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Doenças sistema endócrino

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Doença Ulcerosa 
 
Úlcera péptica é a erosão em um segmento de mucosa gástrica, classicamente no estômago 
(úlcera gástrica) ou nos primeiros centímetros do duodeno (úlcera duodenal), que penetra a 
mucosa muscular. Praticamente todas as úlceras são causadas por Helicobacter pylori oup uso 
de um anti-inflamatório não esteroide (AINE). Os sintomas consistem tipicamente em dor 
epigástrica em queimação, que em geral é aliviada com a alimentação. O diagnóstico é por 
endoscopia e teste para Helicobacter pylori. 
 
O tabagismo é um fator de risco do desenvolvimento de úlceras e suas complicações. O 
tabagismo também interfere na cicatrização e aumenta a incidência de recorrência. O risco se 
correlaciona ao número de cigarros fumados por dia. Embora o álcool seja um potente 
estimulante da secreção ácida, não existem dados definitivos ligando o consumo moderado de 
álcool ao desenvolvimento ou aumento do tempo de cicatrização das úlceras. Bem poucos 
pacientes têm hipersecreção de gastrina causada por gastrinoma (síndrome de Zollinger-
Ellison). 
Pacientes com úlceras associadas a H. pylori apresentam riscos 3 a 6 vezes maiores de 
processo canceroso gástrico posteriormente. Não há risco aumentado de neoplasia em úlceras 
de outra etiologia. 
 
Cuidados de enfermagem: 
 
• Observar e anotar eliminação intestinal (cor, odor, volume e aspecto) 
• Observar e anotar aceitação alimentar 
• Promover ambiente calmo 
• Observar e anotar sinais de complicação (hemorragia, piora da dor) 
• Atenção para cuidados pré-operatórios de emergência. 
 
 
Disfagia 
 
A disfagia – ou dificuldade de deglutição – pode ser de dois tipos: 
Disfagia orofaríngea: uma condição que afeta a cavidade bucal e a faringe, causando dificuldade 
para engolir; 
Disfagia esofágica: condição caracterizada pela dificuldade de passagem do alimento depois do 
processo de deglutição. 
 
Geralmente, os pacientes com disfagia relatam os seguintes sintomas: 
Desconforto na região da garganta; 
Dor ou incapacidade de engolir; 
Engasgos; 
Tosse; 
Regurgitação de líquidos pelo nariz; 
Aumento do tempo para alimentação; 
Alimento parado na boca. 
 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/gastrite-e-doen%C3%A7a-ulcerosa-p%C3%A9ptica/infec%C3%A7%C3%A3o-por-helicobacter-pylori
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/tumores-do-trato-gastrintestinal/gastrinoma
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/tumores-do-trato-gastrintestinal/c%C3%A2ncer-de-est%C3%B4mago
Vale mencionar que a disfagia é mais comum em pacientes com alguma doença neurológica e 
pode estar relacionada a várias causas. A disfagia orofaríngea é mais frequente em idosos, seja 
por ser uma condição do próprio processo de envelhecimento ou por ser um sintoma muito 
comum em doenças neuromusculares e/ou neurodegenerativas, tais como: 
Doença de Parkinson; 
Doença de Alzheimer; 
Doença de Huntington; 
 
Além das condições neurológicas, a disfagia também pode ocorrer em pacientes com tumores 
ou traumas na região da boca e garganta. 
No caso da disfagia esofágica, a condição pode estar relacionada a causas orgânicas ou 
funcionais, como: 
Alterações anatômicas; 
Tumor do esôfago; 
Estenose péptica; 
Esofagite eosinofílica; 
 
 
Cuidados de enfermagem: 
 
- Verificar estado de consciência previamente durante as refeições 
- Incentivar ao paciente a se alimentar sozinho desde que possível 
- Posicionar o paciente adequadamente: ideal que esteja sentado com os pés apoiados no 
solo e cotovelos apoiados na mesa. Pacientes acamados devem estar com a cabeceira elevada 
- Sugerir líquidos espessos ou com o uso de espessante 
- Vincular pacientes aos profissionais e mostar-se disponível durante as refeições 
- Treinar cuidadores ou familiares envolvidos com os cuidados desse paciente 
 
Doença de Crohn 
 
A Doença de Crohn é uma doença inflamatória séria do trato gastrointestinal. Ela afeta 
predominantemente a parte inferior do intestino delgado (íleo) e intestino grosso (cólon), mas 
pode afetar qualquer parte do trato gastrointestinal. A doença de Crohn habitualmente causa 
diarréia, cólica abdominal, às vezes febre, e sangramento retal. Também pode ocorrer perda de 
apetite, e de peso subsequente. Os sintomas podem variar de leve à grave,mas em geral, as 
pessoas com doença de Crohn podem ter vida ativa e produtiva. 
 
Os primeiros sintomas da doença de Crohn podem levar meses ou anos para aparecer, isso 
porque depende da extensão da inflamação. Além disso, algumas pessoas podem apresentar 
um ou mais sintomas e não desconfiar de Crohn, já que os sintomas podem ser confundidos 
com outros problemas gastrointestinais. 
Embora os sintomas possam variar bastante de uma pessoa para a outra, os mais comuns 
incluem: 
1. Diarreia intensa e persistente; 
2. Dor na região do estômago; 
3. Presença de sangue ou muco nas fezes; 
4. Cólicas abdominais frequentes; 
5. Vontade repentina para defecar; 
6. Cansaço excessivo frequente; 
7. Febre persistente entre 37,5º a 38º; 
8. Perda de peso sem razão aparente. 
 Em casos de pacientes crianças Inúmeros são os cuidados de enfermagem que devem ser 
indispensáveis à criança com Doença de Crohn, entretanto, por se tratar de uma condição 
crônica, as ações de educação em saúde, bem como a promoção do autocuidado são 
fundamentais. 
Dessa forma, elencamos 10 orientações de enfermagem prioritárias à criança com Doença de 
Crohn. 
1. Orientar quanto a manutenção de uma dieta calórica e proteica, conforme a 
orientação do profissional de nutrição. 
2. Orientar que dietas com restrição de lactose e com poucas fibras insolúveis podem 
ser necessária em alguns momentos. 
3. Orientar sobre consumo de refeições pequenas e frequentes. 
4. Orientar sobre suplementação de vitaminas, minerais, probióticos, conforme 
prescrito. 
5. Orientar o consumo de alimentos macios, em casos de lesões orais. 
6. Orientar sobre cuidados com ileostomia e outros dispositivos, em casos indicados de 
colocação. 
7. Orientar quanto ao reconhecimento dos sinais de desidratação no domicílio. 
8. Orientar sobre manipulação, dose e administração de medicações prescritas e 
quanto ao reconhecimento de possíveis reações adversas. 
9. Por se tratar de uma doença crônica, os pais ou responsáveis devem ser orientados a 
conversar na escola sobre essa condição da criança, sintomas, medicações, cuidados 
específicos, limitações que possa apresentar durante o desenvolvimento de 
atividades escolares e telefone para contato em casos de emergência. 
10. Orientar aos pais que a realização de atividades físicas não está contraindicada. 
Entretanto, atividades físicas que exijam esforço podem agravar a dor abdominal e a 
fadiga. 
 
Pancreatite é um processo inflamatório no pâncreas. Essa inflamação se manifesta, 
principalmente por pela formação de cálculos biliares e pelo consumo excessivo, prolongado e 
recorrente de bebidas alcoólicas. Existem dois tipos de pancreatite: a aguda e a crônica. 
Pancreatite aguda 
A pancreatite aguda é uma inflamação que acontece de forma súbita, sendo mais comum que 
ela se manifeste por cálculos biliares, pequenas pedras decorrentes de alterações na 
composição da bile. Elas inflamam o pâncreas quando passam pelo ducto biliar. 
Esse processo inflamatório também está relacionado ao consumo de álcool, sendo que pode se 
manifestar poucas horas ou até 2 dias depois da ingestão de bebidas alcoólicas. Além disso, 
pode ser causado por infecções, trauma abdominal, alguns medicamentos, problemas genéticos 
do pâncreas e tumores. 
Pancreatite crônica 
No caso da pancreatite crônica, trata-se de uma inflamação com uma duração mais longa. Ela 
resulta da deterioração da estrutura do pâncreas, interferindo em suas funções. Essa 
deterioração não pode ser revertida. 
O consumo excessivo e prolongado de álcool é apontado como principal causa da pancreatitecrônica, juntamente com o tabagismo. Esse problema ainda pode ocorrer, mas com menos 
frequência, em decorrência de doenças genéticas como a fibrose cística e a pancreatite 
autoimune ou hereditária. A obstrução do ducto pancreático por cálculos também é uma das 
suas causas. 
Sintomas e complicações da pancreatite 
Em uma pessoa cujo organismo funciona perfeitamente, as enzimas liberadas pelo pâncreas são 
ativadas somente quando atingem o intestino delgado. No entanto, quando há uma inflamação 
nessa glândula, essas enzimas que se encontram em seu interior atacam e lesionam os tecidos 
responsáveis por produzi-las. 
Por isso, tanto a pancreatite aguda quanto a crônica são condições perigosas para a saúde. De 
toda forma, a manifestação aguda dessa doença é preocupante porque pode fazer o paciente 
entrar em choque, havendo necessidade de ser tratado na unidade de terapia intensiva. Nas 
formas mais graves da doença, a glândula pode ficar infeccionada ou necrosada, sendo preciso 
fazer uma cirurgia para retirar esse material doente. 
Outras complicações da pancreatite aguda são a desidratação e a pressão baixa. Também pode 
ocorrer falhas no funcionamento dos rins, coração e pulmões, além de hemorragia no pâncreas 
que, nesse caso, pode até mesmo levar o indivíduo à morte. 
Por isso, é muito importante ficar atento aos sintomas que podem indicar uma inflamação em 
curso no pâncreas. Geralmente o indivíduo percebe uma dor na parte superior do abdômen, 
que pode irradiar para o dorso. Ela se manifesta de forma gradual ou súbita. No início é menos 
intensa, mas tende a ficar pior após a ingestão de alimentos e pode durar por dias. 
Outros sintomas desencadeados pela pancreatite são: 
• sensibilidade abdominal; 
• distensão do abdômen; 
• febre; 
• náuseas e vômitos; 
• pulso acelerado. 
É interessante saber que não existe uma medicação que seja capaz de combater a 
pancreatite. Assim, a intervenção é feita por meio da internação hospitalar para manter o 
paciente hidratado com soro por via intravenosa e mantendo jejum. É preciso repouso para que 
a inflamação regrida sozinha, o que acontece em cerca de 80% dos casos. 
Porém, nos outros 20% a pancreatite evolui para sua forma mais grave, podendo acumular 
liquido ao redor do pâncreas, levar a alterações de outros órgãos como rins e pulmões, com 
risco importante de vida. Daí a importância de identificar esse problema ainda no começo 
e buscar o quanto antes ajuda médica. 
 
Cuidados de enfermagem 
A regra básica nessas situações é promover o conforto ao paciente, assim como evitar 
complicações e ajudá-lo no retorno e na manutenção de um dia a dia normal. Para tanto, são 
administrados analgésicos opioides a fim de aliviar a dor, bem como é feita hidratação venosa 
para reposição volêmica. 
Cabe ressaltar, porém, que como a maioria dos opioides estimula o espasmo do esfíncter de 
Oddi (esfíncter papilar) ainda não há consenso sobre qual é o agente mais efetivo. Alguns 
especialistas acreditam que a meperidina apresenta menor probabilidade de causar espasmos 
do esfíncter. E, por isso, é considerada a mais recomendada para pacientes com pancreatite. 
Além disso, a pessoa tem restrita a ingestão de alimentos e líquidos por via oral, com a dieta 
zerada até a melhora do quadro clínico. Em casos de hiperglicemia, é necessário administrar 
insulina conforme prescrição. À medida que os sintomas ficam mais brandos, a alimentação oral 
é gradualmente reintroduzida. Entre crises agudas, o paciente recebe uma dieta rica em 
carboidratos e pobre em gorduras e proteínas. 
Também compete à enfermagem monitorar e documentar a frequência respiratória do 
paciente com pancreatite a cada 1h a 4h, administrar oxigênio suplementar e realizar avaliação 
pulmonar por meio do monitoramento da oximetria de pulso – ou da gasometria arterial. 
Orientar o enfermo sobre técnicas de tosse, respiração profunda e o uso da espirometria 
também são fatores que contribuem na recuperação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BILIOGRAFIA 
 
Ulcera 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-
gastrointestinais/gastrite-e-doen%C3%A7a-ulcerosa-p%C3%A9ptica/doen%C3%A7a-ulcerosa-
p%C3%A9ptica 
https://www.facebook.com/soenf/posts/833226683354812/ 
Disfagia 
https://www.funcionalita.com.br/o-que-e-disfagia-e-por-que-acontece 
https://enfermagemilustrada.com/tag/disfagia/ 
 
Doença de Crohn 
https://www.abcd.org.br/sobre-a-doenca-de-crohn/ 
https://www.tuasaude.com/como-identificar-a-sindrome-de-crohn/ 
https://pebmed.com.br/confira-10-orientacoes-de-enfermagem-a-crianca-com-doenca-de-
crohn/ 
Pancreatite 
https://hepatogastro.com.br/pancreatite-o-que-
e/#:~:text=Pancreatite%20%C3%A9%20um%20processo%20inflamat%C3%B3rio,a%20aguda%2
0e%20a%20cr%C3%B4nica. 
https://secad.artmed.com.br/blog/enfermagem/pancreatite-aguda-e-cronica-como-abordar/

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