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PRÉ PROJETO DEPRESSÃO NO AMBIENTE ESCOLAR

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15
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPIRITO SANTO
CENTRO UNIVERSITARIO NORTE DΟ ESPÍRITO SAΝΤΟ
DEPARTAMENTO DΕ CIÊNCIAS AGRARIAS E BIOLÓGICAS
A DEPRESSÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO AMBIENTE ESCOLAR
RAYLDA MARTINS BORGES
São Mateus – ES
2021
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPIRITO SANTO
CENTRO UNIVERSITARIO NORTE DΟ ESPÍRITO SAΝΤΟ
DEPARTAMENTO DΕ CIÊNCIAS AGRARIAS E BIOLÓGICAS
A DEPRESSÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO AMBIENTE ESCOLAR
RAYLDA MARTINS BORGES
Monografia de conclusão de curso apresentada ao departamento de Ciências Agrárias e Biológicas da Universidade federal do Espirito Santo como requisite parcial para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Biológicas
Orientador: Antelmo Ralp H Falqueto
São Mateus – ES
2021
SUMÁRIO
1 TEMA	2
2 TÍTULO:	2
3 LINHA DE PESQUISA:	2
4 INTRODUÇÃO	2
5 PROBLEMA	3
6 HIPÓTESE	3
7 OBJETIVOS	3
7.1 OBJETIVO GERAL:	3
7.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:	3
8 JUSTIFICATIVA	4
9 METODOLOGIA	5
10 REFERÊNCIAL TEÓRICO	6
10.1 A DEPRESSÃO NO CONTEXTO ESCOLAR	6
10.2 A FAMILIA E PROFESSORES FRENTE A DEPRESSÃO	8
11 CRONOGRAMA	12
12 RESULTADOS ESPERADOS	12
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	14
1 TEMA
 A presente pesquisa tem como tema “Depressão no ambiente escolar”, que visa entender como crianças e adolescentes podem ser identificadas com quadros depressivos no ambiente escolar e quais as medidas que podem ser adotadas para buscar o tratamento. 
2 TÍTULO: A depressão de crianças e adolescentes no ambiente escolar
3 LINHA DE PESQUISA: 
A incidência de depressão em crianças e adolescentes no ambiente escolar, e quais as medidas que podem ser adotas pelos professores, escola e pais dos alunos, visando minimizar as consequências que a depressão causa, principalmente na baixa do rendimento escolar.
4 INTRODUÇÃO
A Depressão não é uma doença dos tempos modernos ou contemporâneos, ela atinge a humanidade há centenas de anos. Desde a antiguidade, é possível observar registros e descrições do que agora, chamamos de transtornos do humor, presentes em muitos textos antigos.
As constantes variações de humor, a melancolia, apatia, surtos agressivos, o afastamento das atividades sociais, as emoções descontroladas, muitas vezes confundidas com simples reações comportamentais, são possíveis sintomas deste transtorno de humor. Importa também conhecer a causa promovendo a vigilância constante uma vez que no dia-a-dia da criança a depressão é reconhecida por desencadear desequilíbrios psicoemocionais que geram ineficácia no desempenho escolar, e causam sérios distúrbios comportamentais e cognitivos. Pais, professores em primeira instância, ao detectarem os sinais desse transtorno, buscarem por auxílio imediato com ajuda dos médicos e psicólogos buscando por métodos e técnicas apropriadas.
O quadro depressivo apresentado pelas crianças pode causar efeitos danosos a seu desenvolvimento, daí a importância de acompanhamento e de apoio psicológico às crianças que apresentam sintomas depressivos. É preciso que as ações realizadas pelos psicólogos tenham função preventiva e que possibilitem cuidadosa intervenção.
A relação entre depressão e desempenho escolar tem chamado à atenção de muitos pesquisadores uma vez que se tem comprovada a interferência dos distúrbios depressivos principalmente na fase das séries iniciais atrelados as incidências de desequilíbrios emocionais causados pelas dificuldades desencadeadas na aprendizagem ou por problemas comportamentais.
5 PROBLEMA
Diante dos inúmeros casos de depressão no ambiente escolar e como estes podem prejudicar nas relações sociais e no rendimento escolar questiona-se: Como os professores podem identificar casos de depressão no ambiente escolar?
6 HIPÓTESE
Os educadores são profissionais que possuem preparação e conhecimento que podem identificar casos de crianças e adolescentes que possuem quadros depressivos no ambiente escolar.
7 OBJETIVOS
7.1 Objetivo geral:
Compreender a relação existente entre a depressão infanto-juvenil e os aspectos psicológicos, emocionais e de baixo rendimento escolar, que interferem no seu relacionamento social e familiar, prejudicando assim sua qualidade de vida.
7.2 Objetivos específicos:
- Analisar quais as principais causas da depressão no ambiente escolar;
- Compreender qual o papel do professor e da família neste contexto de depressão no ambiente escolar;
- Apresentar ações e medidas que devem ser adotadas para cuidar das crianças e adolescentes que passam pelo processo de depressão no ambiente escolar.
8 JUSTIFICATIVA
 A pesquisa se justifica uma vez que, o ambiente escolar é um local onde se tem a oportunidade de investigar os sintomas da depressão na criança, pois é o espaço onde elas se desenvolvem intelectual e fisicamente, onde elaboram suas produções individuais e onde o relacionamento social é mais intenso.
Quando mais cedo diagnosticada for à depressão na criança, maiores são as chances delas se desenvolverem sem empecilhos. Por meio do diagnóstico precoce podemos evitar o sofrimento psíquico e problemas em seu ajustamento à escola.
Algumas crianças consideram a escola como um refúgio dos problemas familiares, pois tanto o ambiente escolar quanto os professores continuam constantes em sua vida durante esse período de crises existenciais. 
A falta de informações de pais e professores sobre a depressão infantil pode contribuir para aumentar as dificuldades dos alunos e causar inúmeras sequelas emocionais no futuro. É evidente que família e educadores não estão preparados para fazer um diagnóstico na criança. Cabe ressaltar que nem é esse o papel dos mesmos. No entanto, um olhar mais atento a essas crianças permite que sejam reconhecidas mais cedo e encaminhadas para um diagnóstico mais cuidadoso associado à intervenção necessária (CRUVINEL, 2003, p.14).
O quadro de depressão na infância e na adolescência pode prognosticar episódio de depressão maior na idade adulta. O que reforça a necessidade de se fazer o diagnóstico e de se iniciar o tratamento o mais breve possível. Esta não é tarefa dos professores, mas eles com um olhar atento podem identificar os sinais que o aluno apresenta e encaminhá-los para o profissional adequado.
No âmbito escolar é que geralmente se tornam visíveis algumas manifestações da depressão, uma vez que o professor, durante seus procedimentos pedagógicos, tende a detectar com mais precisão esses desequilíbrios psicoemocionais e cognitivos. 
9 METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa de abordagem quantitativa de método investigativo que permite a avaliação de vários autores no contexto. Por meio dessa abordagem buscou-se compreender a realidade, e uma análise do discurso através de uma linguagem explanada por meio de textos e documentos teóricos, interpretando resultados exploratórios dos indivíduos ou de uma população.
Possui caráter descritivo, utilizando como base a pesquisa bibliográfica e documental que “consiste no levantamento, seleção, fichamento e arquivamento de informações relacionadas à pesquisa” (AMARAL, 2007, p.1) que visa por meio da análise dos materiais selecionados obterem uma interpretação nova ou complementar que venha a agregar o estudo e atingir os objetivos traçados, tendo como local de estudo o Brasil.
De acordo Gil (1999, p.100) “à amostra trata-se de um subconjunto do universo ou da população, por meio do qual se estabelecem ou se estimam suas características com o objetivo de produzir informações aprofundadas e ilustrativas”.
O tipo de pesquisa a ser utilizada é a descritiva que conforme salienta Gil (2002, p.42) representa “algumas pesquisas que, embora definidas como descritivas com base em seus objetivos acabam servindo mais para proporcionar uma nova visão do problema”. Esse tipo de pesquisa aproxima-se do tipo de pesquisa exploratória.
 As amostras utilizadas na composição do estudo foram extraídas de livros, revistas eletrônicas e artigos científicos pertinentes ao assunto, publicados nos últimos 10 anos, advindos das seguintes bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e (Lilac)utilizando os seguintes caracteres: Ambiente escolar. Adolescentes. Crianças. Depressão.
A pesquisa bibliográfica pode ser considerada um procedimento formal com método de pensamento reflexivo que solicita um tratamento científico constituindo-se no caminho para se conhecer a realidade ou para que sejam descobertas verdades parciais. 
10 REFERÊNCIAL TEÓRICO
10.1 A depressão no contexto escolar
Diariamente pais e professores se deparam com crianças que apresentam baixo rendimento escolar, irritabilidade, mau humor, agressividade, falta de prazer em realizar atividades habituais, como brincar, sair com os amigos, jogar vídeo game, entre outras atividades rotineiras da infância que proporcionam prazer e bem-estar às crianças, tais comportamentos que geralmente são confundidos com indisciplina, rebeldia e desinteresse, pode ser indícios de um transtorno do humor conhecido por transtorno depressivo infantil. Juntamente com o comportamento considerado indisciplinado e a falta de interesse e entusiasmo ante a algumas atividades infantis, as crianças também passam a ter transtornos evidentes de baixa autoestima, medos, distúrbios do sono e alimentar, além de enurese, sudorese, cefaleia, tonturas e até mesmo taquicardia.
A depressão é uma doença grave e pode levar os estudantes ao isolamento, baixo rendimento escolar, uso de drogas como tentativa de se sentir melhor, baixa autoestima, entre outros. Devido a uma fase de crescimento, as crianças e adolescentes não tem a capacidade de observar o que está acontecendo internamente. Isso mostra a importância da rapidez do diagnóstico e do início do tratamento por meio de familiares e/ou profissionais da educação (SILVA, 2018, p.07).
O comportamento de uma criança está ligado a diversos fatores como ambientais, culturais, físicos, psicológicos e emocionais, que podem ser determinantes e independentes de sua vontade. Características individuais (modo de agir, de pensar, de sentir, valores, conhecimentos, visão de mundo, etc.) dependem da interação do ser humano com o meio e atribui especial importância ao fator humano presente no ambiente.
Dentro deste contexto, e tendo-se por certo que a falta de comportamento considerado adequado de uma criança que apresente apatia, tristeza, anedonia, indisciplina, rebeldia, agressividade, desinteresse e baixo rendimento escolar de forma constante deve ser interpretada como uma forma de linguagem e comunicação de insatisfação com o ambiente ou com algum de seus agentes, portanto deve ser percebida como um sinal de alerta de que desenvolvimento psicossocial e acadêmico da criança está em desequilíbrio como consequência de um transtorno de cunho emocional denominado de transtorno depressivo infantil que se não diagnosticado e tratado pode desencadear vários prejuízos para vida social, profissional e emocional do indivíduo até a vida adulta.
A dor a angústia e a tristeza são estados mentais que nos são tão familiares e rotineiros, sendo comum a todos os indivíduos às vezes se sentirem angustiados e tristes frente a alguns acontecimentos da vida. A palavra depressão é usada com grande liberdade atualmente. Basta um pequeno problema, uma desfeita, um desencontro emocional, um prejuízo financeiro, para nos declararmos deprimido. Embora seja empregada como sinônimo de tristeza tem pouco a ver com esse sentimento, quando estes estados perduram por muito tempo e privam o sujeito de exercer atividades fundamentais para o viver do ser humano, comprometendo a qualidade de vida do indivíduo, ela deve ser encarada como uma patologia seria.
A depressão pode ser diagnosticada na infância, pois, segundo Calderaro e Carvalho (2005), as crianças também se angustiam frente às dificuldades da vida e podem apresentar sofrimento existencial, porém, estão menos preparadas do que os adultos para suportar as pressões e as frustrações da vida. E ao contrário do que muitos pensam crianças também sofrem de depressão. 
É preciso muito cuidado para que a depressão não passe despercebida por parte dos pais e profissionais que lidam com a criança, pois quanto mais cedo à depressão for diagnosticada, possibilita que se comece um acompanhamento especializado a quanto antes.
“O diagnóstico precoce revela-se, assim, imprescindível para que os comportamentos relacionados com a depressão possam ser mais facilmente tratados e/ou modificados” (ANDRIOLA; CAVALCANTE, 1999, p.4).
É nítida a importância do discernimento sobre a situação da criança depressiva, mas, de igual importância é estar alerta sobre o fato de que, após o diagnóstico e tratamento, e a consequente melhoria do quadro depressivo na criança, ela precisa de acompanhamento e suporte, pois, muitos estudos, de acordo com Lafer, (2000), mostram que esta criança pode apresentar autoestima mais fragilizada, que é um fator indicativo de recorrência de depressão no futuro.
Dentre as causas biológicas, a mais significante e bem estudada é o fator genético ou a hereditariedade para a depressão. Vários estudos têm mostrado altas taxas de depressão nos parentes adultos de crianças ou adolescentes com depressão.
Segundo Miller (2003) a maioria dos estudiosos sobre a depressão afirma que ela tem um componente genético e como há vários tipos de depressão, possivelmente não apenas um, mas vários genes podem estar envolvidos em sua ocorrência, e, apesar das muitas pesquisas, estes genes ainda não foram classificados de forma conclusiva.
Os fatores biológicos têm bastante relevância, mas, de acordo com Ferriolli, Marturano e Puntel (2006), a depressão pode não ter só base genética, mas pode ser de base ambiental, ou mesmo as duas, em interação. Neste sentido, Calderaro e Carvalho (2005) argumentam que a hereditariedade é um fator de grande peso, mas não é só ele que determina a patologia, pois a predisposição genética pode juntar-se aos fatores ambientais, e às condições adversas da realidade externa.
Sabe-se que, de acordo com Calderaro e Carvalho (2005), um ambiente familiar problemático, que seja instável e inseguro causa prejuízos para o desenvolvimento de uma criança, sendo possível que esta criança desenvolva transtornos emocionais.
Apesar de a depressão poder aparecer em qualquer idade, o risco de desenvolver depressão aumenta significantemente com a puberdade. A prevalência de depressão nos adolescentes chega de 20% a 25%, de acordo com a Academia Americana de Psiquiatria da Infância e Adolescência.
10.2 A família e professores frente a depressão
A melhor maneira de pais e professores ajudarem a diagnosticar os primeiros sintomas da depressão infantil é através da observação do comportamento da criança no ambiente escolar e familiar, visto que a criança passa a maior parte do seu tempo em casa e na escola, sendo assim as pessoas que passam mais tempo em contanto direto com a criança são os pais e professores e por isso tem mais chances de perceberem os primeiros sinais de que uma depressão possa estar se instalando.
Muitas vezes o comportamento da criança é alvo de críticas ou até mesmo punições. As condutas de oposição, a hostilidade, a instabilidade de humor, as crises de raiva são comuns e muitas vezes são as manifestações centrais do quadro clínico. Esses afetos negativos podem ser desencadeados por motivos fúteis. A lentificação tanto psíquica quanto motora está presente, mas nem sempre é muito evidente. A ação e a expressão estão alteradas, inibidas, e suas repercussões são notadas na indiferença, no desinteresse tanto por atividades habituais de rotina, como atividades escolares e brincadeiras. A criança geralmente se isola e evita o contato. A comunicação verbal e/ou não-verbal fica comprometida e as respostas podem ser lentificadas e breves. A mímica é pobre e pouco expressiva (CURATOLO; BRASIL, 2005, p.171).
A sobrecarga com atividades frequentes no dia a dia da criança pode também ser uma causa geradora da depressão, apresentando sintomas sutis que geralmente serão confundidos com cansaço pelo excesso de atividades realizadas pela criança.
Cobranças excessivas e a falta de tempo livre podemser fatores causadores da depressão infantil. A preocupação excessiva com o futuro da criança também tem influenciado as decisões dos pais na hora de conduzir o cotidiano dos filhos (CURATOLO; BRASIL, 2005).
Às vezes é mais fácil para os pais negarem que seu filho tem depressão, podendo adiar a procura de um profissional de saúde mental devido a estigmas sociais, no entanto é muito importante entender a depressão e perceber a importância do tratamento para que a criança possa continuar a crescer fisicamente e emocionalmente de uma forma saudável. Também é importante procurar informações sobre depressão e seus efeitos futuros durante a adolescência e idade adulta.
Crianças experimentando depressão podem exibir sintomas em todas as quatro esferas do modelo cognitivo, bem como em seus relacionamentos interpessoais. Os sintomas afetivos frequentemente incluem um humor deprimido ou triste, mas algumas crianças deprimidas experimentam mais irritabilidade do que um humor triste ou deprimido, tornando, desse modo, a identificação de sua depressão desafiadora. Elas podem ser descritas por pais e professores como raivosas, irritáveis, facilmente aborrecidas e rabugentas (FRIEDBERG; MCCLURE, 2004, p. 145).
Aumento ou diminuição do peso, apetite e da quantidade de sono podem variar, bem como é visto graus variados de falta de energia e desinteresse pelas atividades antes prazerosas. Isolamento social voluntário, hipersensibilidade ao fracasso, rejeição e frustração, bem como a falta de perspectivas e expectativas de futuro também são frequentes. Igualmente, o uso e abuso de substâncias psicoativas é comumente observado nesses casos e pode estar relacionado a auto tratamento ou automedicação para o alívio da dor causada pela depressão (GONZÁLEZ, et al.,2016).
O excesso é prejudicial ao desenvolvimento infantil e gera desinteresse pelos estudos, pelas brincadeiras, além de problemas na aprendizagem, queda no rendimento escolar, estresse, cansaço e até mesmo um quadro depressivo.
A escola tem um papel fundamental na identificação e auxílio para o encaminhamento a profissionais qualificados para o tratamento de seus alunos com sintomas depressivos, sendo de extrema importância que os professores conheçam esse transtorno de humor, que “além de envolver fatores afetivos, apresenta também componentes cognitivos, comportamentais, motivacionais e fisiológicos (CRUVINEL; BORUCHOVITCH, 2004, p. 87).
O baixo rendimento escolar decorrente da depressão parece estar associado com as dificuldades destas crianças em prestar atenção na explicação, apesar de terem habilidades cognitivas correspondentes à faixa etária. Dificuldades de aprendizagem e sintomas de desordem afetiva costumam ser confundidas, e essa situação demanda uma investigação cuidadosa.
Neste contexto pode-se afirmar que, “a professora e a família não podem olhar apenas para o desempenho da criança, mas analisar também as suas dificuldades emocionais, os desafios que essa criança enfrenta e seu modo de agir” (BOARATI; KONKIEWITZ, 2015, p. 13).
É necessário verificar qual o quadro primário, a depressão ou da dificuldade de aprendizagem para que o encaminhamento do tratamento seja adequado. Sabe-se que crianças com dificuldades de aprendizagem e baixo rendimento escolar demonstram mais sintomas depressivos do que crianças sem queixas acadêmicas.
Crie um ambiente escolar propício, onde a criança poderá desenvolver as suas potencialidades. Deve haver calma, tranquilidade, segurança e a cooperação entre os alunos deve ser estimulada. Muitas crianças são atormentadas pelo medo de fracassar, de parecerem estupidas, ou ridículas, ou de serem motivo de riso (BOARATI; KONKIEWITZ, 2015 p. 34).
O professor deve promover as condições necessária para o desenvolvimento da autonomia no estudante a fim de que ele consiga desenvolver as metodologias propostas pelo mediador no ambiente de sala de aula, porque mediar a interação professor/estudante e estudante/estudante é uma situação que deve ser considerada como de alta relevância no que concerne à aprendizagem. Estar atento ao desenvolvimento cognitivo e emocional, para não haver insucesso na atuação de ambas as partes, é fundamental e a motivação, quando designada e valorizada, assume o papel de levantar a autoestima e fomentar o ganho de confiança.
A escola deve orientar a família para que eles possam buscar ajuda com os profissionais das áreas da saúde como neuropediatras, psicólogos, psiquiatras infantis, psicopedagogos e outros que vão auxiliar a criança no seu desenvolvimento diário, visando alcançar seus objetivos e por sua vez encontrar o prazer na sala de aula.
Toda criança necessita de uma observação cuidadosa, longa e, de preferência, realizada em diferentes ambientes e por diferentes pessoas que com ela interagem. É importante que se considere as impressões dos pais, a história da família, as impressões dos professores, a avaliação psicológica etc (BOARATI; KONKIEWITZ, 2015, p. 15).
É através das relações afetivas que a criança constrói o seu mundo. E isso ocorre através das interferências do meio em que vive. Assim, a criança vai construindo suas noções de eu, realidade, espaço e tempo, que são os pilares da existência humana. Durante a depressão o eu se retrai e a interação com o ambiente diminui consideravelmente, pois a criança não reage diante o que ocorre a sua volta, com isso aparecem alguns sintomas como: ausência de prazer em atividades que antes o produziam, desinteresse e sensação de cansaço.
A criança com depressão infantil tende a não apresentar sentimentos alegres, daí a necessidades de o educador recebê-lo com felicidade e simpatia, através de histórias podem-se exemplificar os dois fatores de uma maneira que a criança não se sinta constrangida diante dos colegas da sala. Pode-se criar um ambiente descontraído na sala de aula e uma atmosfera tranquila, tudo com o intuito de mudar o humor do aluno (BREGAMACHI, 2007, p. 13).
Com a orientação do psicopedagogo, pode-se ter uma intervenção para apoio a gestão escolar, visando o auxílio a uma criança depressiva. De acordo com Silvares (2000) é importante treinar a criança para se ter uma auto-avaliação menos severa e mais realista. 
Além de o rendimento escolar regredir, podem aparecer fobias, como a fobia à escola, a ansiedade na escola onde a criança acaba faltando as aulas, o que pode prejudicar mais ainda o desempenho escolar infantil. Agregando a estes sentimentos e fobias, ocorrem os problemas de relacionamento com todos que estão ao seu redor, como amigos e colegas, com isso a criança deixa de participar das atividades em grupo, de interagir, como consequência a criança acaba se isolando. “Seu contato social é significativamente, diminuído, levando a sentimentos aumentados de solidão” (FRIEDBERG; MCCLURE, 2004, p. 146).
É fundamental para o professor estar atualizado sobre os problemas e conflitos enfrentados por crianças e adolescentes com quem ele trabalha no dia e como são as intervenções para melhor auxiliar em tais situações. O incentivo que o mestre dá em sala é fundamental para uma criança que possui depressão. É necessário que o professor o trate com simpatia e alegria para que a criança se sinta acolhida. Pode-se criar um ambiente descontraído na sala de aula e uma atmosfera tranquila, tudo com o intuito de mudar o humor do aluno
11 CRONOGRAMA
	Atividades
	Mar
	Abril
	Maio 
	Jun
	
Elaboração do projeto
	
X
	
	
	
	
Fichamento de dados
	
	X
	
	
	
Apresentação
	
	
	X
	
	
Coleta de Informações
	
	
	
	X
	
Correção
	
	
	
	
	
Entrega
	
	
	
	
12 RESULTADOS ESPERADOS
Lamentavelmente, o que se vê na prática diária é o predomínio de reações defensivas e hostis por parte dos familiares, educadores e outros profissionais da área de saúde, que, ignorantes da situação, acabam interpretando a irritabilidade da criança de modo errôneo e simplista, na maioria das vezes. É sabido que crianças deprimidas geralmente têm autoestima baixa e que falam de si mesmas de modo negativo, se achando ruins, tontas e se sentindo fracassadas e preteridaspela família, muitas vezes com a certeza de que ninguém se preocupa com elas.
A depressão é uma doença grave e pode levar as crianças a isolamento, baixo rendimento escolar, uso de drogas como tentativa de se sentir melhor, baixa autoestima ou lentificação. Devido a uma fase de crescimento, as crianças e adolescentes não tem a capacidade de observar o que está acontecendo internamente. A depressão na infância e na adolescência pode proceder a episódios de depressão maior na idade adulta. Isso mostra a importância da rapidez do diagnóstico e do início do tratamento.
Após a realização da pesquisa espera-se identificar os transtornos de ansiedade e de depressão que acometem cada vez mais os estudantes, causando baixa autoestima, tristeza, isolamento, pessimismo e sentimento de inferioridade, afetando, por conseguinte, o desempenho na aprendizagem escolar. É possível destacar que uma parte dos fatores pode estar relacionada a famílias desestruturadas, perda de um ente querido, à falta de resiliência, à falta de tolerância, ao estresse, etc.
Existe assim a necessidade de reconhecer o tripé: família, estudante e escola. É dever da família estar à frente das necessidades relacionadas à escola, buscando auxílio quando necessário e participando da vida escolar dos seus filhos para que ambos tragam desempenho satisfatório e, assim, atinjam os objetivos educacionais do estudante. 
E, portanto, é fundamental refletir a importância do olhar do professor para com as crianças depressivas no ambiente de sala de aula requer aprimoramento da formação acadêmica inicial, além de algumas habilidades frente ao universo da sala de aula, como a empatia, o respeito, a escuta e o entendimento no que diz respeito à complexidade do ser humano
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMARAL, João J.F. Como fazer uma e pesquisa bibliográfica. Fortaleza. 2007.
ANDRIOLA, Wagner Bandeira; CAVALCANTE, Luanna Rodrigues. Avaliação da depressão infantil em alunos da pré-escola. Psicol. Reflex. Crit., Porto Alegre,v. 12, n. 2, 1999. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-79721999000200011&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em 23 de abril de 2021.
BREGAMASCHI, Ellen Cristina Modro. A atuação psicopedagógica perante a ansiedade e a depressão infantil. Monografia de Pós-graduação para o curso de Psicopedagogia sob a orientação da Profa. Dra. Marinalva Imaculada Cuzin. Hortolândia- SP. 2007. Disponível em: https://revistas.unipacto.com.br/storage/publicacoes/2014/implicacoes_da_depressao_no_rendimento_escolar_da_crianca_14.pdf. Acesso em 20 de abril de 2021.
BOARATI, M. A. Há muitas formas de ajudar. Como o professor pode ajudar. In: KONKIEWITZ, E. C. Criança, família e escola: promovendo o desempenho e a saúde emocional do seu filho –guia prático para pais e professores. São José dos Campos: Pulso 2015. 
CALDERARO, Rosana Simão dos Santos; CARVALHO, Cristina Vilela de. Depressão na infância: um estudo exploratório. Psicol. estud., Maringá, v. 10,n. 2, 2005. Disponível em: 
https://www.scielo.br/pdf/pe/v10n2/v10n2a04.pdf. Acesso em 15 de abril de 2021.
CRUVINEL, Miriam; BORUCHOVITCH, Evely. Sintomas depressivos, estratégias de aprendizagem e rendimento escolar de alunos do ensino fundamental. Psicologia em Estudo. Maringá. 2004. Disponível em: 
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-73722004000300005&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em 18 de abril de 2021.
CRUVINEL, Miriam. Depressão Infantil, rendimento escolar e estratégias de aprendizagem em alunos do ensino fundamental. Dissertação e Mestrado – Faculdade de Educação. Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 2003. Disponível em:
http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/253641. Acesso em 12 de março de 2021.
CURATOLO, Eliana; BRASIL, Heloísa. Depressão na infância: peculiaridades no diagnóstico e tratamento farmacológico. J. Bras. Psiquiatr. 54 (3), 2005. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/sites/portal.fiocruz.br/files/publique/bipolar_heloisa_brasil.pdf. Acesso em 14 de abril de 2021.
FERRIOLLI, S.H.T, MARTURANO, E.M, PUNTEL, L.P. Contexto familiar e problemas de saúde mental infantil no programa da família. Revista de saúde pública. V.41, n.2, 251-259, 2006.
FRIEDBERG, Robert; Mc Clure. A Prática Clínica de Terapia Cognitiva com Crianças e Adolescentes. Porto Alegre: Artmed, 2004.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas,
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GONZÁLEZ, Anne Christie Timm et al. Transtornos depressivos e algumas comorbidades em idosos: um estudo de base populacional. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 19, n. 1, p. 95-103, 2016.
LAFER, Beny. et al. Depressão no ciclo da vida. Porto alegre: Artes Médicas Sul, 2000. Disponìvel em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462000000300013. Acesso em 10 de abril de 2021.
MILLER, Jeffrey A. O Livro de Referência para a Depressão Infantil. São Paulo: MBooks do Brasil Editora Ltda, 2003.
SILVA, Clécio Danilo Dias da. Depressão na adolescência e o ambiente escolar: sinais de alerta aos educadores. 2018. Disponível em: file:///D:/Usuario/Desktop/PROJETO%20JANMYLLY/817-4681-1-PB.pdf. Acesso em 20 de abril de 2021.

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