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Deg����ação Uma das manifestações de alterações metabólicas nas células é o acúmulo intracelular de quantidades anormais de diversas substâncias que são inofensivas ou estão associadas com graus variados de lesão. A substância pode estar localizada no citoplasma, dentro das organelas ou no núcleo, e é sintetizada pelas próprias células afetadas, ou pode ter sido produzida em outros locais. Existem quatro mecanismos principais que geram acúmulos intracelulares anormais. Lipídi�� Todas as classes principais de lipídios podem se acumular nas células: triglicerídeos, colesterol/ ésteres de colesterol e fosfolipídios. Es�e���se (Deg����ação g����ro��) Os termos esteatose e degeneração gordurosa descrevem acúmulos anormais de triglicerídeos dentro das células paraquimentosas. A degeneração gordurosa é vista com frequência no fígado por este ser o principal órgão envolvido no metabolismo lipídico. A causas da esteatose incluem substâncias tóxicas, desnutrição proteica, diabetes melito, obesidade e anoxia. O etilismo é uma das causas da esteatose, pois devido à ação das desidrogenases alcoólicas, há um acúmulo excessivo de NADH e Acetil-CoA, isso irá desviar o metabolismo para à síntese de ácidos graxos, acontecendo um acúmulo de TAG nos hepatócitos. Col����ro� � és�e��s �� �ol����ro� O metabolismo celular do colesterol é finamente regulado de modo que a maioria das células usa o colesterol para a síntese das membranas celulares sem acúmulo intracelular de colesterol ou ésteres de colesterol. Os acúmulos, manifestados histologicamente por vacúolos intracelulares, são observados em diversos processos patológicos. - Ate���c���os�: nas placas ateroscleróticas, as células musculares lisas e os macrófagos dentro da túnica íntima da aorta e das grandes artérias estão repletos de vacúolos lipídicos. Tais células apresentam uma aparência espumosa, e agregados dessas células na íntima produzem os ateromas carregados de colesterol. Algumas dessas células cheias de gordura se rompem, liberando lipídios no espaço extracelular. Os ésteres de colesterol extracelulares podem se cristalizar na forma de agulhas longas, produzindo fendas bastante características nos cortes histológicos. - Xan����s: o acúmulo intracelular de colesterol dentro dos macrófagos também é característico dos estados hiperlipidêmicos hereditários ou adquiridos. - Col����ro����: este termo refere-se aos acúmulos focais de macrófagos cheios de colesterol na lâmina própria da vesícula biliar Deg����ação h���i�� Degeneração hialina é uma lesão celular reversível decorrente de alterações bioquímicas resultando no acúmulo de proteínas no interior das células. Deg����ação hi����a in���c��u��r Deg����ação hi����a de Mal���y: Cirrose, doença hepática alcoólica e NASH As proteínas celulares tornam-se visíveis em microscopia óptica na forma de grumos hialinos no citoplasma. Hialino quer dizer semelhante a vidro e designa o aspecto homogêneo e fortemente róseo (ou eosinófilo) que assume em corte histológico proteínas condensadas ou aglutinadas. O álcool, se ingerido em altas doses, pode levar à precipitação de proteínas do citoesqueleto, que normalmente não são visíveis em microscopia óptica. Estas formam então os corpúsculos hialinos de Mallory, uma manifestação característica, mas não patognomônica, da ação tóxica do etanol sobre o fígado Cor�ús�u�� d� Co����l�a� - Roc�� ���a Ocorre nas doenças hepáticas virais (como as hepatites por vírus A ou B e na febre amarela), os hepatócitos podem entrar em apoptose e aparecem diminuídos com citoplasma hialino. Deg����ação C�r�a �� Z��ke� É secundária a processos degenerativos e necróticos celulares associados a coagulação focal de proteínas citoplasmáticas levam ao aparecimento de massas homogêneas acidofílicas (hialinas). Ocorre principalmente na musculatura esquelética. O citoplasma dos músculos coagula, perde estriação, assumindo um aspecto homogêneo e hialino. Cor�ús�u�� d� Ne��� É uma inclusão viral citoplasmática encontrada em neurônios, principalmente do hipocampo (em células piramidais) e do cerebelo (em células de Purkinje). É um corpúsculo oval, eosinófilo, geralmente menor que uma hemácia. É patognomônico para à raiva. Cor�ús�u�� d� Ru���l São corpúsculos hialinos esféricos em células localizadas na proximidade de certos cânceres. Sabe-se que as células que contém estes corpúsculos são os plasmócitos que podem fazer parte da reação inflamatória aparecendo sobretudo nos processos inflamatórios crônicos que há prolongada estimulação antigênica. À substância hialina corresponde à imunoglobulinas (principalmente IgG) dos plasmócitos no interior do RE. Deg����ação h���i�� g��i��l�� Caracterizada pelo aumento de numerosas gotículas hialinas (geralmente menores que o núcleo ou uma hemácia) no citoplasma de células dos túbulos contornados do rim. Isso acontece porque as proteínas que passam pelos glomérulos em processo patológico são pinocitadas pela célula tubular e se unem aos lisossomos formando um fagossomo, que é visto sob a forma de uma gotícula hialina ao microscópio. Deg����ação hi����a ex���c��u��r Pode se apresentar na forma de degeneração hialina propriamente dita ou na forma de amiloidose Deg����ação hi����a p�o�r���e�t� di��: é o tipo mais comum de DH, atingindo o tecido conjuntivo fibroso, colágeno e à parede dos vasos. À hialinização do tecido conjuntivo fibroso é encontrada em cicatrizes antigas decorrentes de organização de processos inflamatórios. Cic����ze� an����s: quando ocorre um acúmulo de fibrina para o local de uma lesão prévia, acontece um recrutamento de fibroblastos que passam a sintetizar fibras colágenas e, posteriormente, desaparecem. Quando ocorre uma hiperprodução de colágeno para o reparo da lesão ocorre à quelóide. Di�b��e� me���t��: pode aparecer hialinização das arteríolas sistêmicas, nas arteríolas renais e nas ilhotas de Langerhans. Hip����n�ão ar����al: ocorre espessamento hialino das arteríolas, como consequência, os glomérulos tornam-se isquêmicos, atrofiam-se e hialinizam-se, transformando-se em uma bola hialina, homogênea e acidófila. Ami����os� Amiloidose representa um grupo de doenças que têm em comum a deposição no interstício de material proteico fibrilar, a substância amilóide. Os depósitos amiloides são representados por material amorfo e acidófilo que se deposita no interstício, comprimindo e hipotrofiando as células. A distinção entre substância amilóide e depósitos de material hialino (hialinose) ou de fibrina é feita pelo emprego de métodos especiais de coloração. Nos órgãos e tecidos, a substância amilóide deposita-se formando massas de tamanho variado. No fígado, os depósitos começam nos espaços de Disse e, à medida que progridem, vão comprimindo e destruindo lâminas de hepatócitos. Nom���l��u�� � c�a�s�fi��ção As amiloidoses podem ser classificadas em: sistêmica ou localizada; primária (idiopática, quando não tem causa conhecida) ou secundária (provocada por uma doença). Pode, ainda, ser hereditária, quando condicionada por um fator genético conhecido