve ser relativamente econômica para ser viabilizada. Os tomadores de decisão precisam equilibrar o valor da informação com o custo de produzi-la. Flexível A informação flexível pode ser usada para uma variedade de propósitos. Por exemplo, a informação sobre o estoque disponível pode ser útil para o vendedor num fechamento de venda, e para o executivo financeiro, que especifica o valor total que a empresa investiu em estoque. Confiável A informação confiável pode ser dependente de algum outro fator. A confiabilidade da informação depende do método de coleta dos dados e fonte da informação. Relevante A informação relevante é essencial para o tomador de decisão. Simples A informação também deve ser simples, não excessivamente complexa. Quando um tomador de decisão dispõe de muita informação, há dificuldade em determinar qual delas é realmente importante. Pontual Informação pontual é aquela obtida quando necessária. Verificável A informação deve ser verificável. Isso significa que podemos conferi-la e nos assegurarmosde que está correta. Acessível A informação deve ser facilmente acessível aos usuários autorizados. Obtê-la na forma correta e no tempo certo atenderá, certamente, a suas necessidades. Segura Fonte: Stair e Reynolds (2002, p. 6) Sistema de Apoio à Decisão As características da informação valiosa sintetizam as características essências de uma informação. A informação útil pode variar amplamente no que se refere ao valor de cada um desses atributos de qualidade. Por exemplo, com os dados de inteligência de mercado, alguma imprecisão e lacunas são aceitáveis, mas a pontualidade é essencial. Por outro lado, precisão, verificação e completeza são críticos para os dados utilizados na contabilidade, notadamente no que concerne ao ativo da empresa como caixa, estoque e equipamento. E o CONHECIMENTO, como é gerado? Trata-se da prática de agregar valor à informação para disponibilizá-las para uso. A seguir mais alguns conceitos baseados em autores. “Conhecimento consiste de dados e informações organizados e processados para transmitir compreensão, experiência, aprendizado acumulado e técnica,quando se aplicam a determinado problema ou atividade. Os dados processados para extrair deduções críticas e para refletir experiência e perícia anteriores fornecem a quem os recebe conhecimento organizacional, de alto valor potencial”. (Turban, McLean e Wetherbe, 2004, pg. 63). Vejamos um exemplo: Os dados sobre os funcionários, seus salários e horário de trabalho são, por exemplo, processados para gerar informações para a folha de pagamento. Já a informação geral sobre essa folha pode alimentar mais tarde outro sistema que esteja preparando um orçamento. As informações também serão usadas pelo gerente de R.H. que presta assessoria à alta administração da empresa a respeito de um estudo para reavaliar as faixas salariais, gerando novos conhecimentos. A gestão do conhecimento contribui para que as organizações consigam gerenciar e controlar com mais segurança a sua eficiência, tomar decisões acertadas com relação à melhor estratégia a ser adotada em relação aos seus clientes, concorrentes, canais de distribuição e ciclos de vida de produtos e serviços, saber identificar as fontes de informações, saber administrar dados e informações, saber gerenciar seus conhecimentos. Portanto, podemos concluir que a GESTÃO DO CONHECIMENTO é processo sistemático de identificação, criação, renovação e aplicação dos conhecimentos que são estratégicos na vida de uma organização. Dados, informação e conhecimento podem ser os insumos de um sistema de informação; podem ser igualmente seu resultado. O papel da tecnologia para a gestão do conhecimento é o de suporte. Tecnologia da Informação e Sistemas de Informação Existe uma diversidade de conceitos para os termos tecnologia da informação (TI). Alguns autores seguem a linha de que a TI é considerada apenas uma infraestrutura de suporte aos Sistemas de Informação (SI). Diferentes autores Sistema de Apoio à Decisão consideram a TI mais abrangente: além dos SIs e da infra-estrutura de suporte aos mesmos (equipamentos e pessoal), o termo envolve técnicas de implementação, operações eficientes, capacitação, comunicação e meios de acesso (redes, Internet etc.). Turban, McLean e Wetherbe41 em uma definição mais restrita, colocam que a TI diz respeito ao aspecto tecnológico de um sistema de informação. Ela inclui hardware, bancos de dados, software, redes e outros dispositivos. Porém, às vezes, o termo TI também é usado para denominar um sistema de informação. Pode até mesmo ser usado em um sentido mais amplo, para descrever um conjunto de diversos sistemas de informação, usuários e gestão de uma empresa. Fazendo uma síntese do conceito, podemos dizer que a tecnologia da informação contempla o aspecto tecnológico de um sistema de informação que inclui, segundo Turban, McLean e Wetherbe (2004) a infra-estrutura e arquitetura da informação: a) Infra-estrutura de informação: uma infra-estrutura de informação consiste das instalações físicas, serviços e administração da TI que dão suporte a todos os recursos informatizados compartilhados em uma empresa. Principais componentes: - Hardware (computadores) - Redes e instalações de telecomunicação (incluindo a Internet e a Intranet) - Bancos de dados - Pessoal de administração da informação (equipe técnica). b) Arquitetura da informação: consiste de um plano de alto nível das necessidades de informação de uma empresa. Também pode-se dizer que a arquitetura da informação é a arte de estruturar e organizar ambientes de informação para ajudar as pessoas a satisfazerem suas necessidades de informação de forma efetiva. Todo o sistema, usando ou não recursos de tecnologia da informação, que manipula dados e gera informação, pode ser genericamente considerado sistema de informação. Por exemplo, o sistema de informação organizacional pode ser conceituado como a organização e seus vários subsistemas internos, contemplando ainda o meio ambiente externo. Um Conceito para Sistema O biólogo alemão Ludwig Von Bertalanffy 42 desenvolveu vários estudos publicados no final da década de 1950. Dos seus estudos definiu a Teoria Geral dos Sistemas, empregada amplamente nos estudos das organizações. De acordo com o autor, a empresa seria assim um todo organizado e complexo, inserida em um ambiente onde busca os recursos que utiliza e para o qual se destinam os resultados de suas atividades de transformação. A partir dos estudos e publicações da Teoria Geral dos Sistemas, conceito de sistema passou a dominar as ciências e, principalmente, a Administração e a Informática. Fala-se em Astronomia, pensa-se em sistema solar; se o assunto é Sistema de Apoio à Decisão Fisiologia pensa-se no sistema nervoso, no sistema circulatório e no sistema digestivo. A Sociologia fala em sistema social; a Economia, em sistemas monetários. A administração fala em sistemas organizacionais. Mas, afinal, o que é um sistema? Podemos conceituar um sistema de forma bem ampla, como sendo um conjunto de elementos interdependentes em interação, visando atingir um objetivo comum 43. Teoricamente, há dois tipos de sistemas: aberto e fechado. O sistema aberto é o que sofre influência do meio e que, com as ações, influencia o meio; o sistema fechado não sofre influências do meio nem o altera com suas ações. Portanto, uma empresa pode ser considerada como um sistema aberto em permanente interação com seu ambiente. Para Oliveira (2002), o intercâmbio de um sistema aberto com seu ambiente se processa através de matéria, energia e informação. O fluxo desses componentes entre dois sistemas processa-se através de seus canais de comunicação, que correspondem às interfaces dos sistemas. O conceito de informação será trabalhado adiante no decorrer do conteúdo da disciplina. De acordo com Chiavenato (1999) e Oliveira (2002), todo o sistema apresenta os componentes a seguir: - Objetivos: é a própria razão de existência do sistema, ou seja, é a finalidade para a qual o sistema foi criado. - Entradas do sistema ou insumo (input): é a força ou impulso de partida do sistema, fornece material ou energia ou informação para a operação do sistema. - Processamento ou transformação do sistema: é o fenômeno que produz mudanças, o mecanismo de conversão de entradas em saídas. - Saídas do sistema: correspondem aos resultados do processo de processamento. As saídas podem ser definidas como as finalidades para as quais se integram os objetivos, atributos e relações do sistema. - Retroalimentação, ou realimentação, ou feedback do sistema: pode ser considerada como a re-introdução de uma saída sob a forma de informação. A realimentação é um processo de comunicação que reage a cada entrada de informação incorporando o resultado da açãoresposta desencadeada por meio de nova informação, a qual afetará seu comportamentosubseqüente, e assim sucessivamente. Este fato caracteriza o sistema como um sistema aberto, que recebe e envia matéria, energia e informação entre diferentes sistemas. 42 apud Chiavenato, 2000 43 Oliveira, 2002 Sistema de Apoio à Decisão - Ambiente: é o meio que envolve externamente o sistema, ou seja, o conjunto de elementos que não pertencem ao sistema, entretanto, qualquer mudança no ambiente pode afetar o sistema e vice-versa. O ambiente também é chamado de meio ambiente, meio externo ou meio interno. A visão sistêmica consiste na capacidade de entender, programar e demonstrar a compreensão do todo, ou seja, o conjunto de forças que possam ter alguma influência sobre o funcionamento da organização, a partir de uma análise global das partes e da interação entre estas. Várias forças atuam num sistema organizacional, sejam estas internas ou externas. O conhecimento mais profundo da dinâmica da organização e da interação entre as diversas forças atuantes permite que as ações, nas organizações, sejam mais efetivas não só as de curto prazo, mas principalmente de médios e longos prazos (Rezende, 2004). A partir dos conceitos de sistemas organizacionais, podemos então definir o que são os sistemas de informação. Para Laudon e Laudon44 um sistema de informação (SI) pode ser definido como um conjunto de componentes inter-relacionados trabalhando juntos para coletar,recuperar, processar, armazenar e distribuir informação com a finalidade de facilitar o planejamento, o controle, a coordenação, a análise e o processo decisório em organizações. O sistema de informação não é necessariamente computadorizado, mesmo que a maioria deles o seja. Por exemplo, as fichas dos pacientes de um consultório médico formam um sistema de informação. Existem também os SI formais e informais, que juntos formam o sistema empresarial (Turban, McLean e Wetherbe, 2004, p. 39). - Os SISTEMAS FORMAIS incluem procedimentos pré-definidos (processos), entradas e saídas padronizadas e definições fixas. Por exemplo, o sistema de contabilidade de uma empresa é um sistema formal que processa transações financeiras. - Os SISTEMAS INFORMAIS assumem diversas formas, que vão desde uma rede de fofocas do escritório até um grupo de amigos que troca correspondência eletronicamente. É importante entender a existência de sistemas informais. Eles podem utilizar recursos de informação e às vezes apresentam interface com sistemas formais. Freqüentemente, desempenham um papel importante na resistência e/ou no encorajamento às mudanças em uma organização. 44 Laudon e Laudon (1999, pg. 4) Sistema de Apoio à Decisão Como qualquer outro sistema, o sistema de informação inclui a entrada (inputs), que envolve a captação ou coleta de fontes de dados brutos de dentro da empresa ou do ambiente externo. O processamento envolve a conversão dessa entrada bruta em uma forma mais útil e apropriada. A saída ou output envolve a transferência da informação processada às pessoas ou atividades que a usarão (processa os inputs e produz outputs, que são enviados para o usuário ou para outros sistemas). Sistema de Informação Baseado em Computador Para Turban, McLean e Wetherbe45 , um SISTEMA DE INFORMAÇÃO BASEADO EM COMPUTADOR (genericamente chamado de sistema de informação), é um sistema que utiliza tecnologia de computação para executar algumas ou todas as tarefas desejadas. Pode compor-se de apenas um computador pessoal e software, ou incluir uma rede de computadores de diversos tamanhos com impressoras e outros equipamentos, bem como redes de comunicação e bancos de dados. Os autores Laudon e Laudon46 colocam que os sistemas de informações são Sistemas sociotécnicos envolvendo a coordenação de tecnologia, organizações e pessoas, pois os mesmos devem cooperar e ajudar-se mutuamente para otimizar o desempenho do sistema completo, modificando-se e ajustando-se ao longo do tempo. Os componentes básicos dos sistemas de informação computadorizados (veja a figura 2.2) são relacionados a seguir, de acordo com O’BRIEN47. Observe que nem todo sistema possui todos esses elementos: Turban, McLean e Wetherbe (2004, p. 39), 46 Laudon e Laudon (1999) 47 O’BRIEN, J. (2001) Sistema de Apoio à Decisão Hardware: computadores e periféricos: impressoras, processadores, monitores, teclado, etc. Juntos, eles aceitam dados e informação processou e permite sua visualização. Software: é um conjunto de programas que permite que o hardware processe os dados. Exemplos: software utilitário (sistema operacional); software aplicativo (conjunto de programas que realizam as funções necessárias para dar suporte às atividades empresariais, Ex.: gerar folha de pagamento, emitir nota fiscal). Pessoas: são as pessoas que trabalham com o sistema ou utilizam a sua saída (output). Também chamados de usuários ou operadores de hardware e Software. Banco de Dados: um BD pode ser definido como sendo um conjunto de dados operacionais integrados que tem por objetivo atender a uma comunidade de usuários. Esses dados são armazenados de forma independente dos programas que os utilizam, servindo assim a múltiplas aplicações de uma organização. Redes: é um sistema de ligação que permite o compartilhamento de recursos Entre diversos computadores. Procedimentos: é um conjunto de instruções sobre como combinar os elementos mencionados de forma a processar as informações e gerar as saídas desejadas. Também podemos dizer que são as funções que o sistema Deve executar. Um SI envolve muito mais do que apenas computadores. O sucesso na aplicação de um sistema de informação computadorizado requer a compreensão do negócio e do ambiente que está recebendo o apoio do SI. Por exemplo, para construir um SI que dê apoio às transações realizadas em um Sistema de Apoio à Decisão supermercado, é preciso entender todos os processos e procedimentos relacionados, tal como a compra e a venda de produtos, demandas irregulares feitas ao sistema, regulamentos legais correspondentes etc. Redes de Internet, Intranets, Extranets A Internet é um sistema mundial de redes de computadores – é a rede das redes – na qual usuários de qualquer computador podem, se tiverem permissão, obter informações de qualquer outro computador. Hoje a Internet é uma entidade pública, cooperativa e auto-sustentável, que tem acesso de centenas de milhões de pessoas no mundo todo. Fisicamente, a Internet utiliza uma parte dos recursos totais da rede de telecomunicações pública já existente (operadores de telecomunicação que prestam serviços). Tecnicamente, o que distingue a Internet é o uso de um conjunto de protocolos chamados TCP/IP - Transmission Control Protocol/Internet Protocol, um conjunto de protocolos de rede de telecomunicações que se tornou um padrão de fato definido pelo World Wide Web Consortium - W3C. A intranet (Web Interna) é o uso das tecnologias e protocolos da Internet (WWW) para criar uma rede privada, geralmente dentro de uma empresa. São projetadas para serem redes abertas, seguras e internas, cujo software de navegação oferece acesso fácil para seus usuários acessarem informações de uma empresa, usando para isso conceitos e ferramentas da Web (Turban, McLean e Wetherbe, 2004). A extranet é um outro tipo de infra-estrutura que interliga diversas empresas, permitindo a comunicação segura entre parceiros empresariais via Internet. A extranet é uma extensão da intranet da empresa, onde os usuários remotos se conectem de forma segura, via Internet ou redes privadas, à intranet principal da empresa. As extranets viabilizam aplicações inovadoras de comércio eletrônico, com menor custo de comunicação (O’Brien, 2001; Turban, McLean e Wetherbe, 2004). Vamos ver um exemplo prático do uso da extranet! Tantos os alunos quanto os professores da FAE podem fazer uso de acesso na paginada FAE cada umcom sua senha e login. O acesso do conteúdo desta disciplina é um exemplo. A informação acessada via intranet e extranet é mantido em relativa segurança pelo sistema de firewall, sendo o firewall o dispositivo de segurança, um limitador de entrada (só acessam o sistema os usuários autorizados) entre a rede interna da empresa (intranet) e as redes externas (com a Internet). Assim, usuários internos têm condições de percorrer livremente a Internet. Outro conceito importante é o de Portal Corporativo, também conhecido como portais empresariais. Esses sistemas baseados na Web são desenvolvidos a partir de aplicações intranet das empresas. Eles fornecem informações agregadas aos membros da empresa a partir de um único ponto de acesso. Tem função de apoio, uma vez que eles suportam decisões centradas nos Sistema de Apoio à Decisão objetivos principais da empresa. Algumas empresas consideram um portal uma extensão da intranet (Turban, McLean e Wetherbe, 2004). As empresas estão se tornando empreendimentos interconectados. A Internet e as redes similares a ela – dentro da empresa (intranets), entre a empresa e seus parceiros comerciais (extranets) e outras redes – têm se tornado a principal infra-estrutura de tecnologia da informação no apoio às operações de muitas empresas. É a economia digital! Lembra! Comércio Eletrônico Genericamente podemos definir o comércio eletrônico (CE) como a realização de transações empresariais via redes de telecomunicações, especialmente a Internet (O,Brien, 2001). O CE pode ocorrer entre empresas e consumidores, entre empresas, entre empresas e seus funcionários, entre governo e outras partes. Uma denominação mais ampla do CE é o e-business, que abrange serviços aos consumidores, colaboração com parceiros de negócios e a realização de transações eletrônicas no âmbito de uma empresa. De acordo com Turban, McLean e Wetherbe48, o campo do comércio eletrônico pode ser divido em dois segmentos: mercados eletrônicos e sistemas de informações interorganizacionais: a) Mercado eletrônico é uma rede de interações e relacionamentos em que se desenvolve um intercâmbio de informações, produtos, serviços e pagamentos. Pode-se dizer que é um site em rede em que os compradores, vendedores e outros parceiros encontram-se eletronicamente para fazer negócios. Veja exemplos nos endereços www.brasilshop.com.br e www.arremate.com.br. a) Sistema de informação interorganizacional (e-business) compreende o fluxo de informações entre duas empresas. Tem como objetivo principal o processamento de transações e a troca de informações, tais como a transmissão de pedidos e pagamentos. Contribuem para diminuir custos, eliminam a ineficiência e o alto custo do processamento da documentação inerente ao processo, melhoram a qualidade do fluxo da informação pela redução ou eliminação de erros reduz o tempo de ciclo para a execução de transações comerciais, simplificam a coordenação e a colaboração ao longo da cadeia de suprimentos. Ainda segundo os mesmos autores, existem vários modelos de comércio eletrônico, vejamos alguns exemplos: Turban, McLean e Wetherbe (2004) Sistema de Apoio à Decisão Empresa-a-Empresa (B2B - Business TO Business). São transações em que tanto compradores quanto vendedores são empresas. Um exemplo na Categoria seria uma companhia que usa uma rede para solicitar aos seus fornecedores, receber pedidos e fazer pagamentos. Esta categoria de comércio Eletrônico é responsável por quase 85% do volume do comércio eletrônico. Empresa-a-Consumidor (B2C - Business to Consumers). Neste caso, os vendedores são empresas e os compradores são indivíduos. É a categoria onde ocorre o varejo eletrônico. Existem shoppings eletrônicos por toda Internet oferecendo de tudo, desde bolos e vinhos a computadores e carros. Consumidor-a-consumidor (C2C – consumer to consumer). Ocorre quando alguém vende produtos ou serviços a outras pessoas. Comércio móvel (m-commerce). Quando o comércio eletrônico ocorre em um ambiente sem-fio – via telefone celular para acesso à Internet, temos o comércio móvel. A Internet é a grande vedete deste início de milênio, interligando pessoas de todos os continentes. A fabulosa base tecnológica, na qual essas relações “virtuais” estão assentadas, nos dá, grosso modo, uma noção do enorme desenvolvimento das ciências na geração do conhecimento técnico necessário para tornar a vida do homem mais confortável. Nesse contexto, as tecnologias de informação e comunicação têm sido cada vez mais apresentadas como algo mais que simples "ferramentas" tecnológicas, atingindo o status ambíguo de instrumentos de mudança social, cultural e econômica (aclamados globalmente como "novos" meios de inclusão social e de superação da pobreza em países em desenvolvimento) ao mesmo tempo em que figuram como fatores que acentuam a chamada "exclusão digital". É inegável que a Internet operou mudanças revolucionárias em todos os sentidos da vida humana pela disseminação da informação on-line e produzida em tempo real, processada, captada e interpretada através do uso do computador conectado em rede. A Internet operou mudanças revolucionárias no mundo social, cultural e econômico, nas empresas, nos mercados principalmente em se tratando de comunicação, informação e conhecimento. Na obra A economia da informação, os professores Carl Shapiro e Hal Varian afirmam: “A Tecnologia da Informação e s t á a v a n ç a n d o d e ma n e i r a aparentemente caótica, o que torna difícil discernir padrões para orientar as decisões empresariais. Mas há uma ordem no caos: uns poucos conceitos econômicos básicos ajudam a explicar a evolução dos setores de atividade atuais”. Sistema de Apoio à Decisão Em relação à economia, dessas mudanças surgiram vários termos para expressar essa "nova economia", tais como: “economia digital”, “economia dai n f o r m a ç ã o ” , “ e c o n o m i a do o conhecimento”, “economia baseada no conhecimento”, "weightless economy" ou economia sem peso. 1. Mas o que é uma economia digital? Dom Tapscott foi quem lançou o conceito de "economia digital" em 1995 e falou da geração digital dos anos 90. As r e d e s d i g i t a i s f oram d e s c r i t a s primeiramente como "auto-estradas de informação". A "economia digital" não é apenas um novo mercado econômico,assim como certamente a Internet não é meramente um novo canal de distribuição.Em vez disso, a tecnologia digital está transformando a natureza e função da empresa e de cada setor da economia, ou seja, está transformando a estrutura econômica que a tecnologia da informação digital torna possível e seu uso t e m r e p e r c u s s õ e s e t r a z e m conseqüências tanto sociais quanto econômicas. Do lado econômico, o desenvolvimento e aplicação das novas tecnologias de informação (TI), pode ser visto por vários ângulos como por exemplo: - o que aponta as grandes tendências que direcionam o desenvolvimento das TI; - o que percebe como essas novas tecnologias são integradas; - a resistência que encontram nas empresas; - a reorganização das empresas; - o mercado de trabalho e as feições do trabalho, entre outros. Mas o que nos interessa é a reorganização das empresas, o mercado de trabalho e as feições do trabalhador da economia digital e economia do conhecimento. E o que é Economia do Conhecimento? Muito se tem falado em todo o mundo, de uns anos para cá, sobre a sociedade e a economia do conhecimento, onde os tradicionais fatores de produção, a terra, o capital e o trabalho, deixam de ser o principal moto- gerador de riqueza sendo substituídos pelo conhecimento. Um exemplo disso é o número cada vez maior de empresas que produzem e distribuem informação e conhecimento estarem relacionadas na lista das 500 maiores da revista Fortune. Esta nova economia está baseada num conceito inverso à economia tradicional, visto que o conhecimento,ao contrário do que acontece com outros recursos, não diminui com o uso, mas sim aumenta. Indícios desta mudança são, entre outros: o aumento da participação do segmento de Sistema de Apoio à Decisão serviços na economia, o aumento do valor agregado de diversos produtos em função de uma considerável parcela de conhecimento embutido, bem como o aumento da riqueza mundial devido aos bens e produtos intangíveis (software, patentes, música, serviços de consultoria, etc.). Dados de organismos mundiais, como a OECD e o Institute for the Future, indicam que 50 a 60% do PIB dos países desenvolvidos advêm do uso do conhecimento. Atualmente o valor de serviços e produtos é cada vez mais dependente do seu conteúdo de tecnologia, inovação e inteligência, o que mostra um aumento relativo da quantidade de trabalho sobre a informação em relação à quantidade de trabalho sobre a matéria, ou seja, adesmaterialização ou informacionalização do trabalho (MARQUES, 1999). Nos mercados emergentes da Ásia, Europa Ocidental e América Latina, onde se insere o Brasil, esta mudança também se faz presente. Os indicadores que dispomos no Brasil mostram que em apenas um século, o número de trabalhadores do setor de serviços passou de 10% para 70% e o setor industrial de 70% para menos de 30%. Evolução da Internet Durante sua vida a Internet sofreu muitas mutações, mas sempre foi se adaptando a novas realidades. Originalmente, antes da sua extensa popularização iniciada em 1993, existiam alguns mecanismos de busca de informação, mas nada comparado aos mecanismos de busca hoje existentes. E a informação existente era em sua maioria composta apenas por texto, sem imagens e sons. A revolução criada pelo Mosaic, se deu pela possibilidade, até então inexistente, de se integrar imagens aos documentos e pela implementação do formato hipertexto. A leitura não mais necessita ser feita do começo ao fim, documento sem fronteiras. Através de um documento, em tese, tem-se acesso a toda a informação existente na Web. Com o primeiro browser Web, o acesso à informação passou a ficar disponível de uma maneira simples e intuitiva. A Internet deixou de ser um reduto dos iniciados, dos experts em informática. A partir de então, o número de usuários e paralelamente a quantidade de informação Disponível na Internet apresentaram taxas de crescimento nunca vistas. Da mesma forma que o valor de uma biblioteca está diretamente relacionado ao índice que lista seus livros, o valor da Web é estreitamente dependente dos mecanismos de pesquisa que a servem. Os Mecanismos de busca tiveram que se adaptar a esta nova realidade.Como tirar proveito dos mecanismos de busca de forma a conseguir informações relevantes ao exercício competente de sua profissão e mesmo de sua vida? Sistema de Apoio à Decisão Afinal, o que é Informação? O conceito de informação e o status central que ele ocupa na sociedade contemporânea têm seguido uma trajetória que vai da informação com significado simples, objetivo e direto (como quando pedimos uma informação a alguém: "por favor, uma informação?") ao "culto" Contemporâneo que concedeu um tratamento científico, teórico, tecnológico e mercadológico à informação e às t e c n o l o g i a s d e informação e comunicação. Afinal, o que é informação? Resolvesse a dúvida com mais informação? Pode parecer um mero jogo de palavras, mas o debate a respeito passa muito por esse tipo de jogo. Informação está mais para um conjunto de dados estáticos de qualquer tipo, seja ele Som, palavra ou imagem. Já o Sistema de Informação é organização e ordenamento. Informação como tecnologia da informação e comunicação exercem um papel central e revolucionário sobre a sociedade e a ciência. Informação é Conhecimento? Quais os significados das palavras: informação e conhecimento? Informação, conteúdo e conhecimento não são sinônimos. Deve-se reconhecer a necessidade de distinguir entre "informação", definida como comunicação de máquina para máquina, está mais para um conjunto de dados estáticos de qualquer tipo, seja ele som, palavra ou imagem e "conteúdo da informação", definida como a informação que é percebida por seres humanos, que traz em si um certo valor para o que está sendo informado (coerência, consistência, fundamentação, esforço intelectual e operacional etc...) ou seja, o conteúdo agrega valor à informação e a transforma em conhecimento. Conhecimento sempre significa algum tipo de agregação, algum tipo de adição de valor à informação existente com conteúdo. Visto que as novas tecnologias de comunicação ao mesmo tempo em que impactam fortemente a economia e a cultura trazem uma quantidade gigantesca de informações que poderia ser comparado ao dilúvio. É óbvio que sem a informação seria praticamente impossível governar um país ou gerar novo conhecimento, ou seja, sem ela não existiria a sociedade do conhecimento; portanto a informação pode ser considerada como facilitadora na criação do conhecimento. Também é claro que, apesar de uma grande quantidade da população ainda estar restrita à esfera da simples informação, o conhecimento técnico-científico, mesmo que limitado a uma elite, já se transformou na grande mola propulsora de nossa economia. Considerando que “conhecimento é o principal fator de Sistema de Apoio à Decisão produção do século XXI” e, segundo Peter Drucker, “os grandes ganhos de produtividade, daqui para frente, advirão das melhorias na gestão do conhecimento” e que o novo trabalhador é denominado de “trabalhador do conhecimento”, quem é esse novo trabalhador? É o que veremos a seguir. As Organizações e as empresas da Economia do Conhecimento Nos anos 90, a globalização alimentou a fantasia de que as corporações e as marcas dominariam o mundo. Hoje, estamos assistindo a uma revolução nada silenciosa que poderá trazer transformações surpreendentes. Tendo em vista que o poder de possuir v e m s e n d o s u b s t i t u í d o p e l o conhecimento, ou seja, a economia industrial está sendo substituída pela economia da informação, e neste tipo de economia a concorrência é caracterizada pela maneira eficaz de utilização das informações, torna-se necessário à organização considerar o Sistema de Informação como uma ferramenta estratégica fundamental que irá destacá-la pela qualidade de ganhos e produtividade, na realização de seus objetivos e de sua missão, onde a informação é o fator diferenciador para o sucesso estratégico das organizações, uma vez que a informação tornou-se a força motriz na criação de riquezas e prosperidade. Economia na Sociedade do Conhecimento Não se pode negar que a economia de rede tornou o mundo mais conexo mas ao mesmo tempo tornou-o irreversivelmente mais complexo. Quais as principais diferenças entre a economia industrial e a economia do conhecimento? O que isso significa para as empresas e para a sociedade? Sociedade Industrial Sociedade do Conhecimento Hierarquia Igualdade Conformidade Individualidade e criatividade Padronização Diversidade Centralização Descentralização Eficiência Eficácia Especialização Generalização; Interdisciplina Maximização da riqueza material Qualidade de vida; conservação dos recursos materiais. Partes Holismo Ênfase no conteúdo quantitativo Ênfase na qualidade do resultado Segurança Auto-expressão e auto-realização Produção escala Flexível Pessoas especialistas Polivalentes Tempo: longo prazo Tempo real Massa tangível Intangível Espaço limitado Ilimitado Sistema de Apoio à Decisão Pressupostos básicos para a transformação das empresas no mundo contemporâneo modos obsoletos de trabalho devem ser superados; busca pela efetividade nos processos de negócios deve ser prioridade para um bom posicionamento da empresa; buscar a colaboração de pessoas capacitadas e comprometidas com o processo de modernização; as empresas devem adotar novas idéias e fomentar o gosto pelo desafio; o problemadeve fazer parte integrante da solução; as empresas devem ser criativas e valorizar o potencial ilimitado de seus funcionários para a competência, responsabilidade e ação; devem cultivar a harmonia do grupo, estabelecer expectativas apropriadas, tolerar as diferenças; devem reconhecer as habilidades e esforços de cada funcionário. Mas por quê? Porque o modelo hierárquico não mais é capaz de dar conta da nova realidade - que inclui criar um ambiente favorável ao trabalhador do conhecimento. Como também não é favorável ao dinamismo exigido pelos novos tempos. A hierarquia parte do pressuposto de que um núcleo pensa e outro executa - mas o trabalhador do conhecimento pensa e executa... Nela, departamentos estanques concentram a expertise sobre determinados temas - mas o trabalhador do conhecimento já descobriu, na prática, que a inovação, em seu sentido amplo, depende, sobretudo de um saber multidisciplinar, que ninguém domina sozinho... Na hierarquia, você vale pelo peso do seu cargo - e o trabalhador do conhecimento quer valer pelo que agrega independentemente de sua posição. Mais ainda: só respeita efetivamente quem admira intelectualmente, motivo pelo qual os chefes precisam se transformar em líderes... Não se “gerenciam” pessoas. A tarefa é liderar pessoas. A meta é tornar produtivos as forças e o conhecimento específicos de cada pessoa. O modelo industrial também gera, a despeito dos downsizings da vida, uma estrutura grande e complexa, criando um grau de impessoalidade que não favorece o reconhecimento... As soluções matriciais surgiram: unidades de negócio substituem os departamentos. Nelas, estão reunidas v e r d a d e i r a s f o r ç a s - t a r e f a s mu l t i d i s c i p l i n a re s, com grande autonomia. O comprometimento acontece de forma mais natural e substitui, com ampla vantagem, os controles excessivos, obsessivos e burros do mundo industrial. Empresas como Microsoft e Nokia, no mundo, e Natura e Magazine Luiza, no Brasil, comprovam o quanto estruturas inovadoras, que favorecem a gestão do conhecimento, são bem mais do que meros modismos. Não por acaso elas são líderes, despertando admiração e inveja a concorrência. Elas estão fazendo história, construindo novos paradigmas. Visam, de forma paternalista, "adequar a empresa ao seu funcionário", como querem alguns críticos. Trata-se de uma adequação aos novos tempos, de considerar como facilitar e estimular a participação de seus colaboradores - o que, no final das contas, é um dos elementos Sistema de Apoio à Decisão fundamentais para a conquista do lucro e da liderança, como comprova as empresas citadas anteriormente. As empresas da economia digital descobriram novas formas de pensar estrategicamente a presença neste novo meio, empreenderam novas formas de agir neste novo negócio e estão Aprendendo em andamento, ao mesmo tempo em que precisam desaprender o passado. As empresas do "Estado Digital" têm uma visão especial sobre a Internet. Sabem que ela é o sistema circulatório dos seus negócios, e não apenas um apêndice das transações da economia tradicional. As empresas do mundo digital sabem que a Internet, como meio de comunicação, não se guia pela lógica da radio fusão para as massas ou mesmo para nichos. No mundo da Net, os próprios utilizadores podem difundir e são eles que puxam a informação que querem. Por isso, as empresas da economia digital pensam na relação com os clientes todo o tempo, e criam produtos e serviços que possam dar poder ao utilizador. Se no final dos anos 80 as empresas "pensavam global e atuavam local", agora é "pensar local e agir global" Saldanha 2004). As empresas do "Estado Digital" pensam o seu negócio em termos de comunidades em torno de interesses e plenamente interativas, e vêm a agregação destas audiências e as discussões e empatia que criam como o motor deste mercado. As empresas mais avançadas, que baseiam sua estrutura na matricialidade, ganham vantagem sobre as demais, uma vez que estão também à frente na tarefa de buscar e reter talentos, algo tido como crucial na nova era. A realidade avisa que já é hora de encarar com coragem a necessidade de mudança de paradigma. Mudanças de paradigmas evocam muito mais a idéia de "revolução" do que de "reforma"; entretanto, certamente não é fácil "pegar o trem com ele andando"... No capitalismo contemporâneo, mudar é o desafio que se impõe e retardar o processo pode significar, tanto para as empresas como para os trabalhadores, a diferença entre sobreviver ou não na nova era, que está apenas começando... Até o escritório está na mídia!!! Sistema de Apoio à Decisão Sistema de Apoio à Decisão Sistema de Apoio à Decisão
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