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– Epidemiologia • Principais causas de morte materna no Brasil (MS, 2018) ➢ Hipertensão ➢ Hemorragias ➢ Infecções (puerperais) ➢ Complicações durante o parto ➢ Aborto provocado • Tipos de emergências/urgências obstétricas Hemorragias Elevação pressórica Parto Abortamento Pré eclâmpsia grave Sofrimento fetal agudo Gestação ectópica Eclâmpsia Prolapso de cordão Placenta prévia Pré eclâmpsia sobreposta Rotura uterina Descolamento prematuro de placenta Síndrome HELLP Vasa prévia Hemorragia puerperal ➢ Avaliar risco materno e risco fetal. ➢ Treinamento multidisciplinar. ➢ Importância de protocolos estabelecidos. • Acolhimento e classificação de risco ➢ Primordial para tomada de decisão da equipe. ➢ Pode ser feito por: médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem. ➢ Inicia-se no momento da chegada da mulher à maternidade, com a identificação do motivo da vinda ao hospital EMERGÊNCIA MUITO URGENTE URGENTE POUCO URGENTE NÃO URGENTE HEMORRAGIAS - Todo sangramento na gestação é considerada uma emergência? Não todos. ➢ Avaliação do sangramento (triagem ou consulta) ➢ Índice de choque= FC/PAS Confusão no ciclo menstrual: caso a caso. Pode ser hematomas. Não tem explicação fisiológica. Sangramentos de fisiopatologias diferentes. Hemorragias de 1 trimestre: ameaça de abortamento Motivos: hematomas atrás do saco gestacional (Subcoriônico) ou sangramento do próprio colo ➢ Abortamento: - Quando o abortamento se torna uma emergência? Choques: volêmico, séptico, hemorrágico - Mais frequente em: aborto provocado, inevitável e incompleto. Conduta: ✓ Internação + estabilização ✓ Exames laboratoriais ✓ Avaliar necessidade de hemotransfusão ✓ Suporte intensivo ✓ Esvaziamento uterino (AMIU ou WC) ✓ Antibioticoterapia se necessário ➢ Gestação ectópica: - BhCG positivo (>1500 mUI/ML) + ausência de imagem intrauterina com ou sés dor abdominal. - Quando a gestação ectópica se torna emergência? Gestação ectópica rota + instabilidade hemodinâmica. Conduta: ✓ Internação + estabilização ✓ Exames laboratoriais ✓ Avaliar necessidade de hemotransfusão ✓ Suporte intensivo ✓ Abordagem cirúrgica- se possível videolapararoscópica HEMORRAGIAS DE 2 E 3 TRIMESTRE ➢ Placenta prévia: - Presença de tecido placentário recobrindo o orifício interno do colo do útero - Como é o sangramento na placenta prévia? Ativo, vermelho vivo e indolor. - Quando se torna emergência? Sangramento agudo com instabilidade hemodinâmica materna refratária a tratamento clínico Sinais de sofrimento agudo fetal (monitorizarão fetal rigorosa é mandatória nos casos de sangramento agudo). Conduta: ✓ Estabilização se possível ✓ Exames laboratoriais ✓ Corticoterapia e Sulfato de magnésio se indicados e possíveis ✓ Contra indica parto vaginal ✓ Avaliar necessidade de hemotransfusão ✓ Placenta para estudo anatomopatológico ➢ Descolamento prematuro de placenta: Fatores de risco: trauma, hipertensão, cesariana anteriores. - Descolamento da placenta prévio ao nascimento (neném não vai mais receber fluxo sanguíneo) - Como é esse sangramento? Pode ou não está presente, é mais escuro comparado ao sangramento da placenta prévia e associado à dor e aumento do tônus uterino. -Quando é emergência? SEMPREEEEE!!! - Risco materno e fetal. Conduta: ➢ Estabilização se necessário ➢ Avaliação da vitalidade fetal – corticoterapia e MgSO4 se indicado é possível ➢ Interrupção gestacional ➢ Exames laboratoriais ➢ Avaliar necessidade de transfusão ➢ Placenta para estudo histopatológico - Riscos no pós parto imediato: Útero de Couvelaire (maior risco de atonia, alto risco de histerectomia, manejo imediato) Coagulação intravascular disseminada (CIVD) Colo curto = única indicação de progesterona ➢ Vasa Prévia: - Anomalia na inserção do funículo umbilical na placente e a presença anômala de vasos fetais recobrindo o orifício interno do colo, à frente da apresentação fetal. -Como é o sangramento da vasa prévia? Presente na maioria dos casos, vermelho vivo, geralmente concomitante a rotura das membranas ovulares. -Quando se torna emergência? Trabalho de parto Rotura prematura de membranas ovulares Cardiotocografia apresentando desacelerações tardias repetidas Sangramento vaginal associado à taquicardia fetal ou traçado sinusoidal na cardiotografia. Conduta: ✓ Cesárea de emergência ✓ Bom suporte UTI neonatal ✓ Em caso de gestação com diagnostico de vasa Prévia, programar interrupção entre 34 e 35 semanas. ➢ Hemorragia puerperal: - Perda sanguínea cumulativa maior que 1000 ml ou sangramento vaginal associado a sinais de hipovolemia com menos de 24 horas pos parto, independentemente da via de parto. - Hora de ouro: identificação e controle do sitio de sangramento dentro da primeira hora de ouro de diagnóstico. Evitar tríade letal: acidose, coagulopatia e hipotermia. Causas da HP: • Tônus (atonia uterina)- principal causa (70%). Conduta: - Massagem uterina bimanual - Ocitocina/acido trenaxâmico - Metilergometrina (muitas contra indicações) - Misoprostol (via retal) Sem resposta.. - Traje antichoque não pneumático - Balão tamponamento intrauterino - LAPAROTOMIA (sempre das condutas mais simples p/ mais radical) Tempo de resposta: 3 a 5 minutos/ muito dinâmico • Trauma: -Sempre avaliar as possíveis lacerações de trajeto -Cesárea intraparto aumentam as chances de laceração de trajeto • Tecido: - Mais frequentes no parto vaginal - Avaliar sempre risco de acretismo placentário (não pode forçar a placenta a sair pois a paciente pode ter uma hemorragia muito seria) • Trombina: -Usualmente em casos de HPP é um quadro grave - Gestantes tendem a fazer um quadro de hipofibrinogenemia Equipe multidisciplinar é muito importante. Melhor tratamento é a prevenção da hemorragia puerperal: ✓ Uso universal de ocitocina 10UI ✓ Diagnostico precoce da HPP é fundamental (treinamento da equipe) ✓ Tratamento da HPP deve seguir protocolo específico, ser multidisciplinar, sequenciado e agressivo. ELEVAÇOES PRESSÓRICAS NA GESTAÇÃO -Principal causa de óbito materno no Brasil ✓ Antes de 20-22 semanas: hipertensão crônica ✓ Apos 20-22 semanas: hipertensão crônica, pré eclampsia, pré eclampsia sobreposta ➢ Pré Eclampsia grave: - Gestante acima de 20-22 semanas apresentando PAS > 160 mmHg e/ou PAD 110mmHg deve ser considerada pré eclampsia grave até que se prove o contrário. Conduta: ✓ Internação com assistência intensiva ✓ Administração de MgS04 (principal droga nos casos PEG ✓ Anti hipertensivo para controle pressórico ✓ Avaliação de vitalidade fetal ✓ Avaliar maturação pulmonar fetal ✓ Rotina sérica- lesões de órgãos alvo ✓ Proteinúria de 24h ✓ Interromper a gestação? Individual: depende da idade gestacional; a cima de 34 semanas é o indicado ➢ Eclâmpsia: Quadro de pré eclâmpsia grave associado à convulsão. Conduta: ✓ Internação com assistência intensiva ✓ Permeabilidade das vias aéreas ✓ Administração de sulfato de magnésio- não usar benzodiazepínicos ✓ Anti hipertensivos para controle de PA caso necessário ✓ Avaliação da vitalidade fetal ✓ Rotina sérica- lesões de órgão alvo ✓ Maturação pulmonar fetal se indica ✓ Interrupção da gestação 4 horas após estabilização do quadro, em qualquer idade gestacional ➢ Síndrome HELLP: - Forma grave de pré eclampsia caracterizada por hemólise, plaquetopenia e elevação de enzimas hepáticas ✓ Internação e vigilância intensiva ✓ Exames laboratoriais ✓ Protocolo pré eclâmpsia grave se necessário ✓ Corrigir distúrbios de coagulação se presentes ✓ Avaliar transfusão de plaquetas caso< 50.000 mm3 ✓ Avaliar hematoma subcapsular hepática(USF abdome) ✓ Viabilidade fetal ✓ Interrupção da gestação após estabilização do quadro EMERGÊNCIAS DURANTE O PARTO ➢ Prolapso de cordão (cordão antes da cabeça): - Cordão umbilical se exterioriza pelo colo, antes da apresentação fetal. Sempre é uma emergência!!!! ✓ Toque vaginal e elevação da apresentação fetal evitando compressão do cordão ✓ Paciente em posição de genopeitoral ou Trendelenburg ✓ Cesareana de emergência se feto vivo (nascer de 10 a 15 minutos) ➢ Sofrimento fetal agudo (ausculta fetal intermitente + Cardiotocografia...) -Cardiotocografia categoria 3 – ausência de variabilidade associada a: desacelerações tardias ou desacelerações recorrentes ou bradicardia. -Sugere hipoxia fetal ou acidose Mecônio=sofrimento fetal ➢ Rotura uterina: - A maioria ocorre em cicatriz uterina prévia (Cesareana, miomectomia) - Dor abdominal, bradicardia fetal, interrupção da dinâmica uterina, sangramento fetal Sempre emergência! Risco de óbito materno e fetal -Todo parto é emergência? Nhaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaam Todas as maternidades devem ter protocolos bem estabelecidos para as principais emergências obstétricas Treinamento multidisciplinar para atuação em momentos de crise Classificação de risco adequada e respeito de tempo contratado para atendimento minimizam desfechos adversos TODA MULHER MERECE UM PARTO ADEUQADO E SEGURO Aneoplodias: anomalias genéticas (principal causa de aborto espontâneo)
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